Diante dos desafios causados pela emergência da Covid-19, a epidemiologia passou a ser uma área ainda mais em voga frente às necessidades de enfrentamento da pandemia. A promoção da saúde, o controle de doenças e seus vetores, o processo saúde-doença em diferentes contingentes populacionais são temas que viraram parte dos debates públicos em meio à crise global.
O objetivo central do livro é contribuir para o entendimento das dimensões e estratégias do campo da saúde mental e atenção psicossocial, bem como para a análise dos caminhos e tendências das políticas brasileiras nessa área. Na publicação, o autor faz uma reflexão sobre o percurso que vai das bases da psiquiatria e do manicômio aos projetos atuais, que buscam construir um novo lugar para as pessoas em sofrimento mental.
A necessidade de debates qualificados sobre as articulações entre gênero e saúde se impõe como tarefa cada vez mais urgente diante das muitas desigualdades sociais em saúde que se evidenciaram no contexto da pandemia de Covid-19. Em meio a esse desafio, a Editora Fiocruz lança Gênero e Saúde: uma articulação necessária , título que integra a coleção Temas em Saúde. Escrito por Elaine Reis Brandão e Fernanda de Carvalho Vecchi Alzuguir, o livro reúne reflexões acumuladas pelas autoras em suas experiências de ensino, pesquisa e extensão sobre a temática de gênero, na área da saúde coletiva. "Nós apresentamos a problemática de gênero como modo de organização da vida social e enfocamos seu impacto sobre os processos de saúde e doença em diversos grupos sociais", resume Fernanda Vecchi. Para abordar o tema, as pesquisadoras citam implicações do gênero na saúde que a pandemia tornou ainda mais explícitas. Uma das principais é a sobrecarga feminina sem precedentes em relação à questão do cuidado, gerando esgotamento físico, mental, abandono de postos de trabalho, desemprego e adoecimento. Dessa forma, o volume se propõe a dialogar com pesquisadores, estudantes, profissionais de saúde, gestores públicos, ativistas de movimentos sociais organizados e com o público em geral interessado no debate sobre gênero e saúde. Em cinco capítulos, a obra se desenvolve apresentando "os íntimos entrelaçamentos entre os estudos históricos, sociológicos e antropológicos sobre gênero, os estudos sociais da ciência e tecnologia e o campo da saúde, que foram se consolidando ao longo da segunda metade do século XX até o presente", conforme afirmam as professoras.
A obra se propõe a ampliar a reflexão de temas em saúde, fornecendo um panorama de conceitos e conteúdos para reafirmar a importância das narrativas no âmbito do trabalho e da educação em saúde coletiva. Em seis capítulos, eles apresentam aos leitores conceitos e informações essenciais para o entendimento da produção narrativa no campo da saúde coletiva. Logo no início, para fins de contextualização, é apresentada uma perspectiva histórica, conceitual e política da saúde coletiva. Em seguida, no segundo capítulo, é abordada a dimensão teórica da narrativa como ferramenta social.
Nesta obra, Breilh sintetiza sua trajetória na discussão da epidemiologia e avança em suas propostas sobre a medicina social, que estuda desde a década de 1970. Nesse contexto, o autor analisa a problemática dos modos de vida das populações, os fatores causais de risco, as categorias de determinação e indeterminação, as necessidades em saúde e os modelos de desenvolvimento humano.
“Estaríamos ficando cada vez mais doentes? Ou estaríamos a cada dia ficando mais saudáveis, já que gastamos mais com saúde?” Os autores partem desse questionamento para discutir a problemática da medicalização, sobretudo no que se refere ao sofrimento psíquico. Eles chamam atenção para o fato de que experiências comuns e naturais da nossa existência têm sido consideradas passíveis de serem 'tratadas' e 'resolvidas' com medicamentos. As consequências individuais e sociais desse problema são analisadas pelos autores, que também fazem um alerta sobre os prejuízos causados por uma nefasta aliança entre a psiquiatria e a indústria farmacêutica. Com linguagem acessível, esta obra objetiva ampliar o debate sobre a medicalização do sofrimento psíquico, incluindo, em especial, aqueles que sofrem com ela.
Organizada por Cesar Victora, Fernando C. Barros, Mariangela Silveira e Antônio Augusto Silva, a obra Epidemiologia da desigualdade: quatro décadas de coortes de nascimentos apresenta os principais resultados de um grande conjunto de pesquisas que contribuiu diretamente para a elaboração de políticas públicas de saúde materno-infantil no Brasil e no mundo. Com a colaboração de 26 pesquisadores, os nove artigos analisam e interpretam os dados dedicados à história reprodutiva e antropometria maternas; na atenção pré-natal e desfecho dos partos; e nas condições de vida do primeiro ano dos bebês, incluindo questões antropométricas, mortalidade infantil, taxa de hospitalização, aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses, e nutrição e alimentação. Epidemiologia da desigualdade: quatro décadas de coortes de nascimentos é uma edição da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) com o apoio do PPGE/UFPel.
O enfoque qualitativo vem sendo utilizado por um número crescente de estudantes e pesquisadores no campo da saúde, mas muitos ainda o fazem sem uma compreensão densa dos fundamentos que sustentam suas pesquisas, já que uma transição epistemológica na direção do paradigma interpretativo requer sólida fundamentação em ciências humanas e sociais. Nesse contexto, este livro visa a facilitar o aprofundamento sobre temas complexos para a totalidade do enfoque, ainda ausentes ou muito escassos na literatura científica. Tópicos clássicos e desafiadores para a pesquisa qualitativa são explicados por renomados especialistas, com larga experiência no ensino e desenvolvimento de estudos qualitativos na área da saúde, em diferentes países. O livro trata de temas como: objetividade e subjetividade, avaliação da qualidade, paradigmas e nomenclaturas; congruência epistemológica e rigor; o lugar da teoria; ética em pesquisa; amostra e transferibilidade; análise e interpretação; escrita qualitativa; utilização dos resultados; educação de novos pesquisadores, entre outros. Esta obra articula as dimensões ontológica, epistemológica, metodológica e axiológica da pesquisa qualitativa, constituindo uma contribuição pioneira em termos de densidade e abrangência.
Existem livros excelentes que oferecem muito mais conteúdo do que prometem no título. Este é um deles. Não se trata apenas de uma reflexão clara, profunda e baseada em novas evidências sobre as origens, desenvolvimento e desafios no Brasil de um dos conceitos centrais da saúde pública: a Atenção Primária à Saúde (APS). Além disso, contribui para a história da saúde pública durante o século XX no país e no início do próximo século e sugere novas abordagens.
Fome, insegurança alimentar e nutricional, desnutrição, obesidade e doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Questões complexas que influenciam a vida de milhões de pessoas no Brasil e no mundo e que foram potencializadas pelo contexto da pandemia de Covid-19. Para debater e jogar luz sobre esse cenário, a Editora Fiocruz lança Sistemas Alimentares, Fome e Insegurança Alimentar e Nutricional no Brasil (coleção Temas em Saúde). Rosana Salles-Costa, Aline Ferreira, Paulo Castro Junior e Luciene Burlandy partem da perspectiva de pensar as relações entre a fome, a insegurança alimentar e nutricional, a obesidade e as DCNT, no contexto dos sistemas alimentares. Segundo os autores, o volume foi elaborado com o intuito de corroborar o debate sobre os desafios e as reflexões pautadas na recente agenda científica sobre o tema. "A reflexão foi desenvolvida à luz de uma compreensão integrada de processos que atravessam os sistemas alimentares globalizados, com destaque para o cenário brasileiro", resumem. A obra aborda ainda uma concepção ampliada da chamada SAN: segurança alimentar e nutricional. Essa abordagem leva em conta a construção, ao longo dos anos, de uma política e de um Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil, formalizados na Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan), além das redes organizadas da sociedade civil, das instituições acadêmicas e de Em cinco capítulos, o livro problematiza como a atual configuração dos sistemas alimentares globalizados afeta os rumos das políticas governamentais e os usos de recursos públicos, gerando diferentes tipos de desigualdades. Essa configuração estimula práticas alimentares que vêm sendo associadas às DCNT, condicionando situações de fome e de insegurança alimentar e nutricional. "Portanto, acentuam as próprias condições de vulnerabilidade econômica e social vivenciadas por diferentes segmentos da população", enfatizam.
Uma lição de Nelson para utopistas e não utopistas Sempre que possível fui um aluno atento das aulas do Nelsão. Sempre me impressionava a capacidade de compreender realidades muito complexas através da construção de nexos causais muito bem elaborados. Neste texto são resumidos os trinta anos de luta para construir o SUS. Analisadas as derrotas e os avanços, que não foram poucos, mas que são insuficientes para a demanda por uma vida melhor e menos excludente para nossa população. Como dito no texto, consequência de tratar a política como negócio! Nelson escarafuncha muito do que não foi feito ou o foi parcialmente. Discute a questão da regionalização e da hierarquização. Nosso modelo de descentralização municipalista e nos leva a conclusão dos caminhos a serem construídos – a partir da compreensão do momento que vivemos, de perceber a jogatina financeira dos detentores do poder dentro da sociedade – e assim temos que ir à luta, alimentados por um projeto de SUS que está aí e que precisa ser enfrentado pelos sonhadores de uma nova ordem social. A saúde é um bem público, não existe saúde privada. Existe o setor privado realizando ações de saúde e buscando ganhar sempre mais. E existe o frágil estado brasileiro capturado pelos interesses do mercado. E existem os utopistas. Este livro é sobre utopias. Que nós iremos enfrentar se as entendermos. — Gonzalo Vecina Neto Professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
Durante muito tempo, a saúde foi entendida simplesmente como o estado de ausência de doença. Considerada insatisfatória, esta definição de saúde foi substituída por outra, que engloba bem-estar físico, mental e social. Embora mais abrangente, o novo conceito não está livre de dificuldades, sobretudo quando se leva em conta a legitimidade dos movimentos que defendem a ‘saúde para todos’. “A partir daí, a sociedade literalmente bate à porta das instituições acadêmicas e científicas que supostamente deveriam saber o que é, como se mede e como se promove ‘essa tal de saúde’”, problematiza o autor, que é professor de Epidemiologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Ao contrário do que possa parecer à primeira vista, a obra demonstra que a definição de saúde não é trivial e constitui grande lacuna epistemológica no campo da saúde coletiva. Os capítulos retomam os debates filosófico, teórico, metodológico e pragmático sobre saúde, doença e noções correlatas, como vida e qualidade de vida, morte, sofrimento, cuidado e iniquidades.
Subdividido em seis capítulos, no primeiro a autora apresenta breves considerações teóricas sobre a temática das desigualdades sociais em saúde, apontando correntes e tendências existentes na pesquisa epidemiológica sobre o assunto. Partindo daí, nos capítulos seguintes trata da questão das classes sociais – de como a posição social de cada indivíduo repercute sobre sua saúde – e sobre a influência da renda – ou seja, as relações entre riqueza e estado de saúde. Insere também a discussão sobre etnia e discriminação, como categorias importantes da análise do estudo em questão. Por fim, destaca as relações de gênero e a produção da saúde e da doença, tecendo, ainda, comentários sobre as políticas públicas no enfrentamento das desigualdades sociais, para então expor suas considerações e conclusões em torno do tema. É bastante atual o debate evocado por este livro, sendo extremamente pertinente sua leitura e reflexão mesmo para leitores não especializados, pois nele é proporcionada uma visão panorâmica acerca do assunto, tendo por base dados de consistentes pesquisas.
Este livro é para quem quer saber mais sobre o SUS, sua origem, sua história e seus desafios, e compreender por que necessitamos de um sistema universal de saúde no Brasil. Ele é dirigido a todos que se interessam pelo assunto, de leigos a profissionais de saúde, de gestores de políticas públicas a especialistas já familiarizados com os temas relacionados com saúde pública e os problemas derivados da ousadia de criar e manter, num país como o nosso, um sistema público de saúde. Como Cortés e Pizarro se valeram de guerra biológica para derrotar astecas e incas? Por que Fidel Castro e Barack Obama não se entenderiam sobre os rumos do SUS? O que são atenção básica e atenção primária em saúde, isolamento e quarentena, saúde pública e saúde coletiva? Assistência e atenção à saúde são sinônimos? O que é um problema de saúde pública e como eleger prioridades? De onde veio a ideia de criar um sistema público de saúde no Brasil? Por que saúde tem de ser um direito assegurado pelo Estado? Essas são algumas das questões que este livro ajuda a esclarecer.
O livro consiste em uma coletânea atualizada e ampliada de textos sobre múltiplos aspectos da Saúde Coletiva, ressaltando princípios conceituais e metodológicos desse campo de saberes e práticas sociais. Seu foco está nas necessidades e problemas de saúde das populações e nas respostas sociais organizadas para atenção, intervenção e superação dessa problemática e seus desdobramentos no contexto de práticas de saúde realizadas em sociedades com alto grau de desigualdades. Saúde Coletiva – Teoria e Prática 2º Edição, destina-se aos iniciantes que estão se introduzindo nesse campo científico e âmbito de práticas, principalmente a alunos de graduação, de especialização, residentes, mestrandos profissionais nos primeiros módulos do curso e candidatos a processos seletivos da pós-graduação senso estrito.
Saúde para além da ausência de doenças contraria a ideia de que tudo é consumo, de que o mercado e suas filosofias são perspectiva para tudo: gestão pública, serviços de saúde e direitos sociais. O capitalismo em crise explora e mercantiliza os sistemas de saúde, suas políticas e sua porção humana — trabalhadores, trabalhadoras e a população. Este livro critica a economia política do capitalismo e suas implicações no sistema de saúde brasileiro. O Sistema Único de Saúde (SUS) e sua expansão é a garantia da saúde universal, integral e de qualidade; apesar da austeridade, panaceia de saída da crise estrutural do capitalismo financeirizado. O SUS é das poucas, mas mais eficazes, estratégias de defesa e inversão de jogo das quais dispomos. Este livro analisa o cenário corrente, as influências internacionais e abre caminhos críticos de defesa e expansão do maior sistema universal de saúde do mundo
A partir da importância do processo da reforma psiquiátrica italiana, este livro reúne a conferência que Franca Basaglia proferiu no Rio de Janeiro, e as conferências de Franco Rotelli, Giovanna Butti e Paulo Amarante sobre a formação no campo da saúde mental, atenção psicossocial e reforma psiquiátrica. Em anexo o texto completo da Lei 180, de 13 de maio de 1978, a Lei da Reforma Psiquiátrica Italiana, mais conhecida com a Lei Basaglia.
Discutir aspectos que ajudam a entender por que comemos o que comemos e a produção biológica e social da obesidade, além de analisar políticas públicas de alimentação e nutrição. Com esse objetivo, a Editora Fiocruz lança a mais nova obra da coleção Temas em Saúde: Consumo Alimentar e Obesidade: teorias e evidências . Escrito pela médica Rosely Sichieri e pela nutricionista Rosangela Alves Pereira, o título foi concebido antes da eclosão da pandemia de Covid-19, com a proposta de apresentar as relações envolvidas nos sistemas alimentares, apontando fontes seguras de informação - com base em evidências científicas - sobre a alimentação humana. "Naquele momento, a ideia era tentar explicar por que comemos o que comemos. Ao lado de explicações fisiológicas, combinaríamos as motivações e os movimentos mercadológicos que nos levam ao consumo que temos. No começo da pandemia, nos pareceu que um novo momento estava sendo criado, (..), num momento que era uma retomada de uma alimentação mais saudável", relembra Sichieri.
O texto discute análise de conteúdo como instrumental para produzir inferências à respeito de dados verbais e ou simbólicos, em função de perguntas e observações de interesse de uma determinado pesquisador.
O volume mostra como essas mudanças do SUS estão conectadas às bases de transformações socioeconômicas do país. Em quatro capítulos, as autoras explicam as atividades estatais e as características da estrutura organizacional no Brasil, passam pelo dever estatal de promoção de saúde e pela estrutura do SUS e abordam ainda o conceito e o histórico evolutivo da terceirização. Por fim, elas analisam a terceirização na saúde pública, realizada por meio da contratualização com as organizações sociais de saúde (OSS).
Diante da emergência da pandemia de Covid-19, o Sistema Único de Saúde (SUS) conquistou um espaço inédito nos debates da agenda pública do país. É nesse contexto que a Editora Fiocruz lança SUS: o debate em torno da eficiência, título que integra a coleção Temas em Saúde. Escrito pelos economistas Alexandre Marinho e Carlos Octávio Ocké-Reis, profissionais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o volume busca examinar a eficiência no SUS a partir do fato de que tal argumento é sistematicamente utilizado para defender a mercantilização do próprio sistema. Segundo os autores, que se dedicam aos estudos da disciplina da economia da saúde desde a década de 1990, isso acaba encobrindo um constante ataque à ampliação do acesso à saúde promovido pela reforma sanitária brasileira. Eles argumentam que a palavra eficiência acaba sendo, dessa forma, vulgarizada e servindo para enfraquecer as políticas públicas de saúde.
Este livro é leitura imprescindível para quem busca entender e superar os efeitos do racismo institucional na saúde mental. Ancorado na articulação entre a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e a Política Nacional de Saúde Mental, Emiliano de Camargo David toma raça como um determinante social da saúde e propõe a “aquilombação” como ferramenta teórica para expandir o debate e fazer frente aos marcadores raciais que ampliam as iniquidades seculares e contemporâneas no cuidado à saúde mental. Para ele, o “aquilombamento” coloca o racismo no centro do debate público e permite avançarmos no processo de inclusão da temática racial nas políticas e, consequentemente, nos serviços de saúde mental, indicando um caminho assertivo para a construção de estratégias para o seu enfrentamento.
A obra busca compreender as particularidades dos contextos rurais remotos brasileiros, tendo em vista a organização e provisão da Atenção Primária à Saúde (APS), alinhada aos princípios basilares do Sistema Único de Saúde (SUS). O estudo de que resulta a publicação é um desdobramento da cooperação entre o Ministério da Saúde e a Fiocruz, decorrente do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (Pmaq-AB) do Ministério da Saúde, vigente no país entre 2011 e 2018. O trabalho de campo contou com apoio financeiro do Ministério da Saúde e da Fiocruz e a etapa de análise das entrevistas, com apoio financeiro do Programa de Políticas Públicas e Modelos de Atenção e Gestão de Saúde/Fiocruz. A obra estimula a reflexão e instiga o interesse investigativo acerca de realidades tão singulares, pouco exploradas, por vezes invisibilizadas e não dimensionadas no financiamento, no planejamento e na execução de políticas públicas.
Defender o nosso Sistema Único de Saúde e reforçar sua importância para o Brasil é também acreditar que uma outra comunicação em saúde é possível. Diante da pandemia de Covid-19, em um contexto em que o valor do SUS ocupa posição de destaque nas mídias e na agenda pública, a Editora Fiocruz lança Direito à Comunicação e Saúde, livro que integra a coleção Temas em Saúde.
O título apresenta uma série de abordagens que reforçam as potencialidades da agricultura urbana (AU) e como ela se relaciona com a saúde e o bem-estar. De forma didática, os autores mostram como assuntos diversos estão ligados aos usos e práticas da AU. Os dois pesquisadores mostram que a agricultura pode ser algo muito mais próximo das pessoas e que é possível pensar um pouco além de dualidades já tradicionais, como campo x cidade e rural x urbano.
Comentários à Lei Orgânica da Saúde, depois de 15 anos fora das estantes, é quase uma nova obra pelas mudanças havidas que acompanharam as da lei n. 8.080, de 1990, nove vezes modificada, além das emendas constitucionais que incidiram sobre o artigo 198 da Constituição e da lei complementar n. 141, de 2012. O presente livro renovado em conceitos, compreensão jurídica de institutos do Direito Sanitário, como o da integralidade assistencial, a participação complementar do setor privado ao SUS, a natureza jurídica das ações e serviços de saúde, as emendas parlamentares impositivas, a capacidade judiciária dos conselhos de saúde e ainda aspectos da judicialização da saúde, são temas abordados nesta edição ampliada e renovada.
A presente obra, oriunda da pesquisa do pós-doutorado, realoca para o centro do debate da Saúde Mental, da Criminologia e dos Direitos Humanos a saúde mental das mulheres negras. A partir de uma atuação profissional mergulhada no tripé ensino, pesquisa e extensão buscou-se pela lógica da encruzilhada tecer uma análise teórica e prática que tenha como base o pensamento decolonial, antirracista e antimanicomial. Dessa maneira, objetivou-se apresentar a/o leitora/leitor a produção do sofrimento e do adoecimento psíquico materializada nos modos de vida e processos de subjetivação das mulheres negras brasileiras, a partir das experiências de mães de vítimas de violência armada. Na cena contemporânea, está ocorrendo a intensificação da psiquiatrização, psicologização, medicalização, patologização e farmacologização das particularidades e singularidades, reduzindo-se a experiência do sofrimento e/ou adoecimento psíquico como um problema individual. Assim, torna-se urgente identificarmos as expressões desse fenômeno na experiência de corpos e subjetividades periféricos e favelados. Nesse caminho, espera-se proporcionar inquietações e contribuições demonstrando que a aniquilação da população negra atravessa todas as dimensões da vida social, e aqui, destaca-se a saúde mental. Para isso torna-se necessário a ampliação do debate com diferentes saberes possibilitando desvelar as contradições basilares da sociedade brasileira. Portanto, é preciso fortalecer a luta antimanicomial para que seja radicalmente antirracista, decolonial e feminista e, assim, se afirme a liberdade, a emancipação e os direitos humanos.
A luta pelo direito à saúde e pela consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro tem se expressado a partir da articulação de trabalhadores dos campos da saúde, pesquisadores e militantes dos movimentos sociais nas duas últimas décadas. Este livro busca esclarecer o que é, o que não é, o que faz, o que deve fazer e o que pode fazer o SUS. É destinado a todos que estão na luta por uma saúde pública de qualidade, aos trabalhadores do SUS, estudantes, pesquisadores, militantes de movimentos sociais e a sociedade em geral.
Este livro se destina a profissionais, estudantes e pesquisadores que desejam realizar uma avaliação de políticas, programas ou práticas de saúde. O livro apresenta conceitos, abordagens e estratégias que resultam, em sua maioria, de métodos e técnicas testados pela autora e colaboradores ao longo dos últimos 20 anos em investigações avaliativas. Como o estudo da metodologia das avaliações não pode estar dissociado de investigações concretas, o livro traz variados exemplos, inclusive de articulação entre diferentes métodos: inquéritos populacionais, estudos ecológicos, estudos de caso, estimativas rápidas etc., além de técnicas de coleta de dados, como entrevistas estruturadas, entrevistas em profundidade, observação, análise documental etc.
"Este livro está construído em torno do pressuposto de que, para se compreender os padrões de doença, as formas de cuidado e os recursos de cura, é necessário considerar, antes de tudo, o contexto no qual eles ocorrem. Tal contexto envolve, para além de fatores sociais, ambientais e econômicos, um conjunto de valores e práticas culturais que norteiam os processos da vida de indivíduos e comunidades, os quais podem influenciar positiva ou negativamente o curso de uma determinada condição. Qual o papel dos fatores culturais no surgimento, no desenvolvimento e na distribuição de doenças? Como classificações e significados atribuídos a doenças dão forma ao mal-estar e ao sofrimento? Como tudo isso impacta os registros epidemiológicos? O que um problema de saúde revela a respeito da sociedade em que ele ocorre? Estas, entre outras questões, são competentemente abordadas neste livro, que demonstra, por meio de vários exemplos, os benefícios da colaboração entre a epidemiologia social e a antropologia médica na construção de um conhecimento que o autor denomina de epidemiológico-cultural. Trostle discorre sobre situações exemplares nas quais regras socioculturais de comportamento e/ou políticas governamentais e padrões de adoecimento e morte se interconectaram, produzindo resultados, por vezes, devastadores para grupos específicos ou populações." Ceres Víctora, do Núcleo de Pesquisas em Antropologia do Corpo e da Saúde (Nupacs) e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGAS/UFRGS)
Os autores, ao cunharem a expressão ´saúde persecutória´, discutem a complexa tarefa de avaliar a real efetividade das propostas individualistas hegemônicas de promoção em saúde centradas em evidências científicas e as conseqüências de uma concepção de promoção e prevenção em saúde que, coerente com o liberalismo, minimiza a dimensão pública da responsabilidade pela saúde dos indivíduos.
A ideia de promoção procura relacionar saúde e condições de vida, ressaltando a necessidade de uma vida saudável e a importância da participação coletiva e das habilidades individuais neste processo. Promoção da Saúde: conceitos, reflexões, tendências aponta a multiplicidade e a vitalidade da saúde coletiva brasileira nesta área, afirmando-se como uma reflexão crítica e nada reducionista acerca dos discursos e dos conceitos originários a partir deste tema. O livro se constitui de oito artigos que abordam, de diferentes maneiras, o tema da promoção da saúde, que aqui não é encarada unicamente como um movimento político sanitário, mas também como temática de investigação. A discussão teórica de conceitos, tais como saúde, risco, vulnerabilidade, intersetorialidade e vigilância, torna evidente os desafios surgidos e ainda existentes nas tentativas de mudança das práticas de saúde na atualidade
Oferece a estudantes, docentes, pesquisadores e profissionais da área um panorama abrangente dos principais debates contemporâneos em saúde coletiva. Os caminhos da pesquisa, questões conceituais, a procura de validade metodológica, a polêmica entre diferentes disciplinas e o confronto entre diversos paradigmas, teorias e abordagens estão entre os tópicos discutidos. Também busca responder às necessidades das diversas fases de pesquisa, da elaboração do projeto à apresentação dos resultados.
Esta obra pretende não se tratar de uma obra somente introdutória à análise de sobrevivência - ela tem o intuito de incluir desenvolvimentos contemporâneos, como modelos para tratamento de eventos múltiplos e modelos de efeitos aleatórios. A análise de so
Pergunte a várias pessoas o que significa ter saúde ou estar doente e, certamente, cada uma delas terá uma resposta diferente. Embora saúde e doença sejam conceitos com os quais lidamos no dia a dia, não é simples tentar defini-los. A elaboração conceitua
As vacinas e os processos que envolvem a vacinação estão no centro dos debates sobre o enfrentamento à pandemia de Covid-19. Em meio à emergência global, falar sobre a trajetória das vacinas tem sido fundamental para reforçar a importância coletiva do ato de vacinar. Vacinas, livro que integra a coleção Temas em Saúde, aprofunda as informações sobre o tema diante desse contexto.