Gerar conhecimento estratégico sobre o tema da violência no namoro e no ‘ficar’ dos adolescentes brasileiros: este foi o objetivo de um estudo pioneiro realizado por pesquisadores de nove universidades públicas e da Fiocruz. O trabalho, que teve início em 2007, coletou, produziu e analisou dados quantitativos e qualitativos de âmbito nacional. O estudo foi realizado com cerca de 3.200 jovens, de 15 a 19 anos, matriculados em escolas públicas e particulares de dez cidades (Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Florianópolis, Manaus, Porto Alegre, Porto Velho, Rio de Janeiro, Recife e Teresina). Os resultados da investigação deram origem a esta coletânea, que faz uma síntese dos achados, mas também das interrogações do estudo.
Esta coletânea contribui para o estabelecimento de leituras criteriosas acerca dos diferentes sentidos que a sexualidade adquire na Antiguidade. Congregando estudiosos de diversos campos, lança mão de um importante instrumento de análise da relação entre o masculino e o feminino: trata-se da teoria de gênero.
Antropoceno ou Capitaloceno? Muito mais que um dilema terminológico, a pergunta encerra perspectivas radicalmente opostas sobre a crise ecológica. Em sete ensaios, este livro demonstra que a ideia de Antropoceno, preferida do catastrofismo anódino dos meios de comunicação e da comunidade científica, não está isenta de politização. Ao considerar indistintamente a humanidade como responsável pelos impactos geológicos causados pelas atividades econômicas, os proponentes do Antropoceno pecam por uma enorme falta de consistência histórica.
Esta publicação tem o objetivo de divulgar os resultados obtidos nos três primeiros anos de existência do Programa de Avaliação Pós-Ocupação (APO) em edições da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O livro apresenta, resumidamente, oito experiências de APO na Fiocruz em edifícios de laboratórios de pesquisas biomédicas e de análises clínicas, un idades assistenciais de saúde, áreas administrativas e de ensino.
Assim, temos, na primeira parte – Trajetória – dois textos que contam, indiretamente, um pouco de sua trajetória pessoal e profissional: Resumo de um projeto de pesquisa em curso sobre “influência do fator humano nos acidentes de trabalho”, apresentado por Marco Antonio Bussacos, e Três lições do professor Wisner, comentado por Leila Nadin Zidan. Na parte 2, Sindicatos, são apresentados escritos que apresentam reflexões sobre as contribuições possíveis de análises do trabalho à representação sindical e sua luta em favor dos trabalhadores. O primeiro texto, escrito a quatro mãos com Catherine Teiger e por ela apresentado, discute as relações da ergonomia da atividade com a formação sindical e a atuação para a melhoria das condições de trabalho. No segundo texto, apresentado por Marianne Lacomblez, Leda discute A Análise Coletiva do Trabalho e os sindicatos. Este conjunto destaca sua influência como pesquisadora e intelectual junto a grupos de pesquisa de outros países, notadamente na França, Portugal e Canadá. Encerram esta parte dois trabalhos – Quatro seminários de ergonomia para sindicalistas, no qual Leda discute as estratégias de ensino adotadas para o debate sobre a Norma Regulamentadora 17, de Ergonomia, com representantes sindicais; e Em defesa das pausas no trabalho, apresentado por Maria Cristina Gonzaga, que foi preparado para um livro publicado pelo DIESAT.. Em Teoria e Métodos são apresentados textos que discutem questões teóricas ou metodológicas relevantes para a análise do trabalho. São eles: Trabalho em turnos: temas para discussão, com apresentação de Elizabete Mendonça; Quam artem exerceas?, apresentado por Tarcisio Buschinelli; Sobre a enquete operária de 1880, de Karl Marx, apresentado por Daniela Sanches Tavares; A Psicodinâmica do Trabalho e a Análise Coletiva do Trabalho, com apresentação de Laerte Idal Sznelwar. Leda desenvolveu a Análise Coletiva do Trabalho (ACT), método de estudo do trabalho feito em conjunto com os trabalhador
Com o avanço de tecnologias impulsionadas por inteligência artificial e aprendizado de máquina, um leque cada vez mais amplo de atividades humanas está sendo automatizado. Por robôs que “pensam”, que conversam e, sobretudo, aprendem a aprender sozinhos. A chegada das máquinas inteligentes aos escritórios cria um cenário favorável ao aumento da produtividade, mas eleva o risco de obsolescência profissional. Por isso é hora de aprender a aprender com agilidade – ou seja, de ser um aprendiz ágil. Gestores de pessoas e profissionais de RH têm, mais do que nunca, a responsabilidade de estimular colegas, subordinados, times e empresas a desenvolver novas habilidades e competências. Todos nós, porém, precisamos nos envolver na geração de oportunidades de aprendizado. A aprendizagem precisa mudar de lugar na nossa vida porque já mudou de lugar no nosso mundo. A multiplicidade de alternativas trazida pelas tecnologias nos exige cada vez mais a habilidade de sermos curadores de nossa jornada. Mais que isso, somos chamados a contribuir para a construção de ambientes em que as pessoas aprendam mais e melhor. O tempo todo.
Para bell hooks, a melhor crítica cultural não considera necessário separar a política do prazer da leitura. Anseios reúne alguns dos primeiros e clássicos textos de crítica cultural publicados pela autora nos anos 1980. Abordando temas como pedagogia, pós-modernismo e política, bell hooks examina uma série de artefatos culturais, dos filmes Faça a coisa certa, de Spike Lee, e Asas do desejo, de Wim Wenders, aos escritos de Zora Neale Hurston e Toni Morrison. O resultado é uma coleção comovente de ensaios que, como toda a obra da autora, dedica-se sobretudo à transformação de estruturas opressoras de dominação. *** Ainda que há anos eu já escrevesse textos de crítica cultural para revistas, Anseios foi a primeira compilação do meu trabalho em formato de livro. Fiquei entusiasmada ao reunir os diversos ensaios desta coleção, pois isso possibilitou que eu expressasse meus vários interesses teóricos. Ao escrever sobre cultura popular, pude mobilizar as interseções entre raça, classe e gênero. Além disso, eu tinha descoberto, em sala de aula e ao proferir palestras, que a utilização de textos visuais, filmes, obras de arte ou programas de televisão como base para falar sobre raça e gênero cativava o público. Todas as pessoas, independentemente de raça, classe ou gênero, pareciam ter ideias e modos de pensar as narrativas visuais que serviam como catalisadores de discussões aprofundadas. Focar a crítica em produções culturais abriu espaço para a educação voltada à consciência crítica, que poderia servir como uma pedagogia da libertação tanto na academia quanto na sociedade em geral. Ao contrário da teoria e da prática feministas — que, em última análise, exigiam comprometimento com a política feminista e uma ampla transformação na sociedade, percebida como perigosa e ameaçadora —, a crítica cultural permitia um discurso mais democrático. Embora grande parte dos textos de crítica cultural tenham sido escritos de uma perspectiva progressista ou radical, eles não t
Neste sétimo volume da coleção Feminismos Plurais, o doutor em Ciências Sociais e babalorixá Rodney William trata o tema da apropriação cultural sob a ótica histórico-cultural do colonialismo, relembrando o processo de aculturação e aniquilamento dos costumes pelo qual passou os povos escravizados. Faz, a partir daí, a conexão com as práticas predatórias dos mercados capitalistas colonizadores atuais, que se valem dos traços culturais de um povo para lucrar, e esvaziam de significado esses símbolos de pertencimento.
Este livro é leitura imprescindível para quem busca entender e superar os efeitos do racismo institucional na saúde mental. Ancorado na articulação entre a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e a Política Nacional de Saúde Mental, Emiliano de Camargo David toma raça como um determinante social da saúde e propõe a “aquilombação” como ferramenta teórica para expandir o debate e fazer frente aos marcadores raciais que ampliam as iniquidades seculares e contemporâneas no cuidado à saúde mental. Para ele, o “aquilombamento” coloca o racismo no centro do debate público e permite avançarmos no processo de inclusão da temática racial nas políticas e, consequentemente, nos serviços de saúde mental, indicando um caminho assertivo para a construção de estratégias para o seu enfrentamento.
Fruto da pesquisa acadêmica realizada na década de 1980 por Eduardo Viveiros de Castro, este livro veio a público em 1992, após uma edição adaptada para atender a públicos mais amplos e não especializados que demonstraram grande interesse pelo modo de vida dos araweté. Esta terceira edição, revista e ampliada com novos capítulos oriundos de estudos recentes, comemora os trinta anos da pesquisa pioneira deste que é um dos mais respeitados antropólogos brasileiros e, sobretudo, recupera a luta desse povo para sobreviver, resistir e se reinventar sem, no entanto, perder sua cultura.
Panorama do maior bioma nacional, Arrabalde mistura relatos, entrevistas e pesquisas para retratar as variadas percepções da Amazônia por aqueles que se relacionam com ela num volume que atua em sua ampla defesa. A Amazônia produz 20% da água doce do planeta e abriga por volta de 16 mil espécies de árvores. Maior floresta tropical do mundo, ainda encerra mistérios que instigam pesquisadores e leigos. Ao apurar a forma como o território vem sendo ocupado desde os anos 1960, João Moreira Salles evidencia a falta de curiosidade e afeto que pautou os modelos de exploração do bioma, o qual foi sendo devastado e reduzido à lógica das economias extrativistas. Resultado da estadia de seis meses de Moreira Salles no Pará e tributário da literatura de viagens, Arrabalde nos convida a olhar atentamente para a floresta, em sua complexidade biológica e social, em sua desordem natural e potente, que alarmou a mentalidade racional de tantos homens que lá tentaram fazer empresa. Caleidoscópio das relações dos brasileiros com a Amazônia, este volume é uma defesa contundente de nosso maior patrimônio ambiental e um ensaio sobre seu presente e suas possibilidades de futuro.
Explorar as experiências de mulheres brasileiras em relação a uma particular estratégia publicitária como a contraintuitiva através da abordagem da Grounded Theory, como faz Francisco Leite neste livro, é inovador e corajoso. É inovador porque embora a Grounded Theory seja a metodologia de pesquisa atualmente mais utilizada no mundo e difusa, mais do que outras metodologias, em uma grande variedade de disciplinas e campos de pesquisa, são ainda poucas as suas aplicações nos estudos midiáticos e, em particular, aqueles com foco na comunicação publicitária. É inovador também, porque oferece uma perspectiva inédita ao olhar para um fenômeno de extrema relevância midiática e social com a ambição de construir uma teoria fundamentada nos dados. Mas, o trabalho é também corajoso do ponto de vista metodológico porque investigar as experiências vividas e mediadas, muitas vezes dolorosas, ao alcançar os sentimentos de sofrimento, com os procedimentos e técnicas de Grounded Theory é uma ideia original e, de certa forma, arriscada. No entanto, este livro demonstra que Francisco venceu a aposta metodológica conseguindo edificar uma teoria substantiva a partir dos significados que as mulheres brasileiras, brancas e negras, construíram a partir da experiência de interação com publicidades containtuitivas que midiatizam a imagem de mulheres negras como protagonistas.
Instigados pelo boom das commodities, governos progressistas que chegavam ao poder na América Latina no início do século XXI enxergaram na intensificação da exploração de bens naturais com vistas à exportação uma forma eficaz de enfrentar a crise econômica, e de enfim alcançar o sempre distante objetivo de desenvolvimento de suas respectivas nações. Como nos mostra a socióloga argentina Maristella Svampa neste livro, a consequente intensificação da espoliação da natureza demandada por esse modo de produção logo fez com que, em nome do “progresso” e do “desenvolvimento nacional”, esses mesmos governos não titubeassem em violar direitos humanos e em pôr em risco patrimônios ecológicos.
O Grupo de Pesquisa Informação, Cidadania e Aprendizado (ICA), da Faculdade de Tecnologia “Julio Julinho Marcondes de Moura” – Fatec Garça (CEETEPS), visa estudar os fenômenos sociais e suas implicações na ambiência organizacional, com foco na cidadania e coletividade. Das reuniões e dos debates realizados nos últimos anos, percebeu-se um interesse, por parte dos discentes e docentes do ICA, pelos temas que contemplam as mulheres, assédio moral e sexual no ambiente de trabalho. Desta forma, muitos trabalhos nasceram e, assim, a necessidade de socializar o que foi produzido neste livro que traz estudos sobre a representatividade das pesquisadoras brasileiras na área da Ciência da Computação; as dificuldades enfrentadas pelas mulheres negras nos cargos de liderança no estado de São Paulo; a mulher no contexto do assédio moral e sexual em organizações bancárias e a cultura do estupro, além de uma pintura (capa deste livro) que evidencia o sentimento interno versus o sentimento externo acerca da realidade do universo feminino. Em síntese, escrever sobre as mulheres nesta sociedade capitalista é evidenciar o processo de dominação-exploração secular e, também, a luta das mulheres por igualdade e garantia de seus direitos, ou seja, é mostrar as mulheres em movimento por cidadania.
Roceiros morenos, pretos, pardos foram mapeados em um esforço de observar os sentidos raciais que circulavam no Brasil rural dos anos 1940 e 1950. Uma cartografia dos dispositivos discursivos que orientavam as hierarquias raciais que desumanizavam pretos roceiros. Aos pesquisadores das relações raciais e da história da população negra no Brasil, o livro pode ser uma boa alternativa das reflexões sobre as desigualdades vividas, praticadas, reforçadas, legitimadas, sobre a população negra. A repetição de imagens, valores, ideias, experiências comuns aos contextos escravistas décadas depois da abolição nos ajudam a identificar as heranças e permanências que se perpetuaram e que enfrentamos ainda hoje.
O livro apresenta as contribuições do Curso Técnico de Agentes Comunitários Indígenas de Saúde (CTACIS) na região do Alto Rio Negro do Brasil. Com a proposta de melhorar os serviços de saúde nas comunidades indígenas, o curso foi desenhado como uma estratégia multidisciplinar por diversos atores e implementado de acordo com as realidades locais. Em seus sete capítulos, a obra analisa etapas como o trabalho e a formação dos agentes comunitários e indígenas de saúde, as concepções político-pedagógicas e a organização curricular do CTACIS, os cuidados da saúde de crianças e mulheres indígenas, vigilância alimentar e nutricional em terra indígena, além de temas transversais, como território, cultura e política.
O livro traz uma série de textos de profissionais da área da saúde materno-infantil. Oferece um panorama da atenção integrada às doenças prevalentes na infância, estratégia reconhecida pelo Ministério da Saúde. Na década de 90 foi criada e apresentada a profissionais que tinham envolvimento com a saúde materno-infantil em nosso país a estratégia AIDPI. desde então essa estratégia é preconizada pelo Ministério como prioritária para o atendimento à infância em âmbito nacional.
Este Atlas apresenta um balanço sintético, amplo e completo dos conhecimentos históricos sobre a questão delicada e complexa da escravidão. Além de 150 mapas e gráficos, ele irá mostrar uma análise mundial do tráfico de escravos, do séc. XV ao séc. XIX, uma abordagem global e original das sociedades escravagistas, a expansão desse tráfico pela internacionalização das trocas comerciais, a difusão do Iluminismo e o rápido desenvolvimento do movimento abolicionista em escala internacional, além da permanência da escravidão e a complexidade de seu legado e de suas memórias.
“Instituições não nascem prontas dos textos das leis: precisam ser trazidas à vida pelas pessoas que as criam”. Esta é uma das ideias centrais do livro, que analisa o processo de construção de instituições ligadas à gestão da água no Brasil. Ao enxergarem as instituições como processos, as autoras ajudam a compreender não só os caminhos da política da água, mas também a dinâmica de outras políticas públicas e seus espaços participativos. A Lei Federal 9.433, de 1997, instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Ela definiu a bacia hidrográfica como a unidade territorial para a implementação da política de recursos hídricos; e o comitê, por sua vez, como a instância de gestão nessa unidade territorial. Os comitês de bacia hidrográfica reuniam a sociedade civil, o setor privado e o governo. As autoras observaram demoras longas entre a criação dos comitês pela letra da Lei e seu surgimento como instituições que funcionavam na prática. Verificaram também que muitos comitês tinham contextos bastante semelhantes, mas resultados radicalmente distintos. Enquanto alguns comitês não prosperavam, outros tornavam-se espaços vibrantes de tomada de decisão e de ação – ou adquiriam autoridade prática. “Parecia que não eram os contextos que explicavam as diferenças, mas, sim, o que as pessoas envolvidas faziam com os recursos disponíveis naqueles contextos”, avaliam.
Neste livro, o autor nos apresenta o resultado de sua carreira junto à realidade dos trabalhadores na busca por seus direitos, especialmente o direito ao auxílio-acidente. Sua trajetória é iniciada como advogado sindicalista, na defesa de trabalhadores do polo petroquímico de Camaçari-BA, fato que despertou nele a necessidade de conhecer mais profundamente as demandas e os caminhos que os trabalhadores acidentados precisam trilhar para acessar o benefício concedido pelo INSS. Os interessados na obra encontrarão, portanto, um importante referencial para compreender o atual cenário jurídico,...
Assegurar à população os direitos constitucionais de alimentação e nutrição é ainda um grande desafio no Brasil, onde coexistem problemas nutricionais diversos, agravados durante a pandemia da Covid-19. Neste lançamento da Editora Fiocruz, as organizadoras Marly Marques da Cruz, Denise Cavalcante de Barros e Santuzza Arreguy Silva Vitorino reúnem uma rede de 28 pesquisadores e profissionais, com quem dividem a autoria de seis dos catorze capítulos, em que se evidencia o papel central da avaliação, etapa por vezes dispersa no ciclo da política pública - composta, ainda, por formulação, implementação e monitoramento. A obra, elaborada em duas partes, conjuga os aspectos conceitual e teórico com os metodológico e prático. A primeira seção, denominada “Fundamentos teóricos e metodológicos para a avaliação das políticas de alimentação e nutrição em saúde”, traz as bases teóricas e conceituais da avaliação. Já a segunda, “Produção de Conhecimento e Experiências Práticas de Avaliação no Campo da Alimentação e Nutrição em Saúde”, trata de experiências avaliativas inovadoras, como as abordagens colaborativas e participativas, cujos usos são ainda pouco comuns para o campo da alimentação e nutrição.
As organizadoras contextualizam a situação alimentar e nutricional da população brasileira: complexa, caracterizada pela diminuição da desnutrição, aumento do sobrepeso e obesidade e pela má alimentação. Diante deste quadro, a Atenção Básica se apresenta como estratégica parra a concepção e realização de ações de promoção da saúde e cuidado integral.
Neste livro, a avaliação da efetividade convida à reflexão sobre a possibilidade de tomá-la como oportunidade para a inclusão de atores nos processos de implementação de políticas públicas.
A Baía de Guanabara é palco da história do Brasil e abriga um múltiplo e diverso patrimônio ambiental, social, cultural e econômico que atravessa os séculos. A Guanabara é expectativa e realidade, é sonho e pesadelo, é natureza e poluição. Qualquer tentativa de resumi-la a uma descrição objetiva é cercada de uma enorme dificuldade, digna de desafios nos quais apenas poucos conseguem obter êxito. Emanuel Alencar é desses poucos bem-sucedidos jornalistas que desafiaram a complexidade de uma Baía de Guanabara de descasos e resistências, construindo uma obra abrangente e ao mesmo tempo sintética, que percorre por histórias, fatos, dados, gráficos e narrativas um território que abriga 10 milhões de habitantes e recebe milhões de visitantes — que, mesmo de longe, reconhecem seus monumentos naturais, como as curvas do Pão de Açúcar e a majestade do Cristo Redentor (de braços abertos sobre a Guanabara). Nesta segunda edição Emanuel Alencar — esse carioca e rubro-negro que se especializou no jornalismo ambiental — revisa e amplia as informações sobre esse ecossistema, atualizando especialmente os dados sobre o saneamento ambiental da região, inclusive a partir da concessão dos serviços que estavam sob a tutela da CEDAE. Também traz informações mais recentes sobre atividade pesqueira, fauna marinha, praias, poluição industrial, oleodutos, navios e a pandemia do COVID-19.
Bantos, malês e identidade negra reúne elementos históricos sobre a formação do Brasil em seu caráter étnico, identitário e cultural, e mostra ao leitor as contribuições dos bantos ao longo desse processo. À guisa de seu envolvimento com a resistência cultural negra no Brasil e na África, Nei Lopes estabelece novos parâmetros sobre a relação entre islamismo e negritude, apresentando uma face da história ignorada por grande parte dos brasileiros. Esta nova edição atualiza profundamente a bibliografia do livro originalmente lançado em 2007, incluindo obras de autores contemporâneos como Elikia M Bokolo, Carlos Moore, Alberto da Costa e Silva e Jan Vansina, entre outros.
Escritora, jornalista e documentarista, Eliane Brum faz um mergulho profundo nas múltiplas realidades da maior floresta tropical do planeta. Com quase 35 anos de experiência como repórter, há mais de vinte ela percorre diferentes Amazônias. Em 2017, adotou a floresta como casa ao se mudar de São Paulo para Altamira, epicentro de destruição e uma das mais violentas cidades do Brasil desde que a hidrelétrica de Belo Monte foi implantada. A partir de rigorosa pesquisa, Brum denuncia a escalada de devastação que leva a floresta aceleradamente ao ponto de não retorno. E vai mais além ao refletir sobre o impacto das ações da minoria dominante que levaram o mundo ao colapso climático e à sexta extinção em massa de espécies. Neste percurso às vezes fascinante, às vezes aterrador, a autora cruza com vários seres da floresta e mostra como raça, classe e gênero estão implicados no destino da Amazônia e da Terra.
Este livro parte da constatação do papel político, social e cientifico de uma bibliografia para promoção do conhecimento, especial sobre questões novas e com forte identidade multidisciplinar. O tema da violência sexual contra a mulher é recente no cenário político e acadêmico nacional. Os primeiros estudantes datam da década de 1970, havendo um crescimento lento das publicações até os anos 1990, período de consolidação do debate no Brasil. Foram reunidas e sistematizadas 1.173 referências bibliográficas sobre o tema da violência sexual contra a mulher, publicadas em língua portuguesa, no período de 1984 a dezembro de 2003.
Este livro apresenta uma síntese de todas as informações em séculos de conhecimento para recuperar a história evolutiva de cada grupo e a história evolutiva de todos os seres vivos do planeta. O estudo da biodiversidade cobre, assim, um arco maior de tempo, estendendo-se do presente ao passado.
A Biotecnologia aplicada aos alimentos não apenas proporciona o aumento da produção, mas também atende à demanda dos consumidores por alimentos mais seguros, nutritivos, saudáveis, saborosos e adequados. Ultimamente, a aplicação de Biotecnologia às plantas vem sendo direcionada para aumentar sua qualidade nutricional, de modo a produzir alimentos nutricionalmente fortificados e, assim, deixar de adicionar componentes sintéticos aos alimentos processados.Com o objetivo de traduzir os benefícios científicos da Biotecnologia para uma linguagem acessível a estudantes, profissionais de áreas afins e leitores ávidos por informações, Biotecnologia em Saúde e Nutrição chega à segunda edição, com conteúdo revisto e ampliado, informações atualizadas, e colaboração de novos autores.Ao longo de seis capítulos, esta obra apresenta os conhecimentos básicos da Biotecnologia e discute suas potencialidades e sua abrangência; sua contribuição para a área de saúde; seu papel em relação ao valor nutricional dos alimentos e da funcionalidade de seus compostos bioativos; além de demonstrar que as modificações genéticas são seguras e inócuas para humanos e animais, e discutir com propriedade o respeito aos valores éticos desde o planejamento das transformações até o oferecimento dos alimentos geneticamente modificados ao consumidor final. O livro oferece ainda aos leitores um glossário indispensável para iniciantes no estudo da Biotecnologia.
Escrito em 1967 no auge da luta por direitos civis nos Estados Unidos, Black Power é um livro seminal para os movimentos negros de todo o mundo. Seus autores, Stokely Carmichael (que depois passou a se chamar Kwame Ture) e Charles V. Hamilton, estavam na linha de frente da luta e procuraram registrar no calor do momento as discussões sobre o enfrentamento à supremacia branca. Em primeira edição oficial no Brasil, o livro continua sendo um documento histórico fundamental para a discussão do racismo estrutural e seus resultados nefastos sobre a desigualdade racial. Mais uma parceria da Editora Jandaíra com o Selo Sueli Carneiro, coordenado por Djamila Ribeiro.
“A branquitude significa pertença étnico-racial atribuída ao branco. Podemos entendê-la como o lugar mais elevado da hierarquia racial, um poder de classificar os outros como não brancos, que, dessa forma, significa ser menos do que ele. O ser-branco se expressa na corporeidade, a brancura. E vai além do fenótipo. Ser branco consiste em ser proprietário de privilégios raciais simbólicos e materiais. Com dezessete capítulos, este livro trata da identidade branca com foco na realidade social brasileira”.
Tudo é pioneiro nesta obra - a idéia original do Projeto 1000 Mulheres, a envergadura mundial que adquiriu, a complexidade do trabalho de seleção das mulheres aqui perfiladas, o painel final deste Brasil de ação feminina. E a teia feminina se pôs em marcha, garimpando em todos os estados, investigando o amplo leque da ação transformadora da mulher. Brotou um Brasil vibrante, comovente, engajado. Dificilmente haverá unanimidade em torno dos 52 nomes. Nem poderia haver. Felizmente o leque de brasileiras anônimas ou notáveis que atuam por um país mais justo não cabe em um livro.
A obra representa uma concepção diferenciada da interpretação cartográfica. A textualidade elege uma análise híbrida que compreende uma fundamentação teórica, envolvendo ao mesmo tempo um conjunto de práticas em forma de oficinas enfatizando o processo interdisciplinar e a construção de estruturas para uma melhor compreensão dos mapas.
A temática abordada demonstra sinais por todos os lados e incomoda a muita gente, confirmando que há ruídos, também por todos os lados. O trote violento permeado por jogos bizarros e práticas opressoras persiste, apesar deste incômodo manifestado por docentes, estudantes, pais e pela mídia.
Trata-se de uma coletânea de artigos de renomados estudiosos e profissionais da área da gerontologia e geriatria de âmbito nacional e internacional: Alzira Tereza Nunes Lobato, Andréa Alves, Annete Leibing, Clarice Peixoto, Cristiane Barbosa, Eliana Alves, Ligia Py, Luis Lima, Marcia Dourado, Marilda Moreira, Mirna Teixeira, Miriam Lins de Barros, Sara Granemann, Vilma Duarte Câmara. Todos os artigos, abordando os mais diversos assuntos, convergem sobre as questões do envelhecimento (previdência, saúde, assistência, lazer, direitos...), em especial, sobre a cidadania do idoso.
Ao discutir as relações entre gênero, mídia e política no Brasil, Caleidoscópio convexo discute a maneira como os meios de comunicação se portam ao veicularem notícias do cenário político e destaca as consequências de uma divulgação que privilegia a presença masculina em cargos públicos e reforça a sub-representação política das mulheres.