Esta obra foi desenvolvida com intuito de auxiliar profissionais, trabalhadores e estudantes de Nutrição e áreas afins no seu dia a dia. Apresenta um material prático com modelos, esboços, roteiros, cálculos (com exemplos), propostas de como realizar as atividades rotineiras de um serviço de alimentação coletiva, seja ele de pequeno ou de grande porte. É um guia de bolso acessível para que o profissional possa fazer rápidas consultas. Alimentação Coletiva no Dia a Dia é uma obra inédita porque engloba, em cinco partes, tudo que é necessário para o perfeito controle dos alimentos. Ao longo de 23 capítulos, vemos os conceitos e as regras sobre os serviços de alimentação, além das atribuições do Nutricionista principalmente dentro da alimentação coletiva. Fornece informações fundamentais sobre gestão de pessoas, gestão de qualidade envolvendo todas as etapas das boas práticas e gestão de serviços. É um livro completo indispensável na rotina dos profissionais que não só precisam entender as regras de controle, mas também necessitam aplicá-las no dia a dia da preparação segura dos alimentos.
Os textos deste livro se propõem a qualificar o debate acerca das ações de alimentação e nutrição na Atenção Básica. Os autores refletem sobre o conjunto de práticas de cuidados essenciais ao campo da alimentação e nutrição nas atividades diárias das Unidades Básicas de Saúde (UBS) das equipes de Saúde da Família. Espera-se, assim, contribuir para processos de trabalho coerentes com os princípios da integralidade do cuidado. A questão do cuidado é o fio condutor das análises, com base em refl exões da prática dos autores, dialogando com referências do campo teórico. São abordados temas como os avanços e desafios da promoção da alimentação adequada e saudável na Atenção Básica a atuação do nutricionista nas equipes dos Núcleos Ampliados e Saúde da Família (NASF) a Educação Alimentar e o tratamento da obesidade e carências nutricionais, agenda tradicional e inconclusa na pauta das ações de alimentação e nutrição no Brasil e no mundo entre outros.
Prática, didática e objetiva, esta obra aborda e descreve, com maestria, todas as etapas pelas quais o alimento passa, por meio de uma construção precisa de temas relacionados, os quais dão o embasamento necessário para as práticas essenciais em técnica dietética, visando enriquecer a formação do acadêmico e se tornar referência para profissionais de todas as áreas da nutrição – em especial os que atuam em alimentação coletiva. Alimentação Coletiva | Técnica Dietética e Segurança Alimentar apresenta um rico conteúdo, resultado de anos de docência, em prol da elucidação de assuntos relacionados com uma alimentação balanceada, adequada, segura, acessível e sustentável. Seu texto destaca as práticas diárias do preparo de refeições, sejam estas feitas em restaurantes, cozinhas de pequeno ou de grande porte, ou ainda em casa, no dia a dia. Como um diferencial que ilustra a amplitude da abordagem do texto, há um capítulo próprio sobre os indicadores no preparo de alimentos – um recurso para o exercício da alimentação coletiva com excelência inédito na literatura voltada ao tema. Muitas vezes, é longo o caminho seguido pelo alimento até chegar à mesa do comensal, e por isso esta obra mostra o quão essencial é pensar sobre os fatores e acontecimentos envolvidos nesse processo, para que se preserve uma alimentação segura e saudável em seus aspectos organolépticos, sanitários e ambientais.?
“A alimentação constitui uma espécie de ‘janela com vista’ através da qual se pode observar, conhecer e procurar compreender a articulação de um emaranhado cultural mais amplo”: é a partir desta perspectiva que os autores, cientistas sociais com experiência de ensino e pesquisa em antropologia e sociologia, desenvolvem suas análises. “Aparentemente, para a medicina e para a nutrição, o ser humano se ‘nutre’ apenas de glicídios, lipídeos e protídeos, mas o certo é que os alimentos, além de nutrir, ‘significam’ e ‘comunicam’. O desejo de encontrar esses significados é a razão principal deste livro”, explicam.
Este é um livro sobre programas de alimentação escolar de maneira geral, utilizando o Programa Nacional de Alimentação Escolar do Brasil (PNAE) como referência. Está organizado de maneira a evidenciar os principais componentes de um programa de alimentação escolar necessários para assegurar a sua própria sustentabilidade e, ao mesmo tempo, necessários para contribuir para o desenvolvimento sustentável dos indivíduos e das comunidades. CONTEÚDO – Políticas de alimentação como estratégia de segurança alimentar e nutricional (SAN) e de direito humano à alimentação adequada (DHAA) – Sustentabilidade na política de alimentação escolar: uma análise a partir da experiência na América Latina e no Caribe – Cardápio escolar como instrumento norteador do Programa de Alimentação Escolar – Promoção da alimentação adequada e saudável na escola: Educação Infantil e Ensino Fundamental – Promoção da alimentação saudável e sustentável com as juventudes: a experiência do movimento “Comer pra quê?” – Da horta escolar ao prato: estratégia educativa para hábitos de vida saudáveis e sustentáveis – Políticas de compras institucionais da agricultura familiar – Compras da agricultura familiar para a alimentação escolar e o diálogo com a Agenda 2030: a prática do Paraná – Participação e controle social nas políticas de alimentação e nutrição escolar
Assegurar à população os direitos constitucionais de alimentação e nutrição é ainda um grande desafio no Brasil, onde coexistem problemas nutricionais diversos, agravados durante a pandemia da Covid-19. Neste lançamento da Editora Fiocruz, as organizadoras Marly Marques da Cruz, Denise Cavalcante de Barros e Santuzza Arreguy Silva Vitorino reúnem uma rede de 28 pesquisadores e profissionais, com quem dividem a autoria de seis dos catorze capítulos, em que se evidencia o papel central da avaliação, etapa por vezes dispersa no ciclo da política pública - composta, ainda, por formulação, implementação e monitoramento. A obra, elaborada em duas partes, conjuga os aspectos conceitual e teórico com os metodológico e prático. A primeira seção, denominada “Fundamentos teóricos e metodológicos para a avaliação das políticas de alimentação e nutrição em saúde”, traz as bases teóricas e conceituais da avaliação. Já a segunda, “Produção de Conhecimento e Experiências Práticas de Avaliação no Campo da Alimentação e Nutrição em Saúde”, trata de experiências avaliativas inovadoras, como as abordagens colaborativas e participativas, cujos usos são ainda pouco comuns para o campo da alimentação e nutrição.
As organizadoras contextualizam a situação alimentar e nutricional da população brasileira: complexa, caracterizada pela diminuição da desnutrição, aumento do sobrepeso e obesidade e pela má alimentação. Diante deste quadro, a Atenção Básica se apresenta como estratégica parra a concepção e realização de ações de promoção da saúde e cuidado integral.
A Biotecnologia aplicada aos alimentos não apenas proporciona o aumento da produção, mas também atende à demanda dos consumidores por alimentos mais seguros, nutritivos, saudáveis, saborosos e adequados. Ultimamente, a aplicação de Biotecnologia às plantas vem sendo direcionada para aumentar sua qualidade nutricional, de modo a produzir alimentos nutricionalmente fortificados e, assim, deixar de adicionar componentes sintéticos aos alimentos processados.Com o objetivo de traduzir os benefícios científicos da Biotecnologia para uma linguagem acessível a estudantes, profissionais de áreas afins e leitores ávidos por informações, Biotecnologia em Saúde e Nutrição chega à segunda edição, com conteúdo revisto e ampliado, informações atualizadas, e colaboração de novos autores.Ao longo de seis capítulos, esta obra apresenta os conhecimentos básicos da Biotecnologia e discute suas potencialidades e sua abrangência; sua contribuição para a área de saúde; seu papel em relação ao valor nutricional dos alimentos e da funcionalidade de seus compostos bioativos; além de demonstrar que as modificações genéticas são seguras e inócuas para humanos e animais, e discutir com propriedade o respeito aos valores éticos desde o planejamento das transformações até o oferecimento dos alimentos geneticamente modificados ao consumidor final. O livro oferece ainda aos leitores um glossário indispensável para iniciantes no estudo da Biotecnologia.
Esta obra, pioneira na temática, reúne estudos sobre corpo e alimentação na interface do urbano como experiência para, a partir daí, fazer pensar, explorar possibilidades. Quais interfaces da categoria cidade com estudos sobre corpo e alimentação? Destacam-se perspectivas analíticas que ultrapassam as expressões físicas, concretas das cidades, reconfigurando-as como experiência que se desdobra no espaço urbano, demandando um olhar inspirado por distintos saberes e campos disciplinares. Cidades e sujeitos se entrelaçam, produzem-se mutuamente, conformando movimentos de pensar, agir e sentir em constante transformação, em todas as esferas da vida, dentre elas a saúde e a alimentação. Constitui um texto de grande interesse para nutricionistas, psicólogos, médicos e demais profissionais/pesquisadores do campo da Saúde Coletiva e das Ciências Humanas e Sociais, bem como, para todos aqueles que se debruçam sobre a complexa trama entre corpo e alimentação no espaço urbano.
O livro Ciência do comportamento alimentar surgiu da necessidade de diálogo entre diferentes áreas científicas sobre o comportamento alimentar humano. Apresenta conceitos, teorias, modelos e estratégias de mudança de comportamento, com abordagens biológicas, psicológicas, sociais e culturais.
Discutir aspectos que ajudam a entender por que comemos o que comemos e a produção biológica e social da obesidade, além de analisar políticas públicas de alimentação e nutrição. Com esse objetivo, a Editora Fiocruz lança a mais nova obra da coleção Temas em Saúde: Consumo Alimentar e Obesidade: teorias e evidências . Escrito pela médica Rosely Sichieri e pela nutricionista Rosangela Alves Pereira, o título foi concebido antes da eclosão da pandemia de Covid-19, com a proposta de apresentar as relações envolvidas nos sistemas alimentares, apontando fontes seguras de informação - com base em evidências científicas - sobre a alimentação humana. "Naquele momento, a ideia era tentar explicar por que comemos o que comemos. Ao lado de explicações fisiológicas, combinaríamos as motivações e os movimentos mercadológicos que nos levam ao consumo que temos. No começo da pandemia, nos pareceu que um novo momento estava sendo criado, (..), num momento que era uma retomada de uma alimentação mais saudável", relembra Sichieri.
Paolo Rossi faz aqui uma reflexão sobre o tema alimentação para demonstrar que o simples ato de comer está muito mais carregado de significados, culturais e antropológicos, do que se pode imaginar quando se se pensa em assuntos como dietas saudáveis, desnutrição e gastronomia, muito em voga atualmente. Nesse estudo, ele investiga e descreve a inextricável mistura de sentimentos envolvidos no ato de alimentar-se – necessidade básica, desejo primal, obsessão patológica –, explorando as inúmeras nuances que o verbo comer assumiu na história da humanidade. A própria multiplicidade de metáforas alimentares empregadas no dia-a-dia de qualquer pessoa (“comer com os olhos”, “engolir um sapo”, devorar um livro”), sugere Rossi, é indicativa da miríade de desejos primários e emoções profundas que povoam o universo da alimentação. Com elementos pinçados da história das ideias, ele constrói um mosaico de cenários e situações em que esses sentimentos se revelam. E mostra como é profunda a ligação entre o comer e a condição humana, e como, para além de satisfações fisiológicas, existem elos de ordem psíquica que resvalam na fronteira do plano mítico. A pesquisa, atemporal, atravessa culturas e temas, como a fome em diferentes épocas e sociedades humanas, incluindo a contemporânea, aborda o jejum, a greve de fome, o canibalismo, o vampirismo, o serial killers, que transgride o maior dos tabus, ao devorar suas vítimas.
Arte não se refere apenas ao belo e ao efêmero. Ela é uma forma de produção de conhecimento que não se reduz ao prazer estético e pode ser entendida também como uma dimensão do pensamento, da técnica e da atividade produtiva humana. Nosso interesse neste terceiro volume da Série Sabor Metrópole é aproximar pesquisadores de diferentes campos e apresentar seus trabalhos acadêmicos que articulam arte, ciência, comunicação, consumo e alimentação. São textos que partem de trabalhos científicos, todos são frutos de pesquisas acadêmicas e foram construídos a partir de diferentes linguagens artísticas, reunindo trabalhos que transitam pelo cinema, teatro, música, vídeos, produção textual ou análise de trabalhos publicitários. Desde um pequeno detalhe da produção textual ou de uma cena de um filme até a grandiosidade da construção de grandes eventos, temos um diálogo constante entre o rigor acadêmico, a pesquisa científica e a criatividade artística, sempre produzindo invenções que traduzem a ausência de hierarquia entre os diferentes saberes que compõem esta coletânea.
O agro, o que é? Neste livro essencial para a compreensão do Brasil contemporâneo, Caio Pompeia esquadrinha os meandros políticos do autoproclamado setor mais importante da economia nacional. Desde a origem do conceito de agribusiness na Universidade Harvard, na década de 1950 logo utilizado como frente de expansão imperialista pelos Estados Unidos , até os primeiros anos do governo Jair Bolsonaro, passando pelas disputas internas entre entidades que representam o agronegócio brasileiro dentro e fora das fazendas, o autor explica em detalhes, dando nome aos bois, como o agro adentrou o Estado e impôs sua agenda ao país, com sucessivos intentos de passar o trator sobre a reforma agrária, os direitos indígenas, a preservação do meio ambiente e a vontade das urnas.
Este Livro Nasce De Um Truco. O Autor, Chris Van Tulleken, Duvidou Da Hipótese Formulada Pelo Brasileiro Carlos Monteiro. O Médico Britânico Entendia Ser Inviável Que Um Grupo Específico De Produtos Alimentícios Os Ultraprocessados Pudesse Ser Responsabilizado Pela Explosão Global Dos Índices De Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Gente Ultraprocessada É, Então, A História De Um Fracasso Pessoal Que Van Tulleken Compartilha Conosco, Com Transparência E Sem Mágoa.
A Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) é um tema que vem obtendo destaque no debate nacional. Várias iniciativas, governamentais e não governamentais, vêm sendo colocadas em prática para promover a garantia do direito humano à alimentação e da soberania alimentar dos brasileiros. Essas iniciativas contribuíram para que o país deixasse de participar do mapa da fome da Organização das Nações Unidas, fato inédito que orgulha a todos os que estudam e militam nessa área. Porém, a sociedade brasileira ainda não está livre de situações que vulnerabilizam seus cidadãos, colocando-os em situação de insegurança alimentar e nutricional. Dentro desse contexto, o Guia de Segurança Alimentar e Nutricional constitui um instrumento que auxilia os leitores a desenvolver atividades educativas. Inclui aspectos teóricos e práticos, orientando o desenvolvimento de ações de forma participativa. Embora o livro apresente exemplos desenvolvidos em comunidades com vulnerabilidade social, seu conteúdo não se restringe a esse ambiente/território, podendo ser aplicado em outras situações e contextos em que se deseja desenvolver ações com os mesmos objetivos.
Num diálogo entre as áreas da nutrição e da saúde coletiva, o autor realiza um trabalho investigativo acerca do Programa de Incetivo Fiscal à Alimentação do Trabalhor (Pifat) ou Programa de Alimentação do Trabalhador (Pat), até então pouco discutido, enveredando-se numa análise sociogenética do programa. Ele remonta à década de 1930, quando surgiram as primeiras políticas públicas do tipo, desenvolvendo o seu estudo até chegar às problemáticas surgidas durante a implantação do programa, envolven do os agentes e as instituições que participaram do processo.
Alimentação, nutrição, saúde e cultura se conectam nesta coletânea, que tem como objetivo apresentar a diversidade de discussões, linguagens e assuntos existentes em torno do comer. A obra reúne estudos de alguns autores nacionais, que se dedicam à análise do tema em vários sítios, buscando tratar sobre o “comer cotidiano”, condição íntima do ser humano que faz parte dos seus hábitos, desejos, culturas e subjetividades.
Esta obra tem como objetivo fornecer um panorama integrado das características em sistemas de produção e consumo de recursos alimentares para populações. Entre os temas abordados estão: As perdas de alimentos em cadeias produtivas e os problemas relacionados ao controle de qualidade e às condições higiênico-sanitárias, incluindo alimentos que têm sido alvo de fraude; Os requerimentos nutricionais e sua relação com diferentes tipos de alimentos, como funcionais, nutracêuticos e suplementos dietéticos; As políticas públicas de alimentação, nutrição e prevenção de doenças, além das práticas de marketing e rotulagem de alimentos; Os impactos ambientais da produção de alimentos, os alimentos orgânicos e as dietas sustentáveis.
Planejado para atender aos cursos de graduação e pós-graduação de Nutrição, Enfermagem, Medicina e áreas afins, Nutrição e Saúde da Criança contempla assuntos fundamentais sobre o bem-estar infantil em suas diversas fases e nuances. A obra divide-se em 43 capítulos, organizados em sete partes, as quais abordam a avaliação dietética; a Nutrição fetal e do lactente; a obesidade e as alterações cardiometabólicas; a avaliação nutricional e bioquímica; as doenças carenciais, infecciosas e parasitárias; a educação nutricional e para a Saúde; e a Nutrição em Saúde pública. Além dos tradicionais pontos mencionados em livros de Saúde e Nutrição infantil, incluíram-se temas importantes atualmente, como padrões alimentares, determinantes ambientais do comportamento alimentar, interações fármaco-nutrientes, obesidade como doença inflamatória, citocinas como marcador inflamatório, microbiota intestinal, probióticos e Saúde, (Nutri)genética e (Nutri)epigenética, entre outros. Para discorrer sobre esses tópicos, foram convidados mais de 100 colaboradores. Os autores são pesquisadores, professores e profissionais da Saúde, de diversas instituições e regiões do Brasil ? alguns com experiências internacionais (Moçambique e Portugal) ?, com reconhecido know-how em seus campos de atuação. Esta obra contribuirá bastante para a qualificação de estudantes de ensino superior e profissionais da Saúde comprometidos com um atendimento de excelência à Criança. É referência certa para aqueles que sabem que uma boa Nutrição na infância oferece menos chances de adolescentes, adultos e idosos propensos a doenças.
Neste livro, Gyorgy Scrinis nos brinda com lentes que oferecem elementos interpretativos muito potentes para modificarmos profundamente a maneira como temos lidado com a temática da alimentação e nutrição. Esses elementos, abordados de forma criativa e inovadora, nos ajudam a responder perguntas fundamentais sobre a questão alimentar no contexto contemporâneo, entre elas: quais interesses públicos são comprometidos e quais interesses privados são beneficiados com este paradigma? Em que medida ele contribui para a manutenção de assimetrias de poder que impedem a garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada para todos e todas e que dificultam processos emancipatórios da sociedade? Que aspectos da alimentação ficam desconsiderados, invisibilizados ou reduzidos nesta abordagem e quais as implicações disso na perspectiva das políticas públicas? Quais as implicações das abordagens presentes nesse paradigma para a relação das pessoas com a comida e com seu corpo?
O papel da Nutrição na promoção da saúde em coletividades tem sido alvo de investigação em diversas vertentes, particularmente na identificação de padrões de saúde e doenças em diferentes grupos etários em nível populacional. O interesse pela associação entre dimensões físicas, bioquímicas e fisiológicas da Nutrição Humana tem resultado em variados instrumentos de mensuração, assim como tipologias para classificação das características nutricionais dos indivíduos no contexto do sistema de saúde. Nutrição em Saúde Coletiva – Ações para a Promoção da Saúde busca sintetizar um conjunto de evidencias derivadas de pesquisas científicas de interesse do público em geral, especialmente quem esteja interessado nas conexões entre Nutrição e saúde no contexto de coletividades. A aplicabilidade dos indicadores descritos nos capítulos ultrapassa a atuação específica em Nutrição, provendo apoio na seleção de estratégias terapêuticas aos profissionais de saúde no tratamento de seus pacientes, assim como propondo medidas de interesse em estudos populacionais a pesquisadores com interesse na área. No contexto profissional, indicadores relacionados com os aspectos nutricionais do indivíduo apresentam ampla aplicação no diagnóstico e no prognóstico de saúde de pacientes (no âmbito de serviços de saúde) e comunidades (no âmbito da vigilância epidemiológica para promoção da saúde). No contexto da formação de recursos humanos, espera-se que o conteúdo apresentado nesta obra contribua para uma atuação holística em ambiente clínico, em saúde pública, na pesquisa e na gestão de sistemas de saúde.
O livro “O Mundo dos Alimentos em Transformação” faz jus à ambição do seu título e nos apresenta uma análise detalhada das principais forças que impulsionam uma possível transformação na organização e no conteúdo do sistema agroalimentar global. A crise climática, com as suas secas e enchentes cada vez mais devastadoras, a experiência do colapso de sistemas de fornecimento alimentar no período da covid-19, os impactos negativos na saúde individual e pública, bem como a enorme contribuição da produção em escala industrial de carnes para os gases de efeito estufa, todas testemunham a insustentabilidade das formas dominantes de produção dos nossos alimentos e da sua organização global.
Pandemia e agronegócio: doenças infecciosas, capitalismo e ciência, de Rob Wallace, defende que os novos vírus que há alguns anos amedrontam o planeta com epidemias e pandemias são, sim, uma criação dos seres humanos. Mas, não, não estamos falando das teorias conspiratórias difundidas pelos robôs de Donald Trump ou Jair Bolsonaro, que responsabilizam laboratórios chineses especializados em guerra biológica pela origem do novo coronavírus. Para o autor, esses micro-organismos são resultado da maneira como passamos a criar animais para consumo nos últimos quarenta anos. Quem já teve a oportunidade de ir a uma granja ou a uma fazenda de porcos sabe do que estamos falando: milhares (milhões) de animais confinados, muitas vezes impedidos de dormir e comendo 24 horas por dia para engordar — e ir para o abate — cada vez mais rápido. Para quê? Para aumentar os lucros das empresas, claro, que se transformaram em grandes conglomerados. O número de animais criados para alimentação cresce quase duas vezes mais rápido que a população humana. Aves, vacas, porcos separados pelo produto a ser extraído (carne, ovos, leite), em estabelecimentos onde compartilham raça, idade e sistema biológico. E isso, para a natureza, cuja lei mais importante é o equilíbrio na diversidade, significa uma praga gigante. Uma atração inevitável para outros animais, um banquete para micro-organismos. Um experimento permanente de mutações e contágios extremos. Rob Wallace vem escrevendo sobre isso há quase vinte anos. Lançado pela primeira vez em 2015, Pandemia e agronegócio, que agora chega ao Brasil graças à parceria da Elefante com Igra Kniga, reúne artigos do autor publicados desde 2007. Nos textos, o biólogo alerta sobre as origens da Sars, da gripe aviária e da gripe suína, alertando que, se os seres humanos não modificassem a maneira como criam animais para abate, teriam que lidar, no curto prazo, com novas formas de vírus cada vez mais mortais. E aqui estamos. “Os seres humanos construíram ambientes físicos e sociais, em terra e no mar, que alteraram radicalmente os caminhos pelos quais os patógenos evoluem e se dispersam. Os patógenos, no entanto, não são meros figurantes, golpeados pelas marés da história humana. Eles também agem por vontade própria, com o perdão do antropomorfismo. Demonstram agência”, escreve Rob Wallace na introdução de Pandemia e agronegócio. Além do conteúdo integral da versão estadunidense, a edição brasileira trará os textos mais recentes do autor e de seus colaboradores sobre o atual surto de covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) que, depois de aparecer na província de Hubei, na China, se espalhou pelo planeta, colocou boa parte do mundo em quarentena e espalhou incertezas sobre a maneira como continuaremos vivendo e habitando a Terra. Os vírus surgidos em território chinês, aliás, recebem imensa atenção de Rob Wallace no livro. Mas, longe de engrossar o coro da xenofobia que costuma vigorar nesse tipo de discussões, o autor vai às raízes do problema. “Desde a década de 1970, a produção pecuária intensiva se espalhou pelo planeta a partir de suas origens nos Estados Unidos. Nosso mundo está cercado por cidades de monoprodução de milhões de porcos e aves apinhados lado a lado, em uma ecologia quase perfeita para a evolução de várias cepas virulentas de influenza.”
O tema Políticas Públicas de Alimentação e Nutrição enfatiza o compreender sobre a Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva. É interface de dois campos tradicionais das ciências da saúde: a Nutrição e a Saúde Coletiva. Quando lecionados na graduação, a disciplina ganha o nome de Nutrição em Saúde Pública ou, em sua variante, Nutrição Social. Nutrição em Saúde Pública ou Nutrição Social assentam-se em três diferenciados campos de conhecimento: (1 ) Epidemiologia Nutricional, (2) Ciências Humanas e Sociais, e (3) Políticas de Alimentação e Nutrição. Não obstante os melhores esforços dos docentes, todo esse cabedal de conhecimento é transmitido aos estudantes de maneira incompleta e fragmentada. Surge, pois, em bom momento, o presente livro com sua proposta didática, isto é, demarcar o campo do conhecimento das políticas públicas de alimentação e nutrição no Brasil, com apresentação de seu conteúdo programático em perspectiva histórica e com visão factual e crítica. Assim, para o seu bom entendimento, é preciso considerar o quadro epidemiológico no país. Há que se aprofundá-lo no contexto social e político que, por si só, é móvel, volátil, em constante transformação. Políticas Públicas de Alimentação e Nutrição apresenta 1 Organizadora, 26 Colaboradores, 24 capítulos, num total de 276 páginas. Seu público-leitor é formado por alunos de graduação de cursos das Ciências da Saúde e das Ciências Sociais, além de nutricionistas, sanitaristas e outros profissionais de saúde, administradores e gestores públicos e demais interessados no tema.
Segurança Alimentar e Nutricional foi idealizado em decorrência da grande importância e da contemporaneidade do tema. A definição dos tópicos incluídos foi minuciosamente discutida, sempre com o objetivo de apresentar uma obra com características multidisciplinares, expondo ao leitor uma visão crítica sobre questões essenciais referentes às áreas de segurança alimentar e nutricional no Brasil e no mundo.
Hoje, depois de décadas de pesquisas científicas e questionamentos à indústria do fast-food, sabemos que os alimentos ultraprocessados são grandes promotores de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão, além de contribuírem para a destruição da natureza, já que se apoiam sobre monoculturas de commodities como soja, trigo, milho e cana-de-açúcar. Também sabemos que a comida de panela feita em casa com ingredientes frescos ou minimamente processados é a melhor opção para nutrir o corpo, fortalecer as culturas regionais e respeitar o meio ambiente. Mas, como questiona Bela Gil em seu novo livro, quem vai fazer essa comida? A partir da pergunta, a chef, apresentadora e ativista relaciona alimentação saudável, feminismo e trabalho doméstico, complexificando um debate ignorado pelos livros de receitas e programas de culinária. É a dona de casa, a mãe, a avó, a esposa, a empregada doméstica migrante, a mulher pobre e preta da periferia que continuará tendo que pilotar o fogão? E quem fará a comida dela, da família dela? Em Quem vai fazer essa comida?, Bela Gil critica a histórica desvalorização do ato de cozinhar, com raízes escravocratas, e reivindica o pagamento de salários para o trabalho doméstico, tema da obra de pensadoras como Silvia Federici. “Será que é certo que, para alguns poucos terem comida fresca e serem saudáveis e livres para correr atrás de seus sonhos, outros muitos tenham que se contentar com produtos ultraprocessados, que fazem mal ao corpo e ao planeta — isso quando não passam fome?”
O presente livro, Sistema de gestão: qualidade e segurança dos alimentos, tem como objetivo primordial esclarecer e alertar sobre a importância da correta aplicação dos princípios de gestão para a garantia da qualidade, em especial no que concerne à segurança dos alimentos, visando à promoção da saúde da população. Destina-se àqueles que trabalham ou têm interesse no segmento de alimentos: proprietários de estabelecimentos, responsáveis técnicos, consultores, estudantes e outros profissionais dos setores público e privado. Foi escrito em linguagem de fácil compreensão, apesar de a temática ter caráter técnico-científico, para que todos os leitores pudessem se apropriar das informações e colocá-las em prática.
Fome, insegurança alimentar e nutricional, desnutrição, obesidade e doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Questões complexas que influenciam a vida de milhões de pessoas no Brasil e no mundo e que foram potencializadas pelo contexto da pandemia de Covid-19. Para debater e jogar luz sobre esse cenário, a Editora Fiocruz lança Sistemas Alimentares, Fome e Insegurança Alimentar e Nutricional no Brasil (coleção Temas em Saúde). Rosana Salles-Costa, Aline Ferreira, Paulo Castro Junior e Luciene Burlandy partem da perspectiva de pensar as relações entre a fome, a insegurança alimentar e nutricional, a obesidade e as DCNT, no contexto dos sistemas alimentares. Segundo os autores, o volume foi elaborado com o intuito de corroborar o debate sobre os desafios e as reflexões pautadas na recente agenda científica sobre o tema. "A reflexão foi desenvolvida à luz de uma compreensão integrada de processos que atravessam os sistemas alimentares globalizados, com destaque para o cenário brasileiro", resumem. A obra aborda ainda uma concepção ampliada da chamada SAN: segurança alimentar e nutricional. Essa abordagem leva em conta a construção, ao longo dos anos, de uma política e de um Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil, formalizados na Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan), além das redes organizadas da sociedade civil, das instituições acadêmicas e de Em cinco capítulos, o livro problematiza como a atual configuração dos sistemas alimentares globalizados afeta os rumos das políticas governamentais e os usos de recursos públicos, gerando diferentes tipos de desigualdades. Essa configuração estimula práticas alimentares que vêm sendo associadas às DCNT, condicionando situações de fome e de insegurança alimentar e nutricional. "Portanto, acentuam as próprias condições de vulnerabilidade econômica e social vivenciadas por diferentes segmentos da população", enfatizam.