O Dicionário de Agroecologia e Educação – uma produção da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV-Fiocruz), coordenada com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e em parceria com a Editora Expressão Popular, traz a relação entre conhecimento e prática presente na perspectiva da Agroecologia, na qual só pode se realizar plenamente a partir da Educação. E é este o principal objetivo desta obra que dialoga com os desafios da atualidade. A insegurança alimentar permanece como um dos principais problemas da sociedade contemporânea e é uma das faces da crescente desigualdade social. Essa reflexão, associada à crítica a um modelo de desenvolvimento baseado no lucro imediato e que esgota os recursos naturais, está na base do debate contemporâneo sobre Agroecologia, um dos fundamentos para um desenvolvimento efetivamente sustentável.
Este dicionário contempla cinquenta e nove verbetes ligados a conceitos ou categorias que permitem entender o fenômeno da financeirização e/ou que representam mediações que ajudam a examinar o desenvolvimento da dominância financeira e a inserção neste regime de empresas e grupos empresariais do setor saúde.
Dicionários, em geral, apresentam uma variedade enorme de dados dispersos em inúmeras obras. Este volume pretende disponibilizar um conjunto de saberes que possa dar suporte para professores, graduandos, mestrandos e doutorandos de história e áreas afins. Os verbetes foram selecionados a partir de três dimensões da produção do conhecimento histórico sobre o ensino de história: suas relações com a teoria, métodos e historiografia; o diálogo e a produção relativa ao currículo; e, por fim, as ações, atividades e conhecimentos relativos à aprendizagem. Os 38 verbetes reunidos na obra pretendem ser fonte de pesquisa de grande utilidade aos interessados e praticantes do ensino de história.
O cotidiano de um emburrado Ditador ilustra como funciona a sociedade dentro de um regime autoritário.
As diferenças entre os sexos nos animais e nos humanos suscitam questões que estão no cerne de quase todos os debates sobre gênero na nossa espécie. O comportamento de homens e mulheres difere de maneira natural ou socialmente construída? E quanto ele é realmente diverso? Em Diferentes, Frans de Waal baseia-se em décadas de estudo do comportamento de grandes primatas para defender que, apesar da ligação entre gênero e sexo biológico, a biologia não sustenta automaticamente os papéis tradicionais de gênero nas sociedades humanas. A partir da observação de chimpanzés e bonobos, parentes geneticamente muito próximos de nós, De Waal analisa nossa história evolutiva comparada à deles e desafia crenças amplamente aceitas sobre masculinidade e feminilidade, além de suposições comuns sobre autoridade, cooperação, competição e laços parentais. Ele abrange também temas que vão do comportamento materno e paterno à orientação sexual, passando pela identidade de gênero e pelas limitações do binarismo, sempre ilustrando seus argumentos com exemplos irresistíveis das personalidades e ações dos animais que acompanhou de perto.
Em nossos modernos CTIs, a morte, antes vista como acontecimento irrevogável, passa mais claramente à ordem dos processos, cuja duração, intensidade e conseqüências são administradas ou reguladas segundo critérios e valores muitas vezes não explicitados. Mediante um estudo de caso, a autora aborda a organização social dos centros de tratamento intensivo; os dramas éticos envolvendo profissionais da saúde, pacientes e familiares; e, finalmente, a emergência de um novo especialista, o intensivista.
A presente obra apresenta a visão particular do autor sobre o funcionamento do Mercosul e as peripécias da participação brasileira no processo sub-regional de integração nos últimos anos, condensadas numa coletânea de artigos, publicados ou não, na mídia do país. A abordagem do autor centra-se, basicamente, nos aspectos políticos, institucionais e operacionais que pautaram os problemas enfrentados pelo bloco para desenvolver o projeto de alcançar um mercado comum no sul do continente traçado pelo Tratado de Assunção de 1991.Temas como falhas de concepção, gargalos operacionais e, sobretudo, adoção de políticas erráticas de concepção ideológica equivocadas, provocaram acentuado retrocesso num projeto por si mesmo complexo.
Os dilemas que se apresentam no âmbito da educação de crianças e adolescentes só não têm sido maiores do que o ritmo das mudanças a que somos submetidos. Quando começamos a compreender determinado fenômeno, outro surge, trazendo novos desafios e dúvidas, e nos exigindo rever e pensar estratégias para promover o desenvolvimento integral dos mais jovens. A educadora Alcione Marques e o psiquiatra da infância e da adolescência Gustavo M. Estanislau discutem neste livro, na interlocução de suas especialidades, os dilemas que são hoje mais relevantes e frequentes na educação, ilustrados com casos reais, comentados por eles ou por especialistas convidados. Questões como autoridade, autonomia, sexualidade, impactos da tecnologia, bullying, comportamentos autodestrutivos, altas habilidades, abuso de substâncias e saúde mental são discutidas aqui sob diferentes pontos de vista, não com o intuito de se achar uma resposta, mas sim de ampliar o debate e nortear condutas. Uma leitura indispensável para educadores, pais e todos aqueles que se preocupam com o futuro da educação.
Qual é o papel da educação superior brasileira? Servir ao mercado ou servir à sociedade? E como determinar a qualidade desse ensino? Somente o debate público sobre essas diferentes interpretações pode trazer luz à ideia de qualidade na educação superior.
Para que, no futuro desejado, conforme-se no Brasil um sistema de saúde universal, integral e equânime, o Estado deve ter um papel decisivo na articulação das duas dimensões da saúde: a social e a econômica. É o que defendem os autores deste livro. Um Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) frágil não atende às exigências de elevação da competitividade brasileira no cenário internacional. Mas não é só isso: essa fragilidade afeta sobremaneira a capacidade de resposta às necessidades sanitárias da população. Gostaríamos que esta publicação se configurasse, sobretudo, como um convite para o debate e para o fortalecimento deste campo científico, com um padrão de desenvolvimento que articule, ao mesmo tempo, o dinamismo econômico com os direitos sociais e a conformação de um Estado de bem-estar no Brasil, diz o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, coordenador do livro. A publicação apresenta a dinâmica dos investimentos no complexo produtivo da saúde, no mundo e no Brasil, analisando seus diferentes subsistemas: de base química e biotecnológica; de base mecânica, eletrônica e de materiais; e de serviços de saúde. Ao final, traz uma síntese analítica e discute políticas para o desenvolvimento do CEIS.
Relações raciais e educação. Juntos, os temas vibram e tornam-se pontos referenciais para entender os vínculos entre as politicas públicas e a desigualdade social. O autor examina a maneira pela qual leituras científicas sobre a sociedade definiam negros e carentes como deficientes e como essa concepção passou a influenciar as práticas educacionais.
Do encontro entre saúde e relações internacionais se originam os conceitos e práticas contemporâneos da saúde global e da diplomacia da saúde. Mas tal encontro só se estabeleceu em função do processo de globalização. A crise econômica sistêmica e global, expondo as brechas estruturais do capitalismo global, aprofundou as desigualdades preexistentes e, desde então, só vem se ampliando, com consequências sociais, econômicas e sanitárias gravíssimas, particularmente para os países pobres e para os pobres de todos os países. A crise abateu-se sobre os países da América Latina, e muitos progressos alcançados estão agora ameaçados, inclusive as conquistas no campo da saúde, que vem sendo profundamente afetada. Este livro procura explicar a saúde no cenário global; o que a molda social e economicamente; como o global dialoga com o regional e o local; como a governança global exerce impacto sobre a saúde; como transcorre a governança da saúde global; e que papel desempenha a diplomacia aplicada em prol de uma situação de saúde mais equitativa. A complexidade internacional tem colocado novos objetos e desafios sobre os quais os autores desta coletânea buscam refletir, na perspectiva da América Latina e Caribe: as desigualdades sociais e sanitárias profundas entre países e no interior destes; as crises humanitárias relacionadas com conflitos armados em diversas partes do mundo; as correntes migratórias na América Latina; as transformações nos padrões culturais que desafiam a visão do 'normal' em medicina e saúde pública; o comprometimento ambiental em escala planetária; e a proliferação de instituições multilaterais que incluem os problemas de saúde entre seus programas de cooperação, sem entretanto solucioná-los.
A terceira edição de Direita e esquerda chega em meio a um cenário econômico global tumultuado por uma das piores crises financeiras do capitalismo. Quando de sua primeira edição, em 1999, Norberto Bobbio, um dos principais pensadores contemporâneos, deu uma resposta a quem preconizava que já não fazia sentido distinguir direita e esquerda, pois na globalização a análise dos problemas políticos e econômicos expandira-se para além das fronteiras dos Estados nacionais: “Parece-me ter ocorrido exatamente o contrário, ou seja, que a distinção não está morta e sepultada, mas mais viva do que nunca”.
Defender o nosso Sistema Único de Saúde e reforçar sua importância para o Brasil é também acreditar que uma outra comunicação em saúde é possível. Diante da pandemia de Covid-19, em um contexto em que o valor do SUS ocupa posição de destaque nas mídias e na agenda pública, a Editora Fiocruz lança Direito à Comunicação e Saúde, livro que integra a coleção Temas em Saúde.
Este livro de Luciana Simas Chaves de Moraes abre as entranhas do nosso grande encarceramento na perspectiva do sofrimento imposto às mulheres privadas de liberdade. A guerra às drogas, essa política criminal com derramamento de sangue, atravessou governos à direita e à esquerda aumentando exponencialmente o número de brasileiros e brasileiras presas. Mas esse fenômeno, tão funcional ao capitalismo contemporâneo, atingiu as mulheres de uma forma brutal, aumentando em poucos anos 500% do encarceramento feminino.
A autora usou o direito à saúde para nos relatar uma história do Sistema Único de Saúde. Não se trata de uma narração de peripécias historiográficas. Ela não fez reconstituição sistemática de eventos. Nada disso. Falou-nos do modo concreto como diretrizes gerais inscritas na Constituição Brasileira vieram passando à prática. Demonstrou como distintos sujeitos coletivos reinterpretam as mesmas leis, segundo seus interesses e conveniências.
Este livro permite que o leitor conheça o contexto no qual se insere o aquecimento global e as possíveis mudanças climáticas decorrentes e a possibilidade de um enfrentamento do problema pelo Direito através dos créditos de carbono como uma forma de estabelecer uma comunicação mais efetiva entre os sistemas do Direito e da Economia em benefício do meio ambiente. A obra apresenta, primeiramente, os principais conceitos e mecanismos do Direito Ambiental para depois, na segunda parte, aprofundar o urgente problema das mudanças climáticas. A contextualização se dá com a globalização e com a caracterização da Sociedade de Risco que produz demandas de consequências imprevisíveis, como ocorre com o aquecimento global provocado pela ação transformadora do homem. Prossegue o texto constatando que a busca por uma resposta por parte do Direito se constrói com a aplicação do princípio da precaução exemplificado através do Protocolo de Kyoto e dos créditos de carbono com ênfase a energia eólica, analisado como uma forma de construir a difícil conciliação entre os interesses econômicos e ambientais. Sustenta também o texto que as mudanças climáticas podem afetar todo o planeta de uma forma ou de outra, exigindo uma ação global dos Estados nacionais reunidos em organizações como a ONU para produzir tratados que contenham mecanismos práticos que representem efetividade nas ações e políticas relacionadas ao meio ambiente.
A obra constitui, em seu conjunto, valiosa contribuição acadêmica e prática para o estudo das implicações que as Políticas de Recursos Hídricos e Saneamento trazem para a efetivação dos direitos humanos em suas múltiplas dimensões, partindo de uma perspectiva universal, enfrentando questões de direito comparado, direito estadual e, por fim, debatendo o papel dos Municípios na proteção do bem ambiental maior para a vida, a água.
A obra contém reflexões sobre a caracterização social da saúde, suas condicionantes e determinantes, assim como o papel do Sistema Único de Saúde (SUS) frente o conceito de saúde insculpido no artigo 196 da Constituição Federal. São abordados os temas da integralidade da assistência, o financiamento da saúde, a política do sangue e suas implicações éticas.
Nesta obra, Bobbio visita a obra seminal de Kelsen, influência constante de todo o seu pensamento político e jurídico. Nessa trajetória, temas centrais como o estabelecimento de um sistema legal internacional são devidamente abordados com as costumeiras originalidade e profundidade que sempre caracterizaram o mestre italiano.
(...) as palavras da lei, escrita, em geral, não são capazes de escrever, para cada situação concreta, os mecanismos que permitirão a proteção contra os fatores de risco cujo responsabilidade ainda não foi provada ou medida. O direito da seguridade social, portanto, extrema as características do direito contemporâneo. Esta é uma das razões pelas quais a obra de Arthur Bragança de Vasconcellos Weintraub e Juliano Sarmento Barra, Direito Sanitário Previdenciário e Trabalhista deve merecer uma leitura atenta, uma vez que nos apresenta um vasto panoramo do direito da seguridade social. Os autores tratam do tema com minúcia e precisão, oferecendo um roteiro seguro para o conhecimento e a compreensão das concepções jurídicas mais avançadas do nosso tempo.
Segundo os relatórios Conflitos no Campo, publicados anualmente pela Comissão Pastoral da Terra, são crescentes os ataques aos quilombolas, indígenas e trabalhadores do campo. Em Dourados - município de Mato Grosso do Sul onde os organizadores deste livro são testemunhas das cotidianas violações de direitos contra os Guarani e Kaiowás - a violência é cada vez maior: logo no início de 2020, cerca de 180 famílias indígenas sofreram ataques por seguranças de fazendeiros, deixando sete indígenas feridos, incluindo uma criança, que perdeu três dedos da mão esquerda.
Os diversos artigos que compõem essa coletânea revelam agentes, conflitos, hierarquias e competências próprias do campo ambiental, além de tomar posição no debate socioambiental a respeito dos interesses contrapostos e das relações assimétricas em torno do poder público, das comunidades socialmente vulneráveis, dos territórios tradicionais, das unidades de conservação e da biodiversidade. Os assuntos abordados ao longo desta obra vão desde o conflito do Quilombo Rio dos Macacos, em Simões Filho (BA), até a questão agrária e os assentamentos rurais do município de Irará (BA), passando por reflexões sobre o comportamento jurídico, percepções, ignorâncias e estereotipação sobre os direitos indígenas no contexto legal brasileiro.
À primeira vista, a ideia de direitos da Natureza pode causar algum estranhamento: talvez o mesmo estranhamento que um dia causaram as propostas de direitos civis, direitos humanos e direitos das crianças, por exemplo. Neste livro, o sociólogo uruguaio Eduardo Gudynas analisa os caminhos conceituais e as lutas sociais que vêm abrindo espaço para que comecemos a tratar a Natureza como sujeito de direitos, e não como mero objeto da exploração humana. O autor analisa os casos do Equador, que colocou os direitos da Natureza na Constituição aprovada em 2008, aproximando os termos Natureza e Pacha Mama, e da Bolívia, que aprovou leis de proteção da Mãe Terra.
Dirigida a todos que se interessam pela interface entre ciências sociais e direitos humanos, porque nela pesquisam ou atuam, a coletânea apresenta uma série de estudos, a maioria de cunho etnográfico, sobre práticas sociais que articulam os discursos de direitos e os valores da ajuda humanitária. Aborda problemas sociais, como pobreza e discriminação, e novas formas de intervenção sobre eles, provenientes da ação estatal, jurídica, de ajuda humanitária ou de organizações da sociedade civil.
Desvelou-se, pelo percurso histórico-filosófico deste ensaio, que a efetividade dos Direitos Humanos se torna comprometida em razão de os mesmos serem concebidos em meio a compreensões arcaicas de Direito. Isto é, a concepção metafísica e dualística da antiguidade, também dominante no período medieval, continua presente em atuais teorias, que não acompanham os grandes avanços provindos da interação social e do vertiginoso desenvolvimento científico. Por isso, o presente estudo se reveste da modesta pretensão de contribuir para se repensar o reprodutivismo das velhas premissas filosóficas que ainda baseiam os Direitos Humanos nas ciências sociais aplicadas
O livro reúne um conjunto diverso de estudos sobre diversidade sexual e de gênero, com uma seleção abrangente e inédita de trabalhos que marcam o conhecimento que se produziu sobre gênero e sexualidade nos últimos 20 anos nas ciências humanas, incluindo saúde coletiva, ciências sociais, direito, educação, psicologia e serviços sociais. Diante dos enfrentamentos colocados pelo cenário atual, os textos convidam à releitura das primeiras duas décadas deste século e apresentam uma abordagem acessível de temas que atingiram grande refinamento conceitual e analítico.
Em 2013 a Associação Brasileira de Saúde Mental (abrasme) realizou o primeiro fórum de Direitos Humanos e Saúde Mental. A inversão dos termos foi uma tomada de posição importante e consciente, que ressignificou todo o campo e interface entre os temas dos Direitos Humanos e da Saúde Mental. Anteriormente se falava em Saúde Mental e Direitos Humanos, o que priorizava ou direcionava para o entendimento e a realização de ações como do cuidado e da atenção aos sujeitos, defendendo o direito à liberdade e à dignidade da vida, lutando contra as variadas formas de violência pelas quais as pessoas em situação de vulnerabilidade são submetidas.
O direito humano à saúde relaciona-se à cidadania plena e à igualdade. É a partir dessa perspectiva ampla e inegociável da concepção de saúde, que serve à garantia do respeito às diferenças e da redução das desigualdades, que a Editora Fiocruz lança Direitos Humanos e Saúde: reflexões e possibilidades de intervenção, livro que integra a coleção Temas em Saúde.
"[...] Por um lado, temos a violência explícita de ataques terroristas [...], com grande reverberação social e difusão midiática [...]. Por outro lado, todavia, temos também o terrorismo subterrâneo, um ´estado de terror´ que corresponde necessariamente à parte mais obscura do benjaminiano ´estado de exceção´ em que vivemos. [...]
Assumindo a exigência de pensar os Direitos Humanos nesse cenário, as autoras e autores discutem temas diversos, que atravessam esse campo de debate, tais como: racismo institucional, preconceito contra LGBTQI+, violência contra a mulher no âmbito doméstico e na forma de violência obstétrica institucional, política cultural brasileira, cultura policial e formação, justiça restaurativa, a problemática da proteção animal, assim como a centralidade da atuação dos mecanismos internacionais para a salvaguarda dos Direitos Humanos.
É possível apreender cientificamente a discriminação? Que desafios complexos devem ser enfrentados nesta iniciativa? Para responder a estas perguntas, são necessárias estratégias metodológicas capazes de identificar e medir a discriminação. Apresentar as ferramentas disponíveis e discutir suas potencialidades e limitações são os objetivos deste livro. “Há vasta literatura que documenta a influência deletéria de processos discriminatórios na relação estabelecida entre profissionais de saúde e pacientes, na prescrição de tratamentos medicamentosos ou de outros procedimentos cirúrgicos e terapêuticos, assim como na própria satisfação dos usuários com o atendimento prestado”, afirmam os autores. Eles apresentam o tema em perspectiva histórica, desde antes da década de 1920 até os dias atuais. Também descrevem os principais métodos hoje utilizados para mensurar a discriminação, como experimentos laboratoriais; experimentos de campo; análises de dados observacionais e experimentos naturais; e análise de indicadores. Sublinham as peculiaridades do contexto brasileiro e chamam atenção, por exemplo, para casos em que os tratamentos injustos estão tão internalizados que discriminadores e discriminados não identificam aquelas situações como problemáticas, considerando-as normais e naturais.
Com rigor metodológico, Luiz Valério Trindade evidencia o crescimento das redes sociais e analisa o quanto elas cooperam para o aumento dos discursos de ódio ao mesmo tempo que lucram com essas ações. Por meio de conhecimento qualificado e embasado, o autor revisita momentos importantes da história do Brasil pós-abolição para sedimentar conceitos fundamentais que permitem compreender a dinâmica racial nos tempos atuais, evidenciando o quanto o processo de construção da identidade nacional baseou-se pela ideologia do branqueamento. A partir de evidências de que as mulheres negras são as principais vítimas dos discursos que ridicularizam e inferiorizam suas existências, Luiz Valério Trindade analisa textos postados em redes sociais e mostra o quanto o racismo intersecciona-se com sexismo e questões de classe. Dessa forma, a obra contribui para conscientizar a sociedade e enriquecer o debate público em busca de soluções, com alternativas práticas para o enfrentamento deste problema.
“A linguagem poderia nos ferir se não fôssemos, de alguma forma, seres linguísticos, seres que necessitam da linguagem para existir?” Sensíveis às complexidades e à emergência das discussões sobre a liberdade de expressão e cultura do “cancelamento”, as reflexões que decorrem desta leitura são atuais, necessárias e fecundas. Preocupada com a necessidade de aumentar o poder de ação de dominados e subordinados, a autora problematiza algumas importantes questões que permeiam o debate sobre a criminalização do discurso de ódio.
Ao estudar o Renascimento inglês, Pedro Rocha de Oliveira escancarou um fato extremamente atual: o de que a modernidade - que se confunde com o capitalismo, a acumulação primitiva e o progresso - é uma engrenagem que obrigatoriamente precisa de uma população periférica, externa ou interna, que é descartável, isto é, matável. O "populacho" está fora do acordo oligárquico que define uma democracia - que pertence aos experts, aos proprietários, os quais detêm o monopólio da racionalidade.
Quase duas décadas após ter sido defendida na Faculdade de Educação da USP, a tese de doutorado de Sueli Carneiro chega na forma de livro com grande atualidade. Nele, a autora aplica os conceitos de dispositivo e de biopoder de Michel Foucault ao domínio das relações raciais, forjando o que chama de dispositivo de racialidade — que produz uma dualidade entre positivo e negativo, tendo na cor da pele o fator de identificação do normal, representado pela brancura. Especulando com Foucault e amparada na teoria do contrato racial do afro-jamaicano Charles Mills, ela demonstra como este dispositivo se constitui em um contrato que não é firmado entre todos, e sim entre brancos, e funda-se na cumplicidade em relação à subordinação social e na eliminação de pessoas negras. Ele também se efetiva pelo epistemicídio, cujo objetivo é inferiorizar o negro intelectualmente e anulá-lo como sujeito de conhecimento. Contudo, todo dispositivo de poder produz a sua própria resistência, e é nesse contexto que a filósofa traz à obra a voz de quatro insurgentes. Seus testemunhos revelam que é da força da autoestima, da conquista da memória e da ação conjunta que se extrai a seiva da resistência.
Ao enfrentar a história da luta pela anistia política desde 1964 e da forma através da qual a ditadura projetou e implementou a ‘sua’ anistia em fins dos anos 1970, Renato Lemos apresenta uma totalidade relacional. A trajetória daqueles e daquelas que resistiram é indissociável da história da forma como a ditadura respondeu com brutalidade autocrática a essa resistência. Mas, também do processo através do qual a contrarrevolução preventiva logrou permanecer, mesmo após a mudança do regime, como lógica dirigente da dominação exercitada pela burguesia no território periférico e dependente em que se construiu o capitalismo no Brasil.
A diversidade humana tem sido desculpa para discriminações, desigualdades e violências, mas, é também fonte de enriquecimento cultural e material, admiração mútua e emancipação dos preconceitos. A relação entre diversidade e poder é um tema central do presente livro e exige investigações de diferentes campos teóricos. Esse livro se coloca no debate e reúne importante pensadores brasileiros e estrangeiros.
A coleção A Lei 10.639/03 e a Formação de Educadores, composta de dois volumes, foi organizada pelas antropólogas Maria Alice Rezende Gonçalves e Ana Paula Alves Ribeiro, respectivamente coordenadora e colaboradora do Neab – Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Uerj, e é dirigida a todos os interessados na inclusão das questões afro-brasileiras nos currículos do ensino básico.
Um dos principais objetivos desta publicação é discutir a relação entre etnia, nação e Estado. Busca, portanto, compreender como a interação entre esses elementos produziu a necessidade de solidariedade, tolerância e promoção dos direitos humanos. Nesse sentido, mostra que, apesar de ter havido a consolidação de normas de alcance universal, isso não evitou, em diversas ocasiões, a violação dos direitos humanos por esses mesmos Estados.
Este livro foi elaborado por dois pesquisadores amazonenses que acreditam no protagonismo e na participação para transformação de uma sociedade em que as disputas políticas visam silenciar e oprimir grupos que não se enquadram nos modelos normativos. A relação entre os autores de seu por meio de orientando-orientadora que permitiu a troca de saberes e afetos.
O cuidado de si é o foco desta obra tardia de Michel Foucault organizada a partir de conferências de 1982 em Toronto, no Canadá. Nela, o filósofo persegue diferentes formas de busca de uma verdade sobre si numa perspectiva histórica, concentrando-se na Antiguidade greco-romana e no surgimento do cristianismo – com o desenvolvimento das instituições monásticas e as interdições referentes à sexualidade. A questão de fundo é: como se constitui o sujeito ocidental moderno? Partindo de uma leitura do Alcibíades, de Platão, que apresenta o ponto de vista socrático sobre o tema, Foucault percorre em seguida, ao longo dos séculos, o pensamento de Sêneca, Musônio Rufo, Epicteto, Plutarco, Galeno, Marco Aurélio, Clemente de Alexandria, João Cassiano, Santo Agostinho, entre outros, abrangendo uma noção bastante ampla de suas percepções sobre uma ética de si. Nesta genealogia do sujeito moderno, Foucault identifica que, a partir do cristianismo, ocorre uma virada na hermenêutica de si em relação às concepções pagãs. Da ascese em que o sujeito se voltava para a verdade, preparando-se para viver no mundo, a civilização ocidental passa a buscar uma ascese voltada para um outro mundo, para a vida eterna. Organizado pelos especialistas Henri-Paul Fruchaud e Daniele Lorenzini, a edição traz notas críticas para elucidar temas abordados no contexto da obra foucaultiana, bem como uma embasada introdução que permite contextualizar a obra no quadro da genealogia do sujeito (ocidental) moderno estudada por Foucault.
O PT se apresentava como um partido que lutava nas ruas e nas portas das fábricas, nas igrejas e nas universidades pregando ética e justiça social. No que ele se transformou após mais de uma década de exercício contínuo de poder?José de Souza Martins, um dos mais importantes cientistas sociais brasileiros, enfrenta essa questão com coragem e objetividade. O livro vai desvendando o PT por meio de textos que acompanham a trajetória do partido, do início aos dias de hoje. Livro esclarecedor, apaixonado e apaixonante. Leitura para quem quer de fato entender o que está acontecendo no Brasil.
Do Silêncio do Lar ao Silêncio Escolar é a interpretação crítica e analítica de uma pesquisa feita pela professora Eliane Cavalleiro sobre a discriminação das crianças negras em sala de aula. Os resultados são chocantes e mostram inúmeras situações de preconceito racial ocorridas durante as aulas. Esse livro é um primeiro e importante passo para que o Brasil rompa o silêncio em torno do racismo e comece a lutar para eliminá-lo de vez do sistema educacional.
Como bem caracteriza o autor, a Reforma Sanitária é processo, é movimento, e não pode contentar-se com o Sistema Único de Saúde (SUS), mesmo que pleno. A defesa é de uma reforma que pretende um projeto civilizatório pautado na emancipação dos trabalhadores: o socialismo.
Este livro é fruto da cooperação entre cientistas engajados da saúde coletiva e das ciências sociais do Brasil e de Portugal, com destaque para o Núcleo Ecologias, Epistemologias e Promoção Emancipatória da Saúde (Neepes/ENSP/FIOCRUZ) e o Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, responsáveis pelo curso internacional de verão “A Saúde Coletiva em Diálogo com as Epistemologias do Sul”, realizado anualmente desde 2018. A obra apresenta uma coletânea de artigos de vários autores que apresentam e dialogam com as bases conceituais e metodológicas das epistemologias do Sul em sua crítica aos três pilares da modernidade eurocêntrica: capitalismo, colonialismo e hetero-patriarcado. Vários temas são abordados, como pensamento abissal, sociologias das ausências e emergências, ecologia de saberes, interculturalidade, descolonização da academia e da saúde coletiva, arte e metodologias sensíveis, cuidado e ecologias feministas, saúde mental, desastres, neoextrativismo e agroecologia. Espera-se que o livro contribua para a divulgação e qualificação desse debate em diferentes cursos de graduação e pós-graduação num contexto atual tão desafiante para a democracia e a sustentabilidade.
Quem foi o doutor Carlos Chagas? Mesmo ao considerar a dificuldade que o povo brasileiro tem para identificar os grandes nomes de nossa história, arrisco dizer que essa pergunta tem boas chances de resposta. No caso, porque o nome do homem se associou ao
Quais as doenças que afligiam índios e europeus nos primeiros séculos do Brasil? Como os nativos se defendiam de males até então desconhecidos por eles, como gripe e sarampo? A pesquisadora e médica Cristina Gurgel nos mostra um capítulo importante da História do Brasil, o encontro (e desencontro) de duas culturas sob a ótica das doenças e dos males que afetaram seus habitantes.Ao contrário do que se propaga, a autora defende a ideia de que os princípios terapêuticos básicos da medicina indígena e europeia tinham muito em comum. Ambos os povos possuíam uma concepção da doença como uma invasora, sendo, portanto, necessário forçar sua saída do organismo. Para que isso ocorresse, empregavam-se cerimônias e substâncias que diferiram conforme a cultura e a disponibilidade e qualidade de matérias-primas medicamentosas.
Doenças têm o poder de alterar o andamento do processo histórico? A resposta é positiva para o autor deste livro, o médico infectologista Guido Carlos Levi, com décadas de experiência no serviço público e privado.Uma vez por mês, oito médicos se reúnem para jantar e conversar. Além da profissão, eles compartilham a paixão pela História, em particular pelo estudo de doenças que influenciaram no desencadeamento e na evolução de acontecimentos históricos. O tema dos encontros: de que modo doenças como varíola, tifo, escorbuto, cólera alteraram o destino de povos e nações?
Análise profunda sobre repartição de renda e estrutura de classes por um dos maiores pensadores brasileiros Dominação e desigualdade, obra que retorna neste volume (seguida de Repartição da renda: pobres e ricos sob o regime militar), ocupa posição proeminente entre os clássicos do pensamento socialista democrático brasileiro, sendo um dos marcos na análise crítica do desenvolvimentismo que sobreveio a 1964. O livro traz preciosa contribuição para os debates sobre as imbricações entre repartição de renda e estrutura de classes, bem como sobre a gigantesca desigualdade de oportunidades que enfrentam aqueles que dependem de sua força de trabalho para sobreviver.
Quem se deslumbrou com a maestria narrativa, a sólida e delicada construção de personagens, a linguagem apurada e a temática brasileira de Torto arado, romance que converteu Itamar Vieira Junior em um dos nomes centrais da nossa literatura contemporânea, vai encontrar neste Doramar ou a odisseia ainda mais motivos para celebrar a ficção do autor. Num diálogo permanente com nossas questões sociais e a tradição literária brasileira, Itamar enfeixa um conjunto de histórias a um só tempo atuais e calcadas na multiplicidade de culturas que formam o país.
A história da humanidade foi protagonizada por homens, que criaram uma sociedade em que cabia às mulheres a tarefa de servi-los. Dentro desse contexto de subserviência, parte-se da premissa de que a mulher sempre foi discriminada e oprimida pelo homem.Consolidar a igualdade substancial entre homens e mulheres é a forma de se respeitar a própria essência humana, mas para tal exercício de equilíbrio de forças é necessária uma boa dose de feminismo, entendido como um movimento social e ideológicoque busca ampliação dos direitos civis e políticos da mulher, até a equiparação aos dos homens.Os Tratados Internacionais de Direitos Humanos fundaram uma nova dimensão, apta a criação e efetivação dos direitos humanos das mulheres e capaz de articular as legislações internas dos Estados na ratificação da dignidade da mulher, concretizada no respeito ao princípio da isonomia.No Brasil, a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) busca proporcionar proteção judicial à mulher vítima de violência doméstica e combate à impunidade dos agressores, permitindo tratamento diferenciado em razão da histórica opressão do homem sobre a mulher.É com esse espírito de respeito à igualdade, à liberdade e, sobretudo, à dignidade da mulher que nos confrontaremos no mister de analisar o cenário da violência doméstica após a vigência da Lei Maria da Penha, tendo por base o estado da Paraíba, considerado um dos mais machistas do Brasil.Esta obra é destinada a alunos, professores, pesquisadores e profissionais que atuam nas redes de enfrentamento ou a qualquer pessoa interessada na temática da prevenção da violência familiar.Sejam todos bem-vindos, e ótima leitura!
Este livro é composto por documentos que fazem uma revisão do dossiê científico e técnico contra o Projeto de Lei do Veneno (PL 6.299/2002) e a favor do Projeto de Lei que institui a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNARA) da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) e da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) publicado em julho de 2018. Na edição atual, incluiu um esforço colaborativo das editoras Expressão Popular, Hucitec, Abrasco e Rede Unida.
A publicação, com mais de 600 páginas, colorida e ilustrada, reúne as três partes revisadas do Dossiê Abrasco lançadas ao longo de 2012, além de uma quarta parte inédita intitulada “A crise do paradigma do agronegócio e as lutas pela agroecologia”. O livro é uma co-edição da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fiocruz, e da editora Expressão Popular. Este capítulo inédito, concluído em outubro de 2014, foi dedicado à atualização de acontecimentos marcantes, estudos e decisões políticas, com informações que envolvem os agrotóxicos, as lutas pela redução dessas substâncias e pela superação do modelo de agricultura químico-dependente do agronegócio. A leitura desse cenário mais recente revela que a situação do país em relação aos agrotóxicos está ainda mais grave e que a correlação de forças no campo social propicia desafios maiores. O consumo de venenos agrícolas cresce ano após ano, está em curso um processo de desregulamentação do uso de agrotóxicos no país. Não é por falta de confirmação dos efeitos nocivos à saúde e ao ambiente que a grave situação de uso indiscriminado de agrotóxicos no Brasil não é revertida. O livro reúne informações de centenas de livros e trabalhos publicados em revistas nacionais e internacionais que revelam evidências científicas e correlação direta entre uso de agrotóxicos e problemas de saúde. Não há dúvida, estamos diante de uma verdade cientificamente comprovada: os agrotóxicos fazem mal à saúde das pessoas e ao meio ambiente. A sociedade brasileira resiste ao uso de agrotóxicos, tem se organizado e avança na conquista de políticas públicas importantes, como a Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer e a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. Sobre a agroecologia – que o livro trata com dedicação especial nesta quarta parte, temos a possibilidade concreta de implementar o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (PRONARA).
Lançado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), o documento é resultado de um projeto realizado em 2023-2024 realizado por sete GTs da Abrasco em parceria com setores do movimento social que atuam em defesa da vida diante dos perigos dos agrotóxicos. O documento aborda as múltiplas consequências do uso de agrotóxicos na saúde reprodutiva, com estudos que apontam que a exposição a essas substâncias perigosas provoca alterações hormonais e genéticas em células reprodutoras e nos embriões, com o aumento da infertilidade, do risco de partos prematuros, abortamentos, malformações congênitas, além de neoplasias e distúrbios endócrinos. Espera-se que o dossiê subsidie políticas públicas de atenção e cuidado da vida contra essas nocividades e estimule de modo significante a pesquisa sobre esse tema em todo o território nacional.
Está mais do que na hora de pessoas bem-sucedidas falarem abertamente sobre o uso recreativo de drogas, é o que defende o neurocientista Carl Hart neste livro corajoso e polêmico. Sem esconder sua condição de usuário, em total equilíbrio com uma vida plena e produtiva, ele ilustra os inúmeros benefícios do uso responsável por adultos e argumenta que o maior dano das drogas decorre de sua ilegalidade. Sua demonização e criminalização em países como os Estados Unidos e o Brasil têm sido um flagelo imenso, contribuindo para a discriminação racial, marginalização e mortes.
Estudo do processo de conversão do alcoólico ativo em alcoólico passivo isto é, bebedores que, assumindo a incapacidade de controle sobre o consumo do álcool afiliam-se a programas de conquistas da abstinência. Se organiza principalmente em torno de duas unidades de análises o bar como definidor do ato de beber, e os grupos de abstinentes vinculados à instituição Alcoólicos Anônimos.
Um encontro com Felipe, de apenas 7 anos, obrigou o premiado neurocientista francês Stanislas Dehaene a rever radicalmente suas ideias sobre aprendizado. Mesmo preso a um leito de hospital e completamente cego em consequência de uma bala perdida, o menino brasileiro manteve intacta sua sede de aprender. Mas, final, como o cérebro humano consegue adaptar-se às circunstâncias reprogramando-se e, assim, continuar aprendendo? Do questionamento surgiu este poderoso livro. O autor nos conta que nosso cérebro é uma máquina extraordinária e continua sendo a melhor fonte de inspiração para os desenvolvimentos recentes da inteligência artificial. É assim que aprendemos vai até os limites da ciência da computação, da neurobiologia e da psicologia cognitiva para explicar como o aprendizado realmente acontece e como fazer melhor uso dos algoritmos de aprendizado do cérebro em nossas escolas e universidades, e também na vida cotidiana. “Há palavras tão familiares que obscurecem o que elas significam no lugar de iluminar. ‘Aprender’ é uma palavra assim. Parece tão simples, todo mundo aprende. Na verdade, porém, está mais para uma caixa-preta, que Dehaene abre para revelar seus incríveis segredos. Sua explicação do funcionamento dos mecanismos do cérebro é uma excelente introdução.” - The New York Times Book Review“ “Este é um livro cativante, que amplia a mente, repleto de insights.” - The Sunday Times “Hoje em dia, as máquinas já realizam operações que não conseguimos fazer, mas, no fim das contas, nosso cérebro nos permite chegar muito mais longe. O autor desenvolve, de forma claríssima e com rigor científico, o que chama de ‘os quatro pilares da aprendizagem’ [atenção, envolvimento ativo, feedback de erros e consolidação]. Ele selecionou as informações para fornecer sugestões bastante práticas.” - Association Française pour l’Information Scientifique “Um levantamento interessante de como a ciência – de escaneamentos cerebrais a testes psicológicos – está ajudando a inspirar a pedagogia.” - Financial Times
E se eu fosse puta é o quê? Você, leitor, que me diz. Tem de tudo um pouco, mas sobretudo verdade, dessas que a gente gosta só debaixo do tapete, bem escondidinha, o dia a dia da rua, a barganha, o homem antes e depois de gozar. Amara se vê travesti e junto descobre a vida que haveria a partir de então, puta aonde quer que fosse, fosse pra cuspir, fosse pra perguntar discretamente o preço (“tudo no sigilo, sou casado, sabe?”). Corpo que não tem lugar, corpo que se fazia à revelia das regras, das normas, corpo que se prestava pras sombras, essa era eu e eu não fazia sentido, sequer sabia aonde eu queria chegar. Quem me entendia? Esse livro é sobre a escolha que não faz sentido, esse livro é sobre buscar porquês. E se eu fosse puta? E se fosse você?
De forma lúdica, fortalecendo o vínculo da família (mãe, pai, avós, tios), que é a base da rede de apoio para a mãe que amamenta, e com uma linguagem carinhosa e acessível a todos, os autores contam uma história que se baseia nos hábitos dos mamíferos e explicam a importância do aleitamento materno. As ilustrações de Helena Cortez trazem conferem ainda mais leveza e poesia à obra. O aleitamento materno é uma unanimidade mundial. Não há nenhuma dúvida sobre a importância e os benefícios do leite materno no crescimento, desenvolvimento e imunidade das crianças. Todos os profissionais de saúde reconhecem a amamentação como a principal fonte de alimentos dos bebês. A Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ministério da Saúde (MS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam o aleitamento materno desde a sala de parto, exclusivo e em livre demanda até o 6o mês, complementado com alimentação saudável até os 2 anos ou mais. No entanto, menos da metade das crianças aos 6 meses é ainda alimentada com o leite materno. Muitos fatores influenciam nesse déficit: falta de informação ou informação inadequada de redes sociais, amigos e familiares e até de profissionais de saúde, falta de apoio, falta de espaço na mídia, licença-maternidade insuficiente, marketing abusivo das indústrias de fórmulas infantis, cultura de desmame e muitas outras questões. Para melhorar esse cenário, os órgãos responsáveis estão tentando providências, como cursos e busca incessante de aprovação de leis que favoreçam a amamentação e a mulher trabalhadora que amamenta. A primeira semana de agosto, há mais de 25 anos, é dedicada à celebração da Semana Mundial de Aleitamento Materno, cada ano com um tema específico. Já comemoramos, no Brasil, o Agosto Dourado - um mês inteirinho para informar, sensibilizar e apoiar a amamentação. E para não ficar só esperando que 'os outros' façam alguma coisa, o pediatra e homeopata Moises Chencinski e a nutricionista e consultora em aleitamento materno Vane
A presente obra busca compreender de que forma o modelo de economia capitalista tem impactado e determinado a precarização ambiental e social e como a regulação estatal tem se posicionado nesse cenário. Partindo da análise de que a regulação vem assumindo um papel cada vez menos comprometido com a defesa do meio ambiente, do trabalhador e dos grupos sociais, são cogitadas alternativas que signifiquem a incorporação das contribuições sociais que passam a exercer o papel de novos movimentos de resistência.
As concepções capitalistas de progresso com crescimento sem limites da economia conduziram o planeta a uma crise ambiental sem precedentes. A ecologia política visa desconstruir essa racionalidade insustentável e impulsionar ações sociais para a construção de um futuro sustentável, reorientando o desenvolvimento das forças produtivas, recriando as formas de sociabilidade e reconfigurando as relações de poder. Esse pensamento tem ressonâncias no campo da produção e do conhecimento, da política e das práticas educativas. O ambientalismo radical confronta o poder hegemônico unificador do mercado como destino inelutável da humanidade e valoriza a diversidade cultural, os saberes tradicionais e os direitos humanos, fundando um pensamento emancipatório e uma ética política para renovar o sentido da vida e defender a preservação da natureza.
Este é considerado o livro-texto definitivo sobre todos os aspectos da ecologia. Esta nova edição continua a fornecer um tratamento completo do tema, desde os princípios ecológicos fundamentais até uma reflexão vívida sobre nossa compreensão da ecologia no século XXI.
A humanidade e o planeta terra vivem momentos dramáticos. Séculos de irresponsável exploração dos bens de serviço da natureza atingiram as bases físico-químicas que sustentam a vida. O aquecimento global é apenas um sintoma de que a Mãe Terra está doente. A obra ganhou o prêmio Sergio Buarque de Holanda da Biblioteca Nacional como o melhor ensaio social do ano de 1994 e também o prêmio Nobel Alternativo da Paz pelo Parlamento sueco em 2001.
Uma abordagem otimista para a economia do século XXINessa obra, o Nobel de economia Jean Tirole estabelece uma nova agenda para o papel da economia na sociedade. Otimista e instrutiva, escrita para um público abrangente, trata-se de um manifesto apaixonado em defesa de um mundo no qual a economia se veja como uma força que pode e deve trabalhar para o bem comum, para o interesse geral, para melhorar o quinhão comum das sociedades e da humanidade. A fim de mostrar como isso é possível, Tirole discute vários assuntos que afetam o nosso cotidiano hoje: a crise financeira de 2008, mudanças climáticas, economia digital, desemprego, inovação, impostos, previdência...Com diversos exemplos concretos, ao longo de capítulos que podem ser lidos separadamente, Economia do bem comum é uma obra importante, apontada como um título que ficará entre os principais da área, ao lado de O capital no século XXI, de Piketty. Muito lúcida mesmo na abordagem de temas espinhosos, é uma aula elegante de economia, que irá atrair profissionais, estudantes, professores e interessados em domínios como economia, administração e negócios.
Organizado pelas catalãs Cristina Carrasco Bengoa e Carme Díaz Corral, o livro reúne artigos de pesquisadoras espanholas e latinoamericanas que discutem a economia pelo viés do gênero, por meio de uma crítica ao pensamento econômico hegemônico e a proposição de novas alternativas para romper com as violências e opressões perpertuadas contra as pessoas mais vulneráveis, principalmente as mulheres. Os textos trazem à tona reflexões sobre capitalismo exploratório e a problemática do trabalho pela perspectiva social, ambiental, urbana, micro e macroeconômica.
Este livro, com prefácio de Luiz Inácio Lula da Silva, traz um olhar sobre as múltiplas e controvertidas experiências históricas dos processos autogestionários da luta dos trabalhadores pelo socialismo, articulando o trabalho e a educação na perspectiva da promoção de um novo fazer produtivo, orientado por ações políticas, culturais, pedagógicas e solidárias.
Com o enorme avanço da degradação ambiental nas últimas décadas, e suas crescentes conseqüências biofísicas, sociais e econômicas, há uma consciência cada vez mais nítida do caráter crucial dessa problemática, tanto por parte dos governos e instituições civis como dos cidadão comuns.
Leitura de primeira relevância para interessados em como os testes de medicamentos são executados, o livro é composto pela etnografia dos procedimentos que constituem o método mais aceito para a realização de experimentos farmacêuticos em seres humanos: o ensaio clínico randomizado internacional duplo-cego controlado ECR. O livro realça as complicadas economias políticas nas quais os estados precarizados de vida de indivíduos em busca de tratamentos para doenças crônicas se convertem em ativos do processo de desenvolvimento científico, econômico e sanitário. Ao identificar e analisar criticamente essas conversões, este trabalho contribui para que entendamos como os experimentos farmacêuticos se constituem em empreendimentos simultaneamente científicos, neoliberais e necropolíticos.
Para Michel Maffesoli, a ecosofia corresponde ao restabelecimento dos laços perdidos entre o homem e a natureza, entre o corpo e o meio, de modo a ultrapassar o racionalismo cartesiano e atingir uma solidariedade holística oriunda de experiências comunitárias. Essa conexão nascida da sensibilidade ecosófica permitiria à humanidade redefinir o futuro da terra-mãe e, por conseguinte, garantir a "sobrevivência da própria espécie."
Este livro apresenta os requisitos necessários para cativar o leitor, pois focaliza uma problemática de interesse coletivo: o dengue, e busca alternativas viáveis para o seu controle. O objetivo desta publicação, desafiador e instigante, e a forma como aqui é tratado de distinguem por buscar compreender as possibilidades de interação entre conhecimentos e princípios derivados do campo da ecossaúde e aqueles que tradicionalmente fundamentam as intervenções voltadas para a redução do risco de exposição ao vírus do dengue, cujo ciclo está intimamente relacionado ao ambiente urbano onde vide a maioria das populações humanas.
O objetivo da coletânea é possibilitar a difusão e a popularização da ciência e da tecnologia junto à sociedade, em geral, atividade fundamental para despertar o interesse por essa área, sobretudo dos jovens.
Neste livro os autores apresentam resultados de mais de oito anos de experiência e pesquisas em Educação a Distância online (EaDonline), com exemplos de cursos ministrados para professores de Matemática. Além de cursos, outras práticas pedagógicas como comunidades virtuais de aprendizagem e o desenvolvimento de projetos de Modelagem realizados a distância são descritas. Ainda que os três autores deste livro sejam da área de Educação Matemática, algumas das discussões nele apresentadas, como formação de professores, o papel docente em EaDonline, além de questões de metodologia de pesquisa qualitativa, podem ser adaptadas a outras áreas do conhecimento. Nesse sentido, esta obra se dirige àquele que ainda não está familiarizado com a EaDonline e também àquele que busca refletir de forma mais intensa sobre sua prática nessa modalidade educacional. Cabe destacar que os três autores têm ministrado aulas em ambientes virtuais de aprendizagem.
A grande expansão de matrícula de educação superior tem revelado que o Brasil ainda enfrenta sérios problemas relativos a livros didáticos para este nível de ensino. Embora a produção acadêmica tenha crescido a olhos vistos, a elaboração de livros e outros materiais para estudantes de graduação e pós-graduação não tem tido o ritmo necessário para suprir em quantidade e qualidade as demandas advindas dos diversos cursos e áreas de interesse.
É no pensamento de que a educação científica está para além de paradigmas teóricos, e mais voltada para a ciência e sua significância social na educação, de conferir autonomia aos alunos e da capacidade de transformá-los no processo educacional, que se baseia este livro. Os artigos reunidos se voltam para a aplicação de mudanças nas práticas educacionais nas escolas e para a compreensão de que a educação científica deve ser contextualizada e conectada à realidade e às necessidades sociais dos educandos.
Contrapondo-se ao discurso sobre educação pautado apenas por indicadores, rankings e eficiência, a Boitempo lança Educação contra a barbárie: por escolas democráticas e pela liberdade de ensinar. Fernando Cássio, organizador da obra e especialista em políticas públicas de educação, convidou mais de vinte autores para propor um debate franco e corajoso sobre as principais ameaças à educação pública, gratuita e para todas e todos: o discurso empresarial, focado em atender seus próprios interesses; a perseguição à atividade docente e à auto-organização dos estudantes; e o conservadorismo que ameaça o caráter laico, livre e científico do ambiente escolar.Neste novo volume da coleção Tinta Vermelha, selo que busca provocar reflexões sobre assuntos atuais, temas como revisionismo histórico, experiências de educação popular, financiamento do ensino público, dilemas da educação a distância e a polêmica ideologia de gênero são abordados com rigor teórico e linguagem acessível. A obra conta com prólogo de Fernando Haddad e quarta capa de Mario Sergio Cortella.
O livro trata das reformas - e das aplicações delas - ocorridas quando Paulo Freire projetou o círculo de cultura em lugar da aula, a mediação pedagógica em lugar da didática, o animador cultural em lugar do professor e as palavras, os textos e os contextos geradores, emergidos do diálogo entre as culturas de todos os participantes do processo educacional, em lugar dos currículos engessados.
Este livro oferece um projeto sistêmico que considera as instituições educacionais como um todo, do ensino fundamental ao ensino superior, e não separa a transformação da educação da sociedade como um todo. Sua ambição é traçar os traços fundamentais de uma educação democrática ainda por vir, e incluí-la plenamente em uma sociedade unida, ecológica e igualitária.
Os cruzamentos de comunicação e educação, vistos pela perspectiva dos direitos humanos, e os fundamentos da Educomunicação como uma proposta dialógica para repensar os contextos dos sujeitos do processo educativo são os pilares da reflexão desta obra, produzida a partir dos estudos e pesquisas de educadores brasileiros contemporâneos. Trata-se de um esforço conjunto para elucidar o entendimento acerca do novo campo da Educomunicação e as implicações de práticas dessa natureza no âmbito da escola e da sociedade, como aliadas na produção de uma cultura dos direitos humanos que inclua a formação crítica sobre os meios de comunicação. A leitura do mundo passa pela interpretação da realidade, à luz do pensamento livre, do direito de opinar e do acesso à educação e à informação de qualidade. Os direitos humanos são uma consequência de todas essas experiências no exercício da cidadania e da democracia.
Essa coleção nos oferece uma maneira diferente de caminhar, pois vislumbra o processo educacional por meio de diferentes formas. E, para tanto, cada autor caminha de um jeito próprio, mas voltado para o mesmo horizonte. Destina-se às pessoas que vêem o humano como prioridade, em especial aos educadores que assumem os processos educacionais com consciência e compromisso e com possibilidades que privilegiam a transformação social.
A Série Movimentos Sociais e Educação visa contribuir com debate acerca dos movimentos sociais na atualidade. Neste volume, são apresentados textos que passam pela Educação de Jovens e Adultos (EJA), educação em espaços não escolares, Direito, educação nas relações étnico-raciais, dentre outros temas relacionados à educação, seja no campo ou na cidade
Este é um trabalho colaborativo que, tendo envolvido professores, pesquisadores, profissionais de saúde e estudantes de pós-graduação das áreas de saúde coletiva e saúde da família e comunidade, resultou em nove artigos. Os autores partem de suas práticas de formação para refletir acerca da interface entre Educação e Saúde em suas múltiplas e complexas dimensões. Os artigos aqui apresentados nos aproximam de realidades em rápida transformação enquanto buscam analisar o cotidiano das práticas em saúde e as relações complexas que as condicionam e determinam. As interfaces entre Educação e Saúde visam estabelecer como meta a construção de sujeitos e de projetos transformadores da sociedade. Dessa forma, a educação produzida no âmbito da Atenção Primária, nos serviços de saúde e inserida no Sistema Único de Saúde (SUS), consolida práticas de educação dirigidas aos problemas reais da sociedade e suas instituições por meio de práticas inter-transdisciplinares articuladas em cenários interprofissionais e interculturais.
Essa obra constitui uma expressão dos esforços e dedicações dos atores do MOVER, tanto aqueles do campo acadêmico como dos movimentos sociais e populares. Apresenta conhecimentos conhecimentos delineados em processos e construçoes de experiências concretas onde se buscou tanto elaborar, como exercitar metodologias, abordagens e perspectivas para o fazer universitário, particulamente tendo a extensão como ponto de partida.
Esta obra traz as condições históricas em que se desenvolveu o ensino médico no Brasil, apresentando olhares e perspectivas que buscam dialogar com as novas diretrizes curriculares para a graduação em Medicina e com as inovações curriculares e pedagógicas necessárias para atender a uma formação orientada para o Sistema Único de Saúde (SUS), fundamentada nas demandas da sociedade, na interdisciplinaridade e na interprofissionalidade.
O ano de 2012 representa o cinquentenário da abem e celebramos este marco com esta publicação dedicada exclusivamente às Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), para o curso de graduação em medicina. O objetivo deste livro é oferecer uma perspectiva panorâmica das DCN: seu contexto histórico, sua implementação ao longo dos dez primeiros anos de existência e um olhar para seu futuro. Os 11 capítulos foram escritos por autores experientes e comprometidos com a educação médica, descrevem práticas e saberes diversos, sem, contudo, perder o foco da questão.
Dividida em três partes: “Temas em Educação”, “Problematizando a Memória” e “Veredas da História”, esta obra de caráter interdisciplinar, entrelaça áreas e temas, discutindo o que se passa nos meandros da educação, da cultura, da memória e da história brasileiras, enfocando a teoria e a prática nas salas de aula, nos Conselhos Escolares, nas prisões, nos museus. Percorre desde a Educação Especial ao Programa Nacional do Livro Didático, passando pela merenda escolar, pela alfabetização de adultos, pelo ensino religioso. Conecta os jovens à Religião e à Política, aborda memória social e educação, e historia diversos aspectos e processos sociais, como os de submissão e resistência femininas.
Este livro de Cristiane Lemos representa um grande esforço de crítica. Admite o encantamento inicial da autora com a proposta e com a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde cuja prática lhe despertou, todavia, questões. Estas transformaram-se em perguntas de pesquisa para a sua tese de doutorado que, revisada e atualizada, agora é publicada em livro que tenho a satisfação de prefaciar. Nesta obra constata-se a retomada do marxismo na Saúde Coletiva para o enfrentamento do capitalismo na saúde. Questiona o projeto histórico da saúde pública no Brasil, confrontando o Sistema Único de Saúde (projeto da RSB) em relação ao projeto mercantilista (neoliberal) que concebe a saúde como mercadoria. Desse modo, analisa a formação profissional em saúde na sua vin- culação dialética ao tempo e processo histórico.
Ao discutir questões relacionadas aos processos de ensino-aprendizagem não escolar, bem como a relação existente entre educação formal e movimentos sociais, esse livro contribui com a investigação da chamada educação não formal. Apresenta, ainda, significativas considerações acerca da conjuntura atual, sustentadas em um particular diálogo que o autor promove entre dois clássicos: Boaventura de Sousa Santos e Antonio Gramsci.
Os profissionais de saúde em geral conhecem pouco como as famílias e comunidades convivem com os problemas de saúde e como os enfrentam. Por isso as atitudes e falas dos usuários lhes parecem estranhas e desconexas. Esse livro identifica e explica esses bloqueios e as potencialidades existentes no relacionamento entre os profissionais e a população. Ele evidencia como questões culturais, cognitivas e subjetivas dificultam ou dinamizam o funcionamento dos serviços de saúde
No setor saúde, a Educação Popular tem desvelado historicamente perspectivas teóricas e metodológicas relevantes na busca por novos horizontes para formação de profissionais, dentre os quais também se incluem os nutricionistas. Caminhos vêm sendo delineados para uma atuação comprometida com os conceitos da Promoção da Saúde e da Segurança Alimentar e Nutricional, os quais agregam dimensões críticas à Nutrição Social, traduzidas pela percepção compromissada quanto ao papel da ciência da nutrição em comunidades populares e da intervenção do nutricionista nestes espaços. Tendo como objetivo contribuir no aprimoramento das bases teóricas intervenientes neste processo, o presente ensaio pretende sistematizar os atuais desafios, possibilidades e lacunas do encontro entre Educação Popular e Nutrição Social, com ênfase para suas realizações nos cenários da Saúde da Família, e dos movimentos em torno do Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável no Brasil.
Esta obra pretende ser uma contribuição para uma série de movimentos reflexivos por aqueles(as) que constroem a Educação Popular em Saúde no país em seus diferentes cenários e contextos, seja nos serviços de saúde, nos centros de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais ou na gestão das políticas públicas sociais.
A universidade brasileira está em transformação. Convivendo com a predominância de práticas educativas autoritárias e acríticas, novas propostas de formação vêm constituindo um promissor movimento de reorientação do trabalho acadêmico de formação profissional. O novo pulsa na universidade brasileira. É preciso ouvir os saberes que aí vêm se formando. Este livro, ao analisar esta experiência e suas implicações – o Projeto de Extensão Educação Popular e Atenção a saúde da Família da Universidade Federal da Paraíba, busca refletir os caminhos da utilização da Educação Popular na formação universitária em geral. É o estudo de uma experiência particular voltado para responder questões gerais do ensino universitário crítico e comprometido com a questão com a superação da injustiça, da opressão e da exclusão. Busca explicitar, a partir de uma experiência consolidada e reconhecida, os caminhos e saberes que podem ser significativos para outras iniciativas acadêmicas.
Este livro busca contar, analisar e difundir este amplo campo e iniciativas e estudos que vem agitando e mobilizando o cotidiano de ensino de um grande número das universidades. Vem também tornar mais conhecido o movimento que se organizou em torno da Extensão Popular, com o nome de articulação nacional de extensão popular, a Anepop. Autores: Murilo Leandro Marcos / Eymard Mourão Vasconcelos
Essa obra nasceu do compromisso do Projeto VEPOP-SUS com o aprimoramento de saberes e práticas para a inserção criativa e mobilizadora da Educação Popular nos espaços do Sistema Único de Saúde (SUS), provocando os trabalhadores da ponta dos serviços a participar ativamente da construção dinâmica e compartilhada das práticas sociais capazes de reorientar a lógica dos serviços na direção da humanização, da integralidade, da participação da comunidade, da equidade e do acesso universal com qualidade.
O livro traz idéias que representam estudos desenvolvidos pelas autoras há algum tempo, no âmbito da área ‘trabalho e educação e as relações com a saúde. Tais idéias são analisadas tendo por base o contexto histórico e político brasileiro, com o propósito de situar o leitor quanto às políticas de educação profissional implementadas no Brasil, diante de sua inserção no modelo capitalista de produção. A partir da análise sobre a educação profissional em saúde no país, as autoras evidenciam a existência de uma disputa do caráter do processo educativo adotado nesse campo. De um lado, a concepção da formação como maneira de adaptação do trabalhador às condições existentes no sistema capitalista, de outro, um projeto contra-hegemônico que objetiva a formação dos trabalhadores de modo a utilizar os espaços gerados pelas contradições do sistema capitalista.
Desde o final do século XX, através de um movimento mundial sobre a inclusão de pessoas com deficiência nos espaços sociais comuns a todos, as escolas passaram a ser consideradas como um local de excelência para proporcionar a esses sujeitos melhores condições de aprendizagem e desenvolvimento. Com isso, as pessoas com deficiência puderam alcançar etapas mais avançadas de escolaridade, o que lhes proporcionou melhores condições de inserção, tanto social quanto no mundo do trabalho. Neste livro, com foco na educação profissional de nível médio, são trazidas algumas orientações sobre como as escolas em geral, e os professores, em particular, podem oferecer aos sujeitos com deficiência uma educação que lhes dê melhores condições de vida e de alcançarem empregos mais qualificados.
O livro é composto por trabalhos que afirmam a importância da luta quilombola e apresentam reflexões sobre o contexto educacional brasileiro e a luta territorial, tópico de constantes disputas. As epistemologias quilombolas apresentadas evidenciam as existências múltiplas que lutam por respeito e direitos que deveriam ser básicos. Os textos são fruto da I Jornada Nacional Virtual de Educação Quilombola, evento que foi uma parceria entre a Universidade de Brasília (UnB) e a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), sendo o primeiro evento organizado pelo Coletivo Nacional de Educação.
Os quase dois anos de pandemia do novo coronavírus, que têm colocado diante de nós um cenário devastador, marcado por um número assustador de mortes e pelos riscos cotidianos de contaminação, exigindo a adoção de medidas sanitárias que restringem o convívio social, o uso de máscaras, a lavagem e higienização constante das mãos, diante das numerosas dúvidas em relação ao vírus, suas formas de propagação e os modos de interromper a transmissão, convocam, como em outros tempos, ao desafio de assegurar a adesão às medidas de proteção, trazendo à baila indagações sobre a educação em saúde como forma de conscientização e adoção de novos comportamentos, lembrando também as resistências e as distintas formas de apropriação das prescrições higiênicas.
Ao longo de cinco capítulos, o livro reúne uma entrevista e artigos inéditos no Brasil do eminente autor Henry Giroux onde faz uma crítica contundente ao que denomina maquinário neoliberal. Com inúmeros exemplos e metáforas o autor desenvolve uma análise do seu caráter globalizante e destrutivo, e situa a resistência principalmente nas lutas da juventude, nos movimentos sociais, na cultura e na educação. Considerado um dos principais autores da pedagogia crítica, o estudioso dialoga com autores como Paulo Freire, com quem trabalhou durante muitos anos, e com pensadores de influência internacional.
O livro convida o(a) leitor(a) a refletir sobre a crise neoliberal contemporânea e seus desdobramentos na educação e na saúde. Problematiza questões das políticas públicas, dos direitos sociais e de dimensões socioculturais, com ênfase nas possibilidades de resistência. Subsidiam os artigos referenciais críticos, principalmente do educador Henry Giroux, com análises inéditas sobre a educação no atual contexto sociopolítico contemporâneo. Todos os textos são perpassados por uma reflexão crítica sobre o processo sócio-histórico-cultural ao qual a sociedade atualmente se encontra submetida e sobre como a educação se insere nesse processo.
A série de artigos presente em Educação, meio ambiente e comunidade trata das experiências exitosas de ensino, pesquisa e extensão no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano. Os artigos, escritos por docentes e pesquisadores do IF Baiano, apresentam resultados de projetos e de ações que ampliaram as discussões sobres temas ambientais na educação profissional técnica de nível médio. Assim, cada capítulo se alinha às competências dos Institutos Federais estabelecidas por lei: “promover a produção, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sociais, notadamente as voltadas à preservação do meio ambiente”.
Educação: diálogos do cotidiano expressa o esforço da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, por meio de sua comunidade acadêmica, de articular ensino, pesquisa e extensão para cumprir uma de suas responsabilidades fundamentais que é a de gerar, socializar e aplicar o conhecimento nos diversos campos do saber. Os autores são doutores, mestres, professores, pesquisadores e estudantes que, reunidos no Laboratório de Estudos e Pesquisas Diálogos e Saberes Cotidianos, têm procurado aprofundar reflexões, aproximar áreas de estudo, discutir a partir de diferentes olhares e contribuições teóricas algumas das principais questões que configuram o contexto educacional e, sobretudo, as preocupações com a formação profissional dos futuros professores, Este livro, portanto, é fruto de inúmeros diálogos e encontros. Diálogos entre os autores, diálogos com as diversas contribuições teóricas, diálogos com estudantes nos grupos de pesquisa, em salas de aula e nas orientações de trabalhos acadêmicos.
Este libro presenta una investigación sobre la boca humana, los órganos bucales vinculados al lenguaje, al placer y a la subsistencia. Este estudio pretende comprender el surgimiento y la estructuración de la disciplina que lo hegemoniza fuertemente, y a la cual estamos acostumbrados a demandar frente a las necesidades de reparación del desgaste que sufre en los actos, y por los actos, de la vida cotidiana.
O processo eleitoral de 2022 foi um dos mais intensos e complicados das últimas décadas no país, em especial no que toca aos abusos de poder, à desinformação e ao desrespeito às regras do jogo democrático. Nesse período, pesquisadores do Observatório das Eleições – iniciativa que, desde 2018, produz análises sobre os processos eleitorais – dedicaram-se a compreender as questões que emergiram e a produzir artigos para que essas reflexões fossem compartilhadas com a sociedade brasileira. A partir desse movimento, nasceu o livro Eleições 2022 e a reconstrução da democracia no Brasil.
O livro reúne uma série de trabalhos de cientistas políticos sobre o tema opinião pública e seu impacto no comportamento político. Os autores compartilham o fato de todos terem sido influenciados pelo professor Marcus Figueiredo, um dos fundadores da moderna análise política do Brasil. A obra, organizada pelos professores e pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Alessandra Aldé e Felipe Borba, é também uma homenagem ao professor Marcus Figueiredo e ao seu legado para a organização da subdisciplina Comunicação Política no âmbito da ciência política brasileira. A publicação integra a Coleção Sociedade e Política, editada pelo Instituto de Estudos Sociais da UERJ em parceria com a Eduerj. A coleção é dedicada aos tema s cadentes da sociologia e da ciência política contemporânea.
Este livro representa um projeto desafiador: o estudo de sequências genéticas repetidas que são capazes de se mover, tornando os genomas dinâmicos e flexíveis. Os elementos de transposição (TEs) têm a capacidade de se multiplicar e mudar de lugar no genoma, levar consigo genes, promover rearranjos cromossômicos e alterar a expressão de genes vizinhos. Trata-se de um dos tópicos mais instigantes na área da genética, que durante décadas não recebeu o devido reconhecimento. O livro surgiu de uma reunião de integrantes do grupo de pesquisa Elementos de Transposição como Agentes de Diversidade , do CNPq, que consideram indispensável disponibilizar a pesquisadores e estudantes informações que permitam compreender a dinâmica e a plasticidade dos genomas em decorrência da presença dos TEs. “O livro não esgota as inúmeras informações e implicações decorrentes da interação genoma-TE mas propicia aos leitores o contato atualizado e a compreensão dos principais temas relacionados à estrutura e funcionamento dessas sequências genéticas móveis e sua relação com a evolução dos organismos”, afirmam as organizadoras.
Uma análise original e aguda da África contemporânea, na voz de um de seus mais renomados intelectuais. São fortes os laços que unem o Brasil e a África ― estão na música, nas artes, na religiosidade, na arquitetura, em nosso gestual, em nossa fala etc. Paradoxalmente, porém, a África ainda nos é uma ilustre desconhecida. A consequência disso é grave: não entendemos bem a nós mesmos e, por extensão, o mundo e a própria modernidade. Em busca da África transpõe generalizações e clichês sobre o continente e nos apresenta uma África profunda e complexa, que se constitui em diálogo franco e constante com o pensamento de intelectuais como Frantz Fanon, Malcom X, James Baldwin, Richard Wright, Spike Lee e Édouard Glissant.
Em busca da comunidade apresenta um rol de perspectivas teóricas criadas no chamado Sul global, com o intuito de superar uma "monocultura de saberes".Fabricio Pereira da Silva analisa o socialismo indo-americano de Mariátegui, os conceitos de negritude e de ubuntu, os socialismos africanos do século XX, a ideia de Bem Viver (sumak kawsay/suma qamaña) e a felicidade interna bruta do Butão. Ao "ilustrar a riqueza das propostas da periferia", o autor nos oferece recursos teóricos outros, capazes de fazer frente à "crise da modernidade, à crise do marxismo ocidental e dos projetos socialistas em chave modernista".
O autor mostra como os dois pensadores que protagonizam a sua pesquisa fazem parte da história e da consolidação da sociologia no Brasil. O pesquisador traz à tona “relações diplomáticas, instituições científicas, agências governamentais e organismos internacionais, círculos de políticos, intelectuais e cientistas sociais", segundo André Botelho, professor do Departamento de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ao analisar a conjuntura das relações acadêmicas entre os dois personagens, Thiago Lopes mostra que o rural renasce como chave não apenas da modernização, mas também da democratização política no Brasil.
Este livro de Emilio Gennari traz à tona o velho sonho de todos os oprimidos do mundo de todas as épocas - a liberdade das garras da opressão. E, junto com o sonho, as lutas travadas em busca da liberdade. Com um texto informativo, ele nos leva a uma viagem ao passado histórico que 'é muito mais do que um momento distante'.
Em Busca do Brasil é imprescindível para quem quiser entender a questão social, o pensamento racial e a condensação das ciências sociais no Brasil das primeiras décadas do século XX. O antropólogo Edgard Roquette-Pinto, figura intelectual chave na evolução do pensamento racial para além da condenação da miscigenação, na defesa da imigração e na consolidação da genética mendeliana como base de antropologia física no Brasil, foi interlocutor nos grandes debates sobre sociedade e nação no Brasil de sua época, produzindo um estreito diálogo com autores como Euclides da Cunha, Manoel Bomfim, Oliveira Vianna e Gilberto Freyre. Este livro é uma obra de pesquisa minuciosa que desvenda um projeto intelectual essencial para nosso entendimento da história intelectual, das políticas públicas e da ciência no Brasil.
No curso de 1976, Em Defesa da Sociedade, Michel Foucault se interroga sobre a pertinência do modelo da guerra para analisar as relações de poder. Michel Foucault define duas formas de poder: o poder disciplinar, que se aplica ao corpo por meio das técnicas de vigilância e das instituições punitivas, e aquele que daí em diante ele denominará biopoder, que se exerce sobre a população, a vida e os vivos. Analisando os discursos sobre a guerra das raças e as narrativas de conquista, Michel Foucault estabelece a geneologia do biopoder e dos racismos de Estado.
Com uma linguagem direta e descomplicada, este livro é um mergulho em assuntos da mais alta importância: a mudança climática e o aquecimento global — e o que cada um de nós tem a ver com isso. Se hoje sabemos que o aquecimento global é um fato e que uma mudança climática está em curso — por isso mesmo, precisamos agir rápido para evitar que o pior ocorra —, é graças a uma longa história, protagonizada por cientistas e ativistas que vêm trabalhando ao longo de décadas para provar aos governos e à população em geral que a Terra está esquentando. Nós, além de responsáveis por isso, somos os únicos com o poder de mudar o curso dos acontecimentos. Neste livro, o jornalista ambiental Matthew Shirts se debruça sobre a emergência climática, explicando com detalhes, gráficos e fotografias tudo o que permeia este assunto — os desafios de um acordo global para combate ao aquecimento, o novo ativismo jovem que tem sido protagonista nesta luta, a importância do Brasil neste panorama e o que podemos esperar do futuro. A coleção Tirando de Letra procura se aprofundar nos mais diversos temas contemporâneos, com muitas informações importantes, mas numa linguagem descomplicada e divertida, que atrai leitores de todas as idades. Parte da renda obtida com a venda desse livro será revertida ao Greenpeace Brasil. Conheça em detalhes os projetos nas redes sociais greenpeacebrasil.
Uma discussão sobre a Teoria do Empoderamento, a partir de diversas matrizes teóricas que hoje se dedicam ao tema. São pensadores que entendem empoderamento como aliança entre conscientizar-se criticamente e transformar na prática, algo contestador e revolucionário na sua essência. Muito mais do que a tradução literal de um termo estrangeiro, é uma prática cotidiana para a igualdade.
Ao expor a natureza e a força da agenda articulada de empresas, empresários da saúde e de suas entidades representativas, com o propósito de influenciar a formulação de políticas públicas, esta obra de Ialê Falleiros é fundamental para compreender as relações entre público e privado no sistema de saúde no Brasil no século XXI. Trata-se de contribuição relevante para o debate esclarecido sobre impasses contemporâneos que ameaçam a consolidação do Sistema Único de Saúde. (Mário Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo)
"Empresas Estatais e Federação" Federalismo no Brasil. A Série Examina no brasil a crise de nossa organização federativa, mapeando alternativas para a construção de um novo equilíbrio entre esferas de governo e unidades de federação..."
Por que fazer um livro sobre encarceramento, sistema de Justiça Criminal punitivo e feminismo negro? Qual é o ponto de conexão entre estas pautas? Por que prisão, punição, superencarceramento interessa às mulheres, prioritariamente às mulheres negras? Pode parecer fora de lugar falar em racismo, machismo, capitalismo e estruturas de poder em um país que tem em seu imaginário a mestiçagem e a defesa como povo amistoso celebrada internacionalmente. Contudo, parece absolutamente pertinente refletir, escrever, falar e ...
De Abdias do Nascimento a Zeferina e Zumbi dos Palmares, 416 verbetes biográficos que encenam um reencontro do Brasil com a memória silenciada de milhões de pessoas negras. Nesta Enciclopédia negra , Flávio dos Santos Gomes, Jaime Lauriano e Lilia Moritz Schwarcz passam em revista a história do Brasil, da colonização aos dias atuais, a fim de restabelecer o protagonismo negro. E o fazem alcançando o que há de singular, multifacetado e profundo na existência particular de mais de quinhentos e cinquenta personagens. São profissionais liberais; mães que lutaram pela alforria da família; ativistas e revolucionários; curandeiros e médicos; líderes religiosos que reinventaram outras Áfricas no Brasil, pessoas cujas feições foram apagadas pela história. Por isso, 36 artistas negros, negras e negres criaram retratos inspirados pelos verbetes desta enciclopédia, aqui reunidos em um belíssimo caderno de imagens. Em um momento de produção e disseminação errática de informações, esta obra contribui para conformar um seguro repositório de experiências individuais e coletivas às quais — como pessoas e como sociedade — podemos recorrer em busca de inspiração e orientação.
Abordagem sistematizada das doenças transmissíveis, desde a caracterização dessas doenças, seus processos mórbidos, agentes etiológicos, reservatórios, períodos de incubação e de transmissão, até as formas de prevenção, imunização e de vigilância epidemiológica.
Por isso, fez-se urgente a publicação de um material que disserte sobre as bases conceituais e operacionais da saúde coletiva e o cotidiano de trabalho do enfermeiro.A terceira edição de Enfermagem em Saúde Coletiva | Teoria e Prática, ampliada e atualizada, reúne reflexões fundamentais sobre a atuação nas práticas específicas de cuidado e na atenção primária à saúde. Além disso, um novo capítulo sobre distrações e interrupções mostra como prevenir e mitigar erros e incidentes que comprometem a qualidade do cuidado e a segurança do paciente.Esta obra é especialmente indicada a enfermeiros e estudantes de enfermagem, mas de grande valia também para professores, gestores, pesquisadores e profissionais das demais áreas da saúde.?
No cotidiano da terapia intensiva, o enfermeiro intensivista aplica seus conhecimentos e desenvolve habilidades por meio de atitudes focadas na busca contínua da promoção do cuidado seguro. Nesse sentido, o desenvolvimento da competência técnico-científica para o cuidar no processo saúde-doença e também no contexto social requer práticas avançadas de natureza biológica, sociocrítica e humanista. É nesse cenário, de ações e cuidados extremamente especializados, que surge esta obra, chancelada pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) e pela Sociedad Argentina de Terapia Intensiva (SATI). Composta por 72 capítulos escritos em uma linguagem didática e objetiva, o livro traz ao público um conteúdo abrangente e construtivo, além de altamente informativo e confiável, contando com a colaboração de enfermeiros renomados de 14 países ? um verdadeiro projeto colaborativo internacional. ?Os autores devem ser parabenizados pelo conteúdo abrangente e construtivo, além de altamente informativo, confiável e ? é importante ressaltar ? escrito por enfermeiros para enfermeiros.? Do prefácio de Paul Fulbrook, presidente da World Federation of Critical Care Nurses (WFCCN).
Enfermagem em Terapia Intensiva – Práticas Baseadas em Evidências alcança a sua 2ª edição, integralmente revista e atualizada.O livro conta com o apoio da Associação Brasileira de Enfermagem em Terapia Intensiva (ABENTI) e da Associação Brasileira de Medicina Intensiva (AMIB), o que bem revela a sua creditação como trabalho de excelência científica. Três destaques surgem nesta 2ª edição:1 - Evidências científicas consolidadas no processo de cuidar nas UTIs – enfermeiros atuantes no papel peculiar de admissão e alta, banho no leito, higiene bucal, manejo e gestão da dor, delirium, terapia nutricional, suporte hemodinâmico, ventilação mecânica, terapia renal substitutiva e controle glicêmico.2 - Descrição detalhada do processo de cuidar – paciente séptico, neurológico, cirúrgico, queimado, oncológico, além da paciente obstétrica crítica.3 - Ampliação do escopo da prática de enfermagem – emprego do ultrassom à beira do leito, manejo do paciente em terapia de oxigenação por membrana extracorpórea e cuidados do paciente em ambulatório pós-alta da UTI. Conteúdo científico indispensável para enfermeiros intensivistas, amparado nas melhores evidências acerca do cuidado intensivo. De acreditação, constitui-se como útil e prático para todos os profissionais e estudantes de enfermagem que almejam, especialmente, um cuidado crítico e reflexivo à beira do leito.Enfermagem em Terapia Intensiva – Práticas Baseadas em Evidências apresenta 2 Editores, 102 Colaboradores, 50 Capítulos, em um total de 656 Páginas.
Maior livro da Série Enfermagem, esta obra é composta de 60 capítulos divididos em 9 seções que focalizam e detalham os diversos distúrbios que acometem o paciente crítico, assim como os cuidados a pacientes oncológicos, em pós-operatório e em outras situações que requerem monitorização especial. Os temas relacionados à gestão em UTI abordam desde aspectos éticos, legais e de humanização do cuidado intensivo até a gestão de qualidade nessas unidades.
Esta obra faz parte Coleção 250 Questões Comentadas de Concursos e Residências em Enfermagem. Este volume da coleção trata de um assunto cobrado recorrentemente em provas de concursos e residências
Este livro é resultado da vivência de profissionais do Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (ICr-HCFMUSP) na assistência aos neonatos, às crianças e aos adolescentes com doenças crônicas e raras. O conteúdo atualizado e embasado tanto na experiência como na fundamentação científica multiprofissional transforma esta obra em leitura obrigatória não só para enfermeiros, mas também para médicos, gestores de saúde, residentes e estudantes.
A Série Enfermagem busca facilitar o acesso ao conteúdo de programa de formação do enfermeiro, incorporando práticas pedagógicas compatíveis com os recursos de saúde e educação. Investindo dessa maneira na divulgação dos conhecimentos da prática da enfermagem, esta série certamente produzirá um grande salto qualitativo no cenário da saúde.Resultado da colaboração de profissionais reconhecidos por sua experiência em assistir a criança, o adolescente e a sua família, este livro contempla diferentes aspectos relacionados ao cuidado integral que permeia o processo de hospitalização.Esta nova obra da Série Enfermagem tem o propósito principal de abordar os conteúdos essenciais à formação do graduando, fornecendo-lhe subsídios para desenvolver as competências necessárias à atuação como enfermeiro na área pediátrica.Assim, os capítulos foram estruturados de acordo com as questões relacionadas à unidade de internação pediátrica e ao cuidade de enfermagem oferecido à criança, ao adolescente e à sua família no hospital, considerando também as disfunções orgânicas de maior incidência e os procedimentos de enfermagem mais utilizados.
O livro se propõe a discutir aspectos que envolvem o acesso do profissional de nível médio em enfermagem ao curso de bacharelado e/ou licenciatura em Enfermagem. Para iniciar essa discussão, Carmen Andréa Carneiro da Silva Souza nos leva a observar o que aconteceu com a profissão enfermagem, fazendo uma reflexão histórica. Será que estaríamos abdicando de profissionais de nível médio, com perfil formativo, que se destacam pelo caráter assistencial, em benefício de uma crescente ampliação do contingente de profissionais de nível superior, com formação de perfil gerencial e acadêmico?
Esta edição especial insere-se no gênero de divulgação científica dos resultados de várias pesquisas que contribuíram para o ensino na enfermagem realizadas durante o Mestrado Profissional de Ensino na Saúde, da Universidade Federal Fluminense. Retrata o saber-fazer da enfermagem em diferentes cenários e situações de cuidado. Explicita como se dá a educação permanente em saúde, na oncologia, no controle da infecção hospitalar, na emergência, no centro cirúrgico e para agentes comunitários de saúde. Inclui artigos sobre a maior categoria profissional da enfermagem - os técnicos de enfermagem, bem como a violência no trabalho e as experiências relatadas por enfermeiros na pandemia do Covid-19.
Enfermagem – Atuação no Tratamento da Dor chega num momento m que algum tipo de dor crônica atinge um total de 20% da população. É muito! Dor lombar, musculoesquelética, neuropática, cefaleia, outras. A grandeza da incidência faz da dor uma questão de Saúde Pública. O presente livro repercute a grande experiência de equipe multipro?ssional no manejo da dor. São conceitos, princípios, estratégias, técnicas, procedimentos. Todos com base nas mais recentes evidências. O livro apresenta 3 Editores, 42 Colaboradores, 4 Partes, 24 Capítulos, em um total de 268 Páginas. Suas Partes são: Considerações Gerais – epidemiologia, neurobiologia, abordagem da dor aguda e crônica, sistematização da assistência. Tratamento Não Farmacológico da Dor – práticas integrativas e complementares, métodos complementares no tratamento multidisciplinar, medidas físicas, adesão, ações educativas, terapia cognitivo-comportamental, meditação. Dispositivos para Tratamento da Dor – uso da analgesia controlada pelo paciente, dispositivos implantáveis. Dor em Situações Especiais – gestantes, crianças, idosos, trauma, paciente queimado, crítico, câncer e dor oncológica, cuidados paliativos, recuperação pós-anestésica. O livro dirige-se a Enfermeiros envolvidos no tratamento da dor ou outros interessados nessa especialização.
Pesquisa sobre as atitudes e as práticas às vezes desconcertantes do pessoal de enfermagem frente à AIDS. A equipe de pesquisadores encontrou-se com enfermeiras e assistentes sociais de serviços hospitalares de Paris e da Ilha-de-França. Assim, uma centena de entrevistas foi realizada com profissionais que tinham uma maior ou menor proximidade corporal com os pacientes.
Ao longo do século XX, a Enfermagem profissional se desenvolveu e se institucionalizou no Brasil. A consolidação dessa e de outras profissões, vistas naquele momento como femininas, contou com a participação de mulheres que em muitos momentos empreenderam trajetórias pessoais e profissionais que até então lhes eram inacessíveis. Este livro narra histórias de algumas delas que, espalhadas pelo Brasil ou mesmo em formação no exterior, como poderá ser observado na leitura dos capítulos, subverteram expectativas de gênero e construíram um legado para as suas profissões.
Relançando os Ensaios de Sociologia, de Marcel Mauss, a Editora Perspectiva põe novamente à disposição de seu público, a mais ampla coletânea em português desse "clássico" da moderna sociologia e antropologia. Os estudos aqui incluídos constituem um significativo registro dos principais eixos de pesquisa e reflexão desse mestre e constituem referência obrigatória para quem, na Universidade ou fora dela, dedica-se às Ciências Sociais Humanas ...
Os muitos desafios e crises que marcam os tempos pandêmicos podem ser narrados por meio de recursos diversos. As figuras de linguagem (incluindo a ironia, a alusão, o paradoxo), as ambiguidades, o exercício da crítica e até mesmo o humor e o alívio cômico são alguns desses vários recursos presentes em Ensaios Fora do Tubo: a saúde e seus paradoxos. Luis Castiel reflete sobre as precarizações - econômica, social, sanitária, entre outras - e as muitas crises que nos afetam em meio ao que chama de pandemência.
"O ar pela sua parte, com os efeitos do seu calor, causa diversas enfermidades. A porção mais espirituosa do sangue, todos os dias se dissipa, sai pela transpiração pelo suor e pela ourina. O que fica no corpo é um sangue seco, térreo e espesso; donde procedem as melancolias, as lepras, os vômitos pretos, as câmaras de sangue, as febres ardentes etc". No fim do século 18, a importância dada à influência dos fenômenos atmosféricos sobre a biologia levou o naturalista baiano Alexandre Rodrigues Ferreira a descrever detalhadamente a capital, Vila Bela – isto, antes mesmo de analisar as enfermidades reinantes na capitania do Mato Grosso -, no livro Enfermidades Endêmicas da Capitania de Mato Grosso. A obra foi resultado de sua expedição entre 1783 e 1792, período em que foi vítima de tais doenças e observou, em profundidade, as riquezas e costumes locais, atendendo à determinação da Coroa portuguesa. Esse material possibilitou inúmeras abordagens para a história das ciências, como se destaca na introdução desta nova versão organizada pela historiadora Ângela Pôrto, da Casa de Oswaldo Cruz (COC), à qual foram acrescidos três estudos, os quais circunstanciam e ilustram o texto de Ferreira, além de um glossário, produzido pela professora Edméa Souto de Lima, para auxílio à compreensão do texto.
Este livro nasceu com o propósito de que as diversas visões, experiências e competências compiladas nestes ensaios, ajudem líderes e designers organizacionais a expandir a consciência à complexidade e à diversidade do ambiente vigente, abraçando o contexto caótico do mundo, da sociedade e do mercado, e exercitando seu próprio pensamento convergente e divergente para renovar seu olhar sobre dores e problemas, vislumbrando possibilidades e soluções por uma Organização mais Consciente.
Em Ensinando a transgredir , Bell Hooks – escritora, professora e intelectual negra insurgente – escreve sobre um novo tipo de educação, a educação como prática da liberdade. Para Hooks, ensinar os alunos a “transgredir” as fronteiras raciais, sexuais e de classe a fim de alcançar o dom da liberdade é o objetivo mais importante do professor. Ensinando a transgredir , repleto de paixão e política, associa um conhecimento prático da sala de aula com uma conexão profunda com o mundo das emoções e sentimentos. É um dos raros livros sobre professores e alunos que ousa levantar questões críticas sobre Eros e a raiva, o sofrimento e a reconciliação e o futuro do próprio ensino. Segundo Bell Hooks, “a educação como prática da liberdade é um jeito de ensinar que qualquer um pode aprender”. Ensinando a transgredir registra a luta de uma talentosa professora para fazer a sala de aula dar certo.
Reunindo a experiência de trinta anos como professora dentro e fora da sala de aula, além da própria vivência como estudante em meio ao contexto de segregação racial nos Estados Unidos, bell hooks discorre sobre os desafios que se impõem aos docentes efetivamente interessados em colaborar com a luta antirracista e com a quebra dos paradigmas da dominação. Com uma afetuosa combinação de teoria e prática, os dezesseis “ensinamentos” deste livro — último volume de sua Trilogia do Ensino a ser publicado no Brasil — abordam temas como espiritualidade, racismo, machismo, sexualidade, autoestima e superação do medo e da vergonha. O objetivo, aqui, é resgatar o espírito de comunidade, essencial para manter vivo, em estudantes e professores, o desejo de aprender. Descobrir o que nos conecta uns aos outros e fazer com que as diferenças sejam pontes, não barreiras, é a proposta de bell hooks para trilhar o caminho de uma educação libertadora.
Além de resgatar memórias de sua trajetória como estudante durante e após o regime de segregação racial nos Estados Unidos, com passagens por prestigiosas universidades que não costumavam ser frequentadas por pessoas negras, bell hooks resume neste livro muito do que aprendeu durante os trinta anos nos quais exerceu o ofício de professora. São 32 “ensinamentos” para serem aplicados dentro e fora da sala de aula: pequenos artigos sobre pedagogia engajada, descolonização, humor, lágrimas, autoestima, sexo, vida intelectual, espiritualidade e, claro, racismo e feminismo no ambiente de ensino. Assim como em outros livros em que discute o tema da educação, a autora dialoga criticamente com Paulo Freire para construir um panorama da prática da liberdade através da criação de comunidades de aprendizagem marcadas pelo diálogo e por uma relação de igualdade entre professores e estudantes. *** “A existência humana é, porque se fez perguntando, a raiz da transformação do mundo. Há uma radicalidade na existência, que é a radicalidade do ato de perguntar.” É com esta citação do educador brasileiro Paulo Freire que a educadora negra estadunidense bell hooks inicia o livro Ensinando pensamento crítico: sabedoria prática, que entra em pré-venda com frete grátis e desconto progressivo a partir de hoje no site da Editora Elefante. Ensinando pensamento crítico é uma continuação do aclamado Ensinando a transgredir, lançado no Brasil em 2017. Os livros fazem parte da Trilogia do Ensino escrita por bell hooks entre os anos anos 1990 e 2000. A coleção inclui ainda Ensinando comunidade: uma pedagogia da esperança, que a Elefante lança nos próximos meses, disponibilizando para o público brasileiro a sequência completa da obra pedagógica da autora.
Nossos caminhos se cruzaram na Universidade Federal do Ceará (UFC), mais precisamente na Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem (FFOE). No esforço coletivo de reunir diferentes gerações de professores, estudantes, profissionais de serviços e comunidades em torno de um projeto de extensão como parte da formação nos cursos de graduação em Saúde UFC, a à luz das novas diretrizes curriculares nacionais, desafiamo-nos a pensar a formação e o ensino na integralidade da atenção à saúde, com uma visão multiprofissional e interdisciplinar, atenta a questões como formação técnica e preparação para o trabalho e desenvolvimento da cidadania. Fomos à luta. Superamos dificuldade, criamos estratégias de enfretamento: metodologias ativas e significação, formas de cuidados que respeitam a ética e a defesa do sentido da vida.
Este livro procura esclarecer as causas do stress sob o ponto de vista do trabalhador. O autor acredita que a compreensão do stress originário do ambiente de trabalho e sua superação é um requisito necessário para a realização plena do ser humano.
O envelhecimento da população brasileira é uma importante pauta para debate, sobretudo entre governantes, geriatras e gerontólogos neste novo mi¬lênio. O Brasil já não é um país jovem. Os idosos que representavam 3,2% da população geral em 1900, e 4,7% em 1960, poderão atingir 16% no ano 2025, quando o nosso país ocupará a sexta posição no ranking mundial em número de idosos, com aproximadamente 32 milhões de indivíduos. Esse fenômeno vem ocasionando uma imensa diversidade de necessidades sociais e de saúde nos mais diferentes contextos. Mesmo sabedores de que viver mais não é sinônimo de viver melhor, é importante ressaltar que envelhecer não deve significar, necessariamente, declínio ou perda das faculdades e funções. A velhice não deve e não pode seguir um curso decadente. Muitas doenças associadas à velhice podem ser prevenidas ou retardadas, de modo que os idosos possam permanecer saudáveis o bastante para desfrutar sua experiência e maturidade. E é isso a que se propõe a presente publicação ao abordar as síndromes geriátricas, ou seja, os problemas mais típicos dos idosos, também conhecidos como “os gigantes da geriatria” ou “Is”.
Obra original resultante de estudo interdisciplinar que apresenta os "saberes da experiência" produzidos no cuidado-de-si por portadores de diabetes mellitus. A riqueza destes conhecimentos práticos é contrastada com as competências requeridas para o autocuidado, estabelecidas por especialistas, enquanto um olhar da Ciência e da Clínica.
O livro aborda com maestria e coragem um tema importante, delicado e até então não discutido no Brasil: como equacionar a tensão entre a Liberdade de catédra e a autonomia das universidades confessionais, que muitas vezes cerceiam os estudos e pesquisas de seus professores e estudantes, no afã de preservar dogmas religiosos, sobretudo em questões envolvendo sexualidade e direitos reprodutivos. Trata-se de leitura indispensável para todos os que se preocupam com o futuro da universidade e das liberdades públicas no país.
Alguns assuntos, ainda que passem anos ou décadas, não saem do noticiário. Nem do imaginário. Cuba é um deles. Desde que um bando de barbudos deu início à luta armada que levaria ao sucesso da Revolução Cubana em 1959, a ilha é motivo de debates apaixonados. Entre a utopia e o cansaço busca romper com essa tradição: não a do debate, mas a das paixões. Os 22 textos aqui reunidos complexificam os principais tópicos de discussão sobre a realidade cubana. Homossexualidade, religião, racismo, protestos políticos, participação popular, as Forças Armadas, as reformas econômicas e monetárias, a imigração, as relações com Washington, a nova Constituição, a juventude.
Neste livro, analisam-se conflitos e confrontos argumentativos em torno da liberação de sementes transgênicas, abordando-se, por meio da comparação das experiências do Brasil e da Argentina, uma questão crucial nas sociedade contemporâneas: as disputas de sentidos na agenda política global acerca da segurança e soberania alimentares.
Entre Demografia e Antropologia: povos indígenas no Brasil apresenta profundas avaliações sobre as dinâmicas populacionais indígenas. Em suas abordagens, a obra passa por pesquisas e conhecimentos multidisciplinares, que vão de questões de migração, mobilidade e dinâmica territorial até a contextualização de dados censitários e a forma como a população indígena é retratada nos censos demográficos do Brasil.
Em 1998, o historiador Sidney Aguilar Filho dava uma aula sobre o nazismo alemão para uma turma de ensino médio quando uma aluna mencionou haver centenas de tijolos estampados com a suástica, o símbolo nazista, na fazenda de sua família. Esta informação despertou a curiosidade do historiador e desencadeou sua pesquisa, a qual revelou que empresários ligados ao integralismo e ao nazismo removeram 50 meninos órfãos do Rio de Janeiro/RJ para a Campina do Monte Alegre/SP na primeira metade do século 20. Entre integralistas e nazistas apresenta a história dos anos 1920, 1930 e 1940 explicando como o Brasil absorveu e aceitou as teorias de eugenia e de pureza racial a ponto de incluí-las na Constituição de 1934. A trajetória da pesquisa reforça ainda mais as teses de que os conceitos de “supremacia branca” e as tentativas de “branqueamento da população” marcaram nossa sociedade, sendo o racismo e – mais ainda – a negação do mesmo ainda perenes.
O autor busca refletir sobre a força da lealdade à palavra dada, valor que, para algumas pessoas, determina julgamentos frequentemente contrários aos deveres e a qualquer outro valor moral necessário à existência da sociedade.
A obra investiga as experiências de quatro importantes e renomados educadores brasileiros na Faculdade de Educação (Teachers College) da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, nas primeiras décadas do século 20. O livro é um desdobramento da premiada pesquisa de doutorado desenvolvida pela historiadora Ana Cristina Rocha no Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (PPGHCS/COC/Fiocruz). Ganhadora de dois títulos no Prêmio Capes de Tese 2017 (tese vencedora na área de História e prêmio da Comissão Fulbright Brasil), a autora analisa o modo como Anísio Teixeira, Noemy Silveira Rudolfer, Isaías Alves e Lourenço Filho aproveitaram essa experiência de estudos na instituição, localizada em Nova York. Publicado em coedição com a Editora PUC-Rio, o título revela como as experiências dos educadores refletiram em suas práticas profissionais quando retornaram ao Brasil. Dessa forma, a pesquisa dialoga tanto com as perspectivas teóricas dos intelectuais brasileiros a partir de suas passagens pelo Teachers College, como também a forma como essas ideias foram utilizadas pelos quatro quando trabalharam em serviços de educação, nos anos 1930, especialmente no Distrito Federal e em São Paulo. Para além das trocas de ideias e intercâmbios entre pensadores do Brasil e dos Estados Unidos, esses educadores vislumbravam soluções para a modernização do país através da educação que, mesmo iniciadas no início do século 20, são um grande desafio para o nosso sistema educacional até os dias atuais. O volume mostra como, a partir desses deslocamentos institucionais, mas também culturais, econômicos e políticos, cada intelectual desenvolveu um papel importante na educação brasileira: Anísio Teixeira e Lourenço Filho articularam um projeto nacional de formação de professores; já Noemy Rudolfer e Isaías Alves trabalharam com testes de inteligência, trazendo a psicologia educacional para o debate nacional. Como destaca o texto de qua
Um livro que pode trazer contribuições para o debate público sobre um tema de fundamental importância nos campos da saúde e dos direitos das mulheres: a interrupção da gravidez entre jovens. Entre o Segredo e a Solidão: aborto ilegal na adolescência, título escrito pelo psciólogo Wendell Ferrari, integra a coleção Criança, Mulher e Saúde.
O Hospital São Paulo foi fundado como hospital escola da EPM em 1936, como parte de uma Sociedade Civil sem fins lucrativos e de caráter filantrópico que recebia a população não protegida pela previdência social. O fio condutor deste livro foram os números, em busca das origens e dos caminhos dos recursos para o financiamento do Hospital e do ensino de clínicas da EPM, mas também se fez necessário observar os lugares da política paulista, seus diálogos com os diversos brasis, suas fabulações acerca da “singularidade” da história dos paulistas e as tensões evidentes nos espaços da Escola e do Hospital entre o que se chama de público e o que se considera privado, salientando-se os limites e articulações entre essas duas esferas no cotidiano das vidas de seus personagens. Neste livro, o financiamento das ações de saúde desenvolvidas por um hospital filantrópico, o Hospital São Paulo, gerido pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), é estudado de maneira a evidenciar que o conjunto das leis que vem legitimando e estruturando as práticas filantrópicas no Brasil do século XX criou distorções que incidem negativamente sobre hospitais, como HSP. que atendem, majoritariamente o público chamado de "indigente", antes da criação do SUS, e aos cuidados que utilizam o SUS após após a constituição de 1988. Entre a fundação da EPM em 1933, do seu Hospital escola em 1936, a federalização da Escola em 1956, a manutenção do Hospital como privado e filantrópico sob gestão da SPDM e responsável por acolher o ensino de clínicas da Escola, muitas trilhas históricas que permitem, também, discutir as escolhas políticas feitas em saúde pública no Brasil.
Este livro oferece diferentes olhares sobre militância e formas de sociabilidade LGBT na Paraíba. Foi resultado de um projeto de extensão da Universidade Federal da Paraíba, com a colaboração de muitas pessoas e coletivos, buscando diálogos entre academia, ruas e ativismos. De histórias que contam a memória do movimento LGBT, passando pelas políticas públicas, até formas de ativismo e ocupação de diferentes espaços pela juventude, entre o sertão e o mar, muitas poéticas e políticas estão registradas aqui, com artigos escritos com diferentes estilos que mostram um belo caleidoscópio da diversidade sexual na Paraíba.
A forma como se prestava apoio ou patrocínio privado à ciência no Brasil na primeira metade do século vinte é exibida neste livro, tomando-se como exemplo específico a relação do industrial Guilherme Guinle com o médico e cientista Carlos Chagas e as ações que dela resultaram. A construção dos hospitais para sifilíticos e para cancerosos, na década de 1920, no Rio de Janeiro – onde suas ações estão diretamente relacionadas à política de saúde pública, na gestão de Carlos Chagas à frente do Departamento Nacional de Saúde Pública – e o apoio aos projetos desenvolvidos por Evandro Chagas, Carlos Chagas Filho e Walter Oswaldo Cruz, ainda com forte vinculação aos ideais do “nacionalismo sanitário” defendido por Carlos Chagas são notáveis. A obra explora os caminhos que permitiram que o mecenato e a filantropia de Guilherme Guinle à ciência e à saúde acontecessem no Rio de Janeiro do período que abrange 1920 a 1940, contribuindo para mudanças e avanços nessas áreas.
Ao apresentar sua política para atenção integral de usuários de álcool e outras drogas, alocando a questão das drogas como problema de saúde pública e indicando o paradigma da redução de danos nas ações de prevenção e tratamento, o Ministério da Saúde produziu uma fissura no saber estabelecido sobre o cuidado de usuários de álcool e outras drogas no Brasil. Essa fissura abriu uma via para novas práticas clínico-institucionais com usuários de drogas. Os textos presentes neste livro indicam o esforço de diversos profissionais em cuidar dessa clientela a partir do paradigma da atenção psicossocial, apesar das inúmeras “pedras” encontradas nesse caminho. Essas pedras se tornaram desafios que instigam ao trabalho e fomentaram elaborações sobre abordagens clínicas, a organização de serviços e da rede de cuidados, a formação de profissionais, o diálogo com a sociedade, entre outros temas tratados neste livro.
Este livro tem como objeto o controle social e penal que o Estado brasileiro exerce sobre adolescentes pobres. A autora utiliza como referencial teórico o materialismo histórico, através das obras de Marx, Mészáros, entre outros.
O livro aborda temas arrojados e de relevância com uma visão abrangente que abre caminho para novas áreas da gerontologia em seus 25 capítulos, dos quais nove são dedicados à informática e sua inclusão digital, também traz aspectos do envelhecimento ativo, do indígena brasileiro, da educação informal, gerontoarquitetura, da religiosidade e da espirituosidade, das instituições de longa permanência, da concepção de envelhecimento pelos profissionais de segurança pública, da dependência e independência, do idoso hipermóvel, da motivação e das metas motivacionais, da fonoaudiologia no envelhecimento sem esquecer dos temas clássicos e desafiadores da Geriatria deste milênio: aterosclerose, demência e hipertensão.
Esta obra dá visibilidade à Gerontologia Social Crítica e amplia a contribuição do Serviço Social Crítico no campo da saúde coletiva. Isso significa que é um fecundo exercício crítico e reflexivo sobre a reprodução social na velhice na sociabilidade do capital, na sociedade do fetiche.
Atualmente, o tema envelhecimento tem representado uma questão importante no cenário mundial e, em especial, no brasileiro. A temática vem sendo abordada por estudiosos de diferentes áreas e sob diferentes perspectivas, seja do ponto de vista físico ou biológico, social, psicológico, entre outros. Envelhecimento – Questões atuais perpassa a premissa do olhar interdisciplinar sobre a temática envelhecer. A obra é resultado da união de alguns saberes que interfacetam a temática envelhecimento.
Esta coletânea reúne textos de autores especialistas no tema Envelhecimento. Os capítulos procuram ampliar os estudos e debates sobre o processo do envelhecimento humano, tendo como ponto de partida o olhar interdisciplinar no processo de cuidar. Um trabalho de interesse para profissionais e estudiosos nas áreas da Medicina, Fisioterapia, Nutrição e Enfermagem, entre os vários campos do cuidar.
Esta obra foi elaborada com o objetivo de explorar a Epidemiologia mediante a articulação dos seus aspectos teórico-metodológicos – etapas de produção do conhecimento sistemático e validado – e tecnológicos – aplicação do conhecimento. Desse modo, busca-se revelar a Epidemiologia como um campo disciplinar próprio, já reconhecido como gerador de conhecimentos e tecnologias capazes de subsidiar avanços concretos na situação social de saúde.
A obra de Jaime Breilh é uma grande contribuição para a compreensão da saúde e permite evidenciar os limites do modelo biomédico que não considera a determinação social da saúde. Num mundo de intensas e aceleradas transformações tecnológicas, sociais, políticas e culturais, com processos de automatização, digitalização e robotização da economia capitalista, em níveis avançados e, de outro, o crescimento do desemprego, da desigualdade social, da miséria, a fome, das catástrofes ambientais, das emergências globais, sanitárias e climáticas, a saúde não pode se restringir à assistir, mensurar e programar tratamentos.
Nesta obra, Breilh sintetiza sua trajetória na discussão da epidemiologia e avança em suas propostas sobre a medicina social, que estuda desde a década de 1970. Nesse contexto, o autor analisa a problemática dos modos de vida das populações, os fatores causais de risco, as categorias de determinação e indeterminação, as necessidades em saúde e os modelos de desenvolvimento humano.
Organizada por Cesar Victora, Fernando C. Barros, Mariangela Silveira e Antônio Augusto Silva, a obra Epidemiologia da desigualdade: quatro décadas de coortes de nascimentos apresenta os principais resultados de um grande conjunto de pesquisas que contribuiu diretamente para a elaboração de políticas públicas de saúde materno-infantil no Brasil e no mundo. Com a colaboração de 26 pesquisadores, os nove artigos analisam e interpretam os dados dedicados à história reprodutiva e antropometria maternas; na atenção pré-natal e desfecho dos partos; e nas condições de vida do primeiro ano dos bebês, incluindo questões antropométricas, mortalidade infantil, taxa de hospitalização, aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses, e nutrição e alimentação. Epidemiologia da desigualdade: quatro décadas de coortes de nascimentos é uma edição da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) com o apoio do PPGE/UFPel.
Epidemiologia e Bioestatística – Fundamentos para a Leitura Crítica – 2a edição foi concebida como uma introdução à epidemiologia e à bioestatística, salientando os assuntos que se constituem em uma instrumentação básica para a leitura crítica de artigos científicos na área da saúde. Para esta nova edição, houve a atualização de alguns capítulos e acréscimo de novos exemplos e mais 50 exercícios resolvidos. Entretanto, foi mantida a preocupação de não torná-lo muito complexo, focando naquilo que é mais encontrado na literatura científica biomédica. O objetivo é que ele continue a ter uma assimilação fácil tanto para o aluno da graduação quanto para o de pós-graduação, como também para os professores e outros profissionais da área da saúde.
Pela primeira vez surge um livro inteiramente dedicado à associação da infecção pelo Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas, com a ocasionada pelo HIV/Aids. O objetivo foi estabelecer um divisor do conhecimento sobre a coinfecção até a segunda década deste século, situando o leitor sobre o assunto. Nesse sentido, a ordem dos capítulos foi orientada pela epidemiologia das duas infecções, pelos aspectos anatomopatológicos, clínicos e diagnósticos, seguidos por peculiaridades da coinfecção. Assim, procura-se chamar a atenção para a reagudização da doença de Chagas em várias regiões do organismo, salientando a gravidade desse evento, que culmina em alta mortalidade. A grande repercussão mundial da infecção pelo HIV/Aids e a globalização da doença de Chagas determinaram que a coinfecção recebesse a atenção de sistemas de saúde, mesmo em regiões não endêmicas para a tripanossomíase, tema abordado em capítulo específico, por representante da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"Este livro está construído em torno do pressuposto de que, para se compreender os padrões de doença, as formas de cuidado e os recursos de cura, é necessário considerar, antes de tudo, o contexto no qual eles ocorrem. Tal contexto envolve, para além de fatores sociais, ambientais e econômicos, um conjunto de valores e práticas culturais que norteiam os processos da vida de indivíduos e comunidades, os quais podem influenciar positiva ou negativamente o curso de uma determinada condição. Qual o papel dos fatores culturais no surgimento, no desenvolvimento e na distribuição de doenças? Como classificações e significados atribuídos a doenças dão forma ao mal-estar e ao sofrimento? Como tudo isso impacta os registros epidemiológicos? O que um problema de saúde revela a respeito da sociedade em que ele ocorre? Estas, entre outras questões, são competentemente abordadas neste livro, que demonstra, por meio de vários exemplos, os benefícios da colaboração entre a epidemiologia social e a antropologia médica na construção de um conhecimento que o autor denomina de epidemiológico-cultural. Trostle discorre sobre situações exemplares nas quais regras socioculturais de comportamento e/ou políticas governamentais e padrões de adoecimento e morte se interconectaram, produzindo resultados, por vezes, devastadores para grupos específicos ou populações." Ceres Víctora, do Núcleo de Pesquisas em Antropologia do Corpo e da Saúde (Nupacs) e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGAS/UFRGS)
Totalmente atualizado e renovado mas mantendo sua consistência e profundidade, Rouquayrol – Epidemiologia & Saúde, 8ª edição aborda o que há de novo em Saúde Pública e em Epidemiologia, além dos avanços do Sistema Único de Saúde no Brasil. AMPLIADO E ATUALIZADO E COM CINCO NOVOS CAPÍTULOS Metodologia Qualitativa e as Correntes do Pensamento, Sistema de Informação em Saúde, Determinantes Sociais da Saúde Saúde da Mulher Ciências Sociais e Humanas em Saúde Coletiva Organizadores Maria Zélia Rouquayrol Marcelo Gurgel
O livro explora a evolução da epidemiologia, abordando sua transição de uma ciência considerada "tímida" para um campo audacioso e central na saúde coletiva. Naomar de Almeida Filho, renomado epidemiologista, oferece uma análise crítica da disciplina, contextualizando-a nos desafios impostos pela pandemia de COVID-19. A obra examina conceitos fundamentais como risco, causalidade e desigualdades em saúde, propondo uma nova abordagem que articula saberes biomoleculares, sociais e culturais.
EPIDEMIOLOGIA - 3ª Edição surge com novos capítulos, revisão e atualização de conteúdo. É livro de referência para o ensino nos cursos de graduação e pós-graduação em Saúde e fonte de consulta para políticas de Saúde Pública. Participam e colaboram renomados epidemiologistas e bioestatísticos. É trabalho coletivo. Seus colaboradores trazem experiências individuais e diferenciadas que muito contribuem para o desenvolvimento de pesquisa e de ensino da Epidemiologia. Essa diferenciação, tipo de subespecialidade, possibilita a construção didática individualizada de cada tema de capítulo. Segue a melhor forma expositiva: numa primeira etapa simples, clara e linear para os estudantes iniciantes; numa segunda, surge a gradual e progressiva complexidade. Enfim, inicia por bases teórico-conceituais, consolidação na sua aplicabilidade e prática e finaliza com a revisão e atualização de conhecimentos através do Caderno de Exercícios. A obra apresenta as principais características: Avanços metodológicos – criação de novas abordagens e estratégias. Aplicação e estratificação inteligente de estudos metodológicos. Caderno de exercícios destinados à autoavaliação dos conhecimentos. Sua base são problemas e questões reais. Estudo da etiologia das enfermidades. Estudo da Epidemiologia Translacional – transferência de conhecimentos epidemiológicos e de ensinos aleatórios para planejamento, prática e controle das enfermidades (câncer, doenças cardiovasculares, AVC, Covid-19.
Epidemiologia chega à segunda edição com novos capítulos e com a revisão e atualização dos demais. Acompanha o livro um caderno de exercícios práticos que, em sua maioria, são baseados em dados epidemiológicos reais e atualizados. Este livro se propõe a servir como bibliografia de referência para o ensino nos cursos de graduação e pós-graduação em saúde e como fonte de consulta e atualização para todos os que necessitam de conhecimentos recentes associados a uma didática moderna. Epidemiologia contém 37capítulos distribuídos em cinco seções: SEÇÃO 1 - Conceitos básicos 1. Formação Histórica da Epidemiologia; 2. Medidas de Frequência de Doença; 3. Indicadores de Saúde; 4. Distribuição das Doenças no Espaço e no Tempo; 5. Vigilância Epidemiológica; 6 Transição Demográfica e Epidemiológica; 7.Causalidade em Saúde. SEÇÃO 2 - Pesquisa Epidemiológica 8. Fundamentos da Pesquisa Epidemiológica; 9. Medidas de Associação e Medidas de lmpacto; 10 Estudos Seccionais; 11. Estudos Casocontrole; 12. Estudos de Coorte; 13. Estudos de Intervenção; 14. Estudos Ecológicos; 15. Validade em Estudos Epidemiológicos; 16. Revisão Sistemática e Metanálise. SEÇÃO 3- Estatística em Epidemiologia 17. Introdução à Análise de Dados Epidemiológicos; 18. Análise Exploratória de Dados; 19 Métodos Estatísticos em Estudos de Concordância; 20. Probabilidade e Distribuições de Probabilidade; 21. Testes Diagnósticos; 22. Amostragem; 23. O Tamanho da Amostra em Investigações Epidemiológicas; 24. Associação Estatística em Epidemiologia: Análise Bivariada; 25. Associação Estatística em Epidemiologia: Análise com Múltiplas variáveis: 26. Análise de Sobrevida; 27. Análise de Dados Espaciais em Saúde. SEÇÃO 4 - Tópicos Especiais 28. Epidemiologia e Serviços de Saúde; 29. Sistemas de Informação em Saúde; 30. Epidemiologia e Ambiente; 31. Epidemiologia e Saúde do Trabalhador; 32. Epidemiologia das Substâncias Químicas Neurotóxicas 33. Epidemiologia Nutricional; 34. Eticidade da Pesquisa Cientifica: o caso da Regulamentação Brasileira da Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos. SEÇÃO 5 - Tópicos Avançados 35. Atualizando o Conceito de Risco: de Indicador de Causalidade a Sobredeterminante da Complexidade em Saúde; 36. Modelos para Inferência Causal em Epidemiologia; 37. Dinâmica de Transmissão de Doenças. Diversos docentes, pesquisadores e técnicos das mais conceituadas instituições de ensino e pesquisa do Brasil e do mundo colaboraram com essa edição. Além dos docentes da Faculdade de Medicina e do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ, participaram também docentes, pesquisadores e técnicos da Fundação Oswaldo Cruz FlOCRUZ da Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ; da Universidade Federal da Bahia UFBA; da Universidade Federal do Ceará-UFC da Universidade Federal de São Carlos UFSCar, da secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro SESDEC; do Hospital dos Servidores do Estado HSE; do Instituto Nacional de câncer-INCA; da Johns Hopkins University; da London School of Hygiene and Tropical Medicine e dos National Institutes of Health-NIH. Epidemiologia, pelo seu conteúdo, por seu sentido didático, alto nível científico de seus editores e colaboradores, torna-se um livro de consulta obrigatória ou de referência para todo profissional que possua interfaces no campo da saúde coletiva.
Enfrentar o medo de se manifestar e, com coragem, confrontar o poder, continua a ser uma agenda vital para todas as mulheres”, escreve bell hooks no prefácio à nova edição de Erguer a voz. Na infância, a autora foi ensinada que “responder”, “retrucar” significava atrever-se a discordar, ter opinião própria, falar de igual pra igual a uma figura de autoridade. Nesta coletânea de ensaios pessoais e teóricos, em que radicaliza criticamente a máxima de que “o pessoal é político”, bell hooks reflete sobre assuntos que marcam seu trabalho intelectual: racismo e feminismo, política e pedagogia, dominação e resistência. Em mais de vinte ensaios e uma entrevista, a autora mostra que transitar entre o silêncio e a fala é um gesto desafiador que cura, que possibilita uma nova vida e um novo crescimento ao oprimido, ao colonizado, ao explorado e a todos aqueles que permanecem e lutam lado a lado, rumo à libertação.
O livro chama a atenção para a existência de experiências de vitimização no âmbito escolar, além de explorar seu encadeamento com o desenvolvimento de problemas psicossociais e psicossomáticos ? que podem se caracterizar desde dificuldades acadêmicas ou cognitivas, baixa autoestima, problemas de comportamento ou agressividade, insegurança, ansiedade e isolamento. Por conta disso, as organizadoras reforçam a importância dessa discussão como tema complementar aos habituais conteúdos escolares, trazendo, assim, contribuições significativas à saúde coletiva, reafirmando o compromisso em produzir conhecimentos que transpõem os muros da universidade, fornecendo subsídios para o planejamento e efetivação de políticas públicas de saúde na escola.
Todo ano, milhares de pessoas são traficadas e submetidas a condições desumanas de serviço e impedidas de romper a relação com o empregador. Não raro, são impedidas de se desligar do trabalho até concluírem a tarefa para a qual foram aliciadas, sob ameaças que vão de torturas psicológicas a espancamentos e assassinatos. Pessoas que têm sua dignidade arrancada por um regime de trabalho escravo. Este livro, organizado por Leonardo Sakamoto, reúne grandes especialistas nacionais e estrangeiros que mostram o que é o trabalho escravo contemporâneo, sua história recente, como ele se insere no Brasil e no mundo, o que tem sido feito para erradicá-lo, e por que tem sido tão difícil combatê-lo. Uma obra necessária, uma ferramenta para uma das mais importantes batalhas de nosso tempo. Afinal, enquanto qualquer ser humano for vítima de trabalho escravo, a humanidade não será, de fato, livre.
O que pode explicar, em pleno século XXI, a permanência da escravidão moderna que se tonou parte constitutiva da tragédia brasileira? Como é possível que, em plena era do trabalho digital e informacional, dos algoritmos, inteligência artificial, big data, internet das coisas, 5G etc, a aberração da escravidão do trabalho persista? É exatamente para ajudar a desvendar essa realidade que Marcela Soares oferece seu estudo. Sua explicação orienta-se pela análise histórica que estruturou a miséria brasileira. País que se gestou a partir do dito “Descobrimento” (quando o correto seria falar em invasão, massacre e devastação). Foi durante o processo de colonização que se gestou uma sociedade senhorial, escravista, patriarcal e subordinada que se constituiu destruindo o trabalho autônomo e comunal presente nas atividades indígenas. E o substituiu pela escravização dos povos africanos que foram brutalmente transferidos de seu mundo para a nascente colônia.
Este livro trata da escravidão e da liberdade em textos feitos por pesquisadores do Sul do Brasil, região onde o forte discurso dos imigrantes encobriu o tema, mascarando a presença da cultura e da história dos escravos e seus descendentes. A iniciativa para divulgar e incentivar a pesquisa sobre a escravidão foi tomada pelos mais renomados professores das universidades públicas da região. A dinâmica dos encontros Escravidão e Liberdade, que acontecem em Porto Alegre, com circulação previa dos textos e debatedores convidados para cada mesa, tornou-se uma referência entre outros estudos sobre escravidão no país. Nos 17 artigos encontrados no livro, a escravidão é abordada em um contexto global, que trata de redes e mobilidades sociais, do tráfico atlântico e interno de escravos e das experiências de trabalho durante a escravidão. Desta forma, os cativos, libertos e livres e suas experiências sociais no pós-emancipação expressam o vigor atual das pesquisas nessa área, que é fundamental para historiografia brasileira.
Este livro reflete sobre a escravidão contemporânea. Os capítulos que o compõem mostram que as formas que ela assume na atualidade não são apenas resquícios da escravidão do passado, têm suas próprias especificidades e ganham espaço em um contexto global de trabalho cada vez mais precarizado. Mulheres escravizadas; tráfico de pessoas e exploração sexual; exploração de migrantes; trabalho forçado na marinha mercante, propostas de erradicação do trabalho escravo; mecanismos de responsabilização; controle das condições de trabalho por meio da "lista suja" e de selos sociais; mudanças na legislação e nas políticas públicas, seus avanços e retrocessos; decisões judiciais e dificuldades na obtenção de condenações; operações de resgate; educação para prevenção; exploração no trabalho bancário, uberização e novas tecnologias são alguns dos muitos temas abordados.
"Caminante no hay camino, se hace camino al andar. Al andar se hace camino y al volver la vista atrás se ve la senda que nunca se ha de volver a pisar" (Antonio Machado) E que seria dos caminhantes e andantes pelas trilhas da saúde mental, se não pudéssemos ter valises, apontamentos, sinais que nos ajudassem a escolher onde pisar? Escrevendo o impossível: cadernos de um psicanalista na saúde mental, de Ricardo Azevedo Pacheco, é uma contribuição corajosa, viva, das andanças de um psicanalista pelas trilhas da saúde mental: suas agruras, seus percalços, suas belezas. Sem prescrições, Ricardo reflete sobre seus próprios caminhos, compartilha emoções e reflexões. Acompanhamos suas andanças quase como uma dança: são dois pra cá, dois pra lá. Estético, ético e político, um texto urgente para não desistirmos de sonhar. - Rosana Onocko Campos
"Se não pudermos culturalmente aceitar o modo como o pensamento e a prática da supremacia branca elucidam aspectos de nossa vida, independentemente da cor da pele, nunca conseguiremos ir além da raça." Neste livro, lançado originalmente em 2013, apósum relevante marco histórico no debate racial - a eleição de Barack Obama como primeiro presidente negro dos Estados Unidos -, bell hooks consolida e aprimora um argumento que a acompanhou por décadas: a compreensão da supremacia branca enquanto "ideologia dissimulada que é a causa silenciosa do dano e do trauma". Nos dezessete ensaios deste volume, em que volta a exercer uma refinada crítica cultural, a autora se esforça para demonstrar que raça, gênero e classe "correm o risco de se tornar meros tópicos de investigação sem relação com o aprendizado transformador ou com a mudança prática". Para evitá-lo, explica hooks, a análise intersecional deve incorporar o entendimento da supremacia branca como característica transversal dos sistemasinterligados de dominação. "Estou tentando pensar e escrever além dos limites que nos mantêm hiper-racializados", diz. "Encontrar uma maneira de ir além da raça é o único caminho para a longevidade emocional e para a libertação."
Nos ensaios que compõem este volume, James N. Green se debruça sobre seus temas de pesquisa mais caros, a saber, o movimento LGBTQIA+ e o período da ditadura militar brasileira, sem se afastar do tom pessoal e da prosa fluida que lhe são característicos. Trata-se de uma obra que já nasce como referência para todos que estudam ou têm curiosidade sobre o tema.
A mulher negra é a síntese de duas opressões, de duas contradições essenciais a opressão de gênero e a da raça. Isso resulta no tipo mais perverso de confinamento. Se a questão da mulher avança, o racismo vem e barra as negras. Se o racismo é burlado, geralmente quem se beneficia é o homem negro. Ser mulher negra é experimentar essa condição de asfixia social.
A formulação do Projeto de Lei do Espaço Coruja foi sem dúvida uma das ações de maior impacto emocional para Marielle. Era a sua história: uma mulher negra, favelada, que foi mãe jovem e precisava de um lugar seguro para deixar sua filha enquanto trabalhava e estudava. Marielle teve uma rede de familiares e de amigos que lhe garantiu avançar e concluir seus estudos. Mas ela conhecia as diversas e duras realidades da maioria das mulheres que são as que não possuem essa oportunidade. Com sua empatia e olhar solidário diante da realidade dessas mulheres, ela propôs, como legisladora, a criação do Espaço Infantil Noturno. Foram muitos os momentos em que a vi preocupada e empenhada com a elaboração desse projeto tão caro a ela. Ouvinte ativa às críticas, sempre buscou ponderar, mas tinha em seu próprio corpo e história de vida a certeza da urgência deste projeto. Espero que, com essa lei, crianças tenham direito a um lugar seguro enquanto suas mães e pais trabalham e/ou estudam. Assim, Marielle seguirá construindo um mundo mais justo e igualitário e movimentando as estruturas dessa sociedade ainda tão patriarcal, misógina, machista e racista. [Monica Benicio]
Este livro apresenta a contribuição de Milton Santos à busca de uma teoria do espaço e da urbanização no Terceiro Mundo. O geógrafo considera que o fenômeno do subdesenvolvimento carece de um esforço de compreensão global, sem o qual a solução de problemas particulares é impossível. É um esforço original de interpretação sistemática e interdisciplinar da evolução econômica social, política e ao mesmo tempo geográfica do conjunto dos países do Terceiro Mundo. Valendo-se da análise de inúmeras variáveis, e apoiado num vasto elenco de exemplos baseados na África, América Latina e Ásia, o autor chega a interpretações próprias sobre o fenômeno complexo que é o subdesenvolvimento e suas repercussões na vida das populações a ele submetidas, sobretudo nos comportamentos espaciais e suas leis em uma situação de dependência.
O autor analisa a história dos movimentos utópicos surgidos durante anos, investigando por que falharam e o que as idéias que os sustentaram ainda têm a oferecer. Para ele podemos e devemos usar a força da imaginação utópica – o “utopismo dialético” - contra todos os que dizem que não existe alternativa. Ao mesmo tempo, Harvey reconduz nossa atenção para possíveis cenários nos quais o mundo do trabalho e das relações com a natureza seja mais eqüitativo. Dessa maneira o autor não deixa dúvidas a respeito da sua geografia da esperança.
O livro analisa os tipos de cuidados que recebem os sofredores psíquicos e suas famílias, usuários de serviços de saúde mental de uma comunidade urbana: o modelo de atenção é padronizador, condicionando e determinando comportamentos e desconsiderando a autonomia e a liberdade como elementos de expressão do sofrimento.
Em seu mais recente livro, Terry Eagleton, um dos intelectuais mais celebrados de nossa época, considera a menos considerada das virtudes. Sua instigante reflexão sobre a esperança começa com uma rejeição firme do papel do otimismo no curso da vida. Assim como seu parente próximo, o pessimismo, o otimismo é mais um sistema de racionalização do que uma lente confiável através da qual mirar a realidade, refletindo uma postura do temperamento em vez de verdadeiro discernimento.
Em Estado e democracia: Uma introdução ao estudo da política , misto de guia para iniciantes e ensaio de interpretação do presente, os professores André Singer e Cicero Araujo e o pesquisador Leonardo Belinelli combinam a sua longa experiência de ensino da disciplina na Universidade de São Paulo e a investigação teórica. Entre o nascimento da política na Antiguidade clássica e o fantasma de um “totalitarismo neoliberal” nos dias correntes, os autores apresentam a origem do Estado moderno, o impacto do temido Leviatã, o clarão renovador das revoluções democráticas, o horror do regime totalitário dos anos 1930 e o igualitarismo do pós-guerra. Hoje, quando espectros regressivos voltam a apertar corações e mentes ao redor do mundo, é necessário concentração para pensar e discernimento para agir politicamente de modo a afastar os perigos que rondam ― e retomar o caminho da liberdade, da igualdade e da fraternidade, apontado mais de duzentos anos atrás.
O livro parte de um problema específico, que se situa no confronto entre a política mundial de guerra às drogas e o direito universal preconizado pelo SUS. Ao longo do livro analisou-se esse confronto a partir da tensão entre dois paradigmas: o paradigma da Abstinência e o paradigma da Redução de Danos. Os dois conceitos travam batalha ao longo do livro, ora no subsolo por meio dos problemas que os fundamentam, ora na superfície pelas redes que os sustentam. O problema específico entre o campo da saúde e a política de guerra as drogas se apoia num problema mais amplo e geral: de que forma o problema posto à vida dos usuários de drogas diz respeito a uma problemática mais geral das tecnologias de governo da vida? Situar, historicamente, a emergência do “dispositivo drogas” se tornou a estratégia para confrontar a racionalidade neoliberal a perspectiva dos territórios marginais, junto à população em situação de rua, ali onde o direito universal se confronta com toda violência da guerra às drogas.
— O que você está fazendo? — Você não está vendo? Estou quebrando pedra. E continuou irritado. Há vários séculos, um viajante chegou ao canteiro de obras da Catedral de Notre-Dame. Aproximou-se e ficou observando o duro trabalho dos operários. — O que você está fazendo? História antiga citada por Jean Yves Leloup no livro “Terapeutas do deserto”: Mais adiante, junto a outro trabalhador, também exausto, perguntou: Diante de um deles, bem exausto, perguntou: Quais caminhos levam a tão grande diferença na forma de encarar os desafios desta construção? — Estou construindo uma maravilhosa catedral. E continuou com a fisionomia cansada, mas sorridente. Por que, para muitos trabalhadores de saúde, o rigor e os desafios do trabalho no SUS são encarados como se estivessem construindo uma grande catedral?
Estigma é definido como um atributo negativo ou depreciativo, que torna o sujeito diferente, diminuído ou possuidor de uma desvantagem. Mas o problema vai além: o estigma é também um dos processos sociais que reduzem o acesso à saúde por parte dos indivíduos e grupos afetados. No caso da Aids e do sofrimento mental, o estigma é, reconhecidamente, um dos maiores empecilhos aos avanços das políticas e ações que buscam garantir os direitos de seus portadores à dignidade e à cidadania. Aprofundar a análise dessas questões é o objetivo desta coletânea, que reúne dez capítulos, assinados por autores brasileiros e norte-americanos. Eles fazem alertas sobre os meandros da estigmatização e as formas de eliminá-la, buscando conexões entre as pesquisas acadêmicas e as práticas dos serviços de saúde.
Neste premiado livro de estreia, a aclamada jornalista Rachel Aviv levanta questões fundamentais sobre como nos entendemos em momentos de crise e angústia. Movida por um profundo senso de empatia e por sua própria experiência de viver em uma ala hospitalar aos seis anos de idade, diagnosticada com anorexia, ela recupera a trajetória de pessoas que se depararam com os limites das explicações psiquiátricas sobre quem são.
A inclusão das ações de saúde mental na atenção básica é uma diretriz da política pública nacional de saúde mental e constitui-se numa estratégia para a consolidação da reforma na área. Frente a isto, buscou-se conhecer como se dá esta inclusão em um grande centro urbano. Para tal, este estudo teve como objetivos analisar as estratégias desenvolvidas na cidade do Rio de Janeiro para a inclusão das ações de saúde mental na atenção básica por meio do conhecimento dos impasses e facilitadores como parte da política pública no município do Rio de Janeiro; e a identificação das tecnologias decuidado em saúde mental oriundas da articulação entre esta e a atenção básica. Realizou-se um estudo de caso, configurando-se numa pesquisa descritiva exploratória, de abordagem qualitativa. Como cenário, contou-se com dois grupos de serviços do município do Rio de Janeiro: os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) II e III e Unidades Básicas de Saúde. Foram entrevistados os diretores dessas unidades, bem como um gestor da atenção básica e um da saúde mental. Foi realizada pesquisa de campo, com entrevistas semi estruturadas e os dados foram analisados sob o referencial da análise de conteúdo. Para a apresentação dos resultados optou-se por organizar os achados em eixos considerados fundamentais para ainclusão das ações de saúde mental na atenção básica, sendo estes: equidade, integralidade, acesso, território e trabalho em rede. Quanto à articulação entre saúde mental e atençãobásica no município do Rio de Janeiro, identificou-se que diferentes são os arranjos e práticas implantadas tanto pelos CAPS quanto pelas unidades de atenção básica para promoverem o cuidado no território, caminhando no sentido da promoção de outras práticas de cuidado em saúde mental.
O livro investiga a atuação do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) na década de 1980, quando este se abrigava no Partido dos Trabalhadores (PT) como tendência semiclandestina. A partir da fracassada tentativa de assalto a uma agência do Banco do Brasil em Salvador, o autor reconstrói a história da organização e de seus militantes para explicar as complexas relações que as esquerdas brasileiras estabeleciam com os partidos políticos, a sociedade e o Estado. Superando uma história política tradicional, de viés ideológico ou partidarizado, o autor se empenha em compreender e remontar o ponto de vista dos sujeitos dessa história, olhando com frequência para sua vida privada a fim de encontrar os princípios políticos que os inspiravam. O livro, assentado no campo da História Social, abastece importantes reflexões sobre os limites da redemocratização brasileira do pós-ditadura e convida o leitor a pensar sobre as consequências disso nos dias de hoje.
Acredito que o essencial é que não se considere mais a latência uma etapa de quase estancamento do desenvolvimento, e que se encontre nela, ao saber lê-los, não só os defeitos tão afamados da repressão que apaga as manifestações da sexualidade e do complexo de Édipo, mas também as modificações do que foi vivido anteriormente, as quais apontam, com a aquisição de novos mecanismos, o estabelecimento progressivo de um aparelho psíquico distinto...
Nota Prévia; Introdução - O objeto da história das ciências; I. Comemorações; O homem de Vesálio no mundo de Copérnico - 1543; Galileu - a significação da obra e a lição do homem; Fontenelle, filósofo e historiador das ciências; II. Interpretações; Auguste Comte; 1. A filosofia biológica de Auguste Comte e sua influência na França no século XIX; 2. A Escola de Montpellier julgada por Auguste Comte; 3. História das religiões e história das ciências na teoria do fetichismo em Auguste Comte; Charles Darwin; 1. Os conceitos de 'luta pela existência' e de 'seleção natural' em 1858 - Charles Darwin e Alfred Russel Wallace; 2. O homem e o animal do ponto de vista psicológico segundo Charles Darwin; Claude Bernard; 1. A ideia de medicina experimental segundo Claude Bernard; 2. Teoria e técnica da experimentação em Claude Bernard; 3. Claude Bernard e Bichat; Estudos de História e de Filosofia das Ciências - Georges Canguilhem; 4. A evolução do conceito de método de Claude Bernard a Gaston Bachelard; Gaston Bachelard; 1. A história das ciências na obra epistemológica de Gaston Bachelard; 2. Gaston Bachelard e os filósofos; 3. Dialética e filosofia do não em Gaston Bachelard ; III. Investigações; Biologia; 1. Do singular e da singularidade em epistemologia biológica; 2. A constituição da fisiologia como ciência; 3. Patologia e fisiologia da tiroide no século XIX; 4. O conceito de reflexo no século XIX; 5. Modelos e analogias na descoberta em biologia; 6. O todo e a parte no pensamento biológico; O novo conhecimento da vida; O conceito e a vida; Psicologia; O que é a psicologia?; Medicina; 1. Terapêutica, experimentação, responsabilidade; 2. Poder e limites da racionalidade em medicina; 3. O estatuto epistemológico da medicina.
O livro reúne reflexões acerca das políticas sociais de saúde e de educação que inflexionam a formação dos trabalhadores da saúde; de questões relacionadas ao processo de trabalho em saúde, análises de questões cotidianas de escolas de educação profissional em saúde .
O volume 3 da série 'Estudos de Politecnia e Saúde' reúne dez artigos de pesquisadores da EPSJV. A formação de técnicos em saúde no Mercosul e os processos internacionais de integração entre os países são dois temas abordados no livro. A publicação traz anda artigos que discutem o controle social na saúde, as orientações do Ministério da Saúde para a implantação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, a contribuição dos sistemas de informações em saúde na formação profissional em vigilância em saúde e o processo de formulação e implementação do Curso Técnico de Vigilância em Saúde da própria EPSJV.
Apresenta um conjunto de reflexões teóricas sobre os três campos da psicologia social: comportamento social, representações sociais e memória social. Constitui uma seleção dos estudos realizados pelo professor e pesquisador Celso Pereira de Sá, ao longo dos últimos trinta anos. A coletânea consiste não apenas no testemunho de uma carreira que engrandece as ciências sociais brasileiras, afirma- se, sobretudo, pela singularidade de sua proposta epistemológica.
A obra reúne alguns estudos, distribuídos em dez capítulos, sobre saúde, ambiente e trabalho, numa perspectiva qualitativa, trazendo para o centro da investigação a análise de narrativas dos sujeitos implicados no processo de trabalho. Os capítulos articulam a práxis social com a lógica causal das ciências biológicas, humanizadas pelos sentidos dos sujeitos envolvidos, além do diálogo com a análise ergonômica do trabalho, que adquire destaque no processo de adoecimento.