Este livro se dirige aos estudantes de saúde pública, bem como aos que integram cursos profissionalizantes. Seu conteúdo apresenta linguagem objetiva, e traz capítulos que expressam conhecimentos da moderna saúde pública. O livro segue a linha doutrinária
Sarah Escorel dá uma importante contribuição à memória da saúde pública nacional, infelizmente muito curta, apesar do trabalho executado por personagens com um quê de heróicos, como os apresentados neste livro. O controle da tuberculose, as campanhas de erradicação da malária e da febre amarela e a organização do Departamento Nacional de Saúde do Ministério da Educação e Saúde Pública sob o comando de Gustavo Capanema.
Este livro procura discutir a promoção da saúde tomando como base o conceito de biopoder. Trata-se de um poder sobre a vida, que se exerce por meio da regulação dos corpos, instituindo-lhes formas de existência de fora para dentro, e desse modo estabelece um controle sobre eles a biopolítica. No entanto, há um tipo de biopolítica que pode ser exercida pelos próprios sujeitos. É a partir deles que se produzem formas alternativas de visa, expressão das suas singularidades, e que encontram em si mesmos a potência para uma nova saúde. Este livro põe no centro do debate algumas questões com as quais procura problematizar o campo – a promoção da saúde se propõe a regular os modos de vida? Ou sugere a produção de novos sujeitos e formas singulares de viver? Portanto é entre a ideia de uma padronização da vida, e outra qua acolhe a diferença que este livro tenta problematizar o campo mediante o estudo de programas de Promoção à Saúde desenvolvidos na Saúde Suplementar.
Livro reúne mais de uma dezena de artigos de importantes pesquisadores nacionais sobre diferentes temas: Atenção Primária à Saúde; disponibilidade de novos produtos; aspectos jurídicos, acesso; transparência; indicadores de qualidade; tecnologia e telessaúde; uso de dados; desperdícios no setor e vários outros. Tudo com o objetivo de compreender o atual momento e os desafios impostos e, assim, apontar alguns indicativos para onde se caminha.
Este livro, de caráter introdutório e informativo, apresenta aos leitores de distintas áreas do conhecimento, em especial aos que atuam mais diretamente nos campos ambiental e da saúde, uma visão abrangente dos problemas de saúde e ambiente que vêm marcando cada vez mais as sociedades modernas. Os autores deste livro vêm desenvolvendo um trabalho em conjunto desde a década de 90, investigando as interfaces entre questões de saúde e ambiente com o intuito de identificar e apontar futuros propícios para a promoção da vida.
Está tomando corpo, no Brasil e no mundo um novo debate sobre saúde e desenvolvimento, baseado, sobretudo, na indagação a respeito dos conflitos políticos gerados ao se separar a política econômica, voltada para o complexo econômico da saúde, e a política social, voltada para a proteção social em saúde. No Brasil, há uma separação clara entre as políticas de modernização na saúde, direcionadas à inovação tecnológica e ao funcionamento do mercado financeiro no âmbito do complexo econômico, e as políticas sociais, não inseridas nos projetos recentes de desenvolvimento. Esse paradoxo de separar o econômico do social tem reflexos diretos para efetivação e fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS)
Este livro sistematiza reflexões sobre o significado e as possibilidades de emancipação humana e social diante das crises contemporâneas em suas várias dimensões — social, sanitária, ecológica, política e civilizatória —, assim como suas implicações e alternativas para a produção de conhecimentos e práticas envolvendo a articulação da academia com movimentos e mobilizações sociais nos campos e cidades. A obra expressa as bases conceituais e metodológicas do Núcleo Ecologias, Epistemologias e Promoção Emancipatória da Saúde, o Neepes, criado em 2018 e do qual os autores fazem parte.
Vivemos um tempo de desafios à criatividade. A maior parte das situações que enfrentamos, seja no campo da ação dos movimentos sociais, seja na esfera de políticas públicas adequadas, como resposta dos gestores, exige soluções novas. A construção de novos caminhos e a identificação de alternativas de ação têm um pressuposto: o conhecimento do já realizado, com a conseqüente reflexão sobre os resultados e os limites encontrados, para que se evitem os erros e se ilumine o conjunto de alternativas. Este livro permite-nos conhecer o “estado da arte” das ações e das reflexões relativas à incorporação da perspectiva de gênero na formulação de políticas, na implementação de programas e no encaminhamento de demandas sociais. Alguns textos voltam-se mais para a compreensão do contexto histórico. Outros introduzem importantes questões conceituais. Outros, ainda, descrevem e analisam experiências concretas. Todos, no entanto, constituem leitura indispensável a quem se interessa pelo tema. Elizabeth Barros Vice Presidente da Abrasco e Pesquisadora associada do NESP/CEAM/UnB
Promove uma reflexão coletiva, envolvendo profissionais especializados de várias áreas, registrando e divulgando os resultados do Seminário de Saúde, Previdência e Assistência Social, realizado pela Fundação Getúlio Vargas.
Uma crÌtica rigorosa quanto –s condiÁies do setor da saËde, identificando os esforÁos adequados para o amadurecimento das polÌticas pËblicas de saËde junto ao fortalecimento das condiÁies de cidadania.
Este estudo tem como perspectiva compreender as transformações no mundo do trabalho e a sua relação com o processo saúde-doença, pois, o trabalho é como a vida: está sempre se modificando e sua relação com o corpo dos que trabalham também se modifica.
O livro, Saúde: A Cartografia do Trabalho Vivo, trata do agir no âmbito das organizações de saúde, particularmente nos processos produtivos dos atos de saúde, como lugar de uma transição tecnológica para um novo patamar produtivo.
”SaúdeLoucura 7” aguça o debate sobre a saúde mental produzida nos Programas de Saúde da Família – PSF em diferentes lugares do Brasil, os quais utilizam-se de diferentes metodologias, apoiadas, porém, nos princípios da Reforma Psiquiátrica Brasileira. São casos experimentais e com já demonstrada eficácia.Às seis experiências desenvolvidas em diferentes lugares do Brasil – periferia de São Paulo, Camaragibe e Cabo de Santo Agostinho (Pernanmbuco), Araçuaí, Vale do Jequitinhonha (Minas Gerais) e da experiência-piloto de Quixadá (Ceará) – somou-se nesta edição a de Sobral (também no Ceará).
Esta obra, comemorativa ao centenário da descoberta do Schistosoma mansoni no Brasil pelo pesquisador baiano Manuel Augusto da Silva Pirajá, está sendo considerada a mais completa e atual já produzida no país sobre essa específica parasitose. Fruto do esforço e do longo conhecimento acumulado por especialistas altamente qualificados dos mais diversos campos da saúde, supre uma carência bibliográfica de valor inestimável para a comunidade científica, leitores e demais interessados.
A seca é apenas um evento climático de origem natural ou também é um desastre social, que tem forte impacto na saúde, no bem-estar e no desenvolvimento humano? Esse é um dos principais pontos de Seca Silenciosa, Saúde Invisível: um desastre naturalizado no Semiárido do Brasil, obra escrita pelas pesquisadoras Aderita Ricarda Martins de Sena e Tais de Moura Ariza Alpino, que abordam questões específicas do evento climático de seca, com ênfase no Semiárido do Brasil (SAB). Durante as pesquisas, as autoras observaram os efeitos da seca sobre a sociedade e sobre os determinantes da saúde, considerando os contextos do desenvolvimento sustentável ambiental, econômico e social. Organizado em sete capítulos, o título reafirma a importância de se priorizar o tema e contribui ainda para o desenvolvimento de ações concretas que permitirão gerir os impactos da seca sobre a saúde da população do SAB. “Este volume configura-se como um alicerce que pode subsidiar a mobilização e o engajamento do Sistema Único de Saúde, em suas esferas federal, estadual e municipal”, diz Eliane Lima e Silva, pesquisadora do Laboratório de Geografia, Ambiente e Saúde da Unb, na orelha do livro.
Como profissional de primeiro contato, que aborda aspectos preventivos e terapêuticos, os médicos de atenção primária se deparam frequentemente com problemas muito diferentes dos especialistas e daqueles que tiveram formação educacional baseada em hospitais tradicionais.
Segurança Alimentar e Nutricional foi idealizado em decorrência da grande importância e da contemporaneidade do tema. A definição dos tópicos incluídos foi minuciosamente discutida, sempre com o objetivo de apresentar uma obra com características multidisciplinares, expondo ao leitor uma visão crítica sobre questões essenciais referentes às áreas de segurança alimentar e nutricional no Brasil e no mundo.
A Série Saúde Ambiental tem por objetivo a maior proteção possível dos ecossistemas que se compõem de diferentes espécies e que interagem entre si através de fatores físicos e químicos e com o meio ambiente. As interações mantêm o sistema em pleno funcionamento, proporcionando condições para o estabelecimento de novas espécies, as quais, em novos fenômenos interativos, crescem, desenvolvendo-se.O presente volume - Segurança Ambiental no Controle Químico de Pragas e Vetores - é o primeiro da Série Saúde Ambiental. Estuda a proliferação de algumas espécies que nem sempre são do interesse para o homem, em razão de relacionarem-se a danos causados a cultivares ou à transmissão de doenças a seres humanos e animais - surge, assim, o Manejo Integrado de Pragas (MIP), no qual se prioriza alterar as condições ambientais, de modo a inibir as espécies indesejáveis e patogênicas.Chama atenção, não obstante, o manejo apresentar certas limitações, o que obriga ao uso de agrotóxicos nas áreas rurais e de desinfestantes nas urbanas. Os agrotóxicos e os desinfestantes não deixam de ser substâncias tóxicas em maior ou menor grau ao homem, aos animais e ao meio ambiente. Para o seu uso, torna-se necessário o conhecimento técnico do grau de toxicidade da molécula para a saúde e o meio ambiente.Segurança Ambiental no Controle Químico de Pragas e Vetores, volume 1 da Série Saúde Ambiental compõe-se de 3 Autores, 4 Partes, 36 Capítulos, num total de 290 Páginas. As Partes são as seguintes.I. Agrotóxicos II. Saneantes/Desinfestantes III. Armazenamento, Transporte e Manipulação de Saneantes - Desinfestantes IV. Bioindicadores de Contaminação do Ambiente É livro, pois, destinado a suprir a lacuna existente em nossa literatura ambiental, e que tem como público leitor os alunos dos cursos de graduação na área biológica, engenharia sanitária e engenharia ambiental, além dos profissionais graduados, interessados na atualização de seus conhecimentos sobre o tema.
Nos últimos 20 anos a cultura assistencial e o requisito legal, por intermédio da Agência Nacional de Saúde Suplementar e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, vêm incorporando a Gestão de risco como atividade central da assistência, criando um ambiente adequado à implementação das mudanças necessárias em nossas organizações assistenciais. A ciência vem mostrando que há um caminho para que sejam evitadas dezenas de milhares de óbitos e sequelas transitórias e definitivas e para o controle do desperdício de milhões de reais essenciais à sustentabilidade do SUS e da Saúde suplementar brasileira. Com certeza a obra Segurança do Paciente – Infecção Relacionada à Assistência e Outros Eventos Adversos Não Infecciosos – Prevenção, Controle e Tratamento proporcionará ao leitor acesso ao conhecimento disponibilizado dentro da melhor evidência científica, em um formato adaptado à realidade brasileira, tornando-se um dos pilares fundamentais para a mudança.
Promover, proteger e recuperar a saúde é o que se espera dos serviços de saúde. Por isso, provoca espanto quando se fala que o processo de cuidado em saúde pode causar incidentes com danos. Alguns perigos são inerentes a esse processo – por exemplo, os efeitos colaterais conhecidos de determinados medicamentos. Outros podem ser consequências de erros, que acontecem em qualquer ramo de atividade, inclusive na saúde. Para fazer frente à frequência e à magnitude desses problemas, deve-se disseminar a cultura da segurança nos serviços de saúde, com o objetivo de melhorar a qualidade e os resultados desses serviços. Importantes contribuições nesse sentido podem ser encontradas nestes dois volumes. Os livros são desdobramento de um curso internacional de especialização em qualidade em saúde e segurança do paciente, oferecido na modalidade a distância (EAD) no âmbito de uma parceria entre a Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz e a Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa. Especialistas brasileiros e portugueses produziram materiais didáticos para o curso, pois se verificou uma escassez de publicações sobre essas temáticas, sobretudo em língua portuguesa. Contudo, os materiais ganharam vida própria, independente do curso. Estruturadas de modo a suprir as reais necessidades de formação de médicos, enfermeiros, farmacêuticos, profissionais das tecnologias da saúde e gestores, as coletâneas têm por base conhecimentos e evidências que refletem o atual estado da arte em segurança do paciente. Os leitores – não só do Brasil e de Portugal, mas de toda a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) – encontrarão subsídios para que, no dia a dia, mudanças na prática dos cuidados resultem em serviços mais seguros em todos os pontos da atenção à saúde.
Um guia claro e acessível para entender o que podemos fazer para redução da violência. Segurança é um assunto que há muito preocupa a todos nós. Não é de hoje que o Brasil está imerso em uma crise que parece não ter fim. Os níveis de criminalidade só aumentam, assim como nossa percepção de insegurança. Para não sermos enganados com supostas soluções mágicas e promessas falsas a cada ciclo eleitoral, antes de fazermos escolhas determinantes para o futuro do país, estarmos bem informados é o primeiro passo para revertermos esse cenário. Escrito por duas grandes especialistas no tema, Ilona Szabó e Melina Risso, este livro traz um panorama muito claro do sistema da segurança pública e justiça criminal no Brasil. Por que o Estado não consegue proteger seus cidadãos? Que fatores potencializam essa trágica realidade? Qual o papel das polícias? Por que é tão importante regular armas e munições? Respondendo de forma equilibrada e embasada às principais perguntas no debate público, as autoras mostram que, com prevenção, inteligência e investigação, há soluções possíveis e efetivas para tornar nossas cidades mais seguras. Numa linguagem compreensível, sem jargões, Segurança pública para virar o jogo reúne exemplos de sucesso no Brasil e no mundo, dados, pesquisa, opinião e propostas para entendermos o que funciona e o que não funciona quando o assunto é a redução de violência.
As sociedades democráticas que têm a busca pela igualdade e justiça como princípio necessitam de mecanismos capazes de promover e garantir os direitos de cidadania da população. A Constituição de 1988 foi um marco quanto aos fundamentos das ações públicas para alcançar esse objetivo. O desenho da seguridade social brasileira a partir de então passou a expressar a responsabilidade do Estado democrático frente às demandas sociais e a garantir a proteção social aos sujeitos de direito. Um dos debates mais intensos nas Ciências Econômicas e Sociais é sobre quais fundamentos políticos e teóricos o Estado deve dispor para regulamentar as atividades econômicas a fim de garantir justiça, igualdade e liberdade nas sociedades verdadeiramente democráticas. De um lado, há aqueles que acreditam que os processos produtivos por meio do crescimento econômico, de investimentos produtivos e políticas de pleno emprego, são, por si só, capazes de constituir um ambiente onde os direitos de cidadania sejam garantidos. De outro, há aqueles que defendem o contrário, situando o Estado como um agente necessário para promover a eqüidade por meio da garantia dos direitos sociais – implementados pelos equipamentos da seguridade social –, já que somente os processos econômicos não conseguem assegurá-los.
Chimamanda Ngozi Adichie ainda se lembra exatamente do dia em que a chamaram de feminista pela primeira vez. Foi durante uma discussão com seu amigo de infância Okoloma. "Não era um elogio. ‘Percebi pelo tom da voz dele; era como se dissesse: Você apoia o terrorismo!’." Apesar do tom de desaprovação de Okoloma, Adichie abraçou o termo e - em resposta àqueles que lhe diziam que feministas são infelizes porque nunca se casaram, que são "antiafricanas" e que odeiam homens e maquiagem - começou a se intitular uma "feminista feliz e africana que não odeia homens, e que gosta de usar batom e salto alto para si mesma, e não para os homens". Neste ensaio preciso e revelador, Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher e nigeriana para mostrar que muito ainda precisa ser feito até que alcancemos a igualdade de gênero. Segundo ela, tal igualdade diz respeito a todos, homens e mulheres, pois será libertadora para todos: meninas poderão assumir sua identidade, ignorando a expectativa alheia, mas também os meninos poderão crescer livres, sem ter que se enquadrar em estereótipos de masculinidade.
Nesta edição adaptada para leitores de todas as idades e ricamente ilustrada, Chimamanda Ngozi Adichie convida os jovens a refletir sobre o que significa ser feminista no século XXI. A autora deste livro, Chimamanda Ngozi Adichie, é escritora e feminista. Mas, afinal, o que é ser feminista? Quando ouviu essa palavra pela primeira vez, Chimamanda ainda era criança e morava na Nigéria, país em que nasceu. Desde então, ela pensou muito sobre o termo — e sobre os direitos das mulheres no mundo. Anos mais tarde, ela compartilhou suas reflexões sobre igualdade a todos, homens e mulheres, e você as encontra neste livro. E agora é a sua vez de refletir sobre o assunto também! Além do texto adaptado para leitores de todas as idades, esta edição ilustrada também contém uma introdução para os jovens e um texto de encerramento para pais, professores e mediadores de leitura. Este livro é indicado para crianças a partir de 10 anos.
Sem fôlego é a história do SARS-CoV-2 sob o ponto de vista dos cientistas que trabalharam arduamente para compreendê-lo. Com base em mais de cem entrevistas, David Quammen examina como novos vírus podem afetar os humanos à medida que interferimos na natureza, com o potencial de causar catástrofes globais – e como esse coronavírus provavelmente circulará indefinitivamente entre nós, de uma forma ou de outra. O autor ainda demonstra que os especialistas em doenças infecciosas já haviam sinalizado essa pandemia, mas tais alertas foram ignorados por razões políticas ou econômicas, e que, embora seja difícil determinar a origem exata desses vírus, temos pistas convincentes e suposições que podem ser descartadas.
Este livro é uma festa! Não só porque fala de festas, mas principalmente por celebrar a vida. Festa é um rito social, partilhado entre um grupo de pessoas. E as pessoas que partilham esta festa é o que há de mais especial no livro. Toda festa tem um anfitrião, aquele que convida para a festa. Esta tem também, o Allan, que por coincidência é ainda o autor do livro que você segura, agora, nas suas mãos. E esta festa foi inspirada na vivência de Allan nos fluxos e nos bailes funks nas periferias de São Paulo; na sua proximidade com jovens da periferia e no seu hábito de ouvir funk durante a escrita da pesquisa que gerou este livro, bem como com o seu trabalho profissional como sanitarista - Marco Akerman
Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem é livro que alcança a sua 2ª Edição integralmente reescrito, revisto e atualizado. Eis os mais importantes acréscimos e atualizações • vídeos das semiotécnicas, com ensino prático dos principais procedimentos e habilidades. • Tabelas de parâmetros normais e anormais acréscimo do diagnóstico e dos procedimentos básicos de Enfermagem específicos a cada sistema orgânico abordado. • Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem; Bases para o Cuidar a importância do entendimento para o fazer cotidiano do enfermeiro. • Histórico de Enfermagem e Exame Físico; integram o processo de Enfermagem e a sua sistematização. Direcionam as ações de Enfermagem. • Terminologia Técnica inédita. Breve glossário. • Modelos do Histórico de Enfermagem inéditos. Iniciam-se com a entrevista após a identificação, seguem com outros itens e terminam no exame físico e nos aspectos de ordem emocional e espiritual. • Tabela inédita. Registra os principais problemas de Enfermagem e a prescrição de cuidados de Enfermagem. Semiologia e Semiotécnica de Enfermagem, 2ª Edição, apresenta 1 Editora, 17 Colaboradoras, 14 capítulos, em um total de 334 páginas. Seu público-alvo é formado por estudantes de Graduação em Enfermagem e profissionais graduados que tenham interesse em se aperfeiçoar e melhorar a qualidade do cuidar em Enfermagem.
Com o objetivo de trazer a normalidade da existência de pessoas LGBTQIA+ para o centro do debate humanitário, Willian Peachazepi – diretor de arte, criou um projeto inspirado na contação de histórias e na representação artística de personagens LGBTQIA+ que influenciaram a História da Humanidade. Foi assim que nasceu a proposta do livro “Sempre Existimos”, que pretende revelar a vida de pessoas importantes para o mundo, com um olhar para o seu íntimo. Os contos flertam com a ficção e com a literatura. Inspirados em pesquisas históricas sobre os personagens e as imagens, trazem o olhar dos artistas da comunidade. Com isso, mais do que um livro de narrativas produzidas com a linguagem singular de cada um, pretendemos utilizar nossos saberes e inspirações a serviço de pequenas microrrevoluções, fortalecendo um movimento que une a um só tempo resistência e criação. A criação, objeto tão importante para o campo da comunicação, pode ser reinventada e canalizada para propósitos que vão além da comercialização, para de fato servirmos a projetos que têm potencial transformador das nossas necessidades concretas. A resistência das narrativas, como nos ensina Ailton Krenak, está intrínseca ao ato de narrar, já que em cada nova história contada abriga uma força de adiar o fim do mundo.
Escrito por uma das principais jornalistas da América Latina, um manifesto corajoso, livre de doutrinas, para que possamos cada vez mais pensar (e viver) o feminismo em toda a sua diversidade. Alma Guillermoprieto dedicou grande parte de sua carreira a cobrir conflitos e movimentos sociais por toda a América Latina. Ao longo de sua trajetória retratou em crônicas e reportagens a história de mulheres comuns, sobreviventes dos mais diversos tipos de violência. Neste livro, ela reflete sobre sua própria posição como mulher e se questiona: Será que sou feminista? Sem a pretensão de ter todas as respostas, ela relata suas memórias quando jovem na machista sociedade mexicana e suas referências feministas; relembra encontros com líderes e ativistas; expõe sua visão da estrutura machista, racista e homofóbica que assassinou Marielle Franco; e tece ainda considerações a respeito do movimento #MeToo. Ao mesmo tempo em que evoca experiências pessoais, Guillermoprieto faz uma releitura das lutas históricas das mulheres, destacando avanços tão significativos quanto a pílula anticoncepcional e o direito ao voto, sem nos deixar esquecer do caminho árido que ainda há pela frente.
Munido de amplo referencial teórico-conceitual, o livro Sérgio Buarque de Holanda e a dialética da cordialidade passa pelo conjunto da obra do autor-foco buscando a dialogia vida e obra que marca a narrativa de qualquer pensador.
Este livro é fruto do acúmulo profissional e teórico da jovem autora Vanessa Saraiva, doutora em Serviço Social, pesquisadora, docente e assistente social, que traz em sua trajetória acadêmica e profissional, na defesa e proteção aos direitos de crianças e adolescentes, o engajamento e o compromisso com a luta anticlassista, antissexista e antirracista. Inspirada na tradição marxista, a autora constrói uma análise critica dos processos políticos e ideológicos que permearam a história do atendimento às crianças e adolescentes no Brasil, cujo Estado em diversos contextos históricos, sob a lógica capitalista dependente e periférica, e em nome da “proteção”, foi um dos maiores violadores de direitos através de práticas violentas, conservadoras, segregadoras e disciplinadoras no controle social de crianças e adolescentes pobres e na culpabilização de suas famílias.
O livro retoma as filosofias feministas dos últimos cinquenta anos, para traçar uma genealogia dos conceitos de sexo, gênero e sexualidade. Criando uma trama a partir dos campos mais inovadores da pesquisa filosófica atual: feminismo, teoria queer, ética feminista, filosofia da ciência, politica, feminismo negro e interseccionalidade, Dorlin lança luz sobre a materialidade das relações de poder que estão por trás da origem desses conceitos. Segundo a filósofa, é preciso que o sujeito do feminismo se mantenha em um esforço permanente de descentramento, subvertendo o dispositivo de saber e de poder por trás da ontologização dos sexos. Sumário Introdução Epistemologias feministas Historicidade do sexo Nossos corpos, nós mesmas O sujeito político do feminismo Filosofias da identidade e “práxis queer” Tecnologias do sexo
O conceito de sexo saudável muda com o tempo. O que ontem era aberração, hoje pode ser extravagante, incomum ou até uma forma de ‘apimentar’ a vida sexual e ‘sair da rotina’.” “O sexo nunca foi 100% binário nas mais diferentes civilizações. Essa realidade nunca esteve tão explícita como a partir da era digital.” “O sexo sem atração é praticado desde que o mundo é mundo, a serviço de estabilidade, equilíbrio ou ponderação impossíveis de se sustentar se todo sexo exercido sobre a face da Terra fosse movido pelo magnetismo e pelo fascínio.” “Se os homens se masturbam hoje, será menos provável que façam sexo a dois amanhã. Já as mulheres terão mais interesse numa relação sexual no dia seguinte à masturbação.” “Sexo é a boca, a mão, o pênis e a vagina. No entanto, sexo também é obsessão, prazer, desejo ou repulsa. Prisão ou liberdade. Fome ou saciedade. Sexo é a força que nos põe na cama e a energia que nos tira dela. Sem a qual você não deita nem levanta, não vira a noite nem relaxa e dorme. É funcional ou disfuncional; convencional ou inusitado. É a primeira vez com virgindade e a última como despedida. Sexo é tudo o que existe e o que não existe sexo também é. Por isso, sexo é um fantasma que assombra a memória de quem já o teve e perdeu, vendeu, comprou ou emprestou. É a devoção de quem nunca rezou.
A sexualidade nunca foi tão explicitada pela mídia, que com um marketing sempre atualizado associa êxito pessoal e profissional à imagem de um ser humano bem sucedido, realizado e sedutor. Uma espécie de mercadoria, um fetiche ao alcance de todos.
O universo é masculino, criado por um homem, e é uma raridade encontrar um mito em que os sexos estejam equilibrados. Por que os genitais têm as características atuais? As explicações são as mais inventivas. Darcy Ribeiro registrou, entre os Kadiwéu, a origem da mulher dos brasileiros. Conta-se que o deus criador dos Kadiwéu, Gô-no-êno-hôdi, fez um homem e uma mulher para todos os povos, mas esqueceu da mulher para os brasileiros. Tendências e características de epidemia do Hiv/Aids entre os povos indígenas. Uma abordagem etnoepidemiológica; Contato interétnico e saúde; A homossexualidade entre os índios do Novo Mundo antes da chegada do Homem branco; Corpo e sexualidade; Velhas práticas, novas abordagens: Pensando a amamentação nas comunidades indígenas em tempo de Aids. Estes são alguns dos capítulos do livro.
Qual a diferença entre sexualidade e sexo? Quais as crenças que influenciam nossa sexualidade? E como a sexualidade e as emoções acontecem bioquimicamente? O material contido neste livro é um convite ao diálogo sobre a sexualidade humana, sobre suas formas e suas distorções, bem como, os efeitos da desinformação e das situações de risco provenientes desta. É um livro dedicado a todos que estudam e se interessam pelo tema, principalmente jovens e adolescentes que encontrarão neste, explicações para muitas de suas dúvidas, inclusive explicações bioquímicas para seus sentimentos e emoções. Envolve desde o vício e as influências comportamentais geradas pelo uso da pornografia e o pelo erotismo midiático, à importância do debate sobre estes temas nas escolas. Entre outros, como: identidade de gênero, gravidez na adolescência, métodos contraceptivos, ISTs, disfunções sexuais e violências sexuais. Ler este livro é muito mais do que simplesmente estudar o tema é se questionar sobre o que acreditamos ser normal, sobre como vemos e lidamos com o nosso sexo e com a nossa sexualidade.
Sexualidade e socialismo traz uma análise incrivelmente acessível das questões mais desafiadoras para os que estão preocupados com a luta pela igualdade para lésbicas, gays, bissexuais e travestis, mulheres transexuais e homens trans (LGBT). O livro contém artigos sobre as raízes da opressão LGBT, a construção das identidades sexuais e de gênero, a história do movimento gay e sobre como unir os oprimidos e explorados para conquistar a libertação sexual para todos. Sherry Wolf analisa diferentes teorias sobre opressão – incluindo as marxistas, pós-modernistas, as políticas de identidade e a teoria queer – e contesta mitos sobre genes, gênero e sexualidade.
O livro traz ampla análise de pesquisas nacionais e internacionais recentes sobre homens, masculinidade e saúde e examina matérias publicadas em uma revista masculina contemporânea, em que a ‘saúde do homem’ vira produto a ser consumido, reforçando a imagem de uma masculinidade globalizada, viril, malhada e heterossexual, em contraste às realidades de um grupo de entrevistados no Rio de Janeiro. Por que homens morrem mais cedo? Por que usam menos os serviços de saúde? Por que aparecem mais como ‘infectantes’ ou ‘transmissores de doença’ do que como sujeitos complexos que também precisam de serviços, atenção e reflexão? Sem cair em estereótipos, o autor evidencia relações de poder e gênero, tradicionalmente espaço para falar de desigualdades que atingem as mulheres e atenta para as masculinidades no plural, contextualizadas em uma rede de poderes e no cenário social e histórico.
Os estudos do gênero e saúde ganham cada vez mais força no Brasil. Os autores aqui reunidos analisam as conexões entre sexualidade e reprodução sob perspectiva interdisciplinar, no âmbito de diferentes relações sociais. Os textos apresentados são fruto de investigações e debates promovidos pelo Programa Interinstitucional de Treinamento em Metodologia de Pesquisa em Gênero, Sexualidade e Saúde Reprodutiva, e são representativos de todas as regiões do Brasil, além da Argentina e Colômbia.
Este livro é um exemplo do quanto uma formação e um olhar transdisciplinar, somados a uma pesquisa histórico-documental rigorosa, produz bons frutos ao campo das Humanidades. Com escrita clara, “Sífilis, loucura e civilização” traz contribuições robustas para a história das ciências, da medicina e dos saberes psicopatológicos no Brasil. Se este livro tratasse apenas da história de um diagnóstico fundamental para a psicopatologia do século XIX, a paralisia geral progressiva, e suas articulações com a formação de um campo de saber científico, a psiquiatria, ele já seria uma contribuição historiográfica profícua. Afinal, o percurso histórico da doença é revelador dos padrões de objetividade que ramos descritivos desse saber perseguem até hoje. Mas, Giulia faz mais: mostra como a PGP e a sífilis (sua causa), para além de filão central da legitimação de uma psiquiatria carioca de cariz cada vez mais neurológico, figuram no quadro dos debates nacionais sobre civilização, degeneração, raça e moralidade no pré e no pós-abolição. Desta forma, passado e presente se iluminam reciprocamente, tanto no que se refere às controvérsias acerca das facetas neurológicas da sífilis, quanto no que concerne aos enquadres socioculturais e imaginários das doenças venéreas. Graças a este livro, a partir daqui referência, podemos conhecer melhor esta e outras histórias.
Livro-chave para a compreensão da poesia contemporânea é quase um manifesto, uma pedra-de-toque para o significado político de toda criação poética. Em ensaios reunidos, o autor, maior poeta-crítico da América Espanhola, vai em busca da alquimia do Hai-cai e dos mistérios de Pessoa, da paixão de Breton e da filosofia de Buñuel, entre outras demandas. O volume contém apreciações críticas de Sebastião Uchoa Leite e Celso Lafer e ensaio de Haroldo de Campos.
"Simplesmente Madalena" é a história de vida de uma mulher afrodescendente brasileira, que aos 73 anos de idade, finalmente teve acesso a alfabetização. Ela trás a potência de uma mulher negra, guerreira e mãe na tentativa de romper com o ciclo de opressão de gênero e racial passado de geração a geração.
Este livro deixa claro que as doenças, transtornos e situações que podem afetar as pessoas com síndrome de Down são as mesmas que podem afetar qualquer outra pessoa. Os assuntos estão dispostos em ordem alfabética, de modo sintético e claro, com a definição e o conceito, os sintomas clínicos gerais e quando requerem urgência. Este livro procura transmitir conhecimentos básicos, atualizados e livres de informações equivocadas, e os possíveis problemas de saúde que podem acometer o indivíduo com síndrome de Down.
Síndrome de Down e as Práticas Pedagógicas traz diferentes meios para entender e oferecer um melhor processo educacional para as pessoas com Síndrome de Down, levando a refletir quanto ao uso contínuo de estímulos e incentivos sobre a capacidade de raciocínio dessas pessoas. É um livro que vai além das práticas ou reflexões acerca do processo educacional e da educação em si.
O título do livro 'Sintomas Mórbidos: A encruzilhada da esquerda brasileira', escrito pela socióloga, feminista e uma das youtubers mais radicais à esquerda nas redes, Sabrina Fernandes, remete ao interregno pensado pelo revolucionário italiano Antonio Gramsci na famosa passagem do seu Cadernos do Cárcere: “o velho está morrendo e o novo não pode nascer; neste interregno, uma grande variedade de sintomas mórbidos aparece”. Isso se encaixa como uma luva no Brasil contemporâneo depois do verdadeiro terremoto político causado pelas manifestações de Junho de 2013 e seus ecos. O equilíbrio desequilibrado que sustentava a frágil democracia liberal brasileira, aparentemente, se desfez. Como consequência, temos um perturbador entretempo: de fragmentação das esquerdas e ascensão da extrema-direita — sobre o qual Sabrina Fernandes disserta, por uma perspectiva marxista, apresentando a noção crise de práxis como uma chave para o entendimento do que se passa, ao passo que possibilita (e mira!) na superação da pós-política e da ultrapolítica e na construção de uma utopia concreta e realizável, fator crucial na revolução necessária do nosso porvir.
Os autores apresentam uma visão geral do Sistema de Classificação de Cuidados Clínicos - Versão 2.0 (CCC). O sistema CCC é uma terminologia padronizada (vocabulário) de conceitos (termos) desenvolvido para ser usado na documentação eletrônica da prática de enfermagem.
O presente livro, Sistema de gestão: qualidade e segurança dos alimentos, tem como objetivo primordial esclarecer e alertar sobre a importância da correta aplicação dos princípios de gestão para a garantia da qualidade, em especial no que concerne à segurança dos alimentos, visando à promoção da saúde da população. Destina-se àqueles que trabalham ou têm interesse no segmento de alimentos: proprietários de estabelecimentos, responsáveis técnicos, consultores, estudantes e outros profissionais dos setores público e privado. Foi escrito em linguagem de fácil compreensão, apesar de a temática ter caráter técnico-científico, para que todos os leitores pudessem se apropriar das informações e colocá-las em prática.
A autora nos instiga a compreender o processo de construção do Sistema Único de Assistência Social, a partir das relações estabelecidas entre os sujeitos coletivos, o Estado e o partido político. A originalidade da obra está na apreensão do sistema como resultante dessas interações. O livro apresenta três chaves analíticas que contribuem para o estudo das relações socioestatais: a triangulação entre Estado, partido e movimento como atores relevantes para a construção e implementação da política de Assistência Social; os projetos políticos em disputa e compartilhados entre os sujeitos; a identificação de um movimento social na Assistência Social, marcado pela múltipla filiação política.
Comentários à Lei Orgânica da Saúde, depois de 15 anos fora das estantes, é quase uma nova obra pelas mudanças havidas que acompanharam as da lei n. 8.080, de 1990, nove vezes modificada, além das emendas constitucionais que incidiram sobre o artigo 198 da Constituição e da lei complementar n. 141, de 2012. O presente livro renovado em conceitos, compreensão jurídica de institutos do Direito Sanitário, como o da integralidade assistencial, a participação complementar do setor privado ao SUS, a natureza jurídica das ações e serviços de saúde, as emendas parlamentares impositivas, a capacidade judiciária dos conselhos de saúde e ainda aspectos da judicialização da saúde, são temas abordados nesta edição ampliada e renovada.
Vencer o desafio de gerir o SUS de maneira compartilhada e organizar as regiões de saúde para que a descentralização não fragmente o sistema é o tema principal desta obra. A autora enfrentou esse desafio buscando garantir sustentação para a sua teoria de
Desde a sanção da Lei nº 9.394, em 1996, se esperava por uma obra que examinasse os impactos dessa norma sobre a Educação Básica brasileira, uma vez que essa segunda Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional trouxe, como uma de suas mais importantes novidades, a criação e a consolidação definitiva dos sistemas municipais de educação, reclamados há mais de meio século pelo grande educador Anísio Teixeira.
“Uma das contribuições mais importantes deste livro é a proposta de refundação da esquerda, a partir de um programa efetivamente antissistêmico: democracia direta, gestão coletiva dos recursos públicos, de sistemas de crédito e do patrimônio ecológico, confisco de aparelhos produtivos para serem geridos pelos próprios trabalhadores, salário máximo, restrição do direito à propriedade privada. Só uma esquerda que não tem medo de dizer seu próprio nome, que assume a luta de classes e se identifica com o proletariado como sujeito político com força revolucionária – principal tese da teoria marxista da revolução – será capaz de superar os impasses aos quais nos levou um “reformismo fraco”, que confundiu política com gestão.
Fome, insegurança alimentar e nutricional, desnutrição, obesidade e doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Questões complexas que influenciam a vida de milhões de pessoas no Brasil e no mundo e que foram potencializadas pelo contexto da pandemia de Covid-19. Para debater e jogar luz sobre esse cenário, a Editora Fiocruz lança Sistemas Alimentares, Fome e Insegurança Alimentar e Nutricional no Brasil (coleção Temas em Saúde). Rosana Salles-Costa, Aline Ferreira, Paulo Castro Junior e Luciene Burlandy partem da perspectiva de pensar as relações entre a fome, a insegurança alimentar e nutricional, a obesidade e as DCNT, no contexto dos sistemas alimentares. Segundo os autores, o volume foi elaborado com o intuito de corroborar o debate sobre os desafios e as reflexões pautadas na recente agenda científica sobre o tema. "A reflexão foi desenvolvida à luz de uma compreensão integrada de processos que atravessam os sistemas alimentares globalizados, com destaque para o cenário brasileiro", resumem. A obra aborda ainda uma concepção ampliada da chamada SAN: segurança alimentar e nutricional. Essa abordagem leva em conta a construção, ao longo dos anos, de uma política e de um Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil, formalizados na Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan), além das redes organizadas da sociedade civil, das instituições acadêmicas e de Em cinco capítulos, o livro problematiza como a atual configuração dos sistemas alimentares globalizados afeta os rumos das políticas governamentais e os usos de recursos públicos, gerando diferentes tipos de desigualdades. Essa configuração estimula práticas alimentares que vêm sendo associadas às DCNT, condicionando situações de fome e de insegurança alimentar e nutricional. "Portanto, acentuam as próprias condições de vulnerabilidade econômica e social vivenciadas por diferentes segmentos da população", enfatizam.
Sob a égide do chicote: uma leitura do amor na Contemporaneidade surge no bojo das discussões acerca da diversidade sexual, em um momento político tensionado por um crescente conservadorismo mundo afora. Ao tematizar a concepção de amor presente na subcultura BDSM, que é forjada a partir de jogos sexuais que erotizam o poder, esta obra apresenta-se como uma das raras no Brasil voltadas para essa temática, o que, certamente, seduzirá tanto estudantes e pesquisadores do campo da sexualidade, como também o público em geral, interessado em ampliar seu conhecimento a respeito de formas contemporâneas de se pensar e vivenciar a sexualidade e o amor.
Esta guerra acontece todos os dias pertos de nós. Nos hospitais de qualquer cidade. Um jovem médico conta o drama de atender nas emergências do país. Um livro sobre a tragédia da saúde no Brasil.
Nesta série de ensaios, Fred Moten e Stefano Harney recorrem à tradição radical negra para pensar questões candentes relacionadas à proliferação da lógica e da logística capitalista no universo acadêmico e no mundo social. Partindo da experiência de exclusão social e existencial das pessoas negras, indígenas, queers e pobres, os autores teorizam sobre as possibilidades criativas de vida nos “sobcomuns”, entendido como o espaço ocupado por aqueles espoliados da subjetividade mesma e defendido como uma espécie de reduto das rupturas históricas provocadas pelo capital. Os “sobcomuns” são aqueles que permanecem sob o radar do controle capitalista, às margens da ordem social, refratários à assimilação pelo sistema e lutando por outras formas de conviver, sentir e trabalhar. Ao recorrer a esse repositório, Moten e Harney encontram experiências como a quilombagem, os protestos e manifestações de massa, os boicotes, a desobediência civil, as revoltas de escravizados e as insurreições anticoloniais, e a partir delas propõem repensar toda uma gramática estabelecida pelo capitalismo contemporâneo: dívida e crédito; vigilância e controle; o sentido de diretivas e da governança; as noções de estudo e planejamento coletivo; o lugar da Universidade e das instituições educacionais; os limites das estruturas administrativas e governamentais existentes. Afinal, é no rastro das estratégias “fugidias” dos sobcomuns, defendem os autores, que poderemos encontrar princípios anticapitalistas de recusa das injustiças, resistência coletiva e auto-organização.
Os cursos de Foucault que abriram caminho para sua História da sexualidade. Na década de 1960, Michel Foucault iniciou um projeto sobre uma arqueologia da sexualidade como experiência moderna. Nas décadas seguintes, isso resultaria em um de seus trabalhos mais célebres e importantes: História da sexualidade. Na origem desse estudo estão dois cursos notáveis até agora inéditos no Brasil — o primeiro apresentado em 1964 na Universidade de Clermont-Ferrand e o segundo em 1969 na Universidade de Vincennes. Em ambos, Foucault dá atenção permanente às condições econômicas, sociais e epistemológicas que transformaram a sexualidade em objeto de conhecimento e questão política, recusando uma concepção estreita do sujeito humano. Sobre a sexualidade é um olhar que abre caminho para compreendermos a sexualidade como espaço complexo de potência transgressora e experiência trágica.
Talvez seja uma novidade para muitos que este primeiro livro escrito e publicado por Freud permanecia inédito até hoje no Brasil. A frequente justificativa para a sua exclusão das obras ditas completas de Freud seria o seu alegado teor mais neurológico do que psicanalítico.Entretanto, mesmo tendo sido escrito antes da cunhagem do termo Psicanálise, sabemos hoje que Sobre a concepção das afasias: Um estudo crítico é uma obra fundamental para a compreensão dos escritos posteriores. Sobretudo se pensarmos o quanto a fundamental relação entre o psiquismo e a linguagem pauta o pensamento freudiano, vemos aqui o itinerário de alguém que abandona as concepções hegemônicas do localizacionismo defendidas por seus mestres, tornando-se o cofundador de uma concepção dinâmica tanto do psiquismo quanto da linguagem em suas funções e disfunções.Um psicanalista, que lida cotidianamente com a fala dos pacientes, que pratica o método que foi apelidado por uma paciente como talking cure, não pode ser indiferente ao fato de que o primeiro texto importante do criador da psicanálise, datado de 1891, anterior, portanto, à sua teoria do aparelho psíquico, proponha literalmente um aparelho de linguagem.A obra integra a coleção Obras Incompletas de Sigmund Freud, que pretende não apenas oferecer uma nova tradução, direta do alemão e atenta ao uso dos conceitos pela comunidade psicanalítica brasileira, mas oferecer uma nova maneira de organizar e de tratar os textos. Um convite para que o leitor desconfie do caráter apaziguador que o adjetivo “completas” comporta.
Como a violência se instala nas mentes, em especial a violência contra as mulheres, e que problemas parece falsamente estar resolvendo? Para Jacqueline Rose, essa é uma especulação que precisamos fazer para enfrentar a violência e até mesmo identificá-la, já que muitas vezes ela se manifesta de formas oblíquas como em ajustes legislativos e estratégias econômicas. Para complicar ainda mais, Rose acrescenta, a violência floresce justamente porque criamos formas elaboradas de escondê-la de nós mesmos, embora ela seja constituinte da nossa humanidade.
Como viver uma experiência pandêmica no século XXI e quais são os contextos que informam e são informados por ela? Em sociedades globalizadas, mas ainda com impasses e oportunidades em dimensão nacional e local, abarcando sistemas de saúde, organização política, social e cultural, a pandemia de Covid-19 exige uma apreensão ampla e profunda desses significados, abarcando as diversas experiências do viver humano. Sobre a pandemia é uma obra aberta, voltada para um público de todas as gerações e formações. É um registro fundamental para se compreender, na voz de seus autores, as pistas deixadas pelo passado, as experiências vividas pelo presente e as expectativas depositadas sobre os tempos que virão. Sobre a pandemia é uma coletânea que objetiva reunir intelectuais de distintas áreas do pensamento científico, preocupados em traduzir as interações e tensões em torno da pandemia Covid-19. Ao enfrentar os mares revoltos desse tempo presente, em que a existência humana e não humana se defronta, as interpretações aqui elencadas jogam luz sobre as incertezas e os impasses, mas, igualmente, sobre as iniciativas e as retomadas de sentido diante do homem, suas formas de viver, adoecer e, na sua extensão, de sua própria morte. Tempos, pessoas e narrativas se entrecruzam no esforço de constituição possível da retomada da esperança e de um coletivo futuro possível, mesmo que esteja tatuado em nossas mentes o desafio que Hanna Arendt pressagiou para a sociedade que se inscrevia no século XX: Nossa herança nos foi deixada sem nenhum testamento.
Nesta conversa elucidativa e descontraída, Andréa Pachá e Vilma Piedade constroem uma rica reflexão acerca da luta antirracista, do envelhecimento, da maternidade e da solidão, sempre ressaltando os pontos de aproximação e distanciamento em suas trajetórias, em um interessante debate sobre interseccionalidades. Ao compartilhar referências e vivências, as duas intelectuais examinam o passado e conjecturam sobre o futuro, pondo em perspectiva o que as precedeu e a esperança de que um novo mundo está sendo cultivado para e pelas novas gerações. Para o leitor, Sobre feminismos é uma oportunidade única: não apenas ter acesso a um bate-papo fascinante sobre uma das lutas mais essenciais e proeminentes das últimas décadas, mas também contemplar os muitos caminhos que ela oferece.
Como escrever sobre o problema do mal de maneira razoável, sem sobrecarregar o leitor com fórmulas metafísicas da teologia e da filosofia, e, ao mesmo tempo, sem deprimi-lo inutilmente com um compêndio histórico das desgraças humanas, de Adão e Eva à bomba atômica? Terry Eagleton enfrenta esse desafio fazendo deste livro uma espécie de caldeirão das bruxas de Macbeth, com ingredientes diversos, desde os mais sutis até aqueles considerados absolutamente repugnantes.
“Enquanto você lê este livro, a cada duas horas uma mulher é assassinada.” É assim que a historiadora Mary del Priore começa Sobreviventes e guerreiras. Uma obra essencial para se entender o porquê de, até hoje, ser fundamental discutir e, principalmente, lutar pela igualdade de direitos para o gênero feminino. Apesar de o Brasil já até ter tido uma presidenta e de 45% dos lares serem comandados por mulheres (segundo pesquisa do IPEA de 2018), a brasileira continua sendo agredida, desqualificada, perseguida, insultada. Vivemos uma época de transição onde o patriarcado e o machismo, raízes desses séculos de desigualdade, são combatidos pelo feminismo e pela cultura contemporânea. Mas, para que uma nova ordem social se torne realidade, é preciso procurar no passado as raízes deste poder dos homens sobre as mulheres e, sobretudo, aprender com elas como se fizeram ouvidas. A história mostra que a brasileira sempre procurou se reinventar, achar um espaço, resistir. Este livro traz um ineditismo ao focar nessas vozes, apresentando a história da mulher brasileira 1500 a 2000. Das indígenas que os portugueses encontraram por aqui às afrodescendentes; daquelas que pegaram na enxada e viveram nos campos e cafezais às que trabalhavam na casa-grande como escravas, empregadas e amas de leite; das operárias e trabalhadoras às artistas de rádio, cinema e televisão; de Cláudia Lessin Rodrigues e Aída Curi à Daniella Perez e Marielle Franco; das feministas às homossexuais e integrantes do movimento LGBTQI+. Todas resistiram – e Mary del Priore apresenta suas vozes e como aprender com o exemplo delas.
Nos dias atuais não há mote que domine mais o discurso público do que o tema da transparência. Ele é evocado enfaticamente e conjugado sobretudo com o tema da liberdade de informação. A sociedade da transparência é uma sociedade da desconfiança (Misstrauen) e da suspeita (Verdacht), que se baseia no controle em virtude do desaparecimento da confiança. A forte e intensa exigência por transparência aponta justamente para o fato de que o fundamento moral da sociedade se tornou frágil, que valores morais como sinceridade ou honestidade estão perdendo cada vez mais significado.
A sociedade paliativa é uma sociedade do curtir. Ela degenera em uma mania de curtição. O like é o signo, o analgésico do presente. Ele domina não apenas as mídias sociais, mas todas as esferas da cultura. Nada deve provocar dor. Não apenas a arte, mas também a própria vida tem de ser instagramável; ou seja, livre de ângulos e cantos, de conflitos e contradições que poderiam provocar dor. Esquece-se que a dor purifica. Falta, à cultura da curtição, a possibilidade da catarse. (Trecho da obra)
Segundo número da coleção, este volume discute temas transversais ao trabalho do ACS, relativos à articulação entre as concepções de Estado, sociedade e direitos sociais, particularmente o direito à saúde. Ao fazê-lo, disponibiliza conhecimentos fundamentais à compreensão dos demais livros da coleção, enfatizando a perspectiva politécnica da educação profissional que toma o trabalho como princípio educativo e o trabalhador como sujeito político e técnico desse trabalho e da realidade sócio-histórica em que este se realiza.
O que a Sociologia tem a ver com a educação escolar? Muito! Pois a escola não está isolada em relação à comunidade e à sociedade em que está inserida. A escola é, até certo ponto, reflexo das condições e das exigências estabelecidas pela sociedade, em seu sentido mais amplo, e pela comunidade, no mais restrito. Por outro lado, no interior da escola, multiplicam-se os grupos sociais, formados por todos os agentes do processo educacional, que têm enorme influência sobre a educação e o comportamento dos alunos. Com linguagem acessível, Nelson Piletti estimula neste livro a reflexão sobre esse entrecruzamento de relações que se estabelece entre a sala de aula, a escola, a comunidade e a sociedade. O autor apresenta a contribuição da Sociologia da Educação por meio de dois aspectos: o teórico, de conhecimento da realidade educacional, e o prático, de mudança para melhor dessa mesma realidade a partir desse conhecimento. Além disso, no final de cada capítulo, traz textos complementares e questionamentos que se constituem em estímulo à pesquisa, à reflexão e à discussão.
O fascínio da fotografia sobre todos nós está naquilo que por meio dela nossos olhos visitam em nosso passado, no de nossos antepassados e de nossos contemporâneos. Está também na nossa estranha relação com os álbuns de família ou as caixas de sapato em que guardamos esses ícones da nossa memória afetiva. Neste livro, o autor mostra como a Sociologia e, também, a Antropologia podem encontrar em fotografias e imagens indícios de relações sociais, de mentalidades, de formas de consciência social, de maneiras de ver o mundo, de nele viver e de compreendê-lo.
Publicado pela editora UnATI/Uerj, o livro, por meio de fotos e de uma linguagem poética, desenha um panorama da história e das atividades da instituição.
À Sombra do Plátano traz aos leitores uma coletânea de cinquenta textos que revelam episódios e personagens que fizeram parte da história da medicina. O título escolhido para obra tem uma relação muito forte com o tema proposto, pois, segundo a tradição, foi embaixo de um plátano na ilha de Cós, na Grécia, que Hipócrates ensinou a seus discípulos o dom da medicina.
Mantido o rumo atual da vida na Terra, o futuro é impossível. Em seu novo livro, o autor de O oráculo da noite compartilha conhecimentos de cientistas, pajés, xamãs, mestras e mestres de saber popular, artistas e inventores que nos lembram da importância de sonhar coletivamente com o futuro do planeta. Em Sonho manifesto , o renomado neurocientista denuncia a profundidade da crise ambiental e social ao mesmo tempo em que celebra a oportunidade única que temos hoje de expandir a consciência planetária. O caminho para esse sonho coletivo, diz o autor, é o resgate do melhor de nossa ancestralidade. Pesquisador inquieto, Ribeiro reúne dezenas de histórias de griôs da África ocidental, mestres de Capoeira, babalorixás, xamãs e pajés dos povos originários, além de dados sobre pesquisas científicas recentes e relatos das mais diversas tradições como budismo e taoismo. Afinal, “enquanto houver vida, ainda há tempo para mudar”.
“Sou uma lésbica, negra, feminista, guerreira, poeta, mãe, mais forte por causa de todas as minhas identidades, e sou indivisível”, é assim que Audre Lorde assim se definia para seus leitores e ouvintes. O presente livro reúne cerca de vinte textos, vários deles inéditos, encontrados em seu arquivo. São ensaios, aulas, palestras, apresentações e um diário íntimo que acompanha sua vida após o diagnóstico de câncer no fígado. Pioneira da abordagem interseccional no feminismo, Lorde colocava no mesmo plano a opressão e a dominação de mulheres, homossexuais, populações racializadas e despossuídos de todo o mundo, fazendo com que suas lutas se tornassem uma só, sem hierarquizá-las.
O SPK, pelo SPK: O estado do mundo é doença. Todos estão doentes. O que fazer? Fazer da doença uma arma é o primeiro olhar para um futuro a ser construído, livre de nomes e soluções finais, governadores, fábricas de saúde etc. O Coletivo Socialista de Pacientes (SPK) o chama Utopatia [Utopathie]. Fazer da doença uma arma é e permanece o programa, estável em seus efeitos há mais de 50 anos. O SPK e seu desenvolvimento posterior na Frente de Pacientes (PF) curto-circuita doença e revolução. Isso é e foi mostrado: A saúde é uma quimera biológico-nazista, cuja função na cabeça de cada um é o mascaramento do condicionamento social e da função social da doença. A doença não é sofrimento e passividade, mas enquanto resultado das relações capitalistas de produção, a doença é, em sua forma desenvolvida enquanto PROTESTO da vida contra o capital, A força produtiva revolucionária para os seres humanos.
Barrington Jedidiah Walker é um homem que chegou longe. Nascido em Antígua, no Caribe, migrou para Londres depois de casar-se com Carmel. Juntos, formaram uma família e alcançaram um nível de conforto material que poucos conseguem ter. Inteligente e vaidoso, só usa ternos elegantes e nunca perde a oportunidade de citar Shakespeare em conversas casuais. O que ninguém sabe é que ele leva uma vida dupla: há décadas mantém um caso extraconjugal com Morris, seu amigo de infância. Aos 74 anos, Barry finalmente decide divorciar-se de Carmel para viver com seu verdadeiro grande amor ― mas isso significa colocar em risco tudo o que conquistou.
E, neste novo contexto, o Brasil, por suas potencialidades naturais, pode assumir uma posição de enorme destaque. É esta a oportunidade histórica que não podemos perder.
Este livro lança luzes sobre os mecanismos utilizados para a construção de um conceito de raça de perspectiva eurocêntrica, que privilegia presumidas diferenças biológicas, no território latino-americano. Investiga o papel da educação nesse processo, desvelando a relação entre modelos econômicos e educacionais na manutenção e institucionalização do desequilíbrio social e da exclusão.
Em 1981, no curso Malfazer, dizer verdadeiro, Michel Foucault trata da noção de governo pela verdade, introduzida em O nascimento da biopolítica e retomada em Do governo dos vivos. O curso, dirigido a juristas e criminologistas durante um projeto de revisão do código penal da Bélgica, analisa o desenvolvimento da confissão penal na história das tecnologias do sujeito e examina técnicas pelas quais o indivíduo modifica sua relação consigo mesmo. As aulas podem ser lidas como uma sequência a Vigiar e punir como ou um esboço da análise da parresía e das formas aletúrgicas desenvolvidas em A coragem da verdade.
Relato tocante e surpreendente que costura depoimento pessoal, imaginação sociológica e narrativa biográfica, Submundo é um livro único. Abdias ora narra, ora cede a palavra aos companheiros de cárcere; ouve confissões, pergunta, pondera, se compadece. Entremeado na história, o autor faz uma rara e preciosa reconstrução da gênese do Teatro do Sentenciado, antecessor do TEN (Teatro Experimental do Negro), que viria a se tornar um marco na história da dramaturgia brasileira.
O livro conta a trajetória de Sueli Carneiro, escritora e filósofa que é um dos principais nomes na luta contra a desigualdade étnico-racial e de gênero no país. Durante sua vida, lutou pela implementação das cotas raciais nas uni- versidades, por maior representatividade nas produções televisivas nacionais e pela dignidade da mulher negra. Sueli é responsável pela fundação do famoso Geledés – Instituto da Mulher Negra.
Este livro discute o aparecimento histórico dos chamados movimentos antiglobalização na cena política contemporânea utilizando, sobretudo, os referenciais teóricos de Jacques Rancière e Hannah Arendt. O percurso do texto busca relacionar este fenômeno a diferentes sentidos atribuídos à ideia de política, e, também, à transformação do contexto mundial que ocorreu a partir da década de 1990. A exposição aborda a trajetória política destes movimentos na sua ação crítica sobre instituições internacionais como FMI, a OMC, o Banco Mundial e o G8, buscando explicitar também alguns de seus principais debates internos. São exploradas as potencialidades de efetiva criação de cenas de dissenso, bem como as possibilidades existentes de ruptura interna.
Ao investigar nosso sistema de saúde – o público e o privado –, este livro propõe alternativa para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) e fustigar o poder econômico do capital financeiro e dos oligopólios. Afinal, segundo Ocké-Reis, esse sistema paralelo reproduz desigualdades sociais, favorece o crescimento do mercado e inviabiliza os preceitos constitucionais da saúde. Enquanto o SUS atravessa uma crise crônica de financiamento, a consolidação dos planos acaba concentrando renda e subtraindo recursos do setor público de saúde. De acordo com autor, o setor privado mais prejudica do que colabora com o setor público, porque o aumento do gasto privado e o fortalecimento do poder econômico corroem a sustentabilidade do financiamento público na arena política, levando a um círculo vicioso, caracterizado por uma queda relativa do investimento na saúde pública. Ocké-Reis, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), defende uma regulação substantiva do mercado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que não pode ter sua atuação ameaçada pela concentração, centralização e internacionalização das operadoras líderes. A ANS deve organizar o mercado na perspectiva do interesse público, impedindo que a assistência à saúde seja convertida em um bem de consumo como outro qualquer.
Uma lição de Nelson para utopistas e não utopistas Sempre que possível fui um aluno atento das aulas do Nelsão. Sempre me impressionava a capacidade de compreender realidades muito complexas através da construção de nexos causais muito bem elaborados. Neste texto são resumidos os trinta anos de luta para construir o SUS. Analisadas as derrotas e os avanços, que não foram poucos, mas que são insuficientes para a demanda por uma vida melhor e menos excludente para nossa população. Como dito no texto, consequência de tratar a política como negócio! Nelson escarafuncha muito do que não foi feito ou o foi parcialmente. Discute a questão da regionalização e da hierarquização. Nosso modelo de descentralização municipalista e nos leva a conclusão dos caminhos a serem construídos – a partir da compreensão do momento que vivemos, de perceber a jogatina financeira dos detentores do poder dentro da sociedade – e assim temos que ir à luta, alimentados por um projeto de SUS que está aí e que precisa ser enfrentado pelos sonhadores de uma nova ordem social. A saúde é um bem público, não existe saúde privada. Existe o setor privado realizando ações de saúde e buscando ganhar sempre mais. E existe o frágil estado brasileiro capturado pelos interesses do mercado. E existem os utopistas. Este livro é sobre utopias. Que nós iremos enfrentar se as entendermos. — Gonzalo Vecina Neto Professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
Há dez anos o Ministério da Saúde divulgava os primeiros cadernos de atenção básica, contendo as atribuições dos Enfermeiros e demais profissionais da saúde. Nada melhor para comemorar essa trajetória que uma obra que reúna os 40 cadernos, com destaque para a autonomia do Enfermeiro que atua no SUS.
Diante da emergência da pandemia de Covid-19, o Sistema Único de Saúde (SUS) conquistou um espaço inédito nos debates da agenda pública do país. É nesse contexto que a Editora Fiocruz lança SUS: o debate em torno da eficiência, título que integra a coleção Temas em Saúde. Escrito pelos economistas Alexandre Marinho e Carlos Octávio Ocké-Reis, profissionais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o volume busca examinar a eficiência no SUS a partir do fato de que tal argumento é sistematicamente utilizado para defender a mercantilização do próprio sistema. Segundo os autores, que se dedicam aos estudos da disciplina da economia da saúde desde a década de 1990, isso acaba encobrindo um constante ataque à ampliação do acesso à saúde promovido pela reforma sanitária brasileira. Eles argumentam que a palavra eficiência acaba sendo, dessa forma, vulgarizada e servindo para enfraquecer as políticas públicas de saúde.
Sus Sistema Único de Saúde tudo o que você precisa saber constitui livro básico e introdução sobre o SUS. Como se sabe, o SUS é iniciativa única, criada no Brasil e que conta com o respaldo de nossa constituição e leis. Organiza, estrutura e atua na prestação de serviços de saúde nos níveis comunitário, ambulatorial, hospitalar e institucional. O SUS ainda integra e coordena diversas ações administrativas, controladorias e de governança. Destina recursos, serviços e estabelece critérios em suas ações. Sua principal missão é a melhora da qualidade de vida, seja individual ou coletiva.
Este livro é para quem quer saber mais sobre o SUS, sua origem, sua história e seus desafios, e compreender por que necessitamos de um sistema universal de saúde no Brasil. Ele é dirigido a todos que se interessam pelo assunto, de leigos a profissionais de saúde, de gestores de políticas públicas a especialistas já familiarizados com os temas relacionados com saúde pública e os problemas derivados da ousadia de criar e manter, num país como o nosso, um sistema público de saúde. Como Cortés e Pizarro se valeram de guerra biológica para derrotar astecas e incas? Por que Fidel Castro e Barack Obama não se entenderiam sobre os rumos do SUS? O que são atenção básica e atenção primária em saúde, isolamento e quarentena, saúde pública e saúde coletiva? Assistência e atenção à saúde são sinônimos? O que é um problema de saúde pública e como eleger prioridades? De onde veio a ideia de criar um sistema público de saúde no Brasil? Por que saúde tem de ser um direito assegurado pelo Estado? Essas são algumas das questões que este livro ajuda a esclarecer.
Originalmente tese de doutorado, este livro explora um tema que se situa à margem do que costuma ser objeto das investigações antropológicas – a vida que as pessoas vivem em seus diversos aspectos, seja no plano social, familiar, político, econômico, artístico ou religioso. Desse modo, uma antropologia da morte poderia representar um contra-senso, a menos que seja tratada da maneira que se faz aqui, como meio para se compreender a própria vida. Das sociedades chamadas primitivas ao capitalismo contemporâneo, o autor conduz a reflexão a expandir nossa imaginação por meio do inventário e da cuidadosa análise das diferentes formas de pensamento e dos distintos modos de ação que permitem aos coletivos humanos inverter o rumo aparentemente inexorável das coisas e da morte, fazer a vida.
Publicado pela primeira vez em 1979, tornou-se a primeira publicação brasileira a analisar o corpo como sistema simbólico. Desde então, tem sido referência para várias gerações de cientistas sociais. Trata-se de um livro didático e denso que introduz o leitor aos eixos analíticos básicos para a compreensão da sociedade como um sistema de significações.Leitura imprescindível para profissionais que têm no corpo a dimensão de seu ofício, conclui que o corpo é uma filosofia que “abriga em nós um inferno que costumamos ver nos outros: a natureza humana que é estranha aos homens.”
Escondidas por trás de concreto e arame farpado, as vidas de mulheres e homens encarcerad(as)os permanecem fora do olhar do público. Dentro dos muros, pessoas que cumprem pena de privação de liberdade em todo o mundo encenam produções teatrais que lhes permitem afirmar sua humanidade. Teatro em prisões e a crise global do encarceramento oferece um panorama internacional de projetos de teatro em prisões. Ao discutir diversas práticas teatrais em cárceres, este livro examina as maneiras pelas quais artistas e pessoas cumprindo pena usam o teatro como meio para construir comunidades, desenvolver habilidades profissionais, promover mudança social e manter viva a esperança. A escrita de Ashley Lucas oferece uma mistura distinta de narrativa, análise de espetáculos, diário de viagem e experiência pessoal como filha de um pai encarcerado. Uma leitura enriquecedora e absolutamente viva!
A obra conta a história de Joaquim Pinto de Oliveira, o Tebas, uma das mais emblemáticas figuras da arquitetura colonial no Brasil. Escravizado até os 58 anos, dominava a arte de talhar pedras para construções, o que o levou a ser contratado para a realização de projetos de arquitetura. Tebas foi um dos poucos homens escravizados que pôde se alfabetizar e conquistar sua alforria. Deixou um enorme legado na arquitetura da cidade de São Paulo, em construções como a antiga Catedral da Sé.
Tecendo Histórias Insurgentes é uma proposta que vem alargar os horizontes do conhecimento histórico. Reunindo distintas pesquisas no campo dos estudos de gênero, cultura, memória e identidades rompe de vez com a universalidade dos sujeitos. O tempo presente tem suscitado a emergência de “velhas” questões, que ressignificadas são exploradas a partir de linguagens, discursos e metodologias distintas. Novos sujeitos, novas demandas sociais se colocam no aqui e agora em um processo de curta duração possíveis de serem captadas pelas emoções, pelos indícios e pela oralidade e que ao ser recuperados possibilitam a construção de uma hermenêutica da escrita da realidade presente. São vozes dissonantes e ruídos constrangedores que mesmo silenciados ficaram na latência adormecida, de existências, de vividos porém não falidas, e que emergem na escrita artesanal da historiadora, do historiador que buscam compreender a sociedade a partir de práticas cotidianas, lugares e redes de relações. A releitura do dito, do fato consumado, da verdade cristalizada potencializa traçar caminhos enriquecedores para a historiografia que se atualiza no entrelaçar nas formas de ser e existir de todas, todos e todes. (Lidia Maria Vianna Possas - UNESP).
Em busca de uma prática mais humanizada na Educação, os autores circulam por temas recorrentes da área: prevenção à gravidez precoce; novos recursos didáticos e administrativos para o espaço escolar; alimentação saudável; melhor uso da voz e educação ambiental.
Buscou-se, neste pequeno livro, tornar acessíveis os procedimentos mais utilizados para a realização da pesquisa qualitativa e, igualmente, fundamentá-los de forma a permitir aos aprendizes e usuários do método, uma segurança epistemológica qianto à cientificidade do processo e das operações. Em comparação com outros textos já publicados, neste existe uma novidade: a apresentação de um suftware, o webQDA, que facilita a codificação do material qualitativo e uma análise preliminar dos dados empíricos, o que precisa ser completado com uma reflexão de segunda ordem que contextualiza e coloca o objeto de estudo em interconexões com estudos semelhantes nacionais e internacionais.
Técnicas Fundamentais de Enfermagem, ora em sua 3ª edição, apresenta-se revisto, ampliado e atualizado. Sua proposta didática é mantida: fácil acesso ao conhecimento e normatização clara das técnicas e dos procedimentos para o estudante de enfermagem. A grande aceitação deste trabalho assenta-se em três fundamentos do ensino de enfermagem: 1 - Bem-estar e segurança do paciente ao esclarecer e auxiliar a equipe de enfermagem sobre os cuidados básicos. Contribuição para melhor qualidade no atendimento do doente, no qual estão inseridos procedimentos preventivos da chamada infecção hospitalar. 2 - Facilitação do processo de ensino e aprendizagem para todos os alunos de graduação em enfermagem. Seu texto é objetivo, claro, conciso e eminentemente prático. 3 - Padronização dos materiais utilizados nas técnicas. Constrói-se novo modelo de atendimento sob o mesmo tipo de conduta e sob o mesmo tipo empregado. É livro, pois, notável por si próprio, que com sucesso atendeu ao longo de suas edições à comissão de padrões mínimos de enfermagem. Isso de acordo com as normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde e pela Área V da Organização Pan-Americana da Saúde. Tornou-se, assim, de adoção obrigatória em grande número de cursos e faculdades de enfermagem no Brasil. Técnicas Fundamentais de Enfermagem, 3ª edição, apresenta 4 Editoras, 12 colaboradores, 25 capítulos, num total de 374 páginas.
O conhecimento é a maior das riquezas das organizações, uma vez que possibilita a tomada de decisões mais precisas, inteligentes e criativas, promovendo o aumento da competitividade e, por consequência, o desempenho. O leitor verificará que a tecnologia da informação para a gestão do conhecimento é um instrumento por meio do qual as organizações podem aumentar sua competitividade.
A complexidade e a velocidade dos negócios e a crescente pressão por melhores preços e serviços têm levado as empresas a reduzir suas estruturas, visando a flexibilização organizacional, por meio da implantação dos sistemas integrados de gestão. Este livro analisa o novo ambiente organizacional, com ênfase no trabalhador como cidadão, e apresenta quatro estudos de caso, abragendo a flexibilização organizacional e a flexibilização do trabalho, elementos normativos da SA 8000, a cidadania dentro das organizações e o exercício da responsabilidade social.
O livro apresenta ampla abordagem sobre as mais importantes possibilidades de aplicação das tecnologias da geoinformação, o geoprocessamento, para análise, planejamento e gestão do território. Apresenta estado da arte para fomentar discussões e reflexões sobre um contexto muito contemporâneo e em expressiva dinâmica de transformação. Discute questões sobre métodos, técnicas, potencialidades de aplicações e desdobramentos previstos nas temáticas de geoprocessamento. Apresenta os temas de infraestrutura de dados espaciais, mapeamentos por dados originados em mídias sociais, visualização da informação e a importância dos códigos compartilhados para a compreensão das decisões em paisagens coletivas. Seleciona os modelos de análise espacial mais interessantes para o emprego das análises diagnósticas e prognósticas sobre o território. Defende a importância de claros processos metodológicos para apoio à tomada de decisões, para inclusão de diferentes atores e representantes da sociedade, com vistas à ampla orquestração do planejamento e gestão do território.
O livro expressa os resultados de uma pesquisa que investigou as políticas de adoção das tecnologias de informação e comunicação (Tic) dos municípios brasileiros. Traz também um retrato do uso de ferramentas de participação social e transparência da gestão nos websites das prefeituras desses municípios. Os dados obtidos foram cruzados com a Taxa de Urbanização e o Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios (Idhm). De acordo com o plano amostral estatístico foram investigados 291 dos municípios brasileiros com mais de 20 mil habitantes.
Este segundo volume da série "Educação em Saúde", destinada a estudantes, docentes e profi ssionais, focaliza tecnologias educacionais aplicáveis a situações específi cas do universo da Saúde, com destaque para o recurso metodológico Educação pelos Pares. Além disso, aponta – passo a passo – caminhos para a construção do processo de validação de tecnologias.
Temáticas de Dissertações no Âmbito da Saúde Pública: Concepção de Orientadores e Estudantes