Políticas de Saúde Pública - Interação dos atores sociais, 2ª edição, revista e atualizada, assenta-se nas seguintes propostas: Estabelecer legislação que regule o modus operandi do sistema único de saúde - SUS Criar meios e fins para atendimento ágil e eficaz da população, sobre tudo a mais pobre. Exigir do estado a continuidade de políticas públicas de saúde Exigir do estado meios para fiscalizar ensino medico de qualidade como também qualificar e reciclar a população medica. criar formas de adequação das dotações orçamentarias destinado a saúde( provisão, manutenção, equipamentos, disponibilidade de medicamentos e instalações apropriadas e condizentes nas instituições da saúde, visando a excelência do atendimento médico).
A autora se aprofunda e esmiúça questões que envolvem o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (Paism), que se torna Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Pnaism) e, posteriormente, a Rede Cegonha (RC). O Paism se inicia em um momento de ebulição política e de reconquista da democracia, alguns anos antes da elaboração da Constituição de 1988 e do Sistema Único de Saúde (SUS), momento fundamental da ampliação de direitos. Já o Pnaism se estabelece em um contexto no qual a saúde reprodutiva é reconhecida globalmente como um direito humano e a violência contra a mulher é tomada como um problema de saúde pública, ao passo que a RC focaliza a dimensão inaceitável das mortes maternas desnecessárias e evitáveis. A participação das mulheres, os conflitos, as dificuldades, os avanços e retrocessos estão analisados na obra, que coloca a questão: quem são as mulheres protagonistas e alvo dessas políticas?
Ao deslocar o foco da atenção do hospital para os serviços de abordagem comunitária, o movimento da Reforma Psiquiátrica tem proporcionado, desde a década de 1980, uma série de avanços, mas também muitos desafios. Superar o aparato manicomial exige a consolidação de outras formas de lidar com o sofrimento psíquico. Exige, portanto, que os profissionais de saúde mental estejam preparados para oferecer um tipo de cuidado diferenciado. Entre esses profissionais, destaca-se o trabalhador de nível médio, que desempenha um papel de ligação fundamental entre o serviço, o paciente, sua família e a comunidade. O objetivo desta coletânea é contribuir para a formação e a capacitação desses trabalhadores. Os transtornos mentais são abordados em uma dimensão ampla ao longo do livro, que aborda temas como políticas de saúde e de saúde mental no Brasil, saúde mental na atenção básica, estratégias de intervenção e terapêuticas.
Neste livro breve e cativante, um dos proeminentes filósofos políticos do nosso tempo apresenta uma perspectiva instigante e audaciosa em favor do socialismo, desmistificando os supostos obstáculos que o cercam.
A leitura desta obra oferece elementos para duas grandes reflexões. A primeira indica que as lutas em defesa do SUS precisam ultrapassar o âmbito setorial, centrando-se na defesa e na radicalização da democracia, na construção contra-hegemônica de um novo projeto de Nação e na articulação de distintas gerações de direitos. A segunda aponta que a crise econômica internacional tem gerado agenda regressiva em diversos países, requerendo a construção de unidade entre as forças democráticas, populares e socialistas, com a reinvenção das esquerdas, para reverter a ampliação das desigualdades sociais, preconceitos, xenofobia, conservadorismo, intolerância, ressentimento e ódio, que ompõem um solo fértil para o fascismo social, com possível passagem para o fascismo político.
Este livro é resultado de um trabalho em rede que tem como objetivo produzir estudos comparados que buscam compreender a circulação de políticas educacionais em âmbito internacional. Parte da premissa de que a implementação de um repertório de tecnologias e políticas, sobre as quais as organizações internacionais jogam um papel importante em sua difusão no plano internacional, tem tido repercussão direta sobre os sistemas educacionais em diferentes países do mundo. A assimilação e interpretação desse repertório apresenta variações de acordo com os contextos de cada país,exigindo o conhecimento mais cuidadoso de cada realidade nacional em diferentes dimensões. Assim, este livro reúne estudos baseados em diferentes realidades nacionais em distintas partes do mundo com o propósito de fornecer um conjunto de contribuições que nos ajudam a entender esse amplo movimento de circulação de políticas internacionais que impactam sobre a profissão docente na atualidade,promovendo sua reestruturação.
Políticas educacionais reúne textos que têm como tema central políticas públicas em seus enlaces com a educação de jovens e adultos. Referenciadas em contribuições críticas do campo das Ciências Humanas, as temáticas desenvolvidas analisam problemas aprofundados pelo neoliberalismo e que repercutem na negação do direito à educação de jovens e adultos trabalhadores. Trabalho de fôlego e coragem, esta obra foi concebida durante um período dos mais difíceis da história brasileira, que abarcou a crise sanitária, as perdas de direitos sociais conquistados pela classe trabalhadora e as ameaças contra a democracia no Brasil. Numa mensagem de resistência, portanto, os textos do grupo PPEJAT/UERJ nos avivam para as necessárias lutas sociais, no Brasil contemporâneo, contra os sistemas de opressão que se aprofundam sob a lógica do Capital.
"Esperamos, com esta obra, contribuir para a ampliação da discussão da gestão educacional, especialmente nos Cursos de Pedagogia, abertos para comentários e críticas que possam ajudar a melhorar a nossa participação na formação de formadores para uma educação crítica, criativa e consistente".
O tema Políticas Públicas de Alimentação e Nutrição enfatiza o compreender sobre a Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva. É interface de dois campos tradicionais das ciências da saúde: a Nutrição e a Saúde Coletiva. Quando lecionados na graduação, a disciplina ganha o nome de Nutrição em Saúde Pública ou, em sua variante, Nutrição Social. Nutrição em Saúde Pública ou Nutrição Social assentam-se em três diferenciados campos de conhecimento: (1 ) Epidemiologia Nutricional, (2) Ciências Humanas e Sociais, e (3) Políticas de Alimentação e Nutrição. Não obstante os melhores esforços dos docentes, todo esse cabedal de conhecimento é transmitido aos estudantes de maneira incompleta e fragmentada. Surge, pois, em bom momento, o presente livro com sua proposta didática, isto é, demarcar o campo do conhecimento das políticas públicas de alimentação e nutrição no Brasil, com apresentação de seu conteúdo programático em perspectiva histórica e com visão factual e crítica. Assim, para o seu bom entendimento, é preciso considerar o quadro epidemiológico no país. Há que se aprofundá-lo no contexto social e político que, por si só, é móvel, volátil, em constante transformação. Políticas Públicas de Alimentação e Nutrição apresenta 1 Organizadora, 26 Colaboradores, 24 capítulos, num total de 276 páginas. Seu público-leitor é formado por alunos de graduação de cursos das Ciências da Saúde e das Ciências Sociais, além de nutricionistas, sanitaristas e outros profissionais de saúde, administradores e gestores públicos e demais interessados no tema.
O estudo das políticas públicas e da administração da educação vem ocupando crescente espaço na produção acadêmica de universidades e centros de pesquisa e é tema recorrente de reuniões e conferências nacionais e internacionais no campo da educação e das ciências sociais. A análise deste livro insere-se no conjunto dos debates nacionais e internacionais em torno da construção de uma nova sociedade cidadã e novas formas de participação públicas e educacional alicerçadas nunca nova ética da convivência humana na escola e na sociedade.
A ambiguidade existente entre as propostas de transformação social e o "corporativismo" de setores do magistério "de esquerda".
A Série Manual do Residente de Enfermagem da Escola de Enfermagem e Hospital Universitário da Universidade de São Paulo - EEUSP/HU-USP tem por objetivo difundir e ampliar os conhecimentos das residências multiprofissionais em Saúde e a residência em área profissional de Saúde inseridas no contexto médico-social brasileiro. Os programas de residência em Enfermagem são modalidades de ensino de pós-graduação lato sensu, cuja grade programática articula conhecimento teórico à prática do cuidar. Sua base didática assenta-se nos diferentes desdobramentos observados ao longo desse processo. Chama a atenção os residentes contarem permanentemente com docentes, pesquisadores, preceptores e tutores altamente capacitados para o ensino da Enfermagem por seu viés prático, a base da residência em Enfermagem. A Série Manual do Residente de Enfermagem e da Escola de Enfermagem e Hospital Universitário da Universidade de São Paulo - EEUSP/HU-USP será útil não apenas para os residentes dessas instituições, como também será validada e seguida por outros centros acadêmicos e de formação profissional de enfermeiros nas diversas regiões do Brasil. Este primeiro volume - Políticas Públicas de Saúde e Fundamentação do Processo de Cuidar - apresenta os elementos estruturantes, referentes à política pública de Saúde e à fundamentação do processo de cuidar. Sua ênfase encontra-se nas práticas realizadas pelos residentes de Enfermagem. O Livro compreende as seguintes partes: I. Políticas Públicas de Saúde -movimenta-se desde a história, os princípios, as diretrizes, as potencialidades e as deficiências do Sistema Único de Saúde SUS e da estratégia da saúde da família. Segue-se com os principais históricos e o marco regulatório da residência multiprofissional em Saúde e a residência em área profissional de Saúde. Por fim, apresenta as experiências e os desafios dos quatro Programas de Residência Médica da EEUSP HU USP. II. Fundamentação do Processo de Cuidar - estuda os aspectos éticos e legais
No momento de transição vivido no Brasil, com a rediscussão do SUS em alguns de seus artigos mais centrais, é muito adequado ler o livro Políticas Públicas e Gestão Hospitalar, que mostra experiências e vivência do sistema. O tema não é novo e seus organizadores são, por um lado, Gastão Wagner de Souza Campos, uma das grandes lideranças do SUS desde os seus inícios, como pensador, gestor e autor e, por outro, o jovem Nilton Pereira Junior, já conhecido nas mesmas atividades, que submete a uma plateia mais ampla sua tese. Os demais autores, todos conhecidos na área da saúde, também trazem relevantes experiências à apreciação dos interessados no setor e, de maneira importante, na atividade de assistência hospitalar, frequentemente postergada na formulação de políticas setoriais. Ana Maria Malik Professora Titular da FGV-EAESP
Este livro descreve e compara as principais políticas públicas implementadas na Argentina e no Brasil no período 2003-2020, em diferentes áreas. Inclui uma análise das principais políticas de: educação, social, saúde, trabalhista, fiscal, cambial, industrial, inovação tecnológica, regulação, agrícola, energia e meio ambiente. Se identificam também os instrumentos políticos que ajudaram a resolver diferentes problemas em cada país e se alinham às experiências aprendidas. Além disso, são identificados os problemas ainda não resolvidos em cada área e os principais desafios de políticas públicas a serem enfrentados no futuro imediato.
A obra é resultado de parte da produção do Grupo de Trabalho em Políticas Públicas da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs). Os autores examinam conceitos e modelos teóricos, sumariam o conhecimento produzido no Bras
Entende-se que a questão do uso prejudicial de crack é complexa existindo, em torno de seu debate, várias abordagens em disputa na tentativa de resolvê-lo. Esta Tese defende que as políticas públicas sobre drogas (PPD), com foco no crack, devem ser formuladas e implementadas de forma intersetorial e baseadas na redução de danos (RD).
Políticas Públicas estuda o desenvolvimento institucional e o impacto das políticas públicas na área social nas últimas três décadas. Mostra a importância dessas políticas para a melhoria da qualidade de vida nas cidades, e critica as propostas que desde pelo menos fins da década de 1980 buscam diminuir o papel do Estado na área social.
O livro apresenta importantes aproximações na perspectiva de superação da dicotomia objetividade e subjetividade, estrutura e sujeito que tem sido um desafio no âmbito da formação e da intervenção profissional. Reconhece-se cada vez mais a necessidade dar visibilidade ao chão social onde (re) criam lutas sociais no reconhecimento da cidadania estabelecendo nexos intelectivos das vivencias dos sujeitos sociais, a pratica profissional e as analises macrocóspicas. O primeiro bloco aborda as políticas sociais latino-americanas, as modificações dos objetivos da Política de Assistência Social. Seguindo o itinerário das políticas públicas no enlace com sujeitos sociais, os três artigos subsequentes destacam: a família, a mulher, a criança e o adolescente. No segundo bloco enfatiza a subjetividade e a questão social na prática profissional, os movimentos sociais a luz da concepção de sujeitos sociais coletivos, a judicialização da saúde, os dilemas da ressocialização na sociedade capitalista e as vivencias das mulheres portadoras de HIV.
Com o desenvolvimento dos sistemas de proteção social, o conceito de política social se tornou indissociável da noção de cidadania que incorpora os direitos sociais e se materializa por meio de políticas públicas. Sua amplitude, seu conteúdo e sua natureza constituem hoje um aspecto fundamental da ação estatal e objeto de disputas políticas profundas que se expressam nos diferentes formatos que a cidadania social assume histórica e geograficamente. Essa ampliação do escopo das políticas sociais ao longo do tempo não significa, porém, uma evolução progressiva em direção a maior e melhor proteção social.
Reúne alguns dos principais nomes da área de planejamento em saúde no país e apresenta um conjunto rico e diversificado de reflexões teórico-metodológicas, o que resulta em contribuições fundamentais para o incremento da área. Questões como desenvolvimento de estudos e formação de pesquisadores também estão presentes. Dividida em três partes, a coletânea analisa os desafios metodológicos em pesquisas do campo da saúde coletiva; aborda a questão da multidisciplinaridade e de como os estudos em saúde coletiva têm dialogado com outras áreas de conhecimento (como a história, a ciência política, a filosofia, a sociologia, entre outras); e traz reflexões sobre questões tais como o lugar da saúde nas relações internacionais, a promoção da saúde, a produção acadêmica relacionada à gestão do trabalho e da educação em saúde e, por fim, o acesso a medicamentos.
O livro Ponto-final, de Marcos Nobre, faz uma análise sóbria, cristalina e quente do terremoto político que tomou conta do Brasil. Nos últimos anos, Marcos Nobre se consolidou como um dos analistas políticos mais agudos do país. Seus artigos e entrevistas, publicados de forma regular em diversos veículos da imprensa, iluminam a realidade brasileira com doses generosas de clareza e complexidade. Neste livro, essas qualidades saltam à vista. A pandemia, segundo o autor, acentuou o traço decisivo do governo Bolsonaro: a política de guerra, em que o adversário político se torna um inimigo a ser exterminado. Em sua cruzada autoritária, o atual governante visa nada menos que a destruição da democracia. Como foi possível a eleição de um líder assim? Que tipo de governo ele conduziu até a chegada da Covid-19? O que a pandemia significou para a maneira de fazer política que ele instaurou? Com lucidez e sobriedade, Nobre responde a essas e outras questões. Seu texto é um chamado ao diálogo. "A raiva desmensurada que desperta o escárnio presidencial pela vida precisa encontrar a sua devida canalização institucional democrática", lembra o autor. É preciso encontrar um modo de sair do impasse. Insistir na intolerância contra seus apoiadores é aceitar o desejo de morte que fundamenta o discurso do presidente. E isso apenas fortalece a cultura bolsonarista.
Por Dentro do SUS é livro destinado a esclarecer médicos, profissionais da Saúde e de serviços, sobre o que é SUS - Serviço Único de Saúde. Seus objetivos são o de ser: a. Um Sistema está formado por várias instituições dos três níveis do governo (União, Estados e Municípios), e pelo setor privado (hospitais, clinicas, laboratórios etc.).
'por uma crítica da promoção da saúde - contradições e potencialidades no contexto do sus', apresenta um debate teórico-prático sobre a perspectiva da promoção da saúde, especialmente no que se refere às divergências, contradições e fronteiras entre tal perspectiva e o ideário da rsb - reforma sanitária brasileira. essencialmente discute conceitos, concepções e práticas que envolvem o debate acerca da promoção da saúde e sua relação com a perspectiva da rsb, tomando como base as necessidades sentidas por profissionais da saúde e docentes com experiência em ubs - unidades básicas de saúde, particularmente em equipes de saúde da família.
“Leiam Lélia Gonzalez!”, convocou a filósofa americana Angela Davis em recente passagem pelo país. Filósofa, antropóloga, professora, escritora, militante do movimento negro e feminista precursora, Lélia Gonzalez foi uma das mais importantes intelectuais brasileiras do século XX, com atuação decisiva na luta contra o racismo estrutural e na articulação das relações entre gênero e raça em nossa sociedade. Com organização de Flavia Rios e Márcia Lima, Por um feminismo afro-latino-americano reúne em um só volume um panorama amplo da obra desta pensadora tão múltipla quanto engajada. São textos produzidos durante um período efervescente que compreende quase duas décadas de história — de 1979 a 1994 — e que marca os anseios democráticos do Brasil e de outros países da América Latina e do Caribe. Além dos ensaios já consagrados, fazem parte desse legado artigos de Lélia que saíram na imprensa, entrevistas antológicas, traduções inéditas e escritos dispersos, como a carta endereçada a Chacrinha, o Velho Guerreiro. O livro traz ainda uma introdução crítica e cronologia de vida e obra da autora. Irreverente, interseccional, decolonial, polifônica, erudita e ao mesmo tempo popular, Lélia Gonzalez transitava da filosofia às ciências sociais, da psicanálise ao samba e aos terreiros de candomblé. Deu voz ao pretuguês, cunhou a categoria de amefricanidade, universalizou-se. Tornou-se um ícone para o feminismo negro. Axé, Lélia Gonzalez! “É Lélia quem cria para mim essa identidade, essa terceira figura política, essa terceira identidade que compartilha das outras duas (ser mulher e ser negro), mas que tem um horizonte próprio de luta. Com Lélia Gonzalez, me defini politicamente para militar na questão da mulher negra.” — Sueli Carneiro, filósofa, pedagoga, escritora e fundadora do Geledés “Eu sinto que estou sendo escolhida para representar o feminismo negro. E por que aqui no Brasil vocês precisam buscar essa referência nos Estados Unidos? Acho que aprendi mais com Lélia Gonzalez do que vocês aprenderão comigo.” — Angela Davis, filósofa norte-americana
As metodologias qualitativas, largamente usadas pelas ciências sociais, podem contribuir para a compreensão de aspectos singulares e subjetivos da atenção à saúde e da biomedicina. O volume em questão reúne contribuições de um grupo da pós-graduação em saúde coletiva do Instituto de Medicina Social (IMS) da Uerj que defende essa abordagem para a pesquisa em atenção à saúde. “A possibilidade de aprendizado com antigos saberes médicos,... como proposta de uma revitalização paradigmática, surge de forma instigante e provocadora, suscitando novas reflexões e debates”. Nesse contexto, o livro apresenta: trabalhos de cunho etnográfico - investigações no processo de ensino-aprendizagem na acupuntura -, por meio da observação de aulas teóricas e práticas; experiências dos residentes de medicina na atenção às complexas necessidades das pessoas vivendo com HIV/Aids; a relação dos médicos com pacientes que sofrem de sintomas indefinidos; e o cotidiano de uma família que cuida de um parente com múltiplas necessidades, após sua alta hospitalar, entre outras perspectivas da atenção à saúde sob um outro olhar.
Diante das grandes mostras de descuido e negligência com a vida nos dias de hoje, tornam-se fundamentais reflexões sobre ética e cuidado. Para a abordar esses temas, os estudos reunidos nesta coletânea partem da vulnerabilidade da criança e do adolescente na sua saúde física e mental e recolhem contribuições que ampliam esse escopo para os campos do direito, da sociologia, da filosofia e da segurança pública. Articulando o trabalho dessas áreas do conhecimento com a prática clínica diária da Maternidade Escola da UFRJ foi implementada uma grande rede insterdisciplinar para pensar este cotidiano clínico e social. Este livro é um dos desdobramentos do fórum de debates que se estabeleceu em torno dessa rede, que também deu origem ao curso de pós-graduação em Atenção Integral à Saúde Materno-Infantil. Apesar de boa parte dos autores serem ligados à área de saúde, este não é um livro voltado para especialistas. O objetivo dos escritos aqui reunidos é provocar uma iniciativa de cuidado, buscando barrar o sentimento desolador de descuido. Tudo isso é feito por meio de estudos rigorosos que aprofundam a questão sob diversos pontos de vista, buscando ampliar ainda mais a rede de interlocutores. Para finalizar, vale destacar uma frase de Carlos Minc, na orelha do livro, que resume bem sua importância: "Esta coletânea coloca a ética do cuidar no centro de diferentes linhas de pesquisa e atuação multidisciplinares para um profundo e necessário resgate civilizatório."
Este livro é produto de uma intensa e forte pesquisa com os camponeses do norte do Paraná. Inicialmente, a autora apresenta um estudo do termo Camponeses, para posteriormente desenvolver os temas da questão agrária, em suas generalidades e singularidades, a monopolização do território pelo capital e as frações camponesas do território, em sua unidade na diversidade.
Partindo de uma reflexão sobre a pertinência do conceito de “camponês”, Eliane Tomiasi Paulino aborda nesta obra os principais desdobramentos da questão agrária brasileira e, em particular, no Paraná. A autora analisa as diversas formas como se manifesta a monopolização do território nessa região, examinando as principais atividades econômicas dos camponeses e os caminhos de drenagem da renda obtida com a terra. Amparada em vasta bibliografia e em ampla pesquisa de campo, que envolveu diretamente 292 famílias em 33 municípios paranaenses, a obra procura evidenciar como a recriação do campesinato se traduz em uma geografia peculiar, dado o contexto em que as políticas públicas se manifestam ora indo ao encontro, ora se desencontrando das demandas e dos interesses desses trabalhadores, em um movimento marcado por avanços e recuos no processo de territorialização. Por fim, considera os marcos geográficos indissociáveis de uma lógica de ordenação territorial própria do trabalhador rural, desvendando o modo de vida e as práticas que costuram a unidade comunitária que lhes dá sustentação.
Recém-formado, em 1953 Frantz Fanon deixa a França para chefiar a ala psiquiátrica de um hospital na Argélia, encontrando um país em combustão social. No ano seguinte, eclode a guerra pela independência. Mergulhado na situação dramática vivida pelo povo argelino e africano em geral, ele adere ao movimento revolucionário como intelectual e militante da Frente de Libertação Nacional.
A série 'Povos Indígenas no Brasil' é a mais completa coleção sobre a história e a situação contemporânea de todos os povos indígenas que vivem no território brasileiro, e completa 37 anos de existência em 2017. O novo volume, concentrado no período de 2011 a 2016, é a 12a. Edição e publica amplo conjunto de informações compiladas e sistematizadas pela equipe de monitoramento do ISA desde o início dos anos 1980 e que atualmente integram um complexo sistema de dados georreferenciados em formato digital, tornando-a única. A edição atual traz artigos produzidos por diversos colaboradores - indígenas e não indígenas - com temas como: direitos indígenas; políticas indigenistas, legislação, terras indígenas, protagonismo indígena e outros, apresentado em 18 capítulos regionais. Destaque para a seção "Palavras indígenas", que abre o livro com depoimentos de doze mulheres indígenas.
Quais são os desafios no âmbito da Qualidade de Vida, Saúde e Segurança no Trabalho em Rio das Ostras e Macaé? O que tem sido pesquisado pelos professores e pesquisadores? Qual o olhar dos profissionais que atuam nesta região? Este livro tem como objetivo apresentar pesquisas e entrevistas atuais sobre esta temática nesta região. Esta obra faz parte coletânea de livros do projeto de extensão “Café com RH: promovendo ações em prol da melhoria da Qualidade de Vida no Trabalho em Macaé” do departamento de Administração e Ciências Contábeis do Instituto de Ciências da Sociedade da UFF em Macaé. Projeto multidisciplinar financiado pelo MEC (Edital Proext 2014). Tem como foco apresentar uma pequena parte das produções acadêmicas no âmbito da Qualidade de Vida, Saúde e Segurança no Trabalho em Rio das Ostras/RJ e Macaé/RJ. Também apresenta entrevistas que expressam o olhar de alguns profissionais sobre a prática cotidiana no contexto da região. O grupo de autores é formado por professores, estudantes e profissionais que possuem diferentes formações e que atuam em diversas empresas e instituições universitárias de Macaé e Rio das Ostras Através deste livro, profissionais e acadêmicos poderão conhecer um pouco mais dos desafios presentes para poderem refletir e intervir criticamente sobre esta localidade.
A série Atualização em Enfermagem tem por objeto uma inédita proposta pedagógica e educacional voltada, a um só tempo, para: [1] nova forma de ensino e do compartilhar de conhecimentos de Enfermagem inscritos no modelo de progresso de um novo milênio: [2] nova, profunda criadora reflexão sobre as oposições existentes entre os procedimentos e as condutas eminentemente técnicos dos cuidados de enfermagem, e a relação interpessoal e paciente, como veiculo do cuidar, na medida em que envolve sentimentos e emoções. Como se sabe a doença cria por si mesma dependências psicológicas e estado de carência afetiva; [3] nova e acurada busca representação participativa do universo da saúde e da vida,e de sua atuação com profissional qualificado e competente. A Série está inicialmente composta por três volumes: Vol.1.Enfermagem Fundamental Realidade, Questões, soluções Vol. 2. Enfermagem Assistencial no Ambiente Hospitalar - Realidade, Questões, Soluções Vol.3 Prática de Pesquisa nas Ciências Humanas e sociais - Abordagem Sociopoética O presente volume: Prática da Pesquisa nas Ciências Humanas e Sociais - Abordagem Sociopoética está dividido em 4 Partes, Abordagem importância para leitura e 18 Capítulos, Resumos de Teses de Doutorado e Dissertações de Mestrado (de grande pesquisa) e um Anexo-Glossário. Prática da Pesquisa nas Ciências Humanas e Sociais Abordagem Sociopoética está destinado a se tornar livro obrigatório de consulta para estudantes de enfermagem, enfermeiros, professores da área da saúde, bem como todos vivamente interessados nas modernas concepções de pesquisa - que aqui tem por base a sociopoética.
Os artigos presentes nesse volume, mostram a presença da Comunicação como possibilidade de ampliação da participação cidadã e de preservação dos Direitos Humanos, desde que implicada com perspectiva educativa emancipadora. Em "Interatividade, tecnologia e ensino", os espaços virtuais são tratados como lugares dos novos modos de aprender e ensinar que exigem outro olhar para a importância do letramento digital.
Neste livro, a autora aborda os arranjos tecnológicos disponíveis para a organização das práticas epidemiológicas nos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Na obra, busca pensar as relações entre necessidades sociais em saúde, saberes e conhecimentos científicos, instrumentos técnicos e tecnologias capazes de orientar a prática em saúde coletiva.
As ações, ao longo de uma década, do programa de extensão universitária Práticas Integradas em Saúde Coletiva em um município do Sul do Brasil são apresentadas neste livro, ressaltando-se as atividades desenvolvidas de forma interprofissional e multiprofissional e que visam ao desenvolvimento acadêmico-profissional e comunitário. Por seu conteúdo marcante e linguagem dinâmica, esta leitura torna-se uma excelente fonte de conhecimento para acadêmicos e profissionais de diferentes áreas do conhecimento, assim como a todos que se interessam pelos mais variados temas abordados em Saúde Coletiva nos contextos de saúde da criança, saúde do idoso, saúde da mulher, saúde escolar, saúde mental, protagonismo estudantil, gênero e sexualidade, fitoterapia, oncologia e toxicologia na comunidade.
Nesse livro o/a leitor/a irá encontrar uma profusão de discursos a respeito da imagem da mulher, em que as/os autoras/es tentaram vislumbrar os meandros dos discursos que imprimiam a culpabilidade às mulheres que praticavam atos como aborto e infanticídio em Desterro/Florianópolis. E essas mulheres passavam, a partir desses atos, a ser alvo de intensos debates, seja na imprensa, nos discursos judiciários ou mesmo em toda a sociedade.
A Coleção Pensamento Político-Social parte do princípio de que as relações, as instituições e os processos políticos não se realizam desacompanhados das interpretações que recebem. O mesmo vale para os seus portadores sociais e a sociedade como um todo. Daí a importância em repor em circulação e debate interpretações clássicas, modernas e contemporâneas, em geral, e do pensamento político-social brasileiro, em particular - objeto dos títulos da coleção. Desse modo, espera-se contribuir tanto para o aperfeiçoamento de uma visão de conjunto do processo político-social, e de alguns desafios contemporâneos cruciais, quanto para uma redefinição menos minimalista da própria política.
A preceptoria de residentes para atuarem na expansão e fortalecimento das políticas de saúde é estratégica em países com sistemas universais de saúde, como Brasil e Espanha. Um contingente crescente de profissionais de saúde vem participando do processo ensino-aprendizagem-avaliação de residentes, muitas vezes sem o apoio institucional necessário para o desempenho desta função, em concomitância com aquelas relativas à atenção à saúde. O projeto investiga a experiência destes preceptores em programas inovadores no Brasil e na Espanha, e subsidiará estratégias de desenvolvimento profissional para preceptores. Em parceria do Instituto de Comunicação e Informação Científica Tecnológica da Fiocruz, do Instituto de Medicina Social da UERJ e apoio da Comisión Nacional de la Especialidad de Medicina Familiar y Comunitária, órgão assessor do Ministério da Saúde Español, e da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde do Ministério da Saúde, e Organização Panamericana de Saúde. Em 2011 foi realizada coleta de dados na Espanha, como parte do programa de Mobilidade de Docentes Brasileiros, em parceria da CAPES com a Fundación Carolina. Em 2014 teve início a ampliação do projeto para investigar quali e quantitativamente a preceptoria em programas de Residência em Medicina de Família e Comunidade (Brasil e Espanha), Residência Multiprofissional em Saúde da Família, Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, Residência Multiprofissional em Saúde da Mulher e Residência em Enfermagem Obstétrica.
Este livro é o resultado de uma ampla pesquisa socioantropológica sobre as representações populares e as experiências com a hipertensão arterial sistêmica. A autora entrevistou homens e mulheres hipertensos diagnosticados há mais de um ano, com idades entre 50 e 65 anos, clientela de uma unidade de Saúde da Família na cidade de Amparo, no estado de São Paulo. A análise foi sensível às especificidades do modo de vida, das diferenças de gênero, idade e religião, atentando sempre para a maneira como os entrevistados cotidianamente refletem, lidam e atuam diante do adoecimento. O estudo foi realizado por meio de entrevistas conduzidas mediante roteiro, complementadas com observações e extensa investigação de documentos e bibliografia. Análises de conteúdo, das narrativas e estudos de caso foram utilizados. A autora também ouviu os agentes comunitários de saúde, pertencentes à equipe de Saúde da Família do local estudado. Ela descreve as características socioeconômicas, demográficas e educacionais da clientela e desses profissionais, conferindo especial atenção à forma como atendem e se relacionam com os pacientes.
DOENÇAS E VÍRUS MODERNOS têm sido impulsionados por guerras e conflitos, bem como por mudanças na distribuição da pobreza, urbanização, mudanças climáticas e um novo e problemático movimento anticiência e antivacinas. Por causa dessas forças do século XXI, vemos reduzidos os avanços prévios da saúde global, com aumentos agudos nas taxas de doenças negligenciadas e passíveis de prevenção com vacinas na Península Arábica, na Venezuela, em partes da África e mesmo na Costa do Golfo dos Estados Unidos. Em Prevenindo a próxima pandemia, o cientista internacional de vacinas e especialista em coronavírus e doenças tropicais Peter J. Hotez, M.D., Ph.D, argumenta que podemos e devemos apostar na diplomacia das vacinas para abordar a nova ordem mundial em doenças e saúde global. Ao trazer detalhes dos anos em que se dedicou a desenvolver novas vacinas em laboratório, Hotez também recorda suas viagens ao redor do mundo para criar parcerias para vacinação, em países ricos e [...]
Elas estão nas escolas, nas universidades e em diversos postos de trabalho. As princesas negras são inteligentes, lutadoras, espertas e aprendem muito com suas mães e avós. São especiais, com seus cabelos crespos e sua ancestralidade. Descubra mais sobre as princesas negras no livro de Edileuza Penha de Souza e Ariane Celestino Meireles. Quem sabe você não convive com uma, ou é uma delas?
Walter Praxedes e Nelson Piletti expõem de maneira didática o tratamento que pensadores fundamentais dispensam aos temas clássicos e contemporâneos relevantes para a disciplina de Sociologia da Educação. Os autores fazem um levantamento das múltiplas abordagens teóricas da área a partir de grandes nomes, como Auguste Comte, Émile Durkheim, Max Weber, Karl Marx, Fernando de Azevedo, Antonio Gramsci, Michel Foucault, Jürgen Habermas, Pierre Bourdieu, Florestan Fernandes, problematizando o tratamento sociológico conferido à temática educacional e indicando a necessidade de formulação de novos pontos de investigação. No final de cada capítulo, incluem um texto de referência para ilustração e aprofundamento do tema tratado, propondo questões para análise e interpretação dos conteúdos. Voltado a estudantes de graduação em Pedagogia, Ciências Sociais e licenciaturas.
A obra tem como objetivo esboçar um panorama sobre as dinâmicas punitivas e as prisões no Brasil contemporâneo, um tema que, de acordo com os organizadores, recebe pouca atenção midiática, ficando, as mazelas que a aplicação da pena de prisão pode causar à sociedade, às margens da discussão pública. Os textos apresentados foram escritos por investigadores com diferentes formações e perspectivas analíticas, o que enriqueceu a análise do sistema prisional brasileiro.
Não se trata de um estudo sistemático da filosofia da educação, mas de alguns problemas contextualizados e que continuam chamando a atenção de todos aqueles que se dedicam à educação formal. Uma das preocupações centrais desses capítulos é com as relações entre educação, ciência e sociedade e suas dimensões éticas e epistemológicas. Essas duas perspectivas envolvem certamente o lado socioeconômico e político da educação. Trata-se de uma abordagem acessível e introdutória.
O livro reúne produtos derivados de projetos de pesquisa e atividades de ensino e gestão do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde, implantado na UFBA a partir de 2009, como parte do projeto Universidade Nova. O BI em Saúde tem se constituído em um es paço de experimentação, pesquisa e reflexão sobre modelos e práticas de formação superior em saúde, trabalho desenvolvido pelo corpo docente, com participação de discentes e mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre a Universidade (IHAC-UFBA), cujos resultados já foram publicados em duas coletâneas, sendo esta a terceira, todas editadas pela EDUFBA.
Procedimentos em Enfermagem Pediátrica é fruto do trabalho de pesquisadores comprometidos com a produção do conhecimento na área de saúde da criança, os quais sentiram a necessidade de um cuidado técnico pediátrico mais humanizado.
O uso do álcool é uma questão de contornos complexos, em especial quando se consideram os povos indígenas, entre os quais problemas relacionados ao uso de álcool aparecem como importantes problemas de saúde pública, embora a produção acadêmica nacional sobre o assunto ainda seja relativamente escassa. Como o álcool adquire uma variedade de funções em diferentes grupos sociais, a análise não pode se restringir à ingestão da bebida em si: é preciso relacionar o consumo a processos socioculturais e político-econômicos.
Desastres e calamidades sempre despertaram uma forma de governo diante do acontecimento de crise. Perante plantações ressecadas pelo Sol, submersas pelas águas da inundação ou destruídas por pragas, faraós, imperadores e demais governantes estabeleciam reservas de alimentos em celeiros, distribuíam alimentos e roupas para toda a população, perdoavam impostos nas áreas atingidas, etc.
Esta obra tem como objetivo averiguar como questões de saúde bucal se tornaram problemas sociais no Brasil, de1989 a 2004. Além disso, o livro reflete sobre a emergência das soluções aos problemas bucais da população e analisa os processos relacionados com continuidades e/ou rupturas na história das políticas brasileiras de saúde bucal. O presente estudo busca contribuir para a compreensão do complexo processo de formulação dessas políticas no país, com vistas a interpretar melhor cenários futuros.
A obra apresenta temas distribuídos em três partes com tópicos interligados: Produção textual com ênfase na lingüística de texto de base cognitiva; Análise sócio-interativa de gêneros textuais no contínuo fala - escrita; Processos de compreensão textual e produção de sentido. As noções de língua, texto, gênero, compreensão e sentido, bem como o enfoque geral da abordagem situam-se na perspectiva da visão sociointeracionista da língua.
Com o objetivo de informar e esclarecer o leitor sobre os programas de saúde e assistência social no Brasil, este livro é resultado de uma análise crítica do autor e nele estão contidos a institucionalização, os efeitos e as consequências do PSF, bem como questões éticas, bioéticas e a legislação de apoio.
Este livro visa a acompanhar o estudante em seu percurso de planejamento, elaboração e escrita de um projeto de pesquisa emciências da saúde, com exercícios reflexivos a cada etapa de construção do projeto e com modelos que podem e devem ser revisitados sempre que necessário. O livro é recomendado para estudantes de graduação e de pós-graduação da área de saúde, como Enfermagem, Medicina, Fisioterapia, Educação Física, Nutrição, Fonoaudiologia, Psicologia e Terapia Ocupacional.
O trabalho cooperativo de equipes de dois programas de pós-graduação, da UFBA e da UFSC, resultou no livro Projeto de Sistemas Distribuídos e de Tempo Real para Automação, que lida com desafios computacionais para projeto de sistemas modernos de automação cujos componentes podem estar dispersos geograficamente e se comunicam através de uma rede de comunicação. Embora os benefícios dessa descentralização sejam evidentes, problemas emergentes inerentes ao modelo precisam ser enfrentados: a dispersão de equipamentos e a comunicação sobre redes de computadores dificulta a necessária coordenação e sincronização de ações entre os vários elementos envolvidos no processo de computação e controle. Os autores exploram nos capítulos vários desses desafios.
Um livro que se situa no marco do fortalecimento da participação cidadã nos processos sociais que se constituem como prerrogativas para formulação de projetos sociais da sociedade civil e também de políticas públicas bem planejadas e monitoradas. O objetivo da produção é contribuir para o aprimoramento da capacidade de ativistas sociais, alunos e profissionais interessados em percorrer os caminhos da elaboração, gestão e análise de projetos sociais, refletindo sobre seus múltiplos afetos e efeitos sobre as trajetórias de vida, que se transformam e são transformadas ao longo do caminho. Um livro visto como uma trilha de aprendizagens conjuntas e compartilhadas. Sem a pretensão de esgotar ou modelizar nenhuma das suas possibilidades. Uma fonte de consulta para ler, conhecer, refletir, experimentar e fazer. O formato e conteúdo baseia-se em estudos e experiências vividas pelas autoras no campo dos projetos sociais, além de partilhar produções e aprendizagens de autores parceiros. Projetos sociais são aqueles que produzem metamorfoses, ampliam e são ampliados por um infinito campo de possibilidades nos termos de Gilberto Velho e se constituem em temáticas geradoras para a construção coletiva do conhecimento e a transformação social na perspectiva de Paulo Freire.
A crescente necessidade de mudanças profundas na abordagem da saúde e nas práticas de atenção tem gerado intenso debate internacional, convergindo para a proposição de um novo paradigma. Este é baseado na promoção da saúde, a qual defende uma evolução sub
Promoção da saúde lança um novo olhar para uma atuação interdisciplinar, com um fino relacionamento entre as diferentes áreas envolvidas na promoção da saúde. Esta obra representa um guia para diferentes profissionais que buscam esses desafios, mostrando que a saúde pode e deve ser vista com propriedade e rigor científico nas suas diferentes áreas, mas sempre que possível interligando os diferentes campos do conhecimento para fechamento de diagnósticos, prescrição e avaliação de resultados. Além da profundidade e da qualidade dos capítulos, percebe-se nitidamente que os conteúdos aqui publicados são frutos de objetos de estudo desdobrados ao longo de um caminho de amadurecimento profissional e pessoal de todos os autores envolvidos nas diferentes áreas.
Segundo a obra, saúde por seu conceito polissêmico somente poderá ser garantida mediante o encontro do profissional de saúde e do sujeito considerado na mesma dimensão da complexidade da vida humana, ou seja, se a compreensão de ambos, em especial a do pr
A ideia de promoção procura relacionar saúde e condições de vida, ressaltando a necessidade de uma vida saudável e a importância da participação coletiva e das habilidades individuais neste processo. Promoção da Saúde: conceitos, reflexões, tendências aponta a multiplicidade e a vitalidade da saúde coletiva brasileira nesta área, afirmando-se como uma reflexão crítica e nada reducionista acerca dos discursos e dos conceitos originários a partir deste tema. O livro se constitui de oito artigos que abordam, de diferentes maneiras, o tema da promoção da saúde, que aqui não é encarada unicamente como um movimento político sanitário, mas também como temática de investigação. A discussão teórica de conceitos, tais como saúde, risco, vulnerabilidade, intersetorialidade e vigilância, torna evidente os desafios surgidos e ainda existentes nas tentativas de mudança das práticas de saúde na atualidade
O livro acena com o desejo secular do homem do prolongamento de sua vida, de forma hígida e saudável. A postergação da velhice; com todo o seu cortejo de disfunções e depauperamento físico e intelectual bem registrada pelo escritor latino Cicero: "deve-se lutar contra a velhice tanto quanto contra uma doença".
O objetivo deste livro, ao apresentar e conceituar a Promoção de Saúde, é propor um novo modo de conceber e praticar saúde e doença. Os autores do livro são professores e pesquisadores da Universidade de São Paulo/USP e têm grande experiência na área de Saúde Pública. Para escrever este livro, como observa a Profa. Sueli Gandolfi Dallari (USP), enfrentaram a difícil tarefa de desvendar as influências políticas, culturais e ideológicas que vêm condicionando o significado da Promoção de Saúde nosúltimos anos. Além de apresentar o conceito de Promoção de Saúde ao público leigo, os autores propõem um olhar crítico ao modo como ela é habitualmente vista, concebida e praticada. O livro é informativo, crítico e polêmico. Destina-se a todos os interessados nos temas saúde e bem-estar, assim como aos profissionais, alunos, professores e pesquisadores da área de Saúde Pública e aos formuladores das políticas públicas do País.
Propedêutica na Emergência é livro que nos chega com o selo da Disciplina de Emergências Clínicas do Departamento de Clinica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, FMUSP. Seu selo é o ineditismo, que o possibilita abordar de forma consistente e didaticamente adequada a propedêutica das patologias mais encontradas na emergência.
O livro preenche uma lacuna na literatura relacionada aos chamados estudos do futuro, seja no âmbito nacional como no internacional. Prospectiva para Ciência, Tecnologia e Inovação pretende, dessa forma, ampliar o conjunto de atores engajados na política de ciência e inovação, contribuindo para planejadores, formadores de políticas e tomadores de decisão.
Muito se fala sobre a vulgarmente chamada “profissão mais antiga do mundo”. Termos recorrentes nos noticiários (e também na ficção) como “tráfico de pessoas”, “turismo sexual”, “indústria do sexo”, assim como o montante de dinheiro movimentado pela prostituição são repetidos à exaustão. Porém, poucos dão voz aos verdadeiros protagonistas dessa história. Estima-se que o número de pessoas se prostituindo no mundo ultrapasse os 40 milhões. Mas quem são realmente essas pessoas?Neste livro, José Carlos Sebe B. Meihy nos traz o relato de cinco vidas, de cinco histórias de brasileiras e brasileiros que entraram no universo da prostituição internacional, narradas por eles mesmos. O autor nos oferece, assim, múltiplos olhares e experiências vindos de dentro do mundo que trata o sexo como negócio, deixando aberto para que o leitor julgue por si cada um desses impressionantes relatos.
O tema deste estudo é a contribuição da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Representação do Brasil, para o campo de recursos humanos em saúde no país. O pressuposto é que essa organização, ao mesmo tempo em que influenciava o desenvolvimento desse campo, ela também era influenciada pelas instituições brasileiras e pelos movimentos políticos nacionais.
Subintitulado “um guia para a pesquisa de drogas com ação sobre o SNC, com ênfase nas plantas medicinais”, esta reunião de artigos de especialistas em psicofarmacologia é um livro prático, que serve como material de apoio para o planejamento e a execução de estudos na área. Contempla métodos clássicos e modernos, de modo que permita ao pesquisador o entendimento de cada um, suas limitações e possibilidades. Uma obra útil para todos os que trabalham com psicofarmacologia, especialmente aos que buscam novos agentes farmacológicos, sobretudo de origem natural. O volume reúne artigos de outros 28 pesquisadores vinculados aos departamentos responsáveis pelas mais importantes pesquisas em psicofarmacologia em diversas universidades brasileiras.
O livro é uma etnografia entre clientes e profissionais de clínicas de reprodução assistida. Com origem na tese de doutorado da autora, apresentada em 2004, ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia do Museu Nacional (UFRJ), analisa as novas tecnologias reprodutivas e a clonagem humana com base nas relações de parentesco e na noção de pessoa, tópicos fundamentais na antropologia. A reprodução como objeto de intervenção médica, as peculiaridades do campo de pesquisa sobre reprodução assistida, a família, o discurso biomédico, a construção cultural do corpo, as teorias da concepção e as noções de hereditariedade são temas discutidos ao longo dos cinco capítulos da obra.
Este livro critica a dominação da sociedade contemporânea pela racionalidade tecnológica; insensível e, portanto, impotente para enfrentar os conflitos e problemas engendrados por esta lógica. Valendo-se de estratégias e de recursos teóricos da psicanális
Dentre aqueles dedicados à pesquisa deslocada de psicanálise desde o Brasil, Rosana Onocko-Campos se destaca de modo especial. […] Esta psicanalista de esquerda argentina chegou ao Brasil tendo no país possibilidade de refúgio para a própria vida, com uma carga de esperança histórica e teórica radicais que encontrou aqui terreno de investigação e criação de uma política de saúde mental articulada a um questionamento histórico-teórico da própria psicanálise.
Os textos aqui reunidos apresentam um pequeno panorama da produção de dois psicanalistas que seguem a tradição freudiana de inquietar-se com a realidade e buscar na experiência clínica a produção da teoria. A cada desafio enfrentado na práxis clínica reinventar a psicanálise mantendo seu vigor e rigor, no cotidiano dos trabalhos nas instituições, no desenvolvimento das políticas públicas e no intercâmbio com colegas psicanalistas e de outros campos do saber. Nessa perspectiva, escrever a clínica é um ato ético e político. O relato de um caso ou de uma intervenção tão singular e única permite apresentar tanto a experiência desenvolvida quanto seus impasses, tropeços e avanços, possibilitando que, num segundo tempo daquele vivido na experiência, algo seja transmitido para além da vivência ou de um saber didático. Abordar as situações sociais críticas é ampliar os limites do dizível da experiência clínica psicanalítica, constituindo tanto um desafio que se impõe quanto uma responsabilidade assumida. Este livro é um convite à troca de ideais, a construção de novas abordagens metodológicas, que justifiquem a pertinência da psicanálise na cultura.
A privatização da moral é uma característica típica das sociedades juridicamente repressivas e economicamente liberais. O cidadão não tem o direito de fugir ao padrão ético predominante nas relações sócias reguladas e regulamentadas. Entretanto, essa mesma sociedade lhe oferece toda sorte de imoralidades na forma de prostituição organizada, propaganda sensual, espetáculos oníricos e literatura pornográfica.
O comportamento alimentar é, por excelência, uma área multidisciplinar e o conhecimento científico nessa área evidencia isso. O objetivo desta obra é abordar o comportamento alimentar mais do que como uma área multidisciplinar, mas, sobretudo, como uma parte do conhecimento interdisciplinar. Além disso, busca atualizar com novos dados clínicos e científicos surgidos na literatura nos últimos anos temas como Fisiologia e Neuroquímica do Comportamento Alimentar; Evolução do Comportamento Alimentar em Humanos; Estados Nutricionais e Comportamento Alimentar; Determinantes do Comportamento Alimentar e Imagem Corporal; Transtornos Alimentares; e Educação/Aconselhamento.
O grande desafio da educação no Brasil de hoje não consiste apenas em viabilizar a permanência dos alunos na escola, mas principalmente em fazer com que eles aprendam o que é ensinado. Dessa forma, é possível contribuir para o desenvolvimento e a capacitação daqueles que serão os cidadãos do futuro.Diante de tantas variáveis que impedem a concretização da melhoria na educação, a única certeza é que todos têm capacidade para aprender. E cada um aprende sob determinadas condições e de acordo com o próprio ritmo. Neste livro, os autores oferecem um panorama das principais contribuições da Psicologia à compreensão do processo de aprendizagem e à busca da eficácia da educação escolar. Detalham oito concepções diferentes, desde Skinner até Emilia Ferreiro, passando por Piaget e Vigotski.Os autores destacam, em cada uma das teorias apresentadas, elementos diretamente vinculados ao trabalho escolar, que possam servir de apoio efetivo ao educador no cotidiano da sala de aula. A obra é particularmente indicada para os cursos que formam professores.
Esta obra oferece conhecimentos atuais na área de Psicologia da Saúde, priorizando o diálogo mais próximo com a formação e a atuação crítica nesse campo. O livro é recomendado para estudantes de graduação e de pós-graduação em Ciências da Saúde, como Enfermagem, Medicina, Fisioterapia, Educação Física, Nutrição, Fonoaudiologia, Psicologia e Terapia Ocupacional. Trata-se de um importante material didático que também pode ser endereçado a docentes responsáveis por disciplinas de Psicologia em cursos de formação em saúde.
“[...] com o nosso olhar voltado para a relação entre conhecimento e cidadania, um grande desafio começou a se delinear: o de trazer à pauta de discussão, no contexto das diferentes áreas do conhecimento científico, a relação entre ensino, filosofia e cidadania, com o intuito de tornar explícita a possibilidade efetiva de considerar a responsabilidade humana e cidadã e pleitear que a instituição escolar assuma, por princípio, educar o cidadão e prover educação para a cidadania. Foi esse desafio que apresentamos a professores e professores pesquisadores de vários campos do conhecimento e de diferentes universidades brasileiras e do exterior. A adesão foi entusiasmada e tivemos então o privilégio de vê-los reunidos, nos dias 13, 14, 15 e 16 de novembro de 2008, em Brasília, no I Colóquio Internacional de Psicologia do Conhecimento – A educação científica e filosófica para a integração social, o diálogo intercultural e a cidadania. Nesse colóquio, professoras e professores pesquisadores de história, matemática, psicologia, física, química, literatura e filosofia assumiram o desafio proposto e expuseram suas ideias nas conferências e mesas redondas de discussão. Esse livro reúne e apresenta o conjunto dessa produção multidisciplinar, cuja caraterística fundamental é o diálogo entre ciências e a cidadania.”
A Psicologia do Desenvolvimento pode ser entendida como a área de conhecimento que se interessa pelas mudanças constituídas ao longo da vida humana e que busca explicar os fatores que as produzem. Busca desvendar os caminhos traçados, as escolhas feitas, tudo aquilo que edifica o indivíduo em cada momento de sua vida. Ou seja, procura compreender como, por que e para que as pessoas mudam. Debruçando-se sobre essa fascinante área, os autores apresentam, neste livro, um panorama histórico e teórico sobre os estudos do desenvolvimento humano e dedicam capítulos específicos para a infância, a adolescência, a vida adulta e a velhice.Esta obra constitui uma importante contribuição para a formação de estudantes, profissionais e pesquisadores que já atuam ou que pretendem atuar com o desenvolvimento humano.
O que pode a psicologia dentro de uma instituição carcerária para jovens? Em 'Psicologia e Adolescência Encarcerada', o autor aprofunda a denúncia e a compreensão das condições desumanas em que se estruturam essas instituições, buscando, por outro lado, construir e analisar alternativas possíveis para o atendimento à adolescência em conflito com a lei. Por meio da análise de entrevistas com adolescentes internos, motivações que conduzem a atos infracionais são relacionadas ao contexto histórico-cultural, questionando concepções individualizantes e ideológicas. Este livro apresenta experiências de atuação de um psicólogo junto a uma escola que funciona no cárcere. Restritas pela atmosfera asfixiante da prisão, atividades e reflexões conjuntas empreendidas pelo psicólogo e professores buscaram estabelecer ou intensificar espaços de educação como resistência à desumanização ali hegemônica. É possível humanizar esse atendimento?
Entre eles, o texto em homenagem a Marguerite Duras pelo seu romance O arrebatamento de Lol V. Stein, que permite a Lacan isolar o lugar determinante do olhar não como atividade do sujeito, do sujeito que vê, mas como objeto, como o que olha sem se ver, o que o fascina.
Em 'Psicologia e educação', Anna Maria Baeta nos convida a ingressar no universo teórico e conceitual da Psuicologia da Educação pela porta da experiência acumulada ao longo de décadas. É um texto encantador e consistente, baseado em muitos anos de investigação na área de psicologia e em outros anos de prática como professora de professores, na qual transpõe conhecimentos de um campo para outro.
O livro apresenta ao leitor uma vasta gama de temas envoltos na Psicologia abrindo seus pulmões para novos ares, com pesquisas que envolvem diferentes leituras e visões da realidade. Realidade essa recortada majoritariamente do sertão nordestino brasileiro, geografia que serve de pano de fundo para os estudos apresentados, como também estudos realizados em outros espaços
Como entrevistar um paciente? O que perguntar? Utilizar um questionário fechado ou deixá-lo falar livremente? Em que momento e como interrompê-lo? Como observar seu estado psíquico e emocional? O que fazer se ele chorar? Esses são exemplos de dúvidas comuns no dia a dia não apenas de estudantes de medicina, mas de muitos profissionais da área. A partir dessas e de outras questões observadas pelos autores em sua prática como professores da disciplina de Psicologia Médica na Universidade Federal de São Paulo, surgiu a ideia de escrever este livro, que reúne a teoria da área a exemplos práticos, proporcionando ao estudante a oportunidade de pensar sobre o fazer da medicina e a importância da relação médico-paciente no processo saúde-doença.
Esta nova edição revista do livro Psicologia na Educação chega até você, leitor, após diferentes profissionais - coordenadores pedagógicos, professores e alunos de curso de Pedagogia ou de Magistério envolvidos em processos de formação inicial e continuada - terem se debruçado sobre a versão anterior. A versão atual manteve a linguagem simples, direta e a estrutura de apresentação dos conteúdos do trabalho original, com pequenos acertos que a passagem do tempo requeria. Alguns trechos foram reescritos e algumas passagens novas foram redigidas. Isso se deveu, em grande parte, às leituras e discussões que circulam nos últimos anos entre os envolvidos com a questão educacional. A contribuição aqui posta busca fortalecer os olhares sobre a contribuição da Psicologia em sua intersecção com a Educação para essa temática tão importante e complexa.
Este livro enfeixa os trabalhos apresentados num simpósio de professores que atuam no campo da psicologia social comunitária. Trata-se de um novo terreno, explorado há pouco tempo pelos psicólogos, levando em conta não apenas a busca individual da auto-realização mas todo o jogo de relações em que a pessoa pode crescer e amadurecer.
Este livro é o resultado de pesquisas realizadas por alunos do Programa de Doutorado Interinstitucional Novas Fronteiras – DINTER NF – criado pela CAPES. Nessa coletânea, a parceria entre a UERJ e a Universidade Federal do Maranhão, produziu uma série de artigos que valorizam uma articulação de temáticas e horizontes teóricos entre as duas instituições atuantes no projeto.
A idéia que está na gênese da proposta é o consenso de que a teoria sócio-histórica representa uma possibilidade de analisar a pobreza, a desigualdade e a exclusão sociais naárea da Psicologia como fenômenos materiais e igualmente simbólicos, superando os reducionismos exclusivamente realistas ou substancialistas.
Originários do XIII Simpósio de Intercâmbio Científico em Psicologia da Anpepp, os cinco artigos contribuem para a discussão acerca dos processos de subjetivação e de suas relações com as culturas. Uma coletânea que auxiliará ao ensino de graduação em História da Psicologia, Psicologia, Psicologia Social e Psicologia da Cultura e aos apreciadores dos vários percursos e interpretações do pensamento psicológico.
Os movimentos sociais trazem novas questões à sociedade e aos intelectuais. Como funcionam, quais sãos seus objetivos e demandas? Este livro busca respondê-las ao discutir, a partir da Psicologia Política, as práticas de vários movimentos, como: o MST, a Parada LGBT, as Jornadas de Junho, o movimento guerrilheiro, o terrorismo, as políticas sociais e a lesbianidade na mídia.
Psicopatologia da vida cotidiana foi o primeiro sucesso editorial de Freud. Não à toa, pois nele o autor desvenda os mecanismos psíquicos de coisas que todos nós experimentamos em nossa vida cotidiana. Todos nós já passamos por situações embaraçosas nas quais esquecemos o nome de um conhecido, ou trocamos o nome de uma pessoa pelo de outra, ou esquecemos o que estávamos procurando, ou dizemos uma coisa querendo dizer outra, ou ainda quando nosso corpo se equivoca dessa ou daquela maneira. Neste delicioso livro, que contém cerca de 300 exemplos de sintomas sociais, Freud desvenda cuidadosamente os mecanismos inconscientes por trás de erros e equívocos aparentemente banais. Como resultado, o autor borra os limites entre o normal e o patológico, esvaziando a psicopatologia de qualquer conotação médica e aproximando, ao mesmo tempo, o inconsciente e nossa vida cotidiana. Além disso, como nada é por acaso, Freud investiga superstições e o determinismo de ações psíquicas aparentemente arbitrárias.
O PT foi o grande vencedor de eleições presidenciais da Nova República, produziu seu líder mais popular e, de certa forma, representa as vitórias e derrotas do Brasil no período. Talvez por isso, também tenha virado o bode expiatório dos defeitos do sistema para parte do público brasileiro. Com prosa brilhante e argumentação rigorosa, o sociólogo Celso Rocha de Barros passa a limpo meio século da história nacional e reconstrói a trajetória da mais amada e mais odiada de nossas agremiações políticas. Para além de esmiuçar as idiossincrasias da legenda, PT, uma história joga luz sobre as possibilidades e os limites da experiência da sociedade brasileira, uma democracia de alta desigualdade, com viés conservador.
O livro em questão examina o formato institucional híbrido da assistência à saúde no Brasil, em que coexistem um sistema público e um privado, com formas diferenciadas de acesso. A autora demonstra que tal arranjo híbrido não foi, como algumas pesquisas anteriores indicam, simples resultado de reformas e demandas privatizantes da década de 90, mas resultou de mecanismos institucionais estabelecidos desde a década de 60. A obra tem dois grandes méritos: é uma excelente sistematização do conjunto de informações, até então dispersas ou não trabalhadas pelos estudiosos, sobre o setor privado de saúde e revela uma radiografia abrangente e precisa deste segmento. Além disso, foge da visão simplificada e supera o formato descritivo dos estudos sobre o complexo sistema de saúde no Brasil, visitando o passado para ajudar a interpretar a natureza dual desse sistema.
Integrante da coleção História e Saúde da Editora Fiocruz, a obra apresenta um estudo da trajetória de um personagem relevante e controverso na história biográfica da medicina e da psiquiatria brasileiras do século XX. A análise da vida de Antonio Carlos Pacheco e Silva 1898-1988 é feita levando em consideração as muitas contradições, tensões e singularidades do médico, militar e político. Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo FMUSP e da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo EPM/Unifesp, Pacheco e Silva acumulou, para além dos espaços acadêmicos, cargos políticos e empresariais, tendo participado ativamente de movimentos conservadores e eugenistas. O livro é um desdobramento da tese doutoral do historiador Gustavo Tarelow, defendida em 2019, na FMUSP. Dedicado às pesquisas sobre a história da psiquiatria paulistas e seus personagens, o autor investiga etapas fundamentais da trajetória de Pacheco e Silva. Ele mostra, por exemplo, a atuação do médico na fundação do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo e como diretor da Associação Psiquiátrica Internacional e do Hospital do Juquery. Tarelow revela também como o psiquiatra esteve diretamente envolvido em todo o processo que levou o português António Egas Moniz a receber o Prêmio Nobel de Medicina, em 1949, além de sua intensa participação em diferentes partidos e momentos do campo político nacional. Dividida em três capítulos, a obra agrega também importantes notas, referências e imagens, reunindo fotografias, documentos, páginas de jornais e outros materiais de acervo que ilustram as diferentes fases da vida do psiquiatra.
Evocando o mantra “publique, apareça ou pereça”, os autores buscam trazer a realidade da produção acadêmica nos tempos da “sociedade do espetáculo”, criticando a atual produção do conhecimento e as consequências de sua mudança para uma categoria de análise. Dentre essas consequências, os autores destacam o produtivismo acadêmico, assim como o controle da pesquisa, o plágio, a necessidade de aparecer pela quantidade de publicações em mídias determinadas, e a emergência de um novo tipo de conhecimento cujo processo e resultados são induzidos de fora da universidade.
Erika Porceli Alaniz demonstra de forma brilhante, e com base num exaustivo levantamento de dados, que a qualificação para a empresa de autogestão é condição para a sua sobrevivência, uma vez que os trabalhadores, ao responderem pela gestão da fábrica, necessitam capacitar-se nos conteúdos que envolvem decisões de cunho administrativo, econômico e político.
Este livro traduz um encontro entre dois campos diferentes do conhecimento, mas que estabelecem um diálogo íntimo: a História e a Saúde. É resultado de investigações realizadas em centros de pesquisa brasileiros especializados em História da Saúde e agrega a escrita de pesquisadores de diferentes gerações. Por meio da sua leitura é possível acompanhar discussões sobre processos e sujeitos históricos, suas interfaces com marcadores sociais como classe, gênero e raça, em temas como assistência, doenças e suas implicações sociais, artes de curar e instituições de ensino, pesquisa e formação. No contexto atual, marcado por políticas neoliberais e pelo desmonte dos bens públicos de saúde, nada mais oportuno do que compreender como as pessoas lidaram com as questões de saúde no passado para nos situar e agir frente aos desafios da atualidade.
Resultado de uma dissertação de mestrado junto ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina, o livro pretende abordar o tema Promoção da Saúde vinculada a uma experiência ocorrida na área continental da Ilha de Santa Catarina (Florianópolis). Nesta oportunidade podemos constatar nas entrevistas os conceitos de saúde e promoção de saúde e as transformações geradas por este grupo dentro desta comunidade. As análises feitas nos levam ao conceito de Promoção de Saúde onde o foco passa a ser a emancipação e a autonomia dos cidadãos, e a mudança comportamental se apresenta como conseqüência da transformação dos indivíduos.
Que mundo é este? é um trabalho de interpretação do fenômeno da pandemia no qual a filósofa Judith Butler opera a partir de seus próprios conceitos para analisar as formas de segregação impostas pela covid-19, valendo-se de seu próprio arcabouço teórico, já constituído ao longo de sua obra, justamente como instrumento de crítica a existência dessas formas de segregação. É necessariamente um livro sobre ética e política que dá continuidade – não sem nos surpreender – aos temas que emergiram de modo mais perceptível em sua obra. Para abordar o aspecto trágico da pandemia, Butler trata de destruição ambiental, pobreza, racismo, desigualdades globais, violência social – inclusive a violência contra mulheres e pessoas LGBTQI+. Na pergunta que dá título do livro está a expressão de espanto e indignação, motores de propulsão de quem ainda pensa e aposta que outro fim do mundo é possível.
De autoria coletiva e transnacional, os textos de Quem deve a quem? denunciam o endividamento como uma forma de violência econômica. Longe de ser um problema individual, uma consequência do fracasso pessoal ou da má gestão financeira, autoras e autores mostram aqui como a dívida é, na verdade, um mecanismo de acumulação do capital e de resiliência do sistema colonial: a dívida externa sendo a perpétua justificativa para políticas de austeridade e consequente desinvestimento em serviços públicos, e a dívida doméstica atingindo aquele mesmo sujeito-corpo explorado, expropriado e vilipendiado pela colonização; que “não tem propriedade porque historicamente foi construído como propriedade” e que é “racializado e sempre feminizado”. Além de profícuo material de denúncia, os dezesseis artigos que compõem esta obra oferecem exemplos de iniciativas de luta contra o domínio financeiro sobre nossa vida.
Introdução / Debora Diniz -- Tecnologias reprodutivas e direito: algumas conexões / Arryanne Queiroz -- Reprodução medicamente assistida: parentalidade contratual e biológica. Controvérsias e certificações / Diaulas Costa Ribeiro -- Acesso às tecnologias reprodutivas e princípios constitucionais: igualdade, pluralismo, direito constitucional de família e orientação sexual no debate bioético brasileiro / Roger Raupp Rios -- As tecnologias reprodutivas em um direito em movimento / Samantha Buglione.
Ao longo da primeira década deste século, a UFMG incentivou políticas de ações afirmativas para minimizar as desigualdades no acesso da população negra ao ensino superior. Em 2009, implementou a política de bônus, além de exigir uma autodeclaração racial. Porém, a partir de 2017, emergiram denúncias de fraudes, evidenciando uma incompatibilidade entre o modo como os candidatos se veem (autodeclaração) e o modo como os demais estudantes, de modo particular os negros, os enxergam (heteroidentificação). Como resultado desse movimento, a UFMG criou mecanismos complementares: os procedimentos de heteroidentificação racial; fundamentais no debate sobre as identidades raciais do brasileiro e do Brasil. Em um país onde se declarar, ou ser identificado como negro sempre foi visto como algo negativo, tal prática introduz duas perguntas inéditas: “Quem quer se declarar negro (preto ou pardo) no Brasil?” e “Quem pode se declarar negro (preto ou pardo) no Brasil?”