Esta tese inspirou toda uma geração de ativistas e pesquisadoras envolvidas no esforço coletivo de transformar a assistência ao parto no Brasil, nos setores público e privado. Quando foi escrita há mais de 20 anos, algumas das intervenções no parto, como o uso de rotina de episiotomia, enemas, tricotomia, manobras de kristeller e procedimentos didáticos (sem necessidade clínica, apenas para o treinamento dos alunos), e outros abusos, estavam em um ponto cego. Eram tratados como naturais, sofrimentos inevitáveis do parto, do destino biológico das mulheres. Sequer havia dados sobre essas intervenções, que eram invisíveis. O slogan “chega de parto violento para vender cesárea” ainda não era popular. Duas décadas depois, podemos dizer que esses abusos se tornaram não apenas visíveis, mas também quantificáveis, graças à popularização das evidências científicas e do reconhecimento dos direitos das mulheres à sua integridade corporal e a tomar decisões informadas. Apesar de todas as adversidades políticas, de ataques ao SUS e ao feminismo, podemos dizer que o movimento de humanização do parto conseguiu enormes mudanças. Ainda que mais lentamente e com mais contradições do que desejamos, ao reivindicarmos nossa autoridade de falar sobre nossa experiência como pacientes e de produzir conhecimento científico inovador e voltado à ação, temos mudado a assistência e a experiência de muitas mulheres e famílias, em que antes só havia a escolha entre um parto violento e uma "desnecesárea".
"Parir e nascer, definitivamente, não são processos ‘naturais’ nem meramente fisiológicos. São eventos sociais e culturais complexos, que envolvem interações entre indivíduos, grupos sociais e organizações (hospitais e maternidades), com poderes e legitim
A humanização tem sido associada a distintas e complexas categorias relacionadas à produção e gestão de cuidados em saúde, tais como: integralidade, satisfação do usuário, necessidades de saúde, qualidade da assistência, gestão participativa, protagonismo dos sujeitos e a intersubjetividade envolvida no processo de atenção. Esta obra busca apresentar um balanço crítico dos conceitos e perspectivas que atravessam tal ideário, e analisar os limites e possibilidades das iniciativas autodenominadas de humanização. Leitura destinada a todos os profissionais da saúde em suas distintas especialidades e formações, gestores, estudantes de graduação e pós-graduação, bem como aos pesquisadores dessa área temática.
Imã de geladeira: 9º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde.
Apresenta aspectos da sociedade contemporânea que influenciam o cuidado em saúde, questionando se é possível identificar a saúde com uma prática desumanizadora. Para analisar esta questão, o autor utiliza a categoria marxista de alienação, como a não correspondência entre o desenvolvimento das capacidades humanas do gênero humano e sua manifestação no plano dos indivíduos e coletividades concretas. Ele afirma que a humanização dos sujeitos resulta da sua inserção e ação transformadora sobre a realidade e, analisando criticamente os fenômenos de saúde-doença, entende que as práticas de saúde são simultaneamente humanizadoras e desumanizadoras. O livro convida a refletir sobre qual é o objeto do trabalho em saúde, se é a própria saúde, a doença ou a pessoa. Discute também a determinação social do processo saúde-doença e as manifestações da medicalização na sociedade. Aborda ainda o aumento de doenças entre os trabalhadores da saúde e sua inserção no capitalismo, a relação entre profissionais e usuários e o papel - por vezes contraditório - da tecnologia nos serviços.
Icebergs à deriva: o trabalho nas plataformas digitais, nova obra da coleção Mundo do Trabalho organizada pelo sociólogo Ricardo Antunes, oferece um estudo profundo e multidisciplinar sobre o trabalho nas plataformas digitais e a expansão sem precedentes desse modelo, tanto no Brasil quanto no restante do mundo.
Uma parábola sobre os tempos atuais, por um de nossos maiores pensadores indígenas. Ailton Krenak nasceu na região do vale do rio Doce, um lugar cuja ecologia se encontra profundamente afetada pela atividade de extração mineira. Neste livro, o líder indígena critica a ideia de humanidade como algo separado da natureza, uma humanidade que não reconhece que aquele rio que está em coma é também o nosso avô. Essa premissa estaria na origem.
Imã de geladeira 9º Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária da Abrasco.
Imã de geladeira 9º 9º Simpósio Brasileiro de Vigilância Sanitária da Abrasco.
Deleuze e Guattari desenvolveram um conceito inovador de inconsciente-multiplicidade, resultado da interlocução do pensamento desses autores com a psicanálise e com uma série de aliados, filósofos ou não.
alford J. Mackinder foi educador, geógrafo, explorador, advogado, membro do Parlamento, economista e diplomata. Nasceu em Gainsborough, Lincolnshire, Inglaterra, em fevereiro de 1861. Filho de um médico, estudou ciências no Epsom College e Christ Church em Oxford. Ao concluir seu programa em Oxford, estudou direito em Londres, enquanto lecionava na Christ Church e também ajudava a liderar as incipientes extensões da Universidade em Bath, Manchester, Salisbury e outros lugares, onde lecionou e conduziu tutoriais sobre geografia física. Eleito para a Royal Geographic Society, ele apresentou um documento para a sociedade em janeiro de 1887, intitulado “Sobre o escopo e os métodos da geografia”. Mackinder era um homem de muitas partes. Após dez anos como diretor do Reading College, tornou-se Diretor da London School of Economics de 1903 a 1908. Membro do Parlamento entre 1910 e 1922, ele também foi presidente do Comitê Imperial de Navegação de 1920 a 1940, tornou-se conselheiro privado em 1925. Em 1904, Mackinder apresentou à Sociedade um documento intitulado “O Pivô Geográfico da História”, em que ele primeiro ofereceu a teoria da “Área Pivô”, uma designação para a área central da Eurásia, protegida das potências marítimas da época. Ele argumentou que o desenvolvimento do poder potencial dessa área poderia permitir que o poder continental que o controlava dominasse o mundo.
Enfrentando questões essenciais e interligadas como economia do cuidado, discriminação no trabalho, relações familiares, violência doméstica, direito ao aborto, disparidade de oportunidades de emprego e de renda, a autora examina as causas e consequências socioeconômicas da desigualdade de tratamento dispensado a homens e mulheres, considerando o importante recorte de cor/ raça.
A obra enfoca experiências, que contribuem para a superação das dificuldades de inserção, permanência e ascensão vivenciadas pelas mulheres no mercado de trabalho. São trabalhadoras domésticas, bancárias, faxineiras, comerciantes, trabalhadoras rurais, educadoras e sindicalistas. Mulheres que têm em comum, a garra para transformar a realidade que as colocam em desvantagem no mundo do trabalho. Todos os projetos foram financiados pelo Fundo para Igualdade de Gênero (FIG) da Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional (CIDA).
Igual-Desigual poderia ser uma boa definição poética do atual momento em que vivemos, pela poderosa pena de Carlos Drumond de Andrade. É também uma obra que promove o encontro da Economia com a História, possibilitado a partir das redes de afeto acadêmicas que uniram, em grande medida, pesquisadores de várias instituições de pesquisa do Brasil e do mundo. É um encontro plural, interdisciplinar, igual e desigual por essência e intenção dos autores. Se há um tema comum, bem como a comunhão com o princípio iluminista de uma sociedade mais igual, os pontos de partida teórico- -analíticos são muito diferentes. O vasto grupo de autores inclui desde jovens pesquisadores, a professores eméritos já aposentados. Inclui em sua diversidade, velhos socialistas, sociais-democratas convictos bem como igualitaristas liberais. Este tema é amplo e complexo o suficiente para receber a contribuição desses múltiplos matizes. Militantes de gênero, de raça, de cor, de identidades, irmanados pela confiança no ser humano, em uma ciência crítica e na superação das nossas mazelas (atuais e pretéritas). À luz da Ciência Econômica e da História o livro descortina as muitas faces da desigualdade, agora em maior evidência pelos efeitos visíveis da pandemia. Ao promover o encontro da Economia com a História o livro pretende, então, oferecer indícios sobre os porquês que explicam o fato de que estávamos vivendo num mundo doente e sinalizar possíveis caminhos que propiciem uma busca por um novo equilíbrio com os desafios postos pela pandemia.
Imã de Geladeira: 9º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde Variação: Arte em Mosaíco.
“Ninguém lê livremente e sem as lentes e códigos da sua cultura.” A maneira pela qual as imagens nos afetam é condicionada por esquemas visuais – em geral nada inocentes – que nos foram transmitidos, e que carregam uma interpretação específica daquilo que é representado. Em Imagens da branquitude , Lilia Moritz Schwarcz analisa uma iconografia múltipla, do século XVI ao presente, passando por mapas, monumentos públicos, fotografias, publicidade, e, a partir do exame detido desses testemunhos, identifica como são atravessados por práticas racistas, buscando “desnaturalizar” essas concepções.
"O presente livro trata de paradigmas, protoideias e também de estilos de pensamento, pensamentos coletivos e revoluções científicas. Nele dissertamos sobre assuntos que vão desde as origens do homem e a imprevisibilidade da evolução do conhecimento e da ciência até os conceitos e mecanismos de formação de imagens internas (como em um espelho) para o reconhecimento (da imagem) de objetos do mundo real (incluindo os micróbios). Os textos permeiam tanto narrativas históricas – como a da imunologia cognitiva – quanto a descrição do funcionamento do sistema nervoso. Os tópicos expostos em cada capítulo são explicados ao leitor com a ajuda de conceitos de diferentes disciplinas, muitas vezes estranhas ao pensamento coletivo de cientistas de nossas áreas. Assim, algumas ideias, inicialmente protoideias, demandaram amadurecimento através da interação com especialistas nas diversas disciplinas abordadas. Ao fim de cada capítulo, comentários desses peritos analisam as perspectivas e consequências dos temas tratados, muitas vezes proporcionando um olhar diferente ao oferecido por nós. [...] Esperamos, com esta abordagem interdisciplinar, promover o debate sobre diversos temas tratados entre especialistas de diferentes campos do conhecimento e, quem sabe (quem dera também...), instigar o surgimento de novas revoluções científicas. Seja bem-vindo ao mundo dos micróbios, imagens e espelhos!"
A presença dos imigrantes espanhóis em São Paulo é um fenômeno numericamente importante, suplantado apenas pelos portugueses e italianos, mas não tem a mesma visibilidade que outros contingentes populacionais. Esta é uma questão que Marília Cánovas se propõe a elucidar neste livro, que inaugura a Coleção História das Migrações.
O livro procura enxergar o Programa de Saneamento Ambiental da Baía de Todos os Santos, suas características e seus impactos. Traz aportes teóricos, metodológicos e resultados que permitem refletir sobre o que se pode esperar de iniciativas públicas dessa natureza, mas, sobretudo, como poderiam ser aperfeiçoadas em projetos futuros. Esta obra é uma coletânea composta por capítulos inéditos e por artigos traduzidos para o português, já publicados em revistas de alto impacto em diferentes idiomas. O conjunto da obra revela que programas de saneamento básico de larga escala – nesse caso, com ênfase em esgotamento sanitário – podem propiciar importantes melhorias em um conjunto de desfechos em saúde. Neste sentido, esta obra pretende dar maior visibilidade dos importantes resultados obtidos pelo Estado da Bahia na busca das Metas Propostas para o Desenvolvimento do Milênio, visando ao alcance de equidade em saneamento e saúde no Brasil.
Apesar da retomada dos investimentos em saneamento e habitação, pelo Governo Federal, a partir de 2003, e apesar da febre participativista decorrente da criação de mais de 10.000 conselhos de políticas públicas a herança do período neoliberal - ajuste fiscal, baixo crescimento econômico, recuo nas políticas sociais - e o impasse na política urbana decorrente especialmente da manutenção persistente do padrão fundiário excludente, a vida nas cidades brasileiras continua a piorar.
Implantação do Programa de Acreditação de Serviços de Saúde – A qualidade como vantagem competitiva cita ou descreve as referências, artigos, sites e estudos que abordam os padrões nacionais e internacionais contidos nos Manuais de Acreditação CBA-JCI e ONA.
Movimentos contra vacinação estão em alta. Com texto esclarecedor, sem deixar de ser pessoal, Imunidade traz o debate sobre imunização para um novo patamar. Eula Biss quase morreu no parto do seu primeiro filho. Confrontada com a fragilidade da vida, ela tornou-se obcecada com assuntos relacionados à saúde, em especial aqueles envolvendo o recém-nascido.Imunidade é o resultado dessa pesquisa, um livro pessoal e esclarecedor. Mistura de ensaio pessoal, história cultural e investigação científica, o livro – ao estilo de Susan Sontag e Andrew Solomon – une entretenimento, esclarecimento e qualidade literária.
Este livro traz, além da atualização referente aos imunobiológicos disponíveis na rede pública e privada, orientações sobre técnicas adequadas para aplicação e armazenamento. Visando à melhor compreensão a respeito dos mecanismos da resposta imunológica, há capítulos específicos dedicados a este tema.
Imunologia - Do Básico ao Aplicado, ora em sua 3ª edição, apresenta como diferencial dos demais livros-texto sobre Imunologia a facilitação do seu estudo que, de assunto tão difícil, torna-se agradável, lógico, extremamente compreensível e atraente. Isso se explica por sua didática exemplar, pela utilização de esquemas, tabelas e material visual abundante.
Num diálogo entre as áreas da nutrição e da saúde coletiva, o autor realiza um trabalho investigativo acerca do Programa de Incetivo Fiscal à Alimentação do Trabalhor (Pifat) ou Programa de Alimentação do Trabalhador (Pat), até então pouco discutido, enveredando-se numa análise sociogenética do programa. Ele remonta à década de 1930, quando surgiram as primeiras políticas públicas do tipo, desenvolvendo o seu estudo até chegar às problemáticas surgidas durante a implantação do programa, envolven do os agentes e as instituições que participaram do processo.
Neste ensaio, o jornalista e professor Eugênio Bucci reflete sobre a evolução de um conceito que nos desorienta e nos desconcerta: a incerteza. Como pensamos essa ideia incômoda? Como a representamos? Como podemos lidar com o incerto que faz parte central da nossa vida? O tema não é novo. No século XX, porém, virou uma obsessão de pensadores em campos diversos, da matemática à termodinâmica, da economia à política. O estudo da incerteza trouxe novos conhecimentos sobre o risco, e quem domina os artifícios para se safar dos riscos tende a ganhar mais dinheiro. O capitalista decifra as dissimulações do mercado traiçoeiro e fica mais rico. No século XXI, então, o negócio da incerteza orienta os destinos do mundo digital. As máquinas participam da gestão do dinheiro e das coisas públicas. Os algoritmos mapeiam intimidades e decifram o circuito secreto do desejo de cada indivíduo. O tempo e o espaço ficaram muito mais incertos para os seres humanos do que para as máquinas.
Este livro pretende inspirar os leitores a transformarem o processo de inclusão, comumente visto como um problema, em um desafio a ser criativamente abordado e superarem, assim, seus próprios obstáculos como educadores comprometidos com o processo de inclusão.
O grupo responsável por este trabalho e que vivenciou durante vinte anos, incialmente, a luta pelos ideias da Educação em Saúde, contou com a liderança de Vera Lucia Góes Pereira Lima, mas também com o apoio constante e incondicional de um grupo de profissionais - sociólogos, psicólogos, médicos, comunicadores e outros, sem os quais nada seria possível.
É um previlégio e uma honra escrever a introdução desse importante livro resume o percuso de 35 anos do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em saúde (INCQS). Junto com outros colegas, construímos essa bela história com muita luta, superando obstáculos, vivendo os altos e baixos das politícas de saúde pública, contribuindo para a estruturação do maior complexo de saúde pública da América Latina, a Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz. E fomos atuantes na criação e fortalecimento daquilo que é um dos " orgulhos de ser Fiocruz", a democracia interna: a perticipação livre e constante dos trabalhadores da Fundação no seu dia-a-dia e na realização do seu destino.
Este livro examina tais questões, apontando que a cidadania no Brasil passa pela questão dos direitos sociais e pela luta pela extensão da participação política, o que envolve, necessariamente, a formação da classe trabalhadora e suas relações com o Estado.
O desconhecimento sobre o passado, o presente e o futuro dos índios no Brasil é grande. Em cinco ensaios que se valem tanto da história quanto da antropologia, este livro desmistifica os preconceitos que ainda imperam. A história permite responder a várias perguntas. Por que são tão distintas as imagens que colonizadores portugueses e filósofos franceses formaram dos índios no século XVI? Por que os índios foram primeiro cobiçados como mão de obra escrava e mais tarde apenas considerados como obstáculos à ocupação das terras? Como a política indigenista foi mudando em função desses interesses e por que a maioria das terras indígenas no Brasil está na Amazônia? Outras questões são de natureza conceitual.
As pesquisas e práticas pedagógicas abordadas neste livro revelam o desafio e a urgência teórica e política de construirmos práticas pedagógicas e metodologias que possibilitem às crianças falarem de si, sobre a sua relação com o outro e sejam protagonistas das suas próprias vidas. As crianças sabem de si, principalmente as pobres, as negras e aquelas em situação de maior vulnerabilidade e desigualdade, cujas infâncias são roubadas pela pobreza e pelas desigualdades. E é isso que o olhar adulto tem dificuldade de admitir. A raça atravessa e participa da formação das infâncias e dos seus sujeitos. Infelizmente, nem sempre ela é entendida como parte do fascinante processo da diversidade humana, mas como um peso, uma marca de inferioridade. E é isso que precisamos superar. A educação de maneira geral e a Educação Infantil e das infâncias, em específico, ao assumirem o compromisso com a emancipação social e racial, têm um papel relevante na reversão desse processo. E podem contribuir para que as crianças brasileiras – em especial as pobres, as negras, as quilombolas, as indígenas e as do campo – tenham uma existência mais digna.
Retrata a epidemia de gripe espanhola em São Paulo em 1918, narrando a disputa de poder entre governantes, médicos alopatas, homeopatas, farmacêuticos, curandeiros, herboristas, rezadeiras e religiosos. Ao analisar a convivência da terapêutica médica com diferentes práticas de curadores, desvela a sociedade brasileira e suas complexas relações com a saúde, a doença e a medicina moderna.
O livro analisa as mudanças na trajetória dos sistemas de informação em saúde, partindo de aspectos históricos e conceituais. Iniciativas como aplicativos na área da saúde, utilização de sistemas de informação em saúde via web, o desenvolvimento do Programa Telessaúde Brasil Redes, a expansão do cartão nacional de saúde (CNS), o desenvolvimento dos prontuários e registros eletrônicos são algumas das estratégias desenvolvidas nas esferas municipal, estadual e federal que permeiam o cotidiano de trabalho de muitos profissionais da saúde.
Abordagens multidisciplinares que integrem informação, educação, comunicação e saúde são relativamente recentes no Brasil. Mas demonstram grande potencial e têm contribuído para melhorias nos serviços de saúde. Uma significativa amostra de ações institucionais que apontam nessa direção está reunida neste livro. A coletânea explicita como informar, educar e comunicar constituem pilares para um efetivo engajamento em saúde. Nesse sentido, desempenham uma função política, relacionada aos direitos e interesses individuais e coletivos para a promoção da saúde. É nesse entrelaçamento entre as ciências sociais e as ciências da saúde que se localizam as contribuições do livro. Com enfoque ora mais instrumental, ora mais teórico, os capítulos da coletânea discutem estratégias ou políticas para implementar ações que favoreçam a saúde, de maneira participativa.
A defesa da floresta e a crítica a todos os projetos que resultam na sua destruição baseavam-se numa ideia que começou como um sentimento e uma intuição: a condição para o desenvolvimento da Amazônia e para a proteção de seus povos originários e tradicionais é que ela permaneça sendo Amazônia. Este livro organiza e sistematiza essa ideia, para que possamos estruturalmente resistir melhor agora e avançar mais rápido quando for possível.
Tida como o estado da arte do planejamento ecológico da paisagem, a infraestrutura verde é abordada neste livro como um instrumento ao planejamento urbano sustentável. A teoria da infraestrutura verde defende o argumento de que a conservação, restauração e manutenção do funcionamento dos sistemas naturais não apenas protegem os valores e as funções ecológicas, mas também promovem diversos benefícios econômicos, sociais e culturais. Neste sentido, o livro traz soluções atuais para a conciliação do desenvolvimento urbano com o meio ambiente, de modo a minimizar tanto os impactos da urbanização sobre a natureza quanto os problemas ambientais que atingem as cidades. Primeiramente, analisa a evolução do pensamento ambiental e a forma como ele foi sendo incorporado ao planejamento da paisagem, até chegar à infraestrutura verde. Em seguida, aborda o tema da infraestrutura verde, expondo seus princípios, funções, benefícios e aplicações. Por fim, aplica seus conceitos e métodos na elaboração de um Plano Básico de Ocupação para uma área específica do município de Nova Friburgo - RJ: a Bacia Ambiental do Córrego D'Antas, cuja escolha teve por motivação as trágicas consequências decorrentes das intensas chuvas de janeiro de 2011 na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, que representaram um exemplo importante de como desastres naturais tomam proporções maiores devido à falta de planejamento e aos erros das ocupações humanas, muitas vezes situadas em áreas indevidas e suscetíveis a riscos. O livro apresenta, ainda, uma proposta metodológica de análise da paisagem para o planejamento da ocupação urbana, na qual demonstra que o planejamento de uma rede de infraestrutura verde pode ser um instrumento eficaz não só de prevenção às tragédias decorrentes dos desastres naturais e de diminuição dos riscos à população, como também ao favorecimento da melhoria da qualidade da paisagem natural e de conservação do meio ambiente.
Este segundo livro da série traz dez artigos de ex-alunos da EPSJV sobre os seguintes temas: hanseníase, câncer de colo do útero, anorexia, psicologia na necrópsia, plantas medicinais, incesto, formação da concepção moderna de natureza, gerenciamento de informações e a literatura de Mario de Andrade.
Neste terceiro volume da série, a questão do trabalho é abordada sob diferentes aspectos em dois artigos que tratam do sofrimento do trabalho em enfermagem e da saúde do trabalhador no setor de quimioterapia. Problemas como anorexia nervosa em adolescentes, relações entre o cuidador familiar e o portador de doença de Alzheimer e até raiva humana transmitida por morcegos são temas de outros artigos.
Primeiro da série, este livro reúne oito artigos com temas que vão da caracterização da rubéola, neonatologia, clonagem e câncer do colo do útero até a relação entre manipulação e ideologia, o estudo de Álvares de Azevedo e a pós-modernidade e o infinito matemático, passando pela invetigação da violência na adolescência.
No quarto volume da série, a utilização da medicina alternativa no tratamento do câncer, tuberculose pulmonar, as contribuições que o prontuário do paciente podem dar para a gestão da saúde e a influência da propaganda de medicamentos no uso dos produtos farmacêuticos são temas de alguns dos textos.
Os 30 anos do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos) – unidade da Fiocruz que fabrica vacinas e testes para diagnóstico – são o mote deste livro, que oferece reflexões sobre a ciência e a tecnologia no país, com ênfase na biotecnologia e na inovação em saúde. Dividida em três partes – História e imunização no Brasil; Registros da memória: depoimentos sobre Biomanguinhos, e Dinâmica industrial e estratégias de inovação em vacinas –, a obra analisa a trajetória e os desafios de uma instituição que já contribuiu para a erradicação da poliomielite, controle do sarampo e da febre amarela e o enfrentamento da meningite, entre outras conquistas.
Com o intuito de desvendar alguns mitos e crenças da educação e trazer inovações para a realidade escolar, esta obra traz propostas concretas de mudança, atos primordiais, destinados àqueles que ousarem começar a criar alternativas à velha escola. Estamos chegando ao fim de um longo tempo, durante o qual se comprometeu o futuro de milhões de jovens. E com esse fim, o fim de uma certa maneira de entender e de fazer escola. Outro mundo já está sendo construído.
Contribuir para melhorar a qualidade da informação sobre as condições de vida e saúde das populações urbanas de baixa renda, em territórios vulneráveis, visando a aumentar o acesso aos serviços de saúde e aprimorar a assistência prestada pelo SUS: partindo deste objetivo, as autoras apresentam sua experiência com o Inquérito sobre Condições de Saúde e Utilização de Serviços de Saúde no Território de Manguinhos, Rio de Janeiro. O livro indica as particularidades práticas da realização desse tipo de pesquisa. Os capítulos descrevem as etapas de planejamento, a construção do questionário para a coleta de informações, a opção de coleta de dados diretamente em meio digital, o desenho amostral, o mapeamento da área percorrida pelos entrevistadores e a análise de dados. A participação comunitária foi essencial ao longo de todo o processo. Os entrevistadores eram todos moradores de Manguinhos, selecionados e capacitados. Houve o envolvimento da comunidade tanto na preparação do trabalho de campo como na estratégia de disseminação dos resultados, que, sob a forma de um boletim, chegaram, inclusive, aos domicílios dos entrevistados e locais de encontro dos moradores. “Distribuímos por todo o livro diversas histórias ouvidas e vividas pela equipe que ajudam a ilustrar e partilhar nossa experiência”, contam as autoras, que assinam uma obra de interesse para pesquisadores e gestores da saúde.
Em 1964, Paulo Freire foi preso duas vezes pelo 4o Exército. Na primeira, em 16 de junho (aniversário de sua esposa, Elza), foi levado de casa por dois soldados e permaneceu com paradeiro desconhecido por cerca de 24 horas. Oficiais chegaram a negar que Freire estivesse detido, mesmo com sua família tendo testemunhado a prisão. Depois, admitiram que ele estava encarcerado na Segunda Companhia da Guardas do Recife. […] Freire ficou preso por mais de setenta dias, entre junho e setembro de 1964, na Segunda Companhia da Guardas do Recife e na Cadeia de Olinda. Amargou o começo da prisão numa cela solitária, com apenas 60 centímetros de largura e 1,7 metro de comprimento, com “paredes de cimento áspero, [que] não dava para encostar o corpo” , como lembraria mais tarde. […]
Este livro traz reflexões abrangentes para o futuro do país, abordando questões econômicas, políticas, ambientais e sociais no contexto atual do mundo. Os temas tratados estão na ordem do dia, como os desequilíbrios ambientais e climáticos, as tensões políticas e incertezas globais, a necessidade de modernização do Estado brasileiro, as agendas estratégicas que envolvem a produção de alimentos, a valorização da biodiversidade com inclusão social e o protagonismo dos povos originários.
Apesar dos números significativos no âmbito da desinstitucionalização psiquiátrica e dos ganhos positivos para os usuários de moradias assistidas no Brasil, este livro demonstra que ainda há muito a ser feito no país. A partir de uma avaliação participativa e interdisciplinar, os autores apresentam suas reflexões sobre as experiências vivenciadas com membros dos projetos de Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs), Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e Núcleos de Atenção Psicossocial (NAPS). Essa rica investigação de campo, com a qual se procura conhecer melhor as habitações de pessoas com transtornos mentais graves através do olhar de quem as habita, é acompanhada por um vasto arcabouço teórico, proveniente de diversas fontes e disciplinas - arquitetura, antropologia, psicanálise e saúde coletiva. A obra expõe também a reflexão dos pesquisadores em termos de uma práxis de reflexividade durante as interações com os participantes. O trabalho em grupo acompanhou rotinas diárias dentro e fora das habitações, tentando descobrir a configuração da moradia em seus aspectos físicos, a experiência dos moradores a partir do significado de habitar e da organização das pessoas no espaço de moradia, bem como a rede de relações dos moradores na comunidade. Além de revelar a complexidade do morar e do habitar desse grupo de pessoas estudado, outra grande contribuição deste volume é a elaboração de proposições acerca do tema a partir dos resultados convergentes das diversas áreas envolvidas na pesquisa. Tais propostas objetivam uma nova resposta social para o avanço não só da garantia, mas da qualificação do provimento desse direito fundamental constituído pelo morar.
Primeiro volume da Coleção 'Encontros anuais Helena Antipoff', editada pela Nau Editora em parceria com o Centro de Documentação e Pesquisa Helena Antipoff ( CDPHA), com apoio do Procad/ Capes. O livro traz trabalhos resultantes dos Encontros cujo objetivo é preservar a memória e divulgar a obra da psicóloga e educadora Helena Antipoff . A Coleção publicará anualmente as contribuições recebidas dos conferencistas convidados.
Composto por artigos desenvolvidos por docentes e discentes do curso de Direito da Universidade Comunitária Regional de Chapecó (Unochapecó), o livro "Instrumentos de tutela ambiental no direito brasileiro" faz uma reflexão dos princípios e instrumen tos de proteção do meio ambiente a partir de uma análise ao que rege a legislação da Constituição Federal brasileira de 1988.
What has changed in these three decades, and why do we continue to face the same issues and engage in the same struggle? Year after year, access to medicines and the clash been health and trade are repeated in all the global health forums. The World Health Assembly has discussed the issue every year for the last two decades.
Intensivismo Neonatal – O que todo Enfermeiro deve saber chega sob o apoio institucional da Associação Brasileira de Enfermagem e Terapia Intensiva – ABENTI e da Associação de Medicina Intensiva Brasileira – AMIB, o que referencia a qualidade do seu conteúdo. O livro é prático e objetivo. Utilizou-se a didática de perguntas e respostas, e as perguntas foram formuladas por enfermeiros com experiência à beira do leito, e com vivência em UTI Neonatais de todas as regiões do país. É um livro diferenciado no cenário nacional, pois foi escrito por enfermeiros para enfermeiros. De fato, alguns enfermeiros passam por dificuldades e enfrentam dúvidas diariamente. Assim, as experiências e os conhecimentos dos autores foram consolidados no presente livro, com o objetivo de auxiliar a todos em suas jornadas de trabalho, por meio de uma leitura didática e interessante. Intensivismo Neonatal – O que todo Enfermeiro deve saber apresenta 3 Editoras, 76 Colaboradores, 67 capítulos, em um total de 492 páginas. Seu público-alvo é formado por Enfermeiros e todos os Profissionais que compõem a equipe multiprofissional da Neonatologia, como também Docentes e Acadêmicos das áreas da Saúde. Ou seja, todos aqueles que se interessam pelo minimundo da Neonatologia.
No contexto de reinvenção e redefinição das universidades brasileiras, o livro busca expressar a dinâmica do trabalho de formação interdisciplinar - possibilitada pela criação dos cursos de Bacharelado Interdisciplinar, uma nova modalidade de curso superior. Tratando-se do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde, outras questões são enfrentadas, como a necessidade de articular o curso com o processo de Reforma Sanitária, que inclui a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e as crescentes exigências referentes às habilidades de recursos humanos. É a partir deste cenário que a obra oferece ao leitor possibilidades de caminhos e roteiros para a realização da formação multi-inter-transdisciplinar.
A intenção da coleção Feminismos Plurais é trazer para o grande público questões importantes referentes aos mais diversos feminismos de forma didática e acessível. Neste volume, a autora Carla Akotirene discute o conceito de interseccionalidade como forma de abarcar as interseções a que está submetida uma pessoa, em especial a mulher negra. O termo define um posicionamento do feminismo negro frente às opressões da nossa sociedade cishetero patriarcal branca, desfazendo a ideia de um feminismo global e hegemônico como diretriz única para definir as pautas de luta e resistência. (edição revista em parceria com a Pólen Livros)
A interseccionalidade se tornou tema recorrente nos círculos acadêmicos e militantes. Mas qual é o significado exato do termo e por que surgiu como ferramenta indispensável para pensar as desigualdades sociais de raça, classe, gênero, sexualidade, idade, capacidade e etnia? Nesta obra, as autoras fornecem uma introdução muito necessária ao campo do conhecimento e da práxis interseccional. Elas analisam o surgimento, o crescimento e os contornos do conceito e mostram como as estruturas interseccionais abordam temas diversos, como direitos humanos, neoliberalismo, política de identidade, imigração, hip hop, protestos sociais, diversidade, mídias digitais, feminismo negro no Brasil, violência e Copa do Mundo de futebol.
Em determinadas intersecções de raça, gênero, classe, sexualidade, nacionalidade e religião a violência se faz mais presente e, muitas vezes, letal. Neste livro, o terceiro que tem como tema central a interseccionalidade, Patricia Hill Collins analisa casos reais de agressão contra grupos ou indivíduos específicos e cita ideias, ações e movimentos de resistência que surgiram como formas de combater o que se tornou um grande problema social.
Parcialmente inspirada na desconstrução sem ser "descontrucionista" tal perspectiva procura levar em conta tudo aquilo que compõe a exterioridade dos processos de comunicação para usar um conceito David Wellbery. Não é um livro de crítica literária ou de teoria da literatura e menos ainda de "estudos culturais" no sentido hoje tão em voga da expressão. não "representa" mas antes concretiza uma perspectiva nova e incomum na análise dos fenômenos culturais.
Há percursos e percursos! O percurso da Ana Marta Lobosque na Reforma Psiquiátrica Brasileira é vivido, cristalino, iluminado. Ana Marta nos oferece esse percurso com uma rara generosidade: articula histórias, emoções, aprendizados. Ana Marta tem tanta maestria que consegue tornar-se novamente uma aprendiz. Qualidade rara. Qualidade de gente sabia. Quem sabe, também uma virtude da prosa mineira. Entre memorias, experiências e reflexões críticas sobre a prática contemporânea Ana Marta tece laços, qual bordadeira, enlaça, encoraja, compartilha e articula com arte e beleza. Nossa Coleção SaúdeLoucura se orgulha imensamente de ter Intervenções em Saúde Mental entre nós!
Mestre e doutor em Linguística pela Universidade de São Paulo, o babalorixá Sidnei Nogueira apresenta um histórico da intolerância religiosa no Brasil, lembrando também de momentos importantes da história da humanidade marcados pela dominação religiosa, como o Império Romano, Idade Média e Nazismo. A partir daí, discute a expressão "intolerância religiosa", utilizada atualmente para descrever um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a crenças, rituais e práticas religiosas consideradas não hegemônicas. Práticas que, somadas à falta
Este livro apresenta metodologias para avaliação que combinam a firmeza no uso de conceitos lógicos com a sensibildiade para as questões sociais e filosóficas que cercam o tema.
Introdução à Bioestatística, escrito e organizado pela professora Sonia Vieira, chega à sua sexta edição, revisto e ampliado com base na literatura mais recente sobre o tema, de modo a prover conteúdo relevante e atual para estudantes de diversas áreas e atualização concisa para cientistas e profissionais que precisam interpretar resultados estatísticos.Com o crescimento da atividade científica e o progresso tecnológico, as ciências da saúde recorrem cada vez mais à Estatística para realizar análises de fenômenos biológicos. Entretanto, a condução e a avaliação de uma pesquisa dependem, em boa parte, do conhecimento do pesquisador sobre as potencialidades e as limitações das técnicas estatísticas utilizadas. Esta obra aborda conceitos teóricos de modo didático, acompanhados por muitos exemplos e exercícios que demonstram como interpretar os resultados estatísticos e enfatizam as indicações e restrições das técnicas utilizadas. Os exemplos, em sua maioria, podem ser acompanhados, passo a passo, com pouco trabalho de cálculo, que pode ser feito à mão ou com o auxílio de uma calculadora, sem excluir o uso do computador, pois são fornecidas as saídas de diferentes pacotes estatísticos. Sem dúvida uma literatura indispensável para orientar profissionais, pesquisadores e acadêmicos nesta área do conhecimento.?
Mais um volume da coleção INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA, que foi concebida para ser utilizada na formação de psicólogos, a INTRODUÇÃO À EPISTEMOLOGIA apresenta o estudo dos grandes temas epistemológicos, o que constitui condição indispensável para uma boa formação científica.
As preleções da década de 1920 possuem todas um papel central na compreensão do projeto filosófico de Heidegger. Introdução à filosofia, porém, não é apenas uma entre outras preleções. O livro encerra em si uma riqueza temática que raramente se encontra mesmo nas obras de Heidegger. Exatamente por isso, sua leitura tende a promover naturalmente uma abertura de horizontes e perspectivas em relação ao pensamento heideggeriano. Além disso, o título do livro possui uma ambigüidade digna de nota. O livro não nos introduz na filosofia por meio da veiculação de um conjunto de informações que vão paulatinamente permitindo a reconstrução dos grandes problemas da história do pensamento filosófico. Introdução significa aqui convite à participação na vida da filosofia.
Diante dos desafios causados pela emergência da Covid-19, a epidemiologia passou a ser uma área ainda mais em voga frente às necessidades de enfrentamento da pandemia. A promoção da saúde, o controle de doenças e seus vetores, o processo saúde-doença em diferentes contingentes populacionais são temas que viraram parte dos debates públicos em meio à crise global.
Esta obra traz uma visão de pesquisa e um modelo de pesquisa simples, porém robusto, e depois usa o modelo para orientar o planejamento de pesquisas empíricas quantitativas, qualitativas e com métodos mistos nas ciências sociais. Nesse processo, enfatizamos a necessidade de desenvolvimento de perguntas empíricas genuínas e descrevemos as conexões entre conceitos e seus indicadores empíricos. Depois demonstramos a implementação desse modelo na pesquisa qualitativa e quantitativa. A respeito dos motivos, a intenção é expor a lógica de todos os estágios do processo de pesquisa empírica (seja qual for a natureza dos dados) e sugerir uma base para os alunos planejarem e desenvolverem a pesquisa imediatamente. Como antes, então, tento enfatizar a lógica que subjaz à pesquisa e suas técnicas, e não questões puramente técnicas. Um dos objetivos ao fazê-lo é “desmistificar” o processo de pesquisa e, quando necessário, simplificá-lo, tentando demonstrar claramente a lógica subjacente; portanto, mostrando que uma pesquisa de qualidade está ao alcance de muitas pessoas.
Em relação a políticas públicas, a sociedade contemporânea se comporta de duas maneiras distintas: pode ser mais esclarecida e participante, solicitando melhores resultados da gestão pública na solução de seus problemas, ou assiste estarrecida aos fatos que envolvem os desvios em torno da gestão pública. Entender como se articulam as variáveis, explícitas ou implícitas, na formulação, na execução e na avaliação das políticas públicas, é uma necessidade urgente. Este livro propõe olhar os acontecimentos recentes, da perspectiva do conhecimento de políticas públicas.
A adolescência é o tempo da descoberta e da abertura de possibilidades; sua representação, contudo, nasce para sustentar os aparatos científicos e os discursos psicopedagogicos que a inventam, transformando-a no momento da doença e da incapacidade de aceitar o mundo "tal como ele é".
Por que, no Brasil, os cidadãos desconfiam dos políticos e, ao mesmo tempo, estão prontos a seguir um líder carismático? Que tipo de cidadania existe no Brasil? Ou melhor, como neste país se construiu um conceito de cidadania e uma experiência de democracia?
Audre Lorde é muitas e única. Mulher negra, poeta, lésbica e guerreira. Mãe e professora. Ativista e pensadora. Todas essas facetas coexistem em harmonia nos quinze ensaios de Irmã outsider , que dá sua contribuição como uma das mais importantes obras para o desenvolvimento de teorias feministas contemporâneas. O pensamento de Lorde é profundamente enraizado na experiência de estar fora do que chamou de “norma mítica” – branca, heterossexual, magra.
Em 1993, dois anos após receber o American Books Awards, a educadora, crítica literária e aclamada pensadora do feminismo negro Gloria Jean Watkins (1952-2001), internacionalmente reconhecida pelo pseudônimo bell hooks, decidiu colocar no papel as experiências e reflexões inspiradas por um grupo de apoio de mulheres negras, as “Irmãs do Inhame”. O nome é carregado de significado. Inspirada em um trecho da obra Os comedores de sal, da escritora e ativista Toni Cade Bambara (1939-1995) – a quem presta homenagem na epígrafe –, o inhame é símbolo da “sustentação da vida”, da nutrição e do cuidado, e também das “conexões diaspóricas” para a comunidade negra. Assumidamente pensado como um livro de autoajuda direcionado para (mas não apenas) as mulheres negras e suas relações com o corpo, as relações afetivas e familiares, o trabalho, a educação, a vida comunitária, a busca pela paz interior, Irmãs do inhame vai muito além, e traz a essência de bell hooks: uma escrita amorosa e envolvente, que não nega a dimensão política do cotidiano, e combina um conhecimento profundo da literatura e da cultura negras com reflexões que passam pela filosofia, pela crítica cultural e pelo budismo, em especial a obra do monge vietnamita Thich Nhat Hanh (1926-2022). Para hooks, a processo de cura passa necessariamente pelo olhar compreensivo entre as “irmãs”, sem jamais esquecer do “universo mais amplo da luta coletiva”.
Os temas das histórias relatadas neste livro são familiares para a maioria dos leitores da região amazônica. Boto, Cobra Grande e Curupira, entre outros, são temas recorrentes no imaginário local. E são contados e recontados porque eles têm uma grande importância dentro do conjunto das crenças dos indígenas e moradores da Amazônia. As pessoas gostam e desejam ouvir e contar histórias, porque estas refletem a sua visão de mundo e ao mesmo tempo reforçam a memória local e os seus laços de pertença a um território e a uma comunidade. É interessante que tais histórias não são aprendidas na escola, mas todos as conhecem em algumas das suas variações.
Os estudos sobre loucura, processo saúde/doença mental, reforma psiquiátrica, subjetividade e comportamento humano conformam um vasto campo de conhecimentos que tem sido objeto de inúmeras áreas de saber. A natureza das questões envolvidas fazem desse campo um dos mais interdisciplinares e complexos dos tempos atuais, tamanha a diversidade de disciplinas que dele se ocupam (antropologia, sociologia, história, filosofia, psicanálise, psicologia, dentre outros) e que, não obstante, requerem ainda permanentes rupturas nas fronteiras e territórios de tais saberes. No Brasil, principalmente nos últimos anos, tais estudos vêm merecendo uma atenção e um debate visivelmente crescentes. Não apenas nos centros acadêmicos, mas também no âmbito dos serviços e da cultura, na medida em que nosso país vem sendo palco de um dos mais importantes processos de transformação na área da saúde mental.
título deste livro não é um artifício linguístico. Neste novo trabalho, Giovanni Aciole traz Asclépios, referindo-se àquele que têm o domínio das doenças e a faculdade da cura de pacientes para discutir a clínica. Esta é trazida como prática de cuidado, desdobrada por autores que assim a propõem, como Emerson Merhy, a quem o livro é dedicado. Conversa com a medicina, mas, por tabela, com todas as profissões do cuidado, da cura e da escuta aos processos de adoecimento e restabelecimento. O assunto não é novo para o autor, mas ele aprumou a conversa; problematiza, sob vários ângulos, o preceder da clínica, identificando sua gestão na atenção de pessoas sob cuidado e na condução de sistemas e serviços por suposto cuidadores. Por trás das abordagens apresentadas, constata-se a vigência de políticas da clínica. Trata-se, portanto de uma obra de especial interesse a docentes e discentes: tabuleiro bem arrumado para pensar o acolher e atender
A revista Jacobin é uma voz destacada da esquerda mundial. Agora, em português, oferece um ponto de vista socialista sobre política, economia e cultura. Você pode adquirir o exemplar avulso ou dentro do nosso pacote de assinaturas com esta edição inclusa e a próxima que será lançada no primeiro semestre de 2022. “O ser humano vive da natureza. Isto significa que a natureza é seu corpo, com o qual ele precisa estar em processo contínuo para não morrer. Que a vida física e espiritual do ser humano está associada à natureza não tem outro sentido do que afirmar que a natureza está associada a si mesma, pois o ser humano é parte da natureza.” — KARL MARX
Rios poluídos, embriões congelados, robôs, organismos geneticamente modificados - como compreender esses "objetos" estranhos que invadem cada vez mais o nosso mundo? Eles concernem à esfera da natureza ou da cultura? Até algum tempo atrás, as coisas pareciam simples: a gestão da natureza cabia aos cientistas e a gestão da sociedade, aos políticos. Mas essa partilha tradicional já se mostrou impotente para dar conta da "proliferação dos híbridos"; daí o sentimento de desconforto que estes nos causam e com o qual a filosofia contemporânea tem sido incapaz de lidar. Em Jamais fomos modernos, Bruno Latour arrisca uma hipótese inovadora: e se tivermos errado o caminho? E se reconhecermos que nossa sociedade "moderna" nunca funcionou de acordo com a divisão que funda seus sistemas de representação, a distinção drástica entre natureza e cultura? Na prática, nunca deixamos de criar objetos híbridos, que pertencem à natureza e à cultura simultaneamente. Publicado na França em 1991 e traduzido para dezenas de idiomas, este livro-manifesto, que defende mudanças radicais em nossas formas de compreender o mundo, tornou-se rapidamente um marco do pensamento contemporâneo e continua a abrir novos horizontes em múltiplos campos do conhecimento, da ação e da política.
O livro conta a história de João Cândido, marinheiro e líder da Revolta da Chibata. Ao seu comando, mais de três mil marinheiros tomaram o controle de quatro navios de guerra e ameaçaram bombardear a capital da República em um protesto contra os maus-tratos e a opressão.
O objetivo da coletânea é possibilitar a difusão e a popularização da ciência e da tecnologia junto à sociedade, em geral, atividade fundamental para despertar o interesse por essa área, sobretudo dos jovens.
O objetivo da coletânea é possibilitar a difusão e a popularização da ciência e da tecnologia junto à sociedade, em geral, atividade fundamental para despertar o interesse por essa área, sobretudo dos jovens.
Judicialização da Saúde – Regime Jurídico do SUS e Intervenção na Administração Pública discute o grande desafio a ser vencido pela nossa sociedade. Isso, em razão de sua emergência, fator de desequilíbrio nos dois pratos da balança, um ao se apropriar de verbas, outro a disponibilizar essas verbas para a Saúde. Hoje, no Brasil, há cidadãos que buscam acesso de medidas judiciais a remédios e procedimentos caríssimos, alguns ainda nem aprovados pelas autoridades sanitárias. Suas ações são fomentadas por organizações escusas, que sob o manto da pretensa ilicitude praticada pelo Estado auferem lucros impensáveis. Esse é o prato da balança que produz o desequilíbrio. O outro é a óbvia carência de nossa população, à míngua de atendimentos médicos, muitas vezes emergenciais, e cujo necessário financiamento foi sequestrado pela judicialização. O livro é muito atual, pois bem reflete a iniciativa do CNJ – Conselho Nacional de Justiça –, que muito oportunamente criou um grupo para orientar e oferecer aos juízes informações técnicas de modo a dar consistência às suas sentenças. Judicialização da Saúde – Regime Jurídico do SUS e Intervenção na Administração Pública apresenta 1 Autor, 15 capítulos, num total de 236 páginas.
O livro traz 17 artigos de diversos autores e apresenta um panorama sobre a chamada “judicialização da saúde”, por meio dos novos mecanismos de acesso ao Judiciário, além de concentrar esforços para entender as causas das controvérsias jurídicas, formas de solução de conflitos e como essa tendência de judicialização crescente impacta na existência e sustentabilidade do setor.
A obra apresenta a trajetória de Júlio Emílio Braz, escritor brasileiro, nacional e internacionalmente premiado. Sua literatura, sobretudo infantojuvenil, discute importantes pautas da sociedade brasileira, em especial no que diz respeito à juventude negra. Ainda hoje, Júlio é escritor ativo e uma inspiração para todos aqueles que se aventuram no mundo da escrita.
Livro de fundamental importância em meio aos debates mais atuais do cenário sociopolítico nacional, Judicialização de Políticas Públicas no Brasil levanta debates e contribuições para "a compreensão dos processos pelos quais nosso sistema de justiça tornou-se um protagonista da política e das políticas, bem como de seus impactos sobre uma gama variada de direitos individuais e coletivos", afirma a professora titular de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP), Marta Arretche. A obra reúne 12 artigos de juristas e especialistas nos campos das ciências sociais e política e do direito, dialogando sobre temas como as bases institucionais dos processos de judicialização das políticas públicas no país, além de casos e desafios ligados à judicialização, englobando o direito à saúde e à moradia, questões de política habitacional e preservação ambiental, renda, assistência social, aborto, educação, igualdade de gênero e união homoafetiva. No time de renomados pesquisadores que compõem os estudos apresentados no livro estão Conrado Hübner Mendes, Fabiana Luci de Oliveira, Rogério Arantes, Luciana Gross Cunha e a organizadora, Vanessa Elias de Oliveira, doutora em Ciência Política pela USP e professora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da Universidade Federal do ABC (PGPP/UFABC). Para o professor da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, Oscar Vilhena Vieira, a coletânea apresenta uma contribuição fundamental para melhor compreender o papel das agências de aplicação, impulsionadas por uma constituição de natureza transformadora, na determinação das políticas públicas no campo social.
O livro conta a história de Mário Juruna, líder indígena e político brasileiro. Ele lutou contra o Estatuto do Índio, que permitia que os indígenas fossem removidos de suas terras pelo governo, dedicando sua vida para proteger seu povo. Foi o primeiro indígena eleito Deputado Federal no país e pôde participar do pro- cesso de redemocratização, que colocou fim à Ditadura Militar. Como político, criou a Comissão Permanente do Índio.
Justiça Abortada apresenta uma das abordagens mais argutas sobre o papel desempenhado tanto pela medicalização da maternidade e da infância quanto pela repressão à contracepção - sendo aborto uma de suas estratégias - e infanticídio na inserção subsidiárias das mulheres no estado, na nação e na sociedade brasileiras dos finais do século XIX aos anos de 1930. A abordagem feminista, que mantém um olhar atento para a conjunção de gênero e raça, permite que Cassia Roth acompanhe a penetração dos mecanismos estatais, deslindando não apenas os discursos grandiosos e as políticas públicas grandiloquentes. Lança seu olhar para a capilarização dos mecanismos estatais no atendimento médico, nos tribunais, na abordagem policial e mesmo no mundo dos populares. Mulheres com ou sem filhos são chamadas a testemunhar suas adversidades. Optando pela contracepção ou praticando o infanticídio, primíparas ou de múltiplas gestações, casadas, solteiras ou amasiadas, se defrontaram com a ingerência de discursos e práticas pró-natalistas invasivas. O controle de seus corpos alimentou estratégias e resistências, que justificaram lutas persistentes. Maria Helena P. T. Machado Professora titular do Depto. de História da USP
Esta obra é uma contribuição inestimável para aqueles que estão comprometidos com a resistência ao modelo predador do capital, mas, principalmente, pretendem avançar na construção de uma sociabilidade baseada no resgate da genericidade humana e no convívio sem as marcas destrutivas do modo de produção capitalista, que esgotou todas as suas potencialidades progressistas e hoje só tem contribuído para nos levar à barbárie. Seu autor fortalece essa trincheira e, no seu campo imediato de intervenção, a saúde coletiva e a bioética, procura recrutar homens e mulheres para a luta por uma ordem social que permita a efetiva emancipação da humanidade.
Quais são e como são mobilizados os mecanismos jurídicos de responsabilização da polícia que mata? A alta letalidade nas ações policiais constitui uma realidade. O fenômeno é notório, o problema, dramático. Mas o que o direito tem a ver com isso? Buscando responder a essa pergunta, este livro se concentra nas dimensões jurídicas da letalidade policial. A intenção é propor uma nova perspectiva de investigação, do ponto de vista jurídico, para um tema já densamente estudado por pesquisadores e pesquisadoras no campo das ciências sociais, ativistas e militantes antirracismo. Em tempos sombrios, a pesquisa cumpre o papel fundamental de lançar luz sobre práticas consolidadas no país, desvendando aspectos não percebidos à primeira vista, ignorados ou invisibilizados.
A crise social que vivemos manifesta-se, em grande parte, como crise urbana, e as resistências ganham visibilidade nos espaços públicos. Os movimentos sociais lutam por um espaço democrático em que possam se exprimir e decidir sobre o uso dos bens comuns produzidos socialmente, exigindo a abolição de suas condições de exploração e opressão. As contradições que assediam a vida urbana apontam, desse modo, para uma crise que se origina na desigualdade. Assim, essa conjuntura coloca como questões centrais a justiça espacial e o direito à cidade. Oferecendo bases para se entender essas questões, os autores aqui reunidos, todos especialistas em Geografia, Urbanismo e áreas afins, explicitam a desigualdade e as contradições que fundamentam a produção do urbano a partir da metrópole e no horizonte da construção da sociedade urbana. Resultado do diálogo entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros, esta obra contribui para o debate que foca o desvendamento da urbanização contemporânea.
Com nove capítulos assinados por autoras de referência nos campos da saúde, das ciências sociais e dos direitos humanos, a coletânea aborda temas como mortalidade materna, racismo obstétrico, esterilizações forçadas, experiências reprodutivas de homens trans e mulheres indígenas, além das violências institucionais sofridas por mães em situação de vulnerabilidade. O foco da publicação é evidenciar como desigualdades de gênero, raça, classe, deficiência e território impactam diretamente o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos.
Este livro tem por objetivo trazer à luz as diversas questões relacionadas à justiça social na formação em saúde, que surgem no cotidiano das relações da comunidade acadêmica, nos seus arranjos pedagógicos, curriculares, políticos e educacionais, tais como desrespeitos, violências e autoritarismos. Um olhar empírico para se resgatar a razão de ser da universidade, mais comprometida, ética e socialmente justa.
Escrita pelo cientista político alemão Michael Heinrich, um dos maiores especialistas na obra de Karl Marx, esta biografia em três volumes promete ser o trabalho definitivo para compreender, de forma integrada, a vida e a obra do filósofo alemão. Com a missão de completar as insuficiências comuns nas outras biografias disponíveis e, inclusive, corrigir seus erros factuais, Michael Heinrich também se dispôs a escrever com franqueza, escapando das armadilhas que levaram muitos autores anteriores a tratar o biografado de forma a fundamentar uma imagem já existente, deixando muitas vezes a impressão de que a intenção não era investigar Karl Marx, mas meramente reafirmar o que se conhecia dele. Para isso, Heinrich diferencia com exatidão o que é comprovado por fontes do que é apenas uma hipótese, ora mais, ora menos plausível. Neste primeiro volume, o autor investiga os anos iniciais de Marx, de sua infância aos anos de formação intelectual, em que doutorou-se na Universidade de Iena. Os dois volumes seguintes estão previstos para 2019 e 2020.
O livro homenageia a trajetória de Davi Kopenawa Yanomami. Líder de um dos maiores povos indígenas do Brasil, Davi é reconhecido por seu espírito combativo na luta contra a invasão da terra Yanomami por garimpeiros ilegais na década de 1980. Ele dedicou a sua vida a defender os direitos dos povos indígenas, salvando a floresta de interesses gananciosos.
A obra conta a história de Ailton Krenak, nascido em território do povo Krenak, na região do vale do Rio Doce, tornou-se um dos maiores líderes políticos e intelectuais surgidos durante o grande despertar dos povos indígenas ocorrido no Brasil a partir do final dos anos 1970.
En este marco, las discusiones en torno a la aplicación de derechos de propiedad intelectual en nanotecnologías ocupan un lugar central. Al margen de la preocupación expresada tanto en ámbitos públicos como privados, resulta escasa la producción académica referida a dichos derechos en esta área.
Por trás do fracasso israelense de 7 de outubro, está uma combinação de arrogância hi-tech, calcada na crença de que o aparato de vigilância é impenetrável, com uma cegueira fatal das agências de inteligência diante dos claros sinais de que o Hamas preparava um ataque em grande escala. O fato de Tel Aviv ter sitiado Gaza com um conjunto de cercas, drones e aparelhos de escuta sempre se amparou na ideia delirante de que, cedo ou tarde, os palestinos se conformariam com seu próprio aprisionamento.
Na interface entre a história sanitária, econômica e administrativa, a obra lança uma luz multifacetada sobre o desenvolvimento e as condições de produção na pecuária leiteira no Brasil. Para tanto, examina temas centrais da história da Primeira República Brasileira (1889-1930) e dos regimes desenvolvimentistas, às vezes democraticamente legitimados, às vezes autoritários, entre 1930 e 1964.
A obra é uma coletânea de 18 textos que expressam distintas reflexões sobre o suscitar da percepção de que em terras brasilianas, territórios, religiosidades e saúdes foram/são apropriados pelos grupos afro-descendentes de acordo com suas particularidades e valores, seus interesses e suas interações junto à sociedade nacional, assim como o de divulgar reflexões, estudos e seus resultados produzidos por pesquisadores, além de agentes religiosos de diversas instituições.
A presente obra é organizada através do interesse em reunir distintas reflexões sobre o fenômeno das novas tecnologias no campo da saúde, suas apropriações e repercussões nas sociedades. Além disso, pretende servir de instrumento de divulgação e de orientação a temas desta área de gestores para profissionais e para pesquisadores da saúde e áreas correlatas.
Dedê Fatumma, mulher negra e lésbica, expõe em Lesbiandade, décimo quarto título da Coleção Feminismos Plurais, a construção de sua identidade e os caminhos percorridos para o entendimento das violências que acometem mulheres sapatonas, lésbicas, bissexuais e dissidentes de gênero. A partir da referenciação de intelectuais negras, mulheres latino-americanas e racializadas, evidencia as desigualdades intersectadas nas relações sociais de gênero, classe, raça e sexualidade, frente ao cistema de poder. Sua pesquisa marca a insurgência teórica contra a hegemonia branca e rompe com padrões de colonização de corpos ao evidenciar outras maneiras de amor entre mulheres.
Obra vencedora do 25º Concurso de Monografias de Ciências Criminais do IBCCRIM. Transitando com precisão analítica e desenvoltura intelectual por diferentes vertentes da Sociologia contemporânea — dos estudos sobre governamentalidade e movimentos sociais à criminologia queer e à sociologia da punição —, o instigante trabalho de Alexandre Martins busca compreender a relação difícil entre o ativismo LGBT e o sistema de justiça criminal no Brasil das últimas décadas, em especial, as possibilidades e os limites que o acionamento desse sistema, em nome do adensamento da luta pelos direitos LGBTs, tem colocado não só para o movimento, mas também para o próprio processo de democratização do país.
Este livro discute sobre o surdo, o universo que o circunda, seus direitos, sua diversidade ou multiplicidade linguística, suas características, as interseccionalidades que o atravessam, os emblemas e os desafios que o constituem e demarcam seu lugar social. Dessa forma, os capítulos abordam aquisição de linguagem, Libras, inclusão, a experiência das famílias e outros temas essenciais para entender melhor esse universo. Organizado por Cecilia Moura e Desirée De Vit Begrow, grandes especialistas na área, a obra é imprescindível para profissionais que estão em interação com surdos, em especial fonoaudiólogos, e também estudantes em formação em saúde e educação.