Sistematizando anos de estudos e elaborações em torno da temática da diversidade sexual e de gênero, Renan Quinalha compartilha neste livro reflexões teóricas e historiográficas em linguagem acessível, sem renunciar à profundidade das discussões, com o objetivo de atingir um público mais amplo interessado no universo LGBTI+. Esta obra destina-se tanto a pessoas que desejam investigar a fundo essa temática como àquelas que estão dando seus primeiros passos nos estudos de gênero e sexualidade. Ela é, sobretudo, um convite à ação política e à luta por igualdade, diversidade e democracia.
Após escrever um artigo intitulado “O sistema e o antissistema”, em que mostrava preocupação com o crescimento da extrema-direita no mundo, Boaventura de Sousa Santos foi contatado por sua amiga Helena Silvestre dizendo que havia lido o texto e que tinha sobre o tema uma opinião muito diferente. Incitada por Boaventura a escrever sobre o assunto, ela de imediato aceitou. Pensando ainda em uma terceira perspectiva, Boaventura convidou Ailton Krenak para a empreitada. Temos, assim, neste livro três miniensaios distintos sobre o mesmo tema geral, escritos a partir de diferentes contextos sociais, políticos e culturais, por autores de diferentes gerações, com diferentes identidades e histórias de vida, mas irmanados na mesma luta por uma sociedade mais justa, mais igualitária e mais respeitadora da diversidade e da diferença.
“Uma das contribuições mais importantes deste livro é a proposta de refundação da esquerda, a partir de um programa efetivamente antissistêmico: democracia direta, gestão coletiva dos recursos públicos, de sistemas de crédito e do patrimônio ecológico, confisco de aparelhos produtivos para serem geridos pelos próprios trabalhadores, salário máximo, restrição do direito à propriedade privada. Só uma esquerda que não tem medo de dizer seu próprio nome, que assume a luta de classes e se identifica com o proletariado como sujeito político com força revolucionária – principal tese da teoria marxista da revolução – será capaz de superar os impasses aos quais nos levou um “reformismo fraco”, que confundiu política com gestão.
Este livro é sobre prazer. É também sobre sofrimento. Mas mais importante, é um livro que trata de como encontrar o delicado equilíbrio entre os dois, e por que hoje em dia, mais do que nunca, encontrar o equilíbrio é essencial. Estamos vivendo em uma época de excessos, de acesso sem precedentes a estímulos de alta recompensa e alta dopamina: drogas, comida, notícias, jogos, compras, sexo, redes sociais. A variedade e a potência desses estímulos são impressionantes - assim como seu poder adictivo.
Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico constitui-se em um esforço de construção de um diálogo horizontal entre teóricos(as) decoloniais, feministas negras, intelectuais/ativistas antirracistas e negros(as). Adotando uma noção ampla de decolonialidade, reconhecemos o posicionamento decolonial nos processos de resistência e reexistência das populações afrodiaspóricas brasileira, caribenha, norte-americana e africana. Fundamental para tais processo tem sido a afirmação corpo-geopolítica dessas populações, a partir da qual outros conhecimentos, novas formas de existência e projetos políticos têm sido elaborados.
Neste livro, a escritora Julia Dantas apresenta cinco contos sobre diferentes histórias de vida que se entrecruzam na temática das epidemias de hiv. Com as ilustrações de Pablo Aguiar, o livro, embora ficcional, permite um aproximações com diferentes realidades, refletidas nos personagens da obra. Após quatro décadas, o estigma e a discriminação ainda constituem os maiores desafios de superação da epidemia.
Seria possível imaginar uma radical reforma do Estado brasileiro a ponto de assegurar às políticas públicas um funcionamento com importante grau de autonomia em relação ao poder executivo e ao mercado? Para Nilton, este objetivo não somente seria realizável — ele demonstra que, em alguma medida, experiências de cogestão já vêm acontecendo no SUS —, como ainda se constituiria em alternativa à esquizofrenia do debate contemporâneo polarizado entre privatização e petrificação de uma administração pública autoritária, burocratizada e patrimonialista.
Nos últimos milênios o ritmo da História tem variado conforme as regiões, climas e culturas. Mas tem sempre convivido com momentos de doença e saúde, com endemias, epidemias e agora pandemias. Momentos de crise, a desafinar as cordas, a desorganizar os ritmos cotidianos, a atravessar o samba, como diriam velhos frequentadores de rodas noturnas. Nesses momentos, questões como desigualdade e exclusão social; boatos, notícias inventadas e trocas de acusação; desprezo pelo conhecimento especializado e apego a soluções mágicas; crises econômicas e superações coletivas têm sido parte do movimento humano de reinvenção da vida. Este livro se propõe a apresentar e refletir sobre algumas dessas experiências, vividas por pessoas em tempos e lugares variados. Foram escritos por pessoas espalhadas por larga parte do território brasileiro; como bem mostra a composição de imagens da capa, da janela de sua casa cada autor, cada autora tem uma perspectiva diferente do mundo. É esta diversidade de pontos de vista, conteúdos, formações teóricas e vivências que forma a maior riqueza deste livro.
Medicina e sociedade, incide, sobretudo, em aspectos diretamente relevantes às modalidades do trabalho médico, entendidas aqui como as formas pelas quais o médico, enquanto trabalhador especializado, participa do mercado e se relaciona com o conjunto de meios de produção de serviços de saúde. Daí decorre maior ênfase na heterogeneidade da categoria ocupacional, em termos dos tipos de oportunidade de trabalho a que tem acesso os profissionais, do que em sua homogeneidade, resultante da sujeição a processos comuns de formação nos aspectos técnico-científicos e éticos que compõem o núcleo da medicina como profissão. Composto de três capítulos, o livro inicia-se com uma análise das relações entre Estado e assistência médica; o segundo capítulo dedica-se ao estudo do médico no mercado de trabalho e o terceiro capítulo versa sobre a profissão médica e mercado de trabalho- as ideologias ocupacionais. Muitos são os destaques que podem ser dados ao livro de Cecília; a abordagem teórica, a pesquisa empírica, forma de narrar e a visão das possibilidades que se abriam para o campo das ciências sociais na busca de compreensão da profissão e do processo de profissionalização médica.
Esta pesquisa consegue, não perdendo a possibilidade de valorizar a intersubjetividade como elemento de determinação na vida de trabalho dos sujeitos analisados, utilizar um modelo epidemiológico de investigação que ao generalizar suas individualidades, está tão somente a serviço de uma discussão mais sistematizada dos determinantes psicossociais nos agravos à saúde mental dos trabalhadores de um setor. O estudo de caso que estabelece associações entre características do processo de trabalho e o sofrimento psíquico de 1.525 trabalhadores de hospital geral de 412 leitos no município de São Paulo, através de análises estratificadas, controladas por variáveis confundidoras e/ou modificadoras de efeito, é pioneiro no país. A própria natureza surpreendente dos resultados, associada à cuidadosa elaboração metodológica do estudo, faz desta investigação uma contribuição das mais instigantes para os estudiosos de saúde coletiva da psicopatologia do trabalho, e para os principais e mais diretamente interessados, no caso, os trabalhadores.
"O longo processo de transição política desde a ditadura no Brasil, foi marcado por uma crescente busca de visibilidade e cidadania. Desde então, passaram-se 40 anos de lutas e de história. O movimento homossexual tornou-se LGBT. Proliferaram-se os coletivos e grupos organizados, diversificaram- se as identidades, multiplicaram-se as formas de luta, conquistaram-se direitos e reconhecimento, construíram-se políticas públicas, realizaram-se os maiores atos de rua desde as ""Diretas Já"" com as Paradas do Orgulho LGBT e ocuparam-se as redes sociais e as tecnologias com novos ativismos. O livro ""História do Movimento LGBT no Brasil"" busca reconstruir alguns temas e momentos privilegiados da história de quatro décadas deste importante ator político do Brasil contemporâneo, atentando para a diversidade de sua composição e de perspectivas no interior do movimento. Pretende-se, assim, contribuir para traçar um panorama interdisciplinar dos 40 anos do movimento LGBT brasileiro."
Em 1998, o historiador Sidney Aguilar Filho dava uma aula sobre o nazismo alemão para uma turma de ensino médio quando uma aluna mencionou haver centenas de tijolos estampados com a suástica, o símbolo nazista, na fazenda de sua família. Esta informação despertou a curiosidade do historiador e desencadeou sua pesquisa, a qual revelou que empresários ligados ao integralismo e ao nazismo removeram 50 meninos órfãos do Rio de Janeiro/RJ para a Campina do Monte Alegre/SP na primeira metade do século 20. Entre integralistas e nazistas apresenta a história dos anos 1920, 1930 e 1940 explicando como o Brasil absorveu e aceitou as teorias de eugenia e de pureza racial a ponto de incluí-las na Constituição de 1934. A trajetória da pesquisa reforça ainda mais as teses de que os conceitos de “supremacia branca” e as tentativas de “branqueamento da população” marcaram nossa sociedade, sendo o racismo e – mais ainda – a negação do mesmo ainda perenes.
Em O quarto de Giovanni , clássico moderno da literatura gay esgotado no Brasil há décadas, James Baldwin narra o encontro de um americano e um italiano em Paris. Lançado em 1956, o segundo romance de James Baldwin é uma obra-prima da literatura americana. Com pinceladas autobiográficas, o livro trata de uma relação bissexual ao acompanhar David, um jovem americano em Paris à espera de sua namorada, Hella, que por sua vez está na Espanha. Enquanto ela pondera se deve ou não se casar com David, ele conhece Giovanni, um garçom italiano por quem se apaixona. Se em O sol também se levanta Ernest Hemingway retrata um grupo de americanos em uma Paris boêmia e fervilhante, O quarto de Giovanni explora, na mesma cidade, as agruras de personagens que enfrentam o vazio existencial ao perceber a fragilidade dos laços e as frustrações de seus desejos. Com tradução de Paulo Henriques Britto, o livro inclui apresentação de Colm Tóibín e posfácio de Hélio Menezes.
Primeiro livro de Frantz Fanon, "Pele negra, máscaras brancas" é um dos textos mais influentes dos movimentos de luta antirracista desde sua publicação, em 1952. Logo de início, se apresenta como uma interpretação psicanalítica da questão negra, tendo como motivação explícita desalienar pessoas negras do complexo de inferioridade que a sociedade branca lhes incute desde a infância. Assim, descortina os mecanismos pelos quais a sociedade colonialista instaura, para além da disparidade econômica e social, a interiorização de uma inferioridade associada à cor da pele – o que o autor chama de "epidermização da inferioridade".
Tornar-se negro foi pioneiro ao conectar a psicanálise com a questão racial. De forma inovadora e potente, a psiquiatra e psicanalista Neusa Santos Souza dedicou um estudo acadêmico à vida emocional de negros e negras, justificado pela absoluta ausência de um discurso nesse nível elaborado pelo negro acerca de si mesmo. Partindo da própria experiência de ser negra numa sociedade de hegemonia branca, Neusa analisa uma série de depoimentos dados a ela, assinalando neles as consequências brutais do racismo e da introjeção do padrão branco como o único caminho de mobilidade social para o negro. São histórias de vida de dez personagens que se autodefinem e falam das estratégias para a ascensão, cujo custo emocional é o da sujeição, negação e apagamento de suas identidades, sua cultura e seus corpos. Intelectual brilhante, Neusa Santos Souza deixou imensa contribuição para o movimento negro e a prática psicanalítica.
Com erudição e muita sensibilidade, o livro mostra como a fabricação de diferenças é parte constitutiva das relações de poder e explora densamente as polêmicas em torno de questões de gênero, desvelando a revolução que esse conceito empreendeu na área dos estudos sobre a mulher. Na contramão da vitimização ou da suposição de uma cultura de resistência ao patriarcado, a obra está ancorada no escrutínio das formas específicas que a dominação assume em diferentes contextos sociais. Tecendo os nexos entre as abordagens de cunho estrutural e as experiências como produtoras de sujeitos, temos aí um convite irrecusável para a revisão da ideia da mulher como pertencente a um grupo homogêneo e unitário e para as análises interessadas na pluralidade e na historicidade das experiências femininas.
Trabalhar na saúde engloba uma multiplicidade de atores e uma diversidade de processos nos serviços públicos, seja na Estratégia Saúde da Família, nos ambulatórios, nos hospitais ou nas emergências. Aos médicos e às equipes de enfermagem, somam-se os agentes comunitários de saúde.Uma análise, ao mesmo tempo, abrangente e detalhada sobre essa complexa realidade é o que oferece esta coletânea, que combina teoria e prática para lançar luz sobre uma série de questões polêmicas, como o sofrimento e o desgaste físico e psíquico vivenciados pelos trabalhadores da saúde; o paradoxo entre a missão de cuidar e a ausência de meios; e a necessidade de ‘invenções’ cotidianas para atender às expectativas dos usuários.
"O cuidado e seus desafios para a formação profissional, na melhoria da qualidade nos serviços de saúde e na experiência relacional. Esses aspectos estão presentes nos 16 artigos da coletânea Organização do Cuidado e Práticas em Saúde: abordagens, pesquisas e experiências de ensino, da Editora Fiocruz, organizado por Marilene de Castilho Sá, Maria de Fátima Lobato Tavares e Marismary Horsth De Seta. Os textos apresentados trazem interessantes análises que deslocam o olhar organizativo clássico, disciplinador de corpos e racionalizador de recursos, para expor processos sociais que revelam sofrimentos e desigualdades dos indivíduos, das populações e também dos profissionais. "
Em meio aos muitos desafios causados pela pandemia de Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, ao longo do ano de 2020, que as fake news e a desinformação se propagam de forma tão rápida e tão perigosa como o vírus. Dessa forma, a divulgação da ciência ganhou, portanto, um papel essencial no enfrentamento à doença. A obra destaca também a importância da avaliação de projetos de divulgação científica, seja enquanto essas iniciativas ainda estão ocorrendo ou após terem sido finalizadas. Verificar se os objetivos desejados foram ou não atingidos é fundamental para uma visão ampliada de cada projeto e para obter resultados cada vez mais positivos.
Este livro reúne trabalhos desenvolvidos sobre os temas relacionados às projeções do perfil epidemiológico do país e a organização e gestão dos serviços de saúde, com o objetivo de apoiar o planejamento e a prospecção estratégica do sistema de saúde em âmbito nacional. A abordagem de prospecção estratégica adotada pela iniciativa Brasil Saúde Amanhã pretende expandir a capacidade de compreensão em relação a temas e situações emergentes fundamentais para o planejamento em saúde de médio e longo prazo.
“Diário da Pandemia” reúne registros cotidianos de historiadores sobre a Covid-19 no Brasil e no exterior. Na forma de um diário coletivo, a crise sanitária planetária é analisada à luz da história. A coletânea procura demonstrar que não compreenderemos bem novas epidemias e pandemias sem trabalhos históricos, e, sobretudo, sem pesquisas transdisciplinares especialmente atentas às inter-relações entre sistemas naturais e sociais. As contribuições dos historiadores no livro também abordam hábitos de higiene; relações de gênero e étnico-raciais; biomedicina; saúde pública; meio ambiente; práticas de cuidados e cura; relações internacionais; os interesses dos diversos atores sociais; poder e política; economia e desigualdade; as interseções entre ciência e sociedade; medo, dor, sofrimento e defesa da vida. Há temas de maior interesse e urgência aos habitantes do mundo de hoje?
Em 2021, estamos sob tempos sombrios, de retrocessos sociais e políticos, e também na saúde mental. Este livro parte da análise da conjuntura, crua e dura, reconhecendo as perdas e riscos, mas não “está tudo dominado”. A realidade tem contradições e brechas para resistir e até mesmo avançar. Esse é o objeto desse livro, mostrando projetos inovadores em saúde mental e luta antimanicomial. Parte da Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência (“Disabilidades”) da ONU, que no Brasil tem o mesmo status da Constituição Federal; das novas diretrizes da ONU e da Organização Mundial de Saúde; e dos avanços dos movimentos de direitos humanos e de usuários(as) de outros países, com novas ideias e práticas de protagonismo e direitos de usuários(as) e familiares.
O livro traz uma série de textos de profissionais da área da saúde materno-infantil. Oferece um panorama da atenção integrada às doenças prevalentes na infância, estratégia reconhecida pelo Ministério da Saúde. Na década de 90 foi criada e apresentada a profissionais que tinham envolvimento com a saúde materno-infantil em nosso país a estratégia AIDPI. desde então essa estratégia é preconizada pelo Ministério como prioritária para o atendimento à infância em âmbito nacional.
O enfraquecimento da crítica sistêmica da esquerda é hoje uma das principais fragilidades da luta contra o avanço do conservadorismo, do autoritarismo, do racismo, da xenofobia, da intolerância e do neofascismo. Valorizar horizontes utópicos de outras formas sociais não é irrealismo ou expressão de impotência política: é resgatar bússolas indispensáveis para direcionar e estimular lutas antigas e novas. No Brasil de Bolsonaro, o debate sobre Bem Viver, decrescimento, comuns, ecofeminismo, direitos da Mãe Terra e desglobalização, proposto neste livro, oferece oxigênio para uma esquerda que precisa se revigorar, e, principalmente, se reinventar.
O livro reúne um conjunto diverso de estudos sobre diversidade sexual e de gênero, com uma seleção abrangente e inédita de trabalhos que marcam o conhecimento que se produziu sobre gênero e sexualidade nos últimos 20 anos nas ciências humanas, incluindo saúde coletiva, ciências sociais, direito, educação, psicologia e serviços sociais. Diante dos enfrentamentos colocados pelo cenário atual, os textos convidam à releitura das primeiras duas décadas deste século e apresentam uma abordagem acessível de temas que atingiram grande refinamento conceitual e analítico.
Para os estudiosos do mundo agrário, os temas da sustentabilidade e do desenvolvimento são desafios constantes nas análises sobre territórios rurais em diversos países. Compreender essas unidades espaciais, suas relações e dimensões não é tarefa fácil para as pessoas envolvidas na pesquisa do tema. Estudando casos no Equador, África do Sul, Gana, Índia, China e Indonésia, Scoones apresenta uma abordagem dos meios de vida em comunidades rurais ampliada pela economia política. Discute, entre outros temas, a desigualdade, pobreza, direitos, trabalho decente, qualidade de vida, bem estar, desenvolvimento humano, empoderamento e classes sociais, o autor aprofunda o debate teórico e traz novas perspectivas para os estudos das comunidades rurais no Brasil.
Fruto dos primeiros anos de trabalho cooperativo no âmbito da Rede Ibero-americana de Pesquisa em Ambiente e Sociedade, este livro aborda o tema das mudanças ambientais e climáticas em áreas protegidas e vulneráveis a partir de um amplo grupo de pesquisadores de diferentes países. Lançado por ocasião do cinquentenário da Unicamp, as contribuições aqui trazidas buscam refletir sobre questões-chave da vida contemporânea: por que, afinal, continuamos atrelados a um modelo de desenvolvimento baseado na emissão de carbono se já há evidência suficiente de que isso contribui para ameaçar os sistemas sociais e ecológicos? Por que, diante de tais evidências, as políticas públicas de enfrentamento do problema não surtem o efeito esperado nos diferentes países?
O livro traz a experiência do autor em sua convivência com os Wari’ (ou Pacaás Novos), povo indígena mais numeroso no estado de Rondônia, com cerca de 2.700 indivíduos. Apresenta, em linguagem precisa e agradável, uma abrangente descrição das condições de alimentação e nutrição locais, levando em consideração a especificidade cultural das comunidades amazônicas. A obra demonstra o quão importante é não prescindir de cuidadosa contextualização dos achados no conjunto das práticas nativas e das ideias que as orientam, seja qual for o campo sob investigação.
Entre as diversas crises emergidas no contexto da Covid-19, a saúde dos povos indígenas no Brasil foi uma das mais preocupantes e debatidas. "A pandemia tornou ainda mais evidentes as deficiências que permanecem na atenção à saúde indígena e a sua frágil articulação com os demais níveis de complexidade da rede SUS", destacam os organizadores e pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).
Byung-Chul Han mostra que a sociedade disciplinar e repressora do século XX descrita por Michel Foucault perde espaço para uma nova forma de organização coercitiva: a violência neuronal. As pessoas se cobram cada vez mais para apresentar resultados - tornando elas mesmas vigilantes e carrascas de suas ações. Em uma época onde poderíamos trabalhar menos e ganhar mais, a ideologia da positividade opera uma inversão perversa: nos submetemos a trabalhar mais e a receber menos. Essa onda do eu consigo e do yes, we can tem gerado um aumento significativo de doenças como depressão, transtornos de personalidade, síndromes como hiperatividade e burnout. Este livro transcende o campo filosófico e pode ajudar educadores, psicólogos e gestores a entender os novos
A ética protestante e o espírito do capitalismo aborda um problema, geralmente, de difícil apreensão:o condicionamento do surgimento de uma“disposição econômica” – do “ethos” de uma forma econômica – por determinados conteúdos de fé religiosos, e isso a partir do exemplo das relações do ethos econômico moderno com a ética racional do protestantismo ascético. Nesta edição, busca-se com a inclusão das“Anticríticas” e dos demais escritos sobre o protestantismo contribuir para o entendimento das suas principais teses e também para uma reconstrução da história da sua recepção.
Em uma conferência dada em Montreal logo após a publicação de Vigiar e punir, Michel Foucault responde a uma pergunta que lhe foi feita: Existem “alternativas” para a prisão? Foucault duvida que a crescente imposição de condições restritivas fora do recinto prisional seja um sinal de ruptura com o encarceramento; na verdade, parece que o progressismo criminoso e o desenvolvimento de técnicas de vigilância caminham lado a lado. Portanto, não se trata tanto de inventar “alternativas”, mas de saber se se deseja difundir ou diminuir o controle social.
Métodos de Pesquisa em Comunicação mergulha no cotidiano da pesquisa explorando desde questões metodológicas básicas como a criação de um Projeto de Pesquisa ou técnicas para conseguir dados, até aspectos práticos da vida acadêmica como planejar uma apresentação em um evento, se preparar para uma banca de defesa ou publicar seu trabalho. Em uma linguagem leve e dinâmica, com vários exemplos práticos, o livro mostra como transformar perguntas em resultados.
Primeira publicação brasileira sobre biossegurança chega à segunda edição com novos capítulos e atualizações. Aborda desde a história das revoluções sanitárias, que levaram a Humanidade a enfrentar epidemias e desenvolver as noções de transmissão, contágio e prevenção de doenças, até questões das últimas descobertas científicas e tecnológicas. Aplicações da internet em biossegurança e acidentes em unidades de assistência médica estão entre os novos temas em debate. Discute, ainda, a criação de mapas de riscos, segurança em biotérios, ergonomia e biossegurança em laboratórios, política de biossegurança, biotecnologia e doenças emergentes.
Este livro descreve e compara as principais políticas públicas implementadas na Argentina e no Brasil no período 2003-2020, em diferentes áreas. Inclui uma análise das principais políticas de: educação, social, saúde, trabalhista, fiscal, cambial, industrial, inovação tecnológica, regulação, agrícola, energia e meio ambiente. Se identificam também os instrumentos políticos que ajudaram a resolver diferentes problemas em cada país e se alinham às experiências aprendidas. Além disso, são identificados os problemas ainda não resolvidos em cada área e os principais desafios de políticas públicas a serem enfrentados no futuro imediato.
De forma inusitada, este livro possibilita reconstruir e alargar histórias do campo psicanalítico, da saúde mental e da luta antirracista. Ele inscreve uma história científica e política na qual a presença negra é fundadora, decisiva. Nesse sentido, as iniciativas de Juliano Moreira, Virgínia Bicudo, dona Ivone Lara, Lélia Gonzalez, Neusa Santos, Diva Moreira, Sônia Barros e Maria Lúcia da Silva dão lastro para o que produzimos hoje. Como guardião e memória de parte da história negra, torna-se uma leitura permanentemente à disposição, na qual alinhavar histórias, entrever continuidades e convergências entre essas personalidades torna-se vital e vitalidade. Vitalidade porque possibilita aprendizado para todes.
Com uma linguagem inédita em seu gênero, a obra traz uma conversa entre os dois autores sobre doenças da alma, como melancolia, inveja, culpa, além de abordar o poder mítico do médico, o poder da cura pela palavra e a questão da felicidade que parece ser, como diz Guimarães Rosa, “ um raro momento de distração”. Uma leitura fluente e inspiradora, indispensável para todos os que, de vez em quando, gostam de parar para refletir sobre as grandes e pequenas questões da vida
Os muitos desafios e crises que marcam os tempos pandêmicos podem ser narrados por meio de recursos diversos. As figuras de linguagem (incluindo a ironia, a alusão, o paradoxo), as ambiguidades, o exercício da crítica e até mesmo o humor e o alívio cômico são alguns desses vários recursos presentes em Ensaios Fora do Tubo: a saúde e seus paradoxos. Luis Castiel reflete sobre as precarizações - econômica, social, sanitária, entre outras - e as muitas crises que nos afetam em meio ao que chama de pandemência.
O livro analisa os tipos de cuidados que recebem os sofredores psíquicos e suas famílias, usuários de serviços de saúde mental de uma comunidade urbana: o modelo de atenção é padronizador, condicionando e determinando comportamentos e desconsiderando a autonomia e a liberdade como elementos de expressão do sofrimento.
O livro oferece uma série de propostas e abordagens para profissionais do SUS, além de estudantes e pesquisadores. São contribuições sobre aspectos sócio-históricos, teórico-conceituais, jurídicos e práticos que possam ampliar os debates acerca do trabalho infantil. De forma ampliada, a obra busca contribuir para uma visão em que a atenção integral à saúde seja efetivamente reconhecida como um direito universal.
Como viver uma experiência pandêmica no século XXI e quais são os contextos que informam e são informados por ela? Em sociedades globalizadas, mas ainda com impasses e oportunidades em dimensão nacional e local, abarcando sistemas de saúde, organização política, social e cultural, a pandemia de Covid-19 exige uma apreensão ampla e profunda desses significados, abarcando as diversas experiências do viver humano. Sobre a pandemia é uma obra aberta, voltada para um público de todas as gerações e formações. É um registro fundamental para se compreender, na voz de seus autores, as pistas deixadas pelo passado, as experiências vividas pelo presente e as expectativas depositadas sobre os tempos que virão. Sobre a pandemia é uma coletânea que objetiva reunir intelectuais de distintas áreas do pensamento científico, preocupados em traduzir as interações e tensões em torno da pandemia Covid-19. Ao enfrentar os mares revoltos desse tempo presente, em que a existência humana e não humana se defronta, as interpretações aqui elencadas jogam luz sobre as incertezas e os impasses, mas, igualmente, sobre as iniciativas e as retomadas de sentido diante do homem, suas formas de viver, adoecer e, na sua extensão, de sua própria morte. Tempos, pessoas e narrativas se entrecruzam no esforço de constituição possível da retomada da esperança e de um coletivo futuro possível, mesmo que esteja tatuado em nossas mentes o desafio que Hanna Arendt pressagiou para a sociedade que se inscrevia no século XX: Nossa herança nos foi deixada sem nenhum testamento.
Compreender, a partir de abordagem respeitosa, os elementos que cercam o fenômeno da gestação adolescente no Brasil, desvinculando o tema de discursos moralizantes ou que culpabilizem as mulheres. É com esse intuito que a Editora Fiocruz lança Gravidez na Adolescência: entre fatos e estereótipos, livro que integra a coleção Temas em Saúde.
Publicação se dedica a desbravar as contradições relacionadas à economia política, comunicação, políticas públicas de saúde e educação, além da condição geral dos trabalhadores, aprofundadas em tempos da pandemia da Covid-19. Livro reúne artigos de professores e pesquisadores da Escola Politécnica e também das Universidades do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Federal Fluminense (UFF), Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Rio de Janeiro:
O patriarcado do salário, da filósofa italiana Silvia Federici, traz ao leitor uma série de artigos que abordam a relação entre marxismo e feminismo do ponto de vista da reprodução social. Retomando diversas discussões presentes nas obras de Karl Marx e Friedrich Engels, a autora aponta como a exploração de trabalhos como o doméstico e o de cuidados, exercido sem remuneração pelas mulheres, teve e tem papel central na consolidação e na sustentação do sistema capitalista.Revisitando a crítica feminista ao marxismo e trazendo para o debate perspectivas contemporâneas sobre gênero, ecologia, política dos comuns, tecnologia e inovação, Federici reafirma a importância da linguagem, dos conceitos e do caráter emancipador do marxismo. Ao mesmo tempo, esclarece por que é preciso ir além de Marx e repensar práticas, perspectivas e ativismo a fim de superar a lógica social baseada na propriedade privada e desenvolver novas práticas de cooperação social.
O que hoje chamamos de crescimento é, na realidade, uma proliferação cancerígena e sem rumo. Vivemos atualmente um delírio de produção e de crescimento que se parece com um delírio de morte. Ele simula uma vitalidade que oculta a proximidade de uma catástrofe mortal. A produção se assemelha cada vez mais a uma destruição. É possível que a autoalienação da humanidade tenha atingido um grau tal que ela experimentará seu próprio aniquilamento como um gozo estético.
A política brasileira de HIV/Aids é tida como um exemplo de política pública bem-sucedida e reconhecida em todo o mundo. Ativismo Patrocinado pelo Estado: burocratas e movimentos sociais no Brasil democrático ajuda a compreender esse fenômeno, incluindo suas etapas, lutas, resistências, mobilizações e desafios. Escrito pela cientista política norte-americana Jessica A. J. Rich, o título é uma tradução - feita por Maria Lucia de Oliveira - de State-Sponsored Activism: Bureaucrats and Social Movements in Democratic Brazil, publicado em 2019 pela Cambridge University Press.
O livro Ciência do comportamento alimentar surgiu da necessidade de diálogo entre diferentes áreas científicas sobre o comportamento alimentar humano. Apresenta conceitos, teorias, modelos e estratégias de mudança de comportamento, com abordagens biológicas, psicológicas, sociais e culturais.
Clínica comum é uma produção coletiva. Após dez anos de atividades de ensino e cuidado, 38 autores, entre professores, estudantes e trabalhadores, que participam da proposta pedagógica do módulo Clínica integrada: produção do cuidado, oferecido pelo eixo comum Trabalho em Saúde do campus Baixada Santista da Unifesp se dedicaram a escrever acerca desta experiência. Desde 2006, quando o campus Baixada Santista da Unifesp começou suas atividades com as graduações de Educação Física, Fisoterapia, Nutrição, Psicologia e Terapia Ocupacional, um determinado modo de formação em saúde foi sendo construído. O eixo Trabalho em Saúde, comum a esses cursos, optou por um aprendizado na experiência, em que conhecimento e intervenção estivessem imbricados em ato e a experimentação fosse constante. No livro Clínica comum: itinerários de uma formação em saúde (2013), tratamos do ideário e das primeiras análises desta proposta formação que denominamos entreprofissional. Agora, passada a primeira década, apresentamos outro decantado deste percurso. Quisemos compartilhar, com este livro, algumas cenas desta clínica comum vivida por estudantes, docentes, equipes dos serviços e usuários, no mister de inventar e apoiar possibilidades de vida menos restritivas e mais prazerosas. Cenas de formação e cuidado envolvidas em inquietudes, precariedades, questões e tentativas de elaboração: companhias de nosso ensinar e aprender. A heterogeineidade dos textos se fez à semelhança dos seus autores de diversas áreas da saúde. Todes buscando pôr em debate esta experiência inovadora e desafiante, escrita a dezenas de mãos, olhos, ouvidos e pés; muitos corpos que percorrem os caminhos do cuidado e da formação em saúde.
Livro que destaca o legado da psiquiatria rebelde de Nise da Silveira (1905-1999). A obra é um desdobramento da premiada pesquisa de doutorado desenvolvida pelo antropólogo Felipe Magaldi no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGAS/MN/UFRJ). Ganhador do Prêmio Capes de Tese 2019, nas áreas Antropologia/Arqueologia, o autor apresenta aos leitores o que ele mesmo chama de Admirável Mundo Nise, mostrando a fascinante vida da psiquiatra alagoana e sua complexa relação com a luta antimanicomial no Brasil. O título aborda a trajetória e a memória da doutora Nise, com foco em seu trabalho no Rio de Janeiro, a partir da década de 1940 até os dias atuais, em que permanece inspirando novas políticas públicas e produções culturais. O livro revela como o trabalho da médica se destacou pelo combate às intervenções biomédicas violentas e pela defesa de atividades artísticas e expressivas como forma de tratamento em saúde mental. Magaldi destaca que, para se aprofundar no legado da psiquiatra, mergulhou nas produções bibliográfica, documental e memorialística preexistentes sobre o trabalho dela. Também realizei entrevistas com os seus colaboradores vivos e, principalmente, realizei um trabalho de campo, etnográfico, nas instituições vinculadas à memória e ao legado de Nise da Silveira, revela. Entre as instituições exploradas durante a pesquisa de Magaldi, destacam-se o Instituto Municipal de Assistência à Saúde Nise da Silveira, em Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, onde estão localizados o Museu de Imagens do Inconsciente e a ocupação artística Hotel da Loucura. A Casa das Palmeiras, no bairro de Botafogo, também é um desses importantes espaços do legado nisiano. Uma personagem que jamais se dobrou aos saberes hegemônicos Em sua imersão pelo mundo da médica alagoana, realizado na interseção entre antropologia e história, Felipe Magaldi busca analisar as ideias originais de Nise. Com o livro
Uma parábola sobre os tempos atuais, por um de nossos maiores pensadores indígenas. Ailton Krenak nasceu na região do vale do rio Doce, um lugar cuja ecologia se encontra profundamente afetada pela atividade de extração mineira. Neste livro, o líder indígena critica a ideia de humanidade como algo separado da natureza, uma humanidade que não reconhece que aquele rio que está em coma é também o nosso avô. Essa premissa estaria na origem.
O livro Cuidados paliativos: uma questão de direitos humanos, saúde e cidadania busca agregar os conceitos essenciais, tão escassos na literatura corrente, sobre a relação entre a valorização da dignidade ditada pelos direitos humanos e a obtida com a prática do paliativismo. Indo além do comum para explicitar os cuidados paliativos, a obra não se limita apenas ao trato dos pacientes com doenças avançadas, mas oferece um olhar completo sobre a prática na atualidade. Cuidados paliativos são cuidados integrais, realizados por equipes multidisciplinares, prestados a pessoas portadoras de doenças graves e avançadas, sem perspectiva de cura, sendo também extensivos as suas respectivas famílias, com base na técnica, no diálogo, na fraternidade e na compaixão. Reduzir tais cuidados apenas à proximidade da morte é olhar uma obra de arte por um único ângulo na penumbra. É necessário aspirar mais, muito mais e a leitura deste livro nos ajuda no desafio da busca de uma visão global. Para tanto, sintetizam-se a relação entre estes cuidados e os campos de estudo da ética, bioética, desenvolvimento histórico, direito, filosofia, protagonismo do paciente e formulação de políticas públicas. Tal feito conta com a colaboração de profissionais de diferentes áreas, militantes e estudiosos de cuidados paliativos, de forma que a compreensão da necessidade da universalização do acesso a essa prática e o enfrentamento dos desafios para tal no Brasil possuem caráter essencial na busca por uma saúde pública ética e igualitária para todos. Trata-se de um livro com linguagem compreensível, fácil, com sólida base acadêmica, indicado a todos que pretendam adentrar no universo dos cuidados paliativos.
Odeio os indiferentes é uma coletânea de artigos escritos ao longo de 1917 pelo então jovem jornalista italiano Antonio Gramsci 1891-1937. Os textos escolhidos foram publicados nos jornais socialistas Il Grido del Popolo O grito do povo e Avanti! [Avante!] e no folhetim La Città Futura, da Federação Juvenil Socialista, que, escrito inteiramente por Gramsci, contém o artigo que dá título à obra. Grande parte dos textos selecionados é inédita em português. Seguindo a linha cronológica do conturbado ano de 1917, a coletânea apresenta as divergências sobre socialismo e revolução entre Gramsci e o Partido Socialista Italiano, o PSI, do qual o filósofo era membro; perpassa os acontecimentos da Revolução Russa; traz análises sobre os bolcheviques e seu líder, Vladimir I. Lênin; expõe críticas e diagnósticos sobre a Primeira Guerra Mundial; e oferece previsões sobre os rumos do socialismo italiano. Além dos artigos, o volume traz todo um aparato crítico elaborado pelos tradutores: texto de apresentação, notas de rodapé e cronologia da vida e da obra do pensador marxista.
A questão dos refugiados tem ganhado holofotes pelo mundo inteiro, mas o preconceito, a xenofobia, as fake news e o medo frequentemente atrapalham a discussão. Para auxiliar na compreensão desse tema tão complexo e combater a desinformação, as jornalistas Aryane Cararo e Duda Porto de Souza reuniram histórias de vida emocionantes, de pessoas de mais de quinze nacionalidades, que vieram para o nosso país pelos mais variados motivos -- desde dificuldades financeiras até perseguição baseada em raça, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero ou opinião política --, todas em busca de um lugar onde pudessem de fato viver. Com uma linguagem acessível, a obra também traça um panorama histórico do refúgio no Brasil e no mundo, apresentando conceitos e dados, e traz infográficos sobre os principais conflitos que geraram esses fluxos migratórios. O resultado é um material humano e sensível, que dá voz a quem precisa ser ouvido e celebra as diferenças que tornam nossa nação tão plural.
Uma das ensaístas e feministas mais relevantes da atualidade, Rebecca Solnit examina os principais temas que permeiam o debate contemporâneo — do assédio sexual à crise climática. Quem escreve as narrativas de nossos tempos? Em cada debate, uma batalha está sendo travada: de um lado, mulheres e pessoas não brancas, não binárias e não heterossexuais finalmente podem contar a história com sua própria voz; de outro, pessoas brancas — sobretudo do gênero masculino — se apegam às versões de sempre, que contribuem para manter seu poder e status quo. Em vinte ensaios atualíssimos, a autora de Os homens explicam tudo para mim e A mãe de todas as perguntas avalia essas discussões, por que elas importam e quais são os desafios que temos pela frente.
Nascer, crescer e adoecer são experiências inscritas em um determinado momento histórico e contexto social. E o adoecimento infantil vem, nas últimas décadas, sofrendo alterações: com os avanços tecnológicos e clínicos constituídos desde então, observa-se uma transição do perfil agudo para um perfil crônico, com longa duração e demandas de cuidados contínuos. Essa nova realidade impacta na vida das famílias, no cotidiano hospitalar, nas redes de serviços e nas políticas públicas. O livro pretende assim apresentar e discutir tais questões, instrumentalizando os profissionais que trabalham nesse segmento aos novos desafios postos pela realidade social.
Livro que conta o processo de criação da série de TV Unidade Básica, de Helena Petta, já em sua segunda temporada e televisionada por um importante canal de TV a cabo. Helena analisa no livro os limites e as potencialidades gerados pelo diálogo entre o campo da Saúde Coletiva e a comunicação na grande mídia, baseando-se na descrição densa do processo de elaboração da série em suas diversas etapas desenvolvimento; pré-produção, filmagem, edição dos episódios e divulgação, depoimentos de informantes-chave (profissionais envolvidos na produção da série e repercussões colhidas na mídia e redes sociais de forma não sistemática. O material empírico da pesquisa foi produzido e interpretado à luz de conceitos reconstrutivos considerados relevantes no campo da Saúde Coletiva e com pano de fundo o Sistema Único de Saúde SUS, eis um instrumento que pode ser usado na formação dos profissionais de saúde e a todo o público admirador da série.
Consagrado autor de Mauá e História da Riqueza no Brasil, Jorge Caldeira se uniu a Julia Sekula e Luana Schabib para apresentar análises econômicas amparadas em gráficos, infográficos e mapas até então pouco conhecidos, revelando o que o mundo já fez, tem feito e está projetando para este novo futuro.
Tudo para mostrar um novo potencial, aquele em que a natureza preservada está no centro da criação de valor econômico.
Em maio de 2020, a Fundação Oswaldo Cruz completou 120 anos de existência em meio à maior emergência sanitária do último século. Mais um entre os tantos desafios atravessados pela instituição que, diante da pandemia causada pelo novo coronavírus, reforça a sua importância para a ciência, a inovação e as pesquisas em saúde pública no Brasil. Mesmo em um ano de inúmeras dificuldades e incertezas trazidas pela Covid-19, o aniversário da Fiocruz não passou em branco e, além de homenagens e ações de celebração, uma publicação especial sobre a sua história chega ao público em versão atualizada: a reimpressão comemorativa de Manguinhos do Sonho à Vida: a ciência na Belle Époque.
Por que fazer um livro sobre encarceramento, sistema de Justiça Criminal punitivo e feminismo negro? Qual é o ponto de conexão entre estas pautas? Por que prisão, punição, superencarceramento interessa às mulheres, prioritariamente às mulheres negras? Pode parecer fora de lugar falar em racismo, machismo, capitalismo e estruturas de poder em um país que tem em seu imaginário a mestiçagem e a defesa como povo amistoso celebrada internacionalmente. Contudo, parece absolutamente pertinente refletir, escrever, falar e ...
Quisemos neste volume 10 da coleção trazer à tona os relatos vivos e encarnados de casos e causos, mostrar como e com quais referências as práticas contemporâneas vêm organizando-se na Rede de Atenção Psicossocial Brasileira (Raps). E pôr em evidência que essa rede é tecida de inúmeros dispositivos e serviços e alicerçada em bons repertórios teóricos. Optamos aqui pelo destaque dos serviços tipo Caps, em suas diferentes modalidades, dos leitos de Saúde Mental em Hospital Geral e de equipamentos e estratégias ligadas à Atenção Básica pela função intrínseca que a clínica tem em sua fundação e manutenção, sem com isso negar que diferentes perspectivas terapêuticas e de clínica(s) também podem produzir-se em outros pontos de atenção.
Neste pequeno manual, a filósofa e ativista Djamila Ribeiro trata de temas como atualidade do racismo, negritude, branquitude, violência racial, cultura, desejos e afetos. Em onze capítulos curtos e contundentes, a autora apresenta caminhos de reflexão para aqueles que queiram aprofundar sua percepção sobre discriminações racistas estruturais e assumir a responsabilidade pela transformação do estado das coisas. Já há muitos anos se solidifica a percepção de que o racismo está arraigado em nossa sociedade, criando desigualdades e abismos sociais: trata-se de um sistema de opressão que nega direitos, e não um simples ato de vontade de um sujeito. Reconhecer as raízes e o impacto do racismo pode ser paralisante. Afinal, como enfrentar um monstro desse tamanho? Djamila Ribeiro argumenta que a prática antirracista é urgente e se dá nas atitudes mais cotidianas. E mais ainda: é uma luta de todas e todos.
Eu hesitei por algum tempo em publicar um volume de ensaios voltado exclusivamente para a questão da “reprodução”, já que me parecia artificialmente abstrato separá-la dos variados temas e lutas aos quais tenho dedicado meu trabalho ao longo de tantos anos. Há, no entanto, uma lógica por trás do conjunto de textos nesta coletânea: a questão da reprodução, compreendida como o complexo de atividades e relações por meio das quais nossa vida e nosso trabalho são reconstituídos diariamente, tem sido o fio condutor dos meus escritos e ativismo político. A confrontação com o “trabalho reprodutivo” — entendido, primeiramente, como trabalho doméstico — foi o fator determinante para muitas mulheres da minha geração, que cresceram após a Segunda Guerra Mundial. Depois de dois conflitos mundiais que, no intervalo de três décadas, dizimaram mais de 70 milhões de pessoas, os atrativos da domesticidade e a perspectiva de nos sacrificarmos para produzir mais trabalhadores e soldados para o Estado não faziam mais parte do nosso imaginário. Na verdade, mais do que a experiência de autoconfiança concedida pela guerra a muitas mulheres — simbolizada nos Estados Unidos pela imagem icônica de Rosie the Riveter [Rosie, a rebitadeira] —, o que moldou nossa relação com a reprodução no pós-guerra, sobretudo na Europa, foi a memória da carnificina na qual nascemos. Este capítulo da história do movimento feminista internacional ainda precisa ser escrito. No entanto, ao recordar-me das visitas que fiz com a escola, ainda criança na Itália, às exposições nos campos de concentração, ou das conversas na mesa de jantar sobre a quantidade de vezes que escapamos de morrer bombardeados, correndo no meio da noite à procura de abrigo sob um céu em chamas, não posso deixar de me questionar sobre o quanto essas experiências pesaram para que eu e outras mulheres decidíssemos não ter filhos nem nos tornar donas de casa. […] Atualmente, sobretudo entre mulheres mais jovens, essa problemática pode pa
Na coletânea de ensaios críticos reunidos em Olhares negros, bell hooks interroga narrativas e discute a respeito de formas alternativas de observar a negritude, a subjetividade das pessoas negras e a branquitude. Ela foca no espectador em especial, no modo como a experiência da negritude e das pessoas negras surge na literatura, na música, na televisão e, sobretudo, no cinema, e seu objetivo é criar uma intervenção radical na forma como nós falamos de raça e representação. Em suas palavras, os ensaios de Olhares negros se destinam a desafiar e inquietar, a subverter e serem disruptivos. Como podem atestar os estudantes, pesquisadores, ativistas, intelectuais e todos os outros leitores que se relacionaram com o livro desde sua primeira publicação, em 1992, é exatamente isso o que estes textos conseguem.
A produção acadêmica e intelectual de Giovana Xavier em Você pode substituir não lembra a sisudez a que o Brasil nos acostumou. Mesmo quando enfileira complexas teorias, ela é clara - melhor dizendo, escura. É perspicaz e cirúrgica. É divertida, ora irônica. É generosa. De todos os substantivos que compõem o balaio de qualidades de Giovana, a generosidade é a mais evidente. Ela não só nomeia as pensadoras diplomadas que a influenciaram, de Kimberlé Crenshaw a bell hooks, de Conceição Evaristo a Djamila Ribeiro, mas também reconhece e louva a intelectualidade de mulheres que a desigualdade, o machismo e o racismo brasileiros teimavam em invisibilizar. Giovana inova com sua profissão de fé na História em primeira pessoa. Provoca ao apontar o bolor das interpretações estereotipadas. Ousa ao teorizar sobre surfe, rap, férias, rebolado, orixá, literatura, Baco Exu do Blues, teatro - tudo junto e misturado. Cruza territórios, escrutina personagens, reinterpreta narrativas. Seu livro, como ela, é reflexão vezes nove. Aperte o cinto e viaje.
O livro Corpo com deficiência em busca de reabilitação? A ótica das pessoas com deficiência física tem por objetivo principal discutir o que é Reabilitar. A reflexão sobre o tema considera os testemunhos de Nina, Sérgio e José Roberto, que ao relatarem suas histórias de vida e vivências nos serviços de reabilitação, nos provocam a questionar as premissas epistêmicas e éticas nas quais estão arquitetadas as práticas dessa área no campo da saúde. A proposta do texto é compreender o imaginário social que se tem sobre o corpo com deficiência na nossa sociedade, como a influência positivista e cartesiana se manifesta nas ações técnicas sobre o corpo com deficiência, na organização dos serviços e nos modelos assistenciais de reabilitação. Os depoimentos oferecem pistas valiosas para o rompimento com as propostas organicistas e reducionistas de reabilitação, apresentam sugestões na direção de abordagens que considerem o corpo com deficiência como dotado de desejo e de voz, que é afetado pelos bons e maus encontros, que está em relação com outros corpos e com o mundo de forma política, no sentido espinosano do termo. Trata-se de um livro para profissionais da saúde e da reabilitação, para educadores e para outras pessoas e profissionais que se interessem pelo tema.
Por que voltar a falar, hoje, sobre caça às bruxas? Em Mulheres e caça às bruxas, Silvia Federici revisita os principais temas de um trabalho anterior, Calibã e a bruxa, e nos brinda com um livro que apresenta as raízes históricas dessas perseguições, que tiveram como alvo principalmente as mulheres. Federici estrutura sua análise a partir do processo de cercamento e privatização de terras comunais e, examinando o ambiente e as motivações que produziram as primeiras acusações de bruxarias na Europa, relaciona essa forma de violência à ordem econômica e argumenta que marcas desse processo foram deixadas também nos valores sociais, por exemplo, no controle da sexualidade feminina e na representação negativa das mulheres na linguagem. A partir desse debate, a autora nos mostra como as acusações e a punição de “bruxas” se repete na atualidade, especialmente em países como Congo, Quênia, Gana e Nigéria, na África, e Índia. Com apresentação da estudiosa Bianca Santana, a obra conta também com orelha de Sabrina Fernandes e quarta capa da socióloga Maria Orlanda Pinassi e quarta capa da socióloga Maria Orlanda Pinassi.
Resultado de pesquisa para a realização de tese de doutorado da autora Olivia Hirsch, o livro Parto Natural, Parto Humanizado: perspectivas de mulheres de camadas populares e médias se debruça sobre experiências de parto humanizado em dois diferentes segmentos sociais de uma metrópole do Brasil. Em um país que dissemina amplamente a prática de cesáreas agendadas, por que certas mulheres de camadas médias desejam um parto natural e humanizado, sem anestesias ou outros tipos de intervenção. Por outro lado, por que algumas mulheres de camadas populares abrem mão do atendimento por médicos e preferem ser atendidas exclusivamente por enfermeiras e obstetras? Ao buscar responder a essas e outras questões, a pesquisadora investigou - a partir de um universo composto de 37 gestantes e puérperas - mulheres sob diferentes contextos: das vinculadas a uma casa de parto pública às frequentadoras de um grupo de preparação para o parto. Jornalista de formação, Hirsch é doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), instituição na qual é docente do quadro complementar do Departamento de Ciências Sociais. A publicação em livro de sua tese de doutorado contribui, segundo a pesquisadora Sonia Giacomini afirma
Livro de fundamental importância em meio aos debates mais atuais do cenário sociopolítico nacional, Judicialização de Políticas Públicas no Brasil levanta debates e contribuições para "a compreensão dos processos pelos quais nosso sistema de justiça tornou-se um protagonista da política e das políticas, bem como de seus impactos sobre uma gama variada de direitos individuais e coletivos", afirma a professora titular de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP), Marta Arretche. A obra reúne 12 artigos de juristas e especialistas nos campos das ciências sociais e política e do direito, dialogando sobre temas como as bases institucionais dos processos de judicialização das políticas públicas no país, além de casos e desafios ligados à judicialização, englobando o direito à saúde e à moradia, questões de política habitacional e preservação ambiental, renda, assistência social, aborto, educação, igualdade de gênero e união homoafetiva. No time de renomados pesquisadores que compõem os estudos apresentados no livro estão Conrado Hübner Mendes, Fabiana Luci de Oliveira, Rogério Arantes, Luciana Gross Cunha e a organizadora, Vanessa Elias de Oliveira, doutora em Ciência Política pela USP e professora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da Universidade Federal do ABC (PGPP/UFABC). Para o professor da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, Oscar Vilhena Vieira, a coletânea apresenta uma contribuição fundamental para melhor compreender o papel das agências de aplicação, impulsionadas por uma constituição de natureza transformadora, na determinação das políticas públicas no campo social.
Uma das palestras mais assistidas do TED Talk chega em formato de livro. Para os fãs de Chimamanda, e para todos os que querem entender a fonte do preconceito. O que sabemos sobre outras pessoas? Como criamos a imagem que temos de cada povo? Nosso conhecimento é construído pelas histórias que escutamos, e quanto maior for o número de narrativas diversas, mais completa será nossa compreensão sobre determinado assunto. É propondo essa ideia, de diversificarmos as fontes do conhecimento e sermos cautelosos ao ouvir somente uma versão da história, que Chimamanda Ngozi Adichie constrói a palestra que foi adaptada para livro. O perigo de uma história única é uma versão da primeira fala feita por Chimamanda no programa TED Talk, em 2009. Dez anos depois, o vídeo é um dos mais acessados da plataforma, com cerca de 18 milhões de visualizações. Responsável por encantar o mundo com suas narrativas ficcionais, Chimamanda também se mostra uma excelente pensadora do mundo contemporâneo, construindo pontes para um entendimento mais profundo entre culturas.
A pesquisadora Raquel Paiva Dias-Scopel, do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), levanta questões sobre a valorização e respeito à diversidade étnica e cultural dos povos indígenas e a difícil interface com o processos de medicalização e do direito ao acesso aos serviços de saúde biomédicos. O livro é parte da Coleção Saúde dos Povos Indígenas, da Editora Fiocruz e partiu da tese de doutorado defendida em 2014 no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foi publicado pela primeira vez em 2015 pela Associação Brasileira de Antropologia com o título A Cosmopolítica da Gestação, Parto e Pós-Parto: práticas de autoatenção e processo de medicalização entre os índios Munduruku. No prefácio da primeira edição, sua orientadora, a doutora em antropologia e professora titular da UFSC, Esther Jean Langdon, ressalta que o conceito fundamental deste livro é da autoatenção, que aponta para o reconhecimento da autonomia e da criatividade da coletividade, principalmente da família, como núcleo que articula os diferentes modelos de atenção ou cuidado da saúde. O livro é parte da Coleção Saúde dos Povos Indígenas, da Editora Fiocruz e partiu da tese de doutorado defendida em 2014 no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foi publicado pela primeira vez em 2015 pela Associação Brasileira de Antropologia com o título A Cosmopolítica da Gestação, Parto e Pós-Parto: práticas de autoatenção e processo de medicalização entre os índios Munduruku. No prefácio da primeira edição, sua orientadora, a doutora em antropologia e professora titular da UFSC, Esther Jean Langdon, ressalta que o conceito fundamental deste livro é da autoatenção, que aponta para o reconhecimento da autonomia e da criatividade da coletividade, principalmente da família, como núcleo que articula os diferentes modelos de atenção ou cuidado da saúde.
O livro traz uma importante reflexão em torno de temas sobre política, planejamento e gestão em saúde, especialmente, aborda sobre a vigilância e a qualidade dos serviços hemoterápicos. Organizada em sete capítulos, a obra analisa desde questões históricas sobre ações de planejamento do Sistema Único de Saúde (SUS) aos seus desafios em proposições voltadas para a Política de Sangue e o fortalecimento da Hemorrede. Debate ainda, sobre as metodologias empregadas nos cursos sobre Planejamento e Gestão em Saúde. Assim, apresenta sobre as experiência...s da implementação do projeto Planeja Sangue, ...realizado em 2015, a partir da cooperação entre o Instituto de Saúde Coletiva (ISC) e a coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados. Portanto busca contribui com a reflexão de tais políticas buscando inovações para o fortalecimento das Hemorredes estaduais.
A originalidade do campo empreendido por Raquel Bastos nos possibilita um diálogo nem sempre convencional da Medicina Antroposófica em um contexto dominado pela Medicina “Moderna”. A Antroposofia nos é apresentada por Rudolf Steiner (1861-1925) no século XX, na Suíça, propondo a cura holística a qual engloba não só a existência física como a emocional e a espiritual.
Este livro oferece diferentes olhares sobre militância e formas de sociabilidade LGBT na Paraíba. Foi resultado de um projeto de extensão da Universidade Federal da Paraíba, com a colaboração de muitas pessoas e coletivos, buscando diálogos entre academia, ruas e ativismos. De histórias que contam a memória do movimento LGBT, passando pelas políticas públicas, até formas de ativismo e ocupação de diferentes espaços pela juventude, entre o sertão e o mar, muitas poéticas e políticas estão registradas aqui, com artigos escritos com diferentes estilos que mostram um belo caleidoscópio da diversidade sexual na Paraíba.
Este dicionário contempla cinquenta e nove verbetes ligados a conceitos ou categorias que permitem entender o fenômeno da financeirização e/ou que representam mediações que ajudam a examinar o desenvolvimento da dominância financeira e a inserção neste regime de empresas e grupos empresariais do setor saúde.
O livro parte de um problema específico, que se situa no confronto entre a política mundial de guerra às drogas e o direito universal preconizado pelo SUS. Ao longo do livro analisou-se esse confronto a partir da tensão entre dois paradigmas: o paradigma da Abstinência e o paradigma da Redução de Danos. Os dois conceitos travam batalha ao longo do livro, ora no subsolo por meio dos problemas que os fundamentam, ora na superfície pelas redes que os sustentam. O problema específico entre o campo da saúde e a política de guerra as drogas se apoia num problema mais amplo e geral: de que forma o problema posto à vida dos usuários de drogas diz respeito a uma problemática mais geral das tecnologias de governo da vida? Situar, historicamente, a emergência do “dispositivo drogas” se tornou a estratégia para confrontar a racionalidade neoliberal a perspectiva dos territórios marginais, junto à população em situação de rua, ali onde o direito universal se confronta com toda violência da guerra às drogas.
Eis um livro reflexivo que busca compreender o caráter do trabalho médico na atenção primária do SUS. A autora partiu do conceito marxiano de alienação e o desdobrou em outras abordagens, que tornam a alienação dinâmica, como expressão de várias modalidades de existir em sociedade. O objetivo é o trabalho médico e suas formas de envolvimento e afastamento (alienação) com os componentes do trabalho em saúde.
Esta obra reúne textos de pesquisadores e pesquisadoras nacionais e estrangeiras e representa uma oportunidade reflexiva para todos os que estão preocupados com o cuidar das pessoas, do mundo e com as teorias de cuidado e também com o uso de critérios de justiça. Ela é dedicada a todos aqueles e aquelas que sentem desafiados/as a ocuparem-se dos outros, Sejam ou estejam eles necessitados de cuidado por razões de doença, de processos migratórios, de pobreza e/ou de vulnerabilidades diversas. Ela está, igualmente, integrada a um tema, cujo escopo de práticas, experiências e necessidades está em plena expansão na economia de serviços internacionais.
Derivado de um projeto multicêntrico de pesquisa (CNPq, MCTIC e Decit/SCTIE/MS), o livro desvela vários aspectos centrais do CIS no Brasil, o mais dinâmico componente entre os que compõem a complexa política de saúde brasileira no âmbito público.
Coedição da PUC-Rio e Editora Fiocruz, o livro é resultado de anos de trabalho, estudos e da tese de doutorado de Pedro Muñoz. Esta obra original traz uma importante contribuição para o entendimento das relações entre os dois países numa perspectiva histórica transnacional, que tem como foco os entrelaçamentos e a circulação do conhecimento. Enriquecido por material levantado de fontes primárias no Brasil e na Alemanha, o estudo investigou as relações no campo da psiquiatria no período de 1900 a 1942, interrompidas pela Segunda Guerra Mundial. Neste período, circularam no Brasil os conceitos da psiquiatria, da neurologia e da psiquiatria genética alemãs – e o estudo mostra como e por quem foram apropriados. Ao enfocar o trânsito e a circulação dos cientistas em redes construídas em viagens, congressos, cursos e publicações, o autor inova, como descreve Cristiana Facchinetti na apresentação da obra. “A narrativa apresenta novos lances, outras perspectivas de leitura para uma história da psiquiatria, que ganha maior densidade ao discutir o crescimento do nazismo na Alemanha, a hegemonia das teorias degeneracionistas, biodeterministas e racialistas na medicina mental e suas repercussões e impasses para a psiquiatria brasileira”, afirma.
Ao expor a natureza e a força da agenda articulada de empresas, empresários da saúde e de suas entidades representativas, com o propósito de influenciar a formulação de políticas públicas, esta obra de Ialê Falleiros é fundamental para compreender as relações entre público e privado no sistema de saúde no Brasil no século XXI. Trata-se de contribuição relevante para o debate esclarecido sobre impasses contemporâneos que ameaçam a consolidação do Sistema Único de Saúde. (Mário Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo)
Nessa obra partimos da hipótese de que associado à recuperação econômica da região metropolitana do Rio de Janeiro em meados da década de 1990 estaria ocorrendo um processo de reestruturação espacial, marcado pela ocorrência da dispersão metropolitana e da reconfiguração da centralidade metropolitana. Na região metropolitana do Rio de Janeiro, a reestruturação espacial se evidencia a partir de um ponto de ruptura nas tendências seculares de concentração econômica e populacional na metrópole.
Relatório Dawson, Reino Unido, 1920. É lançada a divisão dos sistemas de saúde: atenção primária, secundária e terciária. Durante a primeira metade do século XX, essa doutrina vai se fortalecendo, e o que chama atenção nos melhores modelos de saúde é o fortalecimento da atenção primária. Conferência Mundial de Saúde, Alma-Ata, Cazaquistão, 1978. Estabelece-se a atenção primária como núcleo e principio central de todos os sistemas de saúde. A atenção primária é, na realidade, a verdadeira porta de entrada para qualquer serviço de saúde. Alinhada a esse princípio, criou-se uma nova especialidade médica, a Medicina de Família, ou seja, o médico de Família, que atende o indivíduo e sua Família, independentemente de idade, sexo ou tipo de alteração de saúde. À luz desses fatos, lança-se este livro, Medicina de Família e Comunidade - Fundamentos e Prática. Seu objetivo é transmitir conhecimentos especializados, inseridos nessa nova especialidade de Medicina. O livro tem sua equipe autoral formada por grupo de conceituados especialistas, apresenta 3 Editores, 99 Colaboradores, 9 Seções, 50 Capítulos, num total de 664 Páginas. Seu público-leitor é formado por Médicos de Família, e todos os que pelo tema se interessam: Clínicos, Residentes, Internos
Este não é mais um livro sobre política, é sim um livro para pensar a política e nos fazer lembrar que somos indispensáveis para que ela funcione. O entendimento da política como característica da vida humana tem se desgastado e isso faz com que se entenda a política como algo a ser evitado.
A obra reúne alguns estudos, distribuídos em dez capítulos, sobre saúde, ambiente e trabalho, numa perspectiva qualitativa, trazendo para o centro da investigação a análise de narrativas dos sujeitos implicados no processo de trabalho. Os capítulos articulam a práxis social com a lógica causal das ciências biológicas, humanizadas pelos sentidos dos sujeitos envolvidos, além do diálogo com a análise ergonômica do trabalho, que adquire destaque no processo de adoecimento.
Vários dos achados nesse livro comprovam que o trabalho no setor da saúde vem sendo caracterizado por situações de muitas tensão, provocando frequantes repercussões psicossociais sobre os trabalhadores do setor. Nota-se, ..., que os trabalhadores do SUS municipal vêm padecendo de sofrimento físico-mental diante das condições de precarização e intensidade do trabalho. O mais importante de tudo isso é que os autores não deixam, em nenhum momento, de articular muito bem essa degradante situação do trabalho em saúde com as transformações contemporâneas do modo de produção capitalista e de suas relações com a forma Estado no nosso país. Sem dúvida, trata-se de obra essencial para ampliar o horizonte daqueles ... preocupados com o campo do trabalho em saúde e não ficarem restritos a uma análise dissociada do perverso movimento totalizante do capital.
A série 'Povos Indígenas no Brasil' é a mais completa coleção sobre a história e a situação contemporânea de todos os povos indígenas que vivem no território brasileiro, e completa 37 anos de existência em 2017. O novo volume, concentrado no período de 2011 a 2016, é a 12a. Edição e publica amplo conjunto de informações compiladas e sistematizadas pela equipe de monitoramento do ISA desde o início dos anos 1980 e que atualmente integram um complexo sistema de dados georreferenciados em formato digital, tornando-a única. A edição atual traz artigos produzidos por diversos colaboradores - indígenas e não indígenas - com temas como: direitos indígenas; políticas indigenistas, legislação, terras indígenas, protagonismo indígena e outros, apresentado em 18 capítulos regionais. Destaque para a seção "Palavras indígenas", que abre o livro com depoimentos de doze mulheres indígenas.
"Neste livro o leitor encontrará uma extensa revisão bibliográfica de 2.477 textos publicados entre 2001 e 2013 (artigos, dissertações e teses) sobre violência e saúde. [...] O trabalho acompanha a construção intelectual do tema no Brasil e no mundo e realça pontos convergentes, divergentes, continuidades, rupturas e lacunas. Nele o leitor encontrará uma leitura crítica sobre um objeto construído progressivamente dentro do campo da saúde. A obra dá continuidade a duas revisões anteriores realizadas pelo mesmo grupo. A primeira ocorreu em 1990; a segunda, em 2003. Esta terceira revisão se mostra a mais aprofundada, vasta, complexa e analítica."
Do encontro entre saúde e relações internacionais se originam os conceitos e práticas contemporâneos da saúde global e da diplomacia da saúde. Mas tal encontro só se estabeleceu em função do processo de globalização. A crise econômica sistêmica e global, expondo as brechas estruturais do capitalismo global, aprofundou as desigualdades preexistentes e, desde então, só vem se ampliando, com consequências sociais, econômicas e sanitárias gravíssimas, particularmente para os países pobres e para os pobres de todos os países. A crise abateu-se sobre os países da América Latina, e muitos progressos alcançados estão agora ameaçados, inclusive as conquistas no campo da saúde, que vem sendo profundamente afetada. Este livro procura explicar a saúde no cenário global; o que a molda social e economicamente; como o global dialoga com o regional e o local; como a governança global exerce impacto sobre a saúde; como transcorre a governança da saúde global; e que papel desempenha a diplomacia aplicada em prol de uma situação de saúde mais equitativa. A complexidade internacional tem colocado novos objetos e desafios sobre os quais os autores desta coletânea buscam refletir, na perspectiva da América Latina e Caribe: as desigualdades sociais e sanitárias profundas entre países e no interior destes; as crises humanitárias relacionadas com conflitos armados em diversas partes do mundo; as correntes migratórias na América Latina; as transformações nos padrões culturais que desafiam a visão do 'normal' em medicina e saúde pública; o comprometimento ambiental em escala planetária; e a proliferação de instituições multilaterais que incluem os problemas de saúde entre seus programas de cooperação, sem entretanto solucioná-los.
O Registro histórico realizado por meio de pesquisa literária e documental nas instituições envolvidas no controle da malária, associado ao relato das vivências profissionais dos autores do livro, traz aos leitores desta publicação um conhecimento riquíssimo das características epidemiológicas e do controle da malária no Estado do Amazonas ao longo das últimas décadas. A experiência vivida intensamente pelos autores no cambate à Doença, tanto na campanha de erradicação da malária - CEM como posteriormente na Sucam, e mais recentemente na Fundação Nacional de Saúde - Funasa, mostra as dificuldades enfrentadas e como têm sido superadas.
A surpreendente história da reforma psiquiátrica, é aqui contada na visão de um de seus mais importantes militantes, um líder nato com uma trajetória profundamente ligada ao movimento antimanicomial e aos direitos humanos no Brasil. Um livro que parece um filme. E vemos de camarote. Só para Loucos, Só para Raros!
Este livro nasceu da necessidade de oferecer aos estudantes a compreensão da estrutura do setor de saúde e da sua dinâmica de funcionamento, tanto no setor público como no privado, visando à adequada atuação do futuro profissional na sociedade - as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos Universitários da Área da Saúde. Para dar conta dessa tarefa, convidamos docentes experientes em cursos de graduação e pesquisadores da área da saúde público e saúde coletiva, que nos honraram com a sua aceitação e esforço de produzir os textos agora apresentados. Eles cobrem a discussão da inserção do sistema de saúde brasileiro na seguridade social, a compreensão da determinação da saúde e doença, a dinâmica da reforma sanitária brasileira e a criação do Sistema Único de Saúde, a população e a organização dos serviços de saúde, o problema dos custos, até o planejamento, a gestão e as políticas no setor. Ele está voltado para atender às necessidades do futuro profissional da área da saúde e pode ser utilizado integralmente ou seletivamente, de acordo com as peculiaridades de cada curso.
Esse livro traz uma discussão sobre o que é a pesquisa qualitativa, a taxonomia, a concepção, o método, a etnografia, a taxonomia, as narrativas e etapas de análise, o que confere ao autor a condição de metodólogo brilhante.
O livro é o resultado de debates e reflexões teóricas de pesquisadores brasileiros e britânicos sobre a negritude e etnicidade no Brasil e em outros países latino-americanos. A coletânea de textos restaura questões presentes em torno dos conceitos que permeiam a discussão sobre raça e consciência étnica, dialogando com temas como o fenômeno da construção de diferenças, genética, racismo e ativismo negro.
A democracia impedida: o Brasil no século XXI, obra do cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, traz uma análise das etapas do processo que culminou com o impedimento da presidente Dilma Rousseff. O livro foi escrito ao longo de 2016, ano em que se viu a polarização de opiniões entre os que acreditam na legalidade do impeachment da ex-presidente e aqueles que estão convencidos de ter havido um golpe de Estado, entre eles o autor. Entre os pontos que fazem parte da obra estão o exame do comportamento dos eleitores às vésperas das eleições de 2014; a reeleição da presidente, as heranças do seu governo anterior e as insatisfações políticas com medidas no novo mandato; as comparações e distinções entre os eventos de 1964 e 2016; a democracia representativa, o golpe constitucional e o golpe parlamentar. 'O tema de que trata está na essência do cotidiano do cidadão de hoje'.
A obra reúne diversos textos cujo principal objetivo é a apresentação de um olhar da odontologia para além da técnica, através, principalmente, da abordagem das políticas de saúde bucal estabelecidas no Brasil, a partir do século XX. Além de investigar as políticas de saúde bucal, o livro analisa as respostas sociais, por ação ou omissão, via Estado, sobre problemas de saúde e seus determinantes, bem como sobre a organização, produção, distribuição e regulação de bens e serviços na área odontológica.
Os diversos artigos que compõem essa coletânea revelam agentes, conflitos, hierarquias e competências próprias do campo ambiental, além de tomar posição no debate socioambiental a respeito dos interesses contrapostos e das relações assimétricas em torno do poder público, das comunidades socialmente vulneráveis, dos territórios tradicionais, das unidades de conservação e da biodiversidade. Os assuntos abordados ao longo desta obra vão desde o conflito do Quilombo Rio dos Macacos, em Simões Filho (BA), até a questão agrária e os assentamentos rurais do município de Irará (BA), passando por reflexões sobre o comportamento jurídico, percepções, ignorâncias e estereotipação sobre os direitos indígenas no contexto legal brasileiro.
Este livro é um resultado parcial do Projeto “Reflexo das políticas industriais e tecnológicas de saúde brasileiras na produção local e no fornecimento ao Sistema Único de Saúde (SUS)” apresentado à chamada MCTI/CNPq/CT-Saúde/MS/SCTIE/Decit nº 41/2013 Rede Nacional de Pesquisas sobre Política de Saúde. O Projeto é executado pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ), sob a coordenação de Lia Hasenclever, do Grupo de Economia da Inovação do IE/UFRJ, em parceria com Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF) da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp)/Fiocruz e Área de Política do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva (Iesc) da UFRJ.
Este livro reúne produções sobre Formação e Educação Permanente em Saúde. Os textos retratam processos e produtos gerados e aplicados no cotidiano do SUS e oferecem possíveis estratégicas e ferramentas para abordagem de coletivos nos diferentes níveis de atenção à saúde.
Da primeira revolução psiquiátrica a pineliana de 1793 -, que substituiu a metáfora possessão pela metáfora doença passando pela segunda, a das comunidades terapêuticas dos anos 1930, e pela terceira, a da psiquiatria comunitária ou psicofarmacologia do Pós-Guerra, talvez estejamos vivendo a quarta revolução da psiquiatria, quando a metáfora doença vai sendo substituída por outra igualmente complexa identidade. Já não está em relevo a exuberância dos sinais e sintomas equacionados pelas neurociências, mas os modos de viver a vida de pessoas doente sim, com limitações que muitas vezes, entretanto, seguem com seus contratos afetivos e sociais a cumprir. Este livro fala da reabilitação Psicossocial, à brasileira, como um novo tratado ético-estético que negocia uma clínica cuidadosa com inúmeras iniciativas de convívio, lazer, moradia e trabalho que favorecem trocas intersubjetivas e são também espaços de exercícios de cidadania ativa.
Tendo o cuidado como categoria central de pesquisa e o adoecimento crônico infantil como foco de sua atenção, a autora deste livro estuda as relações entre crianças e adolescentes atendidos em hospitais, seus familiares e os profissionais da saúde. À luz dos princípios da humanização – acolhimento, protagonismo, corresponsabilidade e autonomia –, a pesquisa busca refletir criticamente não só sobre o cotidiano da assistência, mas também sobre as possibilidades de se produzir um projeto de vida com e apesar do adoecimento crônico, contribuindo para o entendimento dos elementos, desafios e potencialidades inscritos no cuidado dedicado a essas crianças e adolescentes. “Este livro trata de um tema que marca intimamente a vida de um grupo de sujeitos, mas não é demais lembrar que as condições crônicas de crianças e adolescentes referem-se a problemas que afetam toda a sociedade, o que demanda que o cuidado objeto do presente estudo seja integral, intersetorial e incorpore valores que afirmem a humanização das relações”, afirma a autora.
Numa sociedade marcada pela presença de artefatos tecnológicos, é possível pensar nos mecanismos digitais como ferramentas para preencher as visíveis faltas das democracias representativas contemporâneas. Neste livro, são apresentados artigos de vários pesquisadores sobre as possibilidades de configuração daquilo que se tem chamado de democracia digital. São discutidos temas que se relacionam com a evolução da internet na participação política de organizações da sociedade civil e seu uso como uma potente ferramenta para suprir os déficits democráticos do nosso tempo.
O PROSPED-PUC/Campinas tem investido no desenvolvimento de trabalhos que contribuam para a superação de problemas que se manifestam de modo recorrente nos diversos contextos educativos, lançando mão dos conhecimentos teóricos e metodológicos da Psicologia Histórico-Cultural, em especial dos formulados por Vygotsky. Atuando na interface entre a pesquisa e a intervenção, tem buscado realizar trabalhos dentro das instituições educativas a fim de desencadear a reflexão entre as teorias sobre desenvolvimento e aprendizagem e sua aplicabilidade, visando demonstrar aos profissionais a contribuição que os conhecimentos da psicologia podem trazer para a educação, sobretudo no que concerne à compreensão do processo de apropriação de conhecimentos e da cultura por crianças e jovens. Este livro apresenta alguns trabalhos desenvolvidos por pesquisadores, sinalizando caminhos para a superação de problemas enfrentados no cotidiano dos espaços educativos, e serve de estímulo a todos os interessados em desenvolver atividades inovadoras utilizando-se da arte e de seu potencial transformador de concepções, pensamentos e ações.
A contrafissura é um sintona social contemporâneo que opera na mídia, na política, na clínica - na subjetividade contemporânea. Plasticidade psíquica refere as mutações subjetivas dos cuidadores que protagonizam experiências promissoras e as transformações que ocorrem nos usários da Rede de Atenção Psicossocial Brasileira.
Este livro é resultado da dissertação defendida por Karine Lima Verde Pessoa no programa de mestradoacadêmico em saúde coletiva da Universidade Estadual do Ceará, tendo como orientadora a Professora Maria Salete Bessa Jorge. Resulta também (ou principalmente) das inquietações geradas na autora ao longo de seu percurso profissional. Foram muitos papeis, muitos cenários, muitos encontros e desencontros. Nãohá nesse texto qualquer pretensão de neutralidade, ao contrário, ele resulta de profunda implicação. não há tampoucoa intenção de chegar a uma verdade, apenas apresentar uma perspectiva, um certo modo de olhar, que talvez possa dialogar com outros olhares que percorrem o caminho de reconstrução da produção do cuidadoem saúde menta.
O livro nos põe em contato com valores preciosos da vida humana: ser criança, fazerparte de uma família, de uma comunidade escolar, ser cuidado, educado, sedesenvolver, brincar, viver... e também nos mostra quando o desenrolar da vida, o jeito próprio de ser criança e até o prazer intrínseco das relações é atravessado por um modo estigmatizado de se conceber o infante, de nomeá-lo e de colocá-lo entre parênteses. esse modo deixa de lado a própria criança e todo o seu potencial de vida, de construção de relacionamentos e coloca no centro mais perceptível de sua identidade um diagnódtico, um novo nome pelo qual passa a ser conhecida: criança hiperativa ou TDA/H. Tenho tido oportunidade de participar das reflexões advinhas da rica pesquisa que Cinthia empreendeu, e percebo que a mesma nos faz entrar em contato com o papel urgente de profissionais de saúde, pais e educadores diante do sequestro no qual se leva a criança e se deixa, em seu lugar, um diagnóstico.
O movimento de Saúde da Zona Leste não ficou preso ao passado e sabe dele tirar seu vigor, modificando-se e trazendo à pauta novas questões que podem ajudá-lo a se renovar e se reinventar, nesse novo tempo. Nessa articulação com os demais novos sujeitos sociais ( já não tão novos) e com setores expressivos dos movimentos sindicais, dos governos progressistas que ajudou a eleger e dos novíssimos movimentos sociais e da juventude, está a possibilidade de construção daquilo que o Movimento de Saúde da Zona Leste aponta, desde os anos 1970, uma sociedade mais livre, justa, feliz, sadia e igualitária.
Este livro examina a caminhada do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde – CEBES e propõe uma reflexão a respeito de ideias sanitárias e concepções políticas que o nortearam; apresenta a história da entidade e de seu periódico, a revista Saúde em Debate ao longo dos dez primeiros anos —1976 a 1986 (hoje no número 105). Na análise das suas fases, são discutidos os desafios e a complexa teia da formulação de um sistema único e descentralizado de Saúde. O estudo, na interseção da História Política com a Cultural, é referência indispensável para quem busca conhecer o Movimento da Reforma Sanitária Brasileira e olhar o seu futuro.
A inclusão das ações de saúde mental na atenção básica é uma diretriz da política pública nacional de saúde mental e constitui-se numa estratégia para a consolidação da reforma na área. Frente a isto, buscou-se conhecer como se dá esta inclusão em um grande centro urbano. Para tal, este estudo teve como objetivos analisar as estratégias desenvolvidas na cidade do Rio de Janeiro para a inclusão das ações de saúde mental na atenção básica por meio do conhecimento dos impasses e facilitadores como parte da política pública no município do Rio de Janeiro; e a identificação das tecnologias decuidado em saúde mental oriundas da articulação entre esta e a atenção básica. Realizou-se um estudo de caso, configurando-se numa pesquisa descritiva exploratória, de abordagem qualitativa. Como cenário, contou-se com dois grupos de serviços do município do Rio de Janeiro: os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) II e III e Unidades Básicas de Saúde. Foram entrevistados os diretores dessas unidades, bem como um gestor da atenção básica e um da saúde mental. Foi realizada pesquisa de campo, com entrevistas semi estruturadas e os dados foram analisados sob o referencial da análise de conteúdo. Para a apresentação dos resultados optou-se por organizar os achados em eixos considerados fundamentais para ainclusão das ações de saúde mental na atenção básica, sendo estes: equidade, integralidade, acesso, território e trabalho em rede. Quanto à articulação entre saúde mental e atençãobásica no município do Rio de Janeiro, identificou-se que diferentes são os arranjos e práticas implantadas tanto pelos CAPS quanto pelas unidades de atenção básica para promoverem o cuidado no território, caminhando no sentido da promoção de outras práticas de cuidado em saúde mental.
A aposta na mudança da Clínica é central nessa pesquisa-intervenção que analisa modos de organizar as redes de atenção, buscando apresentar um conjunto de questões que dizem respeito às relações entre subjetividade e gestão em saúde. Ao mesmo tempo, revela os obstáculos à implementação de processos de mudança nas organizações, as dificuldades para se avançar na democratização do Sistema Único de Saúde (SUS).
Um tema relevante e pouco explorado, tratado sob o ponto de vista da saúde, é apresentado de maneira clara e didática. Além de conceitos teóricos, necessários para a compreensão adequada da sexualidade, dos problemas da saúde e da importância da educação para prevenção, são apresentados dados revelados por pesquisas sobre tópicos como homofobia, DST e HIV/Aids, que envolveram adolescentes. Uma abordagem ligada à produção de sentidos sobre as vivências e às experiências da vida, que torna essa obra uma leitura obrigatória para todos aqueles que constroem seu saber nas diversidades da vida, no respeito às diferenças e na escuta do outro.
A idéia que está na gênese da proposta é o consenso de que a teoria sócio-histórica representa uma possibilidade de analisar a pobreza, a desigualdade e a exclusão sociais naárea da Psicologia como fenômenos materiais e igualmente simbólicos, superando os reducionismos exclusivamente realistas ou substancialistas.
A partir de uma perspectiva antropológica, o livro explora as múltiplas relações entre os centros de poder e saber sobre o corpo e os processos de saúde e doença construídos e vividos por sujeitos, comunidades e instituições no Brasil. O conteúdo da obra expressa a pluralidade da antropologia do corpo e da saúde presente hoje no país e que tem diferentes interfaces: ciência, religião, Estado, biossociabilidades, conhecimentos tradicionais, entre outras.
Desde meados dos anos 80, o Brasil enfrentou, com sucesso ímpar, a construção de um dos maiores, e mais complexos, sistemas públicos e universais de saúde, o SUS, implementado ao longo de mais quinze anos. Um sistema nacional e simultaneamente descentralizado pelas unidades estaduais e municipais da Federação. Tal movimento de construção institucional não foi desafiante tão somente na sua realidade; desafia mais ainda, e até hoje, os estudiosos de políticas públicas que pretendem dar conta desta realidade. É esse o desafio que a autora enfrenta com inteligência e brilho neste livro.
Você já deve ter ouvido o relato de algum professor que, desconfiado, jogou um trecho do trabalho de um aluno em um sítio de busca e descobriu que se tratava de plágio. Também já deve ter escutado que a comunicação digital facilita essa má-conduta dos estudantes, que, cada vez mais preguiçosos, precisam ser punidos. Mas esse é apenas um lado de uma questão multifacetada, que ainda carece de reflexões e debates. Uma abordagem diferenciada e provocativa do assunto pode ser encontrada neste livro. As autoras não definem o plagiador como um ladrão nem consideram que o plágio deva ser criminalizado. Antes, preferem analisar o que acontece na academia e pode estar na gênese de tão mal falado – e mal fadado – comportamento. E, assim, demonstram a necessidade de uma maior sensibilização para a ética e a integridade acadêmica. As autoras não pretendem minimizar o problema do plágio. Pelo contrário: fazem críticas mordazes a quem adultera ou coloca a própria assinatura no trabalho alheio. O diferencial do livro, porém, é uma proposta de combate ao plágio que não se limite às sanções e que convide à reflexão. O objetivo é inquietar os leitores, estes atores-chave que podem ser muito mais eficientes que qualquer software caça-plágio. “São eles [os leitores] que dirão se nossa obra tem algo de criativo, inédito, original ou novo. Ou, simplesmente, se vale a pena lê-la”, propõem as autoras.
Resultado de uma dissertação de mestrado junto ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina, o livro pretende abordar o tema Promoção da Saúde vinculada a uma experiência ocorrida na área continental da Ilha de Santa Catarina (Florianópolis). Nesta oportunidade podemos constatar nas entrevistas os conceitos de saúde e promoção de saúde e as transformações geradas por este grupo dentro desta comunidade. As análises feitas nos levam ao conceito de Promoção de Saúde onde o foco passa a ser a emancipação e a autonomia dos cidadãos, e a mudança comportamental se apresenta como conseqüência da transformação dos indivíduos.
No período de 2006-2009, a equipe do Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais em Desastres (NEPED), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), empreendeu, sob os auspícios do CNPq, o estudo sociológico Representações Sociais dos Abrigos Temporários no Brasil. Victor Marchezini, à época no mestrado do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar, foi um dos pesquisadores da equipe e se dedicou a analisar alguns aspectos desse complexo tema. De sua análise, resultou a dissertação de mestrado, ora transformada neste oportuno livro que vem a público. Nesta obra, o autor traz uma revisão bibliográfica da sociologia contemporânea e da sociologia dos desastres para enfatizar que, tal como ocorre nas demais esferas da vida social, as soluções técnicas se impõem cada vez mais e dominam resolutamente o campo de produção simbólica. Victor também salienta que os abrigos provisórios seriam um novo tipo de aglomerado de exclusão, isto é, espaço de abandono onde os grupos ali inseridos são tratados como massas e vivem em insegurança constante. Victor também dá destaque às tensões e conflitos sobre como estruturar as rotinas nesse território de exclusão. A ideia de campo de desabrigados é lançada pelo autor, para que o leitor possa compreender o que é viver por dias, semanas ou meses a fio sem privacidade, sem condições de exercitar as próprias regras que embasam a dinâmica familiar, numa convivência forçada com outras famílias, com terceiros e estranhos que se revestem de autoridade para lhe dizer a hora de comer, o tipo de alimentação disponível, a hora de tomar banho, a hora de recolher-se e de apagar a luz. Esperamos que o leitor se sinta devidamente elucidado acerca da estruturação e funcionamento dos campos de desabrigados, identificando-os como a expressão territorial de angústias, intranquilidades e sofrimentos físico e psíquico insistentes que perpassam a vida dos abrigados.
A grande maioria da população vive hoje nas cidades. Mas elas variam bastante entre si e há diferenças marcantes mesmo dentro de uma mesma cidade, o que tem impacto sobre as características da vida urbana e as condições de saúde da população. Compreender essa complexidade é essencial para a tomada de decisões sobre intervenções públicas nas cidades. Estudos e ensaios sobre o assunto estão reunidos neste livro, que não só traz reflexões teóricas, mas as coloca em diálogo com diferentes iniciativas para a melhoria da saúde das cidades. Municípios ou comunidades saudáveis dependem de uma prática contínua de aprimoramento do ambiente físico e social, por meio de estratégias que priorizem a saúde dos cidadãos dentro de uma lógica ampliada de qualidade de vida, com ações intersetoriais e garantia de participação social. Uma cidade saudável, destaca-se, é também uma cidade com justiça social, pois as iniquidades se destacam entre as causas de deterioração da saúde.
Coletânea que vem preencher uma lacuna importante no âmbito dos programas voltados para o controle dos processos endêmicos. Ela cumpre três objetivos principais: pensar o papel social da avaliação; discutir os problemas envolvidos na aproximação da teoria à ação no processo avaliativo; e colaborar com a prática de profissionais em avaliação no desenvolvimento de projetos ou planos de avaliação com foco na melhoria das ações. Os capítulos apresentam estudos sobre programas de dengue, sífilis congênita, vigilância em saúde, HIV e tuberculose. Embora os estudos avaliativos apresentados não possam extrapolar seus resultados para outras realidades, compartilham com elas conceitos, fundamentos e questões, bem como fatores que facilitam ou dificultam as ações em saúde. O livro tem a preocupação de articular o discurso com a prática, a teoria com a ação, de modo a aproximar a produção acadêmica dos serviços de assistência à saúde. Propõe processos avaliativos não para gerar informações de forma burocrática, mas para compreender como e por que aqueles resultados são produzidos, tornando-os cada vez mais relevantes para melhorar os serviços estudados. E isso requer avaliações que contemplem tanto as perspectivas técnicas e normativas quanto a visão dos usuários. Dessa forma, os achados de um processo avaliativo podem, de fato, contribuir para a tomada de decisões, os ajustes necessários nos programas ou a busca de novas alternativas.
O objetivo da coletânea é possibilitar a difusão e a popularização da ciência e da tecnologia junto à sociedade, em geral, atividade fundamental para despertar o interesse por essa área, sobretudo dos jovens.
O objetivo da coletânea é possibilitar a difusão e a popularização da ciência e da tecnologia junto à sociedade, em geral, atividade fundamental para despertar o interesse por essa área, sobretudo dos jovens.
O objetivo da coletânea é possibilitar a difusão e a popularização da ciência e da tecnologia junto à sociedade, em geral, atividade fundamental para despertar o interesse por essa área, sobretudo dos jovens.
O livro apresenta os múltiplos sentidos relacionados aos temas que envolvem o ensino/aprendizagem em saúde mental no cenário da Estratégia de Saúde da Família e também da formação nas instituições de ensino superior.
Estudar Saúde Pública é fundamental para qualquer profissional da área de Saúde. Tema frequente de provas e concursos, este livro traz uma série de questões conceituais comentadas, para ajudar no processo de fixação e aprendizagem dos principais tópicos desta disciplina. O livro pode ser usado para complementar seus estudos na preparação para bancas de concursos, provas, seleções ou até mesmo para fixar conteúdo da graduação. É recomendado para qualquer profissão que estude os conceitos dessa matéria fundamental: Medicina, Enfermagem, Farmácia, Odontologia, Fisioterapia, Terapia ocupacional, Biomedicina, Nutrição, entre outras.
Esta publicação aborda uma importante e atual temática, a qual retrata que a questão institucional vem antes de tudo, descrevendo como a sociedade brasileira identifica saúde com a presença ou ausência de doença. Neste cenário, as instituições estatais de Saúde se constituem como portadoras do discurso do saber (tecno-científico) e simultaneamente como agentes políticos no controle de doenças coletivas.
A temática abordada demonstra sinais por todos os lados e incomoda a muita gente, confirmando que há ruídos, também por todos os lados. O trote violento permeado por jogos bizarros e práticas opressoras persiste, apesar deste incômodo manifestado por docentes, estudantes, pais e pela mídia.
'por uma crítica da promoção da saúde - contradições e potencialidades no contexto do sus', apresenta um debate teórico-prático sobre a perspectiva da promoção da saúde, especialmente no que se refere às divergências, contradições e fronteiras entre tal perspectiva e o ideário da rsb - reforma sanitária brasileira. essencialmente discute conceitos, concepções e práticas que envolvem o debate acerca da promoção da saúde e sua relação com a perspectiva da rsb, tomando como base as necessidades sentidas por profissionais da saúde e docentes com experiência em ubs - unidades básicas de saúde, particularmente em equipes de saúde da família.
Os ensaios reunidos neste livro articulam com evidente sucesso uma diversidade de abordagens disciplinares ao tema da representação do corpo humano em contextos históricos e geográficos plurais. O resultado da coleção é um convite explícito a uma revisão da relação pessoal e social com nossos corpos. Emergem da obra, nesse sentido, temas centrais como aqueles das relações de gênero, do controle social da sexualidade, do racismo, do papel da medicina moderna na reconstrução de nossa relação com o corpo, das associações com o poder, o sagrado e o profano, além de outros igualmente significativos e impactantes. E eles são tratados por um viés de profícuo cruzamento de saberes, disciplinas e pontos de vista, resultando em importante contribuição para os estudos sobre este veículo de experiências humanas no mundo e objeto das mais distintas representações, que é o corpo, em seus aspectos materiais, espirituais, psicológicos, históricos, visuais e literários. O olhar historiográfico dos autores, bem como as perspectivas atentas às mudanças que ocorreram ao longo da história no retrato de nós mesmos, revela neste livro um corpo dissecado muito distinto daquele do início da ciência moderna, objetivo, sem sujeito, morto para ter seus órgãos explorados pelos aprendizes da anatomia humana. Este corpo dissecado não existe senão pela operação do entendimento humano, sempre em mutação e dependente dos interesses, pressupostos e objetivos do observador.
O sociólogo Rudá Ricci vem se dedicando, há alguns anos, ao exame daquilo que ele mesmo denominou de lulismo. O que vem a ser isso, exatamente? Para o autor, entre outras observações pertinentes que faz, o lulismo pode ser caracterizado como uma submissão de um partido político – no caso, o Partido dos Trabalhadores – aos objetivos de uma liderança nacional, representada por Luiz Inácio Lula da Silva. No plano da configuração das classes sociais, o lulismo significaria, a seu juízo, a ascensão de novos setores das camadas médias da população ao poder central do país. Guiado por um poderoso espírito crítico e um método de análise rigoroso, o sociólogo Rudá Ricci se debruça sobre a trajetória de Lula da Silva desde os tempos das greves do ABC paulista e dos movimentos sociais, fatos que contribuíram de forma decisiva para a criação do PT, ainda no início da década de 80. Prosseguindo em sua análise, ele se interroga sobre o papel do Partido dos Trabalhadores na oposição institucional e, sobretudo, como força governamental, a partir de janeiro de 2003. Porém, destaca que foi no segundo mandato, a partir de 2007, que o lulismo despontou como fenômeno. Na realidade, um fenômeno que finca raízes na tradição autoritária brasileira, que tende a colocar a liderança política acima das classes sociais e das instituições democráticas. Mas esse caminho – ao mesmo tempo modernizador e conservador – tem limites claros, uma vez que o desenvolvimento em curso no Brasil pode impedir, nos próximos anos, a continuidade de tal processo. Este livro já nasce como obra de referência e merece constar das estantes de todo brasileiro preocupado com os rumos futuros do país.
Os ensaios deste livro debatem sobre a reforma psiquiátrica e sua interlocução com o poder, os modelos assistenciais. As autoras discutem que a Reforma Psiquiátrica, como um serviço que pretende ter características antimanicomiais, com abordagem psicossocial, perpassa, principalmente, pela compreensão e transformação dos saberes e das práticas dos profissionais envolvidos neste processo.
O livro apresenta vários estudos que falam sobre a adesão aos anti-hipertensivos e do questionamento sobre a realidade sócio econômica do brasileiro, o que dificulta a realização das medidas não farmacológicas no tratamento da hipertensão arterial. Aborda as comorbidades, relacionadas a hipertensão, que é um dos principais fatores de risco para o aparecimento das doenças cardiovasculares, tais como acidente vascular cerebral e infarto agudo miocárdio.
Estigma é definido como um atributo negativo ou depreciativo, que torna o sujeito diferente, diminuído ou possuidor de uma desvantagem. Mas o problema vai além: o estigma é também um dos processos sociais que reduzem o acesso à saúde por parte dos indivíduos e grupos afetados. No caso da Aids e do sofrimento mental, o estigma é, reconhecidamente, um dos maiores empecilhos aos avanços das políticas e ações que buscam garantir os direitos de seus portadores à dignidade e à cidadania. Aprofundar a análise dessas questões é o objetivo desta coletânea, que reúne dez capítulos, assinados por autores brasileiros e norte-americanos. Eles fazem alertas sobre os meandros da estigmatização e as formas de eliminá-la, buscando conexões entre as pesquisas acadêmicas e as práticas dos serviços de saúde.
Os belos sorrisos que estampam as propagandas não deixam entrever o quão complexas podem ser as relações da Odontologia com a sociedade contemporânea. A ciência e a clínica odontológica têm entre si e com a sociedade capitalista consumista relações biopol
Este livro demonstra não somente a atualidade da Análise Institucional no terceiro milênio, bem como indica um modo para construção da reforma sanitária brasileira mediante a mobilização e protagonismo de suas bases. Por bases, entenda-se equipes de trabalhadores de saúde e os seus usuários.
Segundo a obra, saúde por seu conceito polissêmico somente poderá ser garantida mediante o encontro do profissional de saúde e do sujeito considerado na mesma dimensão da complexidade da vida humana, ou seja, se a compreensão de ambos, em especial a do pr
Este volume da série trata da clínica praticada fora dos settings tradicionais como hospitais psiquiátricos ou consultórios com pessoas que não se adaptam a protocolos convencionais. Os ensaios que o compõem narram e problematizam experiências ocorridas na fronteira entre a dependência e a morte, entre a loucura e a cidadania, entre o exílio e o comunismo múltiplo e micropolítico ativado em práticas de saúde.
Nota Prévia; Introdução - O objeto da história das ciências; I. Comemorações; O homem de Vesálio no mundo de Copérnico - 1543; Galileu - a significação da obra e a lição do homem; Fontenelle, filósofo e historiador das ciências; II. Interpretações; Auguste Comte; 1. A filosofia biológica de Auguste Comte e sua influência na França no século XIX; 2. A Escola de Montpellier julgada por Auguste Comte; 3. História das religiões e história das ciências na teoria do fetichismo em Auguste Comte; Charles Darwin; 1. Os conceitos de 'luta pela existência' e de 'seleção natural' em 1858 - Charles Darwin e Alfred Russel Wallace; 2. O homem e o animal do ponto de vista psicológico segundo Charles Darwin; Claude Bernard; 1. A ideia de medicina experimental segundo Claude Bernard; 2. Teoria e técnica da experimentação em Claude Bernard; 3. Claude Bernard e Bichat; Estudos de História e de Filosofia das Ciências - Georges Canguilhem; 4. A evolução do conceito de método de Claude Bernard a Gaston Bachelard; Gaston Bachelard; 1. A história das ciências na obra epistemológica de Gaston Bachelard; 2. Gaston Bachelard e os filósofos; 3. Dialética e filosofia do não em Gaston Bachelard ; III. Investigações; Biologia; 1. Do singular e da singularidade em epistemologia biológica; 2. A constituição da fisiologia como ciência; 3. Patologia e fisiologia da tiroide no século XIX; 4. O conceito de reflexo no século XIX; 5. Modelos e analogias na descoberta em biologia; 6. O todo e a parte no pensamento biológico; O novo conhecimento da vida; O conceito e a vida; Psicologia; O que é a psicologia?; Medicina; 1. Terapêutica, experimentação, responsabilidade; 2. Poder e limites da racionalidade em medicina; 3. O estatuto epistemológico da medicina.
Para que, no futuro desejado, conforme-se no Brasil um sistema de saúde universal, integral e equânime, o Estado deve ter um papel decisivo na articulação das duas dimensões da saúde: a social e a econômica. É o que defendem os autores deste livro. Um Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) frágil não atende às exigências de elevação da competitividade brasileira no cenário internacional. Mas não é só isso: essa fragilidade afeta sobremaneira a capacidade de resposta às necessidades sanitárias da população. Gostaríamos que esta publicação se configurasse, sobretudo, como um convite para o debate e para o fortalecimento deste campo científico, com um padrão de desenvolvimento que articule, ao mesmo tempo, o dinamismo econômico com os direitos sociais e a conformação de um Estado de bem-estar no Brasil, diz o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, coordenador do livro. A publicação apresenta a dinâmica dos investimentos no complexo produtivo da saúde, no mundo e no Brasil, analisando seus diferentes subsistemas: de base química e biotecnológica; de base mecânica, eletrônica e de materiais; e de serviços de saúde. Ao final, traz uma síntese analítica e discute políticas para o desenvolvimento do CEIS.
Apresenta o estado da arte da antropologia médica em diferentes países, oferecendo ao leitor uma síntese que cobre as principais linhas teóricas e paradigmas desse campo, que começou a ganhar destaque no cenário internacional na década de 1970, sobretudo
Analisa os riscos ambientais decorrentes do desenvolvimento econômico e tecnológico. O atual modelo hegemônico traz prejuízos para ecossistemas e populações, agravando iniquidades, pois os que mais sofrem são os grupos socialmente discriminados e os países e territórios da América Latina, África e Ásia. Para enfrentar os riscos, é necessário não só conhecê-los e estabelecer técnicas de controle, mas também compartilhar saberes e construir estratégias de ação coletiva, integrando movimentos sociais, pessoas, instituições governamentais e não governamentais. O livro coloca os riscos ambientais dentro de uma dimensão ética e social. Com abordagem integradora, rompe com o dualismo entre saúde humana e saúde da natureza. Para tanto, aprofunda conceitos como complexidade e vulnerabilidade. Apresenta, ainda, 11 princípios básicos para uma compreensão contextualizada dos riscos.
A inclusão social de doentes mentais em serviços substitutivos à internação em hospital psiquiátrico é tomar consciência das inúmeras dificuldades que a população atendida vivencia neste processo e é, também, uma fonte de sofrimento para os profissionais, o que fica evidente quando o Doutor Cesar Augusto Trinta Weber, com seu talento, descreve os Residenciais Terapêuticos: O dilema da Inclusão Social de Doentes Mentais. Ao mesmo tempo, visualiza-se a possibilidade de constituir espaços onde se possa minimizar o sofrimento vivenciado com este contato muito imediato com as circunstâncias que produzem adoecimento. Com efeito, estudos têm apontado que estratégias educativas e terapêuticas são eficazes no sentido de acolher questões entendidas enquanto necessidade de enfrentamento potencializada através da reflexão sobre atividade cotidiana. Se, por um lado, isso é compreendido como a necessidade de mudança de atitude, por outro a própria diversificação das estratégias de assistência exige um processo de desenvolvimento profissional que não se observou estar sendo realizado de forma sistemática.
O psiquiatra, em sua prática clínica, depara constantemente com situações terapêuticas complexas. Entre essas situações, há os pacientes com quadros refratários aos tratamentos convencionais ou com comorbidades que requerem conhecimentos aprofundados de terapêutica, de medicina geral e de interações medicamentosas para uma abordagem adequada.
Os autores deste livro tratam de excessos. Eles discutem, em especial, os excessos no campo da saúde pública e no território acadêmico, chamando atenção para 'a dimensão ideológica que parece rodear muitas abordagens catastrofistas ditas racionais'. Em ou
Gerar conhecimento estratégico sobre o tema da violência no namoro e no ‘ficar’ dos adolescentes brasileiros: este foi o objetivo de um estudo pioneiro realizado por pesquisadores de nove universidades públicas e da Fiocruz. O trabalho, que teve início em 2007, coletou, produziu e analisou dados quantitativos e qualitativos de âmbito nacional. O estudo foi realizado com cerca de 3.200 jovens, de 15 a 19 anos, matriculados em escolas públicas e particulares de dez cidades (Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Florianópolis, Manaus, Porto Alegre, Porto Velho, Rio de Janeiro, Recife e Teresina). Os resultados da investigação deram origem a esta coletânea, que faz uma síntese dos achados, mas também das interrogações do estudo.
"Este livro mostra como navios entram em garrafas e como eles saem delas de novo. Os navios são porções de conhecimento, e as garrafas são a verdade. O conhecimento é como um navio porque, uma vez na garrafa da verdade, parece que sempre esteve ali e parece que nunca mais vai sair de novo... Nosso mundo é cheio de navios já alojados dentro de suas garrafas, e somente poucas pessoas conseguem vislumbrar a arte do construtor de navios dentro de garrafas." Sem dúvida um dos melhores livros de Harry Collins, MUDANDO A ORDEM mostra como o conhecimento científico é acordado, transmitido e modificado ao longo do tempo. Assim, o valor da réplica experimental para solucionar controvérsias científicas - onde o que é certo ou errado ainda não está definido - é questionado e o conceito de "regressão dos experimentadores" é introduzido. Essa insuficiência do método científico para dar conta de controvérsias científicas abre, então, o caminho para a análise da construção social do conhecimento científico e, portanto, de qualquer tipo de conhecimento.
O livro desvenda os percursos, os usos e a caracterização de espaços públicos como locais de interrupção da vida, congregando diversas áreas das humanidades, como a história das mentalidades, a sociologia, a antropologia urbana e o urbanismo.
Existem diversos conceitos que fazem parte do nosso cotidiano e que, apesar de evidentes para os nossos sentidos e intuição, são muito difíceis de se definir - como o de saúde, por exemplo. Sabemos quando estamos saudáveis, mas explicar em palavras o que, afinal, é saúde é uma tarefa que tem mobilizado séculos de pesquisa em medicina. Para responder a essa pergunta, o cientista Francisco I. Bastos percorre as diferentes dimensões de grandeza da matéria - partindo do “mundo do muito pequeno” até chegar ao “muito maior do que eu” - para explicar as diversas lógicas que regem cada escala de nossa vida. Analisando aspectos químicos, biológicos, psíquicos e sociais, Bastos delineia os contornos básicos da vida humana por meio de uma refinada sensibilidade para as singularidades da sociedade e da cultura contemporâneas, percorrendo com sua prosa cativante as mais importantes discussões da atualidade para expor os fundamentos da vida e, em especial, de sua árdua conservação num mundo repleto de doenças e outras ameaças ambientais.
"Parir e nascer, definitivamente, não são processos ‘naturais’ nem meramente fisiológicos. São eventos sociais e culturais complexos, que envolvem interações entre indivíduos, grupos sociais e organizações (hospitais e maternidades), com poderes e legitim
Nesta nova edição, revista e ampliada, a artista e arte-educadora traz uma importante reflexão sobre a linguagem gráfica infantil, convidando o leitor a experimentar o desenho em toda a sua potência criativa – não esquecendo que a vivência prática é fundamental para a compreensão do universo gráfico, assim como dos significados contidos no ato de desenhar das crianças.
Este livro é um livro pequeno, mas bravo e militante, marcado pela urgência de graves desafios e riscos para a reforma psiquiátrica no Brasil, como o sub-investimento nas políticas sociais e em saúde, o desemprego, a violência, o abuso de drogas(crack) e a precarização do trabalho. Isso tem profundas repercussões na saúde e saúde mental da população, nos programas e serviços, além de dificultar a expansão dos serviços mais efetivamente substitutivos ao hospital psiquiátrico. A recente reorganização corporativa da medicina e da psiquiatria biomédica, e sua articulação com projetos políticos abertamente conservadores, também trazem fortes preocupações.
A crescente necessidade de mudanças profundas na abordagem da saúde e nas práticas de atenção tem gerado intenso debate internacional, convergindo para a proposição de um novo paradigma. Este é baseado na promoção da saúde, a qual defende uma evolução sub
A obra é uma reunião de ensaios, não cronológicos, cuidadosamente selecionados pelos organizadores, que vão da biologia às ciências sociais, antropologia e história, com variados enfoques. Analisando discussões sobre o pensamento higienista e trajetórias da antropologia física no Brasil do século XIX, os artigos abrangem até as atuais correlações do pensamento racial com as tecnologias genômicas. Precioso material para quem estuda e se interessa pelas questões relacionadas à raça no Brasil.
Abordagem sistematizada das doenças transmissíveis, desde a caracterização dessas doenças, seus processos mórbidos, agentes etiológicos, reservatórios, períodos de incubação e de transmissão, até as formas de prevenção, imunização e de vigilância epidemiológica.
'Manual de Práticas de Atenção Básica - Saúde Ampliada e Compartilhada' é uma obra coletiva, desenvolvida simultaneamente com um processo de formação de pessoas que trabalham na atenção básica de diversos lugares do Brasil. Trata-se de um trabalho de reflexão e ação sobre os processos de formação de pessoas para a atenção básica.
Este livro analisa os Movimentos da Saúde Coletiva, no Brasil, e de Promoção da Saúde, no Canadá. Ao comparar as distintas abordagens o estudo detecta coincidências em relação à afirmação da importância do social na determinação do processo saúde/doença e discordâncias em relação ao significado do 'social'. Aponta, igualmente, diferenças significativas em relação ao lócus de priorização das ações em saúde e ao seu posicionamento em relação à mudança do statu quo e à produção do sujeito. Conclui preconizando que o modelo da Saúde Coletiva - arcabouço teórico por exelência do SUS - deva ser constantemente submetido à crítica e à atualização destacando as contribuições de categorias como 'qualidade de vida' 'empowerment', 'território-processo', 'co-gestão', 'micropolítica do trabalho vivo' e 'Clínica Ampliada'. Balizando e dando sentido a estas noções encontra-se a necessária afirmação da 'saúde enquanto um direito de todos e um dever do Estado' e de que a produção de saúde é, sempre, um processo de co-produção de sujeitos.
A obra é uma coletânea de 18 textos que expressam distintas reflexões sobre o suscitar da percepção de que em terras brasilianas, territórios, religiosidades e saúdes foram/são apropriados pelos grupos afro-descendentes de acordo com suas particularidades e valores, seus interesses e suas interações junto à sociedade nacional, assim como o de divulgar reflexões, estudos e seus resultados produzidos por pesquisadores, além de agentes religiosos de diversas instituições.
Um "movimento de pessoas" lutando por mudanças na maneira de olhar o paciente, a medicina e a política no setor. Uma verdadeira Reviravolta na Saúde, começada no movimento estudantil, no interior de movimentos médicos e na própria academia. Sarah Escorel detalha o início do movimento sanitário no Brasil, a partir do governo Figueiredo. Para isso, utilizou não somente documentos, mas depoimentos. É a história contada pelos próprios atores.
"O técnico ambiental tem que ser fortalecido em informação e conhecimento. A questão ambiental é extremamente dinâmica e diversa no que diz respeito à regulação e fiscalização, um dos vários motivos para merecer atenção especial, principalmente hoje em dia. "Os tempos são difíceis, confusos. Mas nós evoluímos muito nos instrumentos de controle ambiental. Não podemos perder espaço, perder credibilidade".
Obra original resultante de estudo interdisciplinar que apresenta os "saberes da experiência" produzidos no cuidado-de-si por portadores de diabetes mellitus. A riqueza destes conhecimentos práticos é contrastada com as competências requeridas para o autocuidado, estabelecidas por especialistas, enquanto um olhar da Ciência e da Clínica.
Este livro trata de diferentes aspectos da atenção à saúde em Uberlândia, privilegiando o enfoque geográfico. Dentre os temas abordados estão a dinâmica dos serviços de saúde, a importância regional do Hospital de Clínicas da UFU, o Programa Saúde da Família, a saúde do idoso, o controle da hanseníase, as causas externas e a mortalidade infantil.
Esta obra introduz o leitor no universo emocional da obesidade. O ato de comer demais pode mascarar o sofrimento do indivíduo diante da possibilidade de se defrontar com diferentes conflitos psíquicos, negligenciados ou minimizados tanto pela família quanto pela própria pessoa obesa. Ao ser compelido e até estimulado a repetir o mesmo comportamento que prejudica e impede de adotar hábitos alimentares e psicológicos saudáveis, o indivíduo sente solidão, impotência e desesperança. Este livro decifra os enigmas psíquicos subjacentes à obesidade que não só seduzem, mas também sabotam de modo grave a qualidade de vida do indivíduo. Ao mesmo tempo, também mostra como os envolvidos, obesos ou não, ampliam as possibilidades de renovação espiritual, mental, emocional e física ao vivenciarem essa difícil experiência.
Odontologia: temas relevantes é fruto do trabalho de professores em parceria com seus alunos, no processo de elaboração de textos, onde ambos agentes partilham suas abordagens de exposição do conhecimento construído. O livro é composto por 17 capítulos, nos quais conceitos e aplicações na clínica se articulam e são problematizados. A publicação tem formato leve e conta com ilustrações que favorecem o acesso às informações.
“Odontologia: temas relevantes” é fruto do trabalho de professores em parceria com seus alunos, no processo de elaboração de textos, onde ambos agentes partilham suas abordagens de exposição do conhecimento construído. O livro é composto por 17 capít ulos, nos quais conceitos e aplicações na clínica se articulam e são problematizados. A publicação tem formato leve e conta com ilustrações que favorecem o acesso às informações.
A dificuldade no acesso aos conhecimentos científicos e tecnológicos e as peculiaridades de um ensino voltado para a classe trabalhadora não são uma exclusividade brasileira. Em Políticas de formação de jovens e adultos no Brasil e em Portugal o assunto é tratado por estudiosos das relações entre trabalho e educação nos dois países, evidenciando suas particularidades e similaridades. Este livro aborda diferentes questões, como o papel do Estado no campo da educação, as oportunidades educativas destinadas aos jovens e adultos trabalhadores com baixos graus de escolaridade e qualificação profissional e a importância dos movimentos sociais nesse processo.
Esta obra visa a proporcionar aos estudantes e profissionais das áreas de Ciências Sociais, Jurídicas e Políticas noções fundamentais da estrutura do Estado e de seus elementos constitutivos. Trata-se de um estudo introdutório absolutamente necessário à compreensão do fenômeno político.A partir de uma abordagem extremamente didática, José Geraldo Brito Filomeno procede a uma síntese histórica dos diversos tipos de Estado e de sociedade, bem como discute as principais questões relativas à Teoria Geral do Estado aliada à Ciência Política, ao realizar uma acurada análise dos aspectos sociológicos, políticos e jurídicos do Estado, visando a explicar sua origem, estrutura, evolução, fundamentos e fins.Trata-se de obra indispensável, sobretudo em um momento em que nos meios acadêmicos as discussões sobre os conceitos de sociedade civil e sociedade política têm marcado presença.
O livro trata das reformas - e das aplicações delas - ocorridas quando Paulo Freire projetou o círculo de cultura em lugar da aula, a mediação pedagógica em lugar da didática, o animador cultural em lugar do professor e as palavras, os textos e os contextos geradores, emergidos do diálogo entre as culturas de todos os participantes do processo educacional, em lugar dos currículos engessados.
Este livro é uma cronologia, de 60 mil a.C. à atualidade, que reúne mais de 1.500 verbetes sobre fatos e eventos que, direta ou indiretamente, marcaram as relações entre o homem e a natureza em torno da questão ambiental. O foco principal é o Brasil e, por isso, o período abordado com mais ênfase é o meio milênio de nossa história desde a chegada dos ibéricos ao Novo Mundo.
A forma como se prestava apoio ou patrocínio privado à ciência no Brasil na primeira metade do século vinte é exibida neste livro, tomando-se como exemplo específico a relação do industrial Guilherme Guinle com o médico e cientista Carlos Chagas e as ações que dela resultaram. A construção dos hospitais para sifilíticos e para cancerosos, na década de 1920, no Rio de Janeiro – onde suas ações estão diretamente relacionadas à política de saúde pública, na gestão de Carlos Chagas à frente do Departamento Nacional de Saúde Pública – e o apoio aos projetos desenvolvidos por Evandro Chagas, Carlos Chagas Filho e Walter Oswaldo Cruz, ainda com forte vinculação aos ideais do “nacionalismo sanitário” defendido por Carlos Chagas são notáveis. A obra explora os caminhos que permitiram que o mecenato e a filantropia de Guilherme Guinle à ciência e à saúde acontecessem no Rio de Janeiro do período que abrange 1920 a 1940, contribuindo para mudanças e avanços nessas áreas.
Um estudo da vida cotidiana das travestis (como preferem ser chamadas) que trabalham no centro histórico de Salvador enfocando o modo como vivem, agem, pensam e falam sobre sua própria inserção na sociedade brasileira. Isso é o que vai encontrar o leitor de Travesti: prostituição, sexo, gênero e cultura no Brasil. Escrito pelo sueco Don Kulick, mestre em antropologia pela Universidade de Nova York, que teve a oportunidade de um convívio prolongado com um grupo de travestis, morando e indo às ruas com elas para esperar clientes, este livro pode ser lido em diferentes perspectivas: como uma etnografia lírica e extremamente bem escrita, um ensaio teórico sobre representação corporal e subjetividade, ou uma contribuição importante à antropologia do corpo e de gênero. Além disso, o que o leitor de Travesti vai encontrar é algo raro nas obras de origem acadêmica: à medida que se avança no texto, torna-se difícil parar, como acontece na leitura de um bom romance.
O livro traz ampla análise de pesquisas nacionais e internacionais recentes sobre homens, masculinidade e saúde e examina matérias publicadas em uma revista masculina contemporânea, em que a ‘saúde do homem’ vira produto a ser consumido, reforçando a imagem de uma masculinidade globalizada, viril, malhada e heterossexual, em contraste às realidades de um grupo de entrevistados no Rio de Janeiro. Por que homens morrem mais cedo? Por que usam menos os serviços de saúde? Por que aparecem mais como ‘infectantes’ ou ‘transmissores de doença’ do que como sujeitos complexos que também precisam de serviços, atenção e reflexão? Sem cair em estereótipos, o autor evidencia relações de poder e gênero, tradicionalmente espaço para falar de desigualdades que atingem as mulheres e atenta para as masculinidades no plural, contextualizadas em uma rede de poderes e no cenário social e histórico.
Durante o último quarto do século XIX, a psiquiatria brasileira estruturou seus discursos em torno da sexualidade. Ela tornou-se o principal elemento na classificação/criação das identidades 'desviantes' após 1870, portanto no período de decadência do Império. A ascensão das chamadas 'novas idéias' e as medidas abolicionistas fizeram emergir temores sobre a população negra - entendida como perigo social -, o que levou a uma nova forma de compreensão da sociedade brasileira e de seus 'desvios'.
O livro traz uma coletânea de textos que abordam questões acerca dos direitos, da ética, do trabalho e das políticas públicas que vêm sendo estudadas e debatidas no campo do Serviço Social.
Comentário do Pe. Paiva (Raul Pache de Paiva, SJ) diretor de redação da revista Mensageiro do Coração de Jesus, uma publicação de Edições Loyola Numa sociedade em que a vida se prolonga e a família se fragiliza ou se desfaz, pensar eticamente a problemática do idoso como o faz o autor, pode ser de grande enriquecimento para os nossos professores, estudantes de filosofia, sacerdotes e religiosos, além dos que assumem, de um modo ou de outro, o cuidado dos idosos. O autor é professor doutor de Filosofia e fundador do departamento de Bio-ética da Universidade de Cleveland/USA. Pensar problemas, mesmo num círculo aparentemente restrito, como o será, sem dúvida, o dos leitores deste livro, é encaminhar, de algum modo, soluções. Mais informações sobre o livro Contra-capa Respeitar a autonomia de idosos incapacitados é uma questão ética muito importante para os provedores de cuidado de longo prazo. Neste livro, George Agich abandona cômodas abstrações para revelar as ameaças concretas à autonomia das pessoas nessa fase da vida, em que conflitos éticos, dilemas e tragédias são inevitáveis. Afirma o autor que conceitos liberais de autonomia e de direitos individuais são insuficientes, e oferece um conceito de autonomia que se equipara às realidades de cuidado de longo prazo. O livro expõe, portanto, uma estrutura de apoio para que enfermeiras possam desenvolver uma ética de cuidado de longo prazo dentro do ambiente complexo no qual muitos idosos dependentes se encontram. Publicado anteriormente como Autonomy and Long-term Care, esta edição considera trabalhos recentes e desenvolve as visões de George Agich sobre o significado da autonomia no mundo real. O autor escreve com paixão e interesse sobre o assunto, associando uma abordagem culta e fenomenológica à ética e identidade pessoal, com consciência das necessidades de idosos vulneráveis e seus enfermeiros. O livro é de grande interesse para bioéticos e profissionais da saúde.
A originalidade desta pesquisa está na abordagem do papel do corpo na organização da identidade na esfera da teoria de Wilhelm Reich. A teoria de Wilhelm Reich, embora consistente e densa, não apresenta um corpo teórico especificamente organizado no tema da identidade e da imagem corporal. Assim proponho uma leitura da teoria de Wilhelm Reich na perspectiva energética focando o corpo e a organização da identidade e da imagem corporal. Para poder pensar a organização ontogenética da identidade, a autora se volta para a tese de Wilhelm Reich sobre a interdependência entre a percepção e a consciência. O pensamento funcional, método de pesquisa utilizado por Wilhelm Reich, cuja lógica emerge da operação das funções conduz à compreensão da função do segmento ocular enquanto uma ponte entre a teoria e a pesquisa de campo. A imagem corporal funcionou como um instrumento abstrato e ao mesmo tempo concreto nos trabalhos de fotografia, do espelho e do desenho das figuras humanas aplicados no grupo das adolescentes.
O livro Curar-se do álcool: antropologia de uma luta contra o alcoolismo, da antropóloga francesa Sylvie Fainzang, é uma contribuição significativa para os estudos do álcool e do alcoolismo. Fainzang empreende um estudo etnográfico da luta contra o alcoolismo travada por aquele movimento, caracterizado como uma verdadeira "cultura da abstinência", ou seja, um sistema de valores específicos relativos à gestão do alcoolismo para pessoas que se consideram doentes.
Este livro Aborda um tema central na realidade contemporânea dos povos indígenas no Brasil. Fundamentando-se no contexto dos epidemiológico e sociopolítico, destaca a implantação do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) na saúde indígena como um dos instrumentos importantes para garantir o direito à alimentação e à nutrição.
Abordar a hepatite C – grave epidemia contemporânea – não só em seus aspectos biomédicos, mas destacando ainda questões psicológicas, sociais e históricas relativas à doença: este é o objetivo desse livro, escrito pelo médico, com pós-doutorado no exterio
Este livro congrega artigos de estudiosos de diversas área do conhecimento humano, com o objetivo de elaborar uma análise do "tempo presente". Nesse sentido, o tema é abordado segundo as perspectivas da física contemporãnea, da filosofia, da psicanálise, da literatura, da biologia, da política da história.
Le Monde Diplomatique" passa a publicar no Brasil, sob a oordenação do Instituto Paulo Freire, a quem cabe também produzir, no país, a edição via internet do jornal. Servindo-se de dados rigorosos e análises não-convencionais, os artigos constroem, em seu conjunto, um ponto de vista oposto à visão fatalista que hoje predomina sobre o assunto. Ele se apóia em duas bases essenciais: a) embora represente uma ameaça terrível, o aquecimento da atmosfera pode ser perfeitamente revertido; b) para alcançar esta vitória, os seres humanos serão obrigados a superar as lógicas sociais típicas do capitalismo e construir novas relações consigo mesmo e com o ambiente.
Dos 23 policiais brasileiros entrevistados em profundidade para este estudo seminal, 14 eram perpetradores diretos de tortura e assassinato durante as três décadas que incluíram o regime militar de 1964-1985. Estes "operários da violência" e os membros do grupo de "facilitadores de atrocidades" (que supostamente não participaram diretamente na violência) ajudam a responder às perguntas que assombram o mundo de hoje: por que e como homens comuns são transformados em torturadores e assassinos do Estado? Como os perpetradores de atrocidades explicam e justificam sua violência? Qual é o impacto das suas ações assassinas para eles mesmos, para suas vítimas e para a sociedade? Dos 23 policiais brasileiros entrevistados em profundidade para este estudo seminal, 14 eram perpetradores diretos de tortura e assassinato durante as três décadas que incluíram o regime militar de 1964-1985. Estes "operários da violência" e os membros do grupo de "facilitadores de atrocidades" (que supostamente não participaram diretamente na violência) ajudam a responder às perguntas que assombram o mundo de hoje: por que e como homens comuns são transformados em torturadores e assassinos do Estado? Como os perpetradores de atrocidades explicam e justificam sua violência? Qual é o impacto das suas ações assassinas para eles mesmos, para suas vítimas e para a sociedade?
Este livro marca com clareza o papel estratégico do trabalhador de nível médio nas ações de Vigilância Epidemiológica - área da Saúde Pública com respeitável tradição e de importância central para a vida cotidiana das populações, sobretudo as urbanas. Os textos deste volume trazem diversos ângulos de abordagem crítica: o que caracteriza o perfil histórico da área, pondo em contexto preciso as informações e a pesquisa.
O "Erro Humano e a Segurança do Paciente" é livro coordenado por equipe de enfermeiros, mestres e doutores do Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo, UNIFESP, a que se agrega equipe multidisciplinar, constituída por antropólogos sociais, advogado, farmacêuticos e pediatras. Seus objetivos são: a. o estudo do erro médico – cujos conhecimentos ao se considerar a multidisciplinaridade – apresentam percepções compreensivelmente diver-sas e que não obstante estas diferenças convergem para inclusão dentro de um processo (constituído pelos elos das ações de saúde) e que se desenvolvem individualmente por cada profissional. Ou seja, o erro aparece quando o processo é ignorado, desconhecido e não praticado. b. transmissão – para os profissionais da área da Saúde, gestores e socie-dade de informações que possibilitem criar ações transformadoras.
Este livro enfeixa os trabalhos apresentados num simpósio de professores que atuam no campo da psicologia social comunitária. Trata-se de um novo terreno, explorado há pouco tempo pelos psicólogos, levando em conta não apenas a busca individual da auto-realização mas todo o jogo de relações em que a pessoa pode crescer e amadurecer.
O livro é a reunião textos desenvolvidos no curso de Bioquímica Oral pelos alunos de pós-graduação em Odontologia. É estruturado em quatorze capítulos e possui uma listagem bibliográfica ao fim de cada um. A obra possui diversas ilustrações que permitem o fácil entendimento do leitor e tem como principal objetivo a busca pelo aprimoramento da metodologia empregada na ministração dos conteúdos de Bioquímica Oral em nível de pós-graduação.
O estabelecimento de áreas protegidas é uma estratégia importante para conter a ocupação desenfreada da terra e o uso predatório dos recursos naturais, mas sua implementação tem enfrentado inúmeros desafios. De forma didática e abrangente, Nurit Bensusan trata da questão das áreas protegidas pela ótica dos desafios atuais e futuros - humanos, culturais, econômicos e sociais -, mostrando que a participação da sociedade é fundamental para superá-los.
Esta coletânea é resultado do Seminário Religião e Sexualidade Convicções e Responsabilidades, organizado pelo Centro Latino Americano em Sexualidade e Direitos Humanos/CLAM, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e pelo Instituto de Estudos da Religião/ISER, em outubro de 2003. O formato desta publicação corresponde às exposições e debates do seminário.
Neste livro estão reunidas e destacadas informações, discussões e reflexões sobre a administração da assistência suplementar à saúde, onde são sugeridas atitudes críticas, inovadoras, empreendedoras e éticas.
O livro tem como propósito, à luz dos pressupostos da Teoria da Ação Comunicativa de Jürgen Habermas compreender a racionalidade atual da Pedagogia, bem como apresentar argumentos para a construção de uma outra racionalidade com vistas a uma nova identidade pedagógica centrada na razão comunicativa numa perspectiva que cunhamos da Pedagogia do Entendimento Intersubjetivo.
Partindo das concepções filosóficas distintas de Hannah Arendt e Hebert Marcuse, Maria Ribeiro do Valle nos oferece amplo subsídio para o aprofundamento da questão sobre o uso da violência para a transformação da sociedade. A autora busca os fundamentos epistemológicos que nortearam as reflexões de Arendt e Marcuse sobre contestação estudantil nos anos 1960.
O artigo em homenagem a Merleau-Ponty nos Outros escritos pode ser considerado o primeiro de uma série de textos lacanianos que gravitam em torno de um objeto pulsional privilegiado que é o olhar.
A anencefalia é uma anomalia fetal grave e incompatível com a vida extra-uterina. O artigo versará sobre esta malformação e as conseqüências ocasionadas na vida da gestante, baseando-se na inexistência de vida fetal em potencial, que torna lícita a interrupção da gravidez.
O Direito das Gentes, de Emer de Vattel, não é um clássico apenas para o campo de estudos das Relações Internacionais ou do Direito Internacional. À primeira vista, poderia parecer que um livro que trata do Direito seria, predominantemente, uma obra de conteúdo normativo, mas isso não ocorre.
A obra enfoca experiências, que contribuem para a superação das dificuldades de inserção, permanência e ascensão vivenciadas pelas mulheres no mercado de trabalho. São trabalhadoras domésticas, bancárias, faxineiras, comerciantes, trabalhadoras rurais, educadoras e sindicalistas. Mulheres que têm em comum, a garra para transformar a realidade que as colocam em desvantagem no mundo do trabalho. Todos os projetos foram financiados pelo Fundo para Igualdade de Gênero (FIG) da Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional (CIDA).
Nesse livro o/a leitor/a irá encontrar uma profusão de discursos a respeito da imagem da mulher, em que as/os autoras/es tentaram vislumbrar os meandros dos discursos que imprimiam a culpabilidade às mulheres que praticavam atos como aborto e infanticídio em Desterro/Florianópolis. E essas mulheres passavam, a partir desses atos, a ser alvo de intensos debates, seja na imprensa, nos discursos judiciários ou mesmo em toda a sociedade.
De maneira singela, sem afetação acadêmica excessiva, a autora fala de como uma doença que ameaçou dilacerar nossas esperanças de liberdade utópica se torna emblema de uma sociedade.
A desregulamentação, a modernização das infra-estruturas, a adoção de novos padrões de gestão e a reforma institucional das redes de comunicação e de transporte, acontecidos ao longo da década passada, constituíram instrumentos privilegiados para a re-qualificação das bases produtivas e dos arranjos institucionais da economia mundial, nacional e local.
Filósofo inglês que desenvolveu uma das mais importantes contribuições contemporâneas sobre filosofia moral, o autor propicia, nesta obra, uma excelente oportunidade de verificar como, com clareza e vigor estilístico, apresenta suas sugestões e as relaciona com outras correntes filosóficas.
Introdução / Debora Diniz -- Tecnologias reprodutivas e direito: algumas conexões / Arryanne Queiroz -- Reprodução medicamente assistida: parentalidade contratual e biológica. Controvérsias e certificações / Diaulas Costa Ribeiro -- Acesso às tecnologias reprodutivas e princípios constitucionais: igualdade, pluralismo, direito constitucional de família e orientação sexual no debate bioético brasileiro / Roger Raupp Rios -- As tecnologias reprodutivas em um direito em movimento / Samantha Buglione.
Mais um volume da coleção INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA, que foi concebida para ser utilizada na formação de psicólogos, a INTRODUÇÃO À EPISTEMOLOGIA apresenta o estudo dos grandes temas epistemológicos, o que constitui condição indispensável para uma boa formação científica.