Humanização da Assistência ao Parto: Teoria e Prática
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Esta tese inspirou toda uma geração de ativistas e pesquisadoras envolvidas no esforço coletivo de transformar a assistência ao parto no Brasil, nos setores público e privado. Quando foi escrita há mais de 20 anos, algumas das intervenções no parto, como o uso de rotina de episiotomia, enemas, tricotomia, manobras de kristeller e procedimentos didáticos (sem necessidade clínica, apenas para o treinamento dos alunos), e outros abusos, estavam em um ponto cego. Eram tratados como naturais, sofrimentos inevitáveis do parto, do destino biológico das mulheres. Sequer havia dados sobre essas intervenções, que eram invisíveis. O slogan “chega de parto violento para vender cesárea” ainda não era popular. Duas décadas depois, podemos dizer que esses abusos se tornaram não apenas visíveis, mas também quantificáveis, graças à popularização das evidências científicas e do reconhecimento dos direitos das mulheres à sua integridade corporal e a tomar decisões informadas. Apesar de todas as adversidades políticas, de ataques ao SUS e ao feminismo, podemos dizer que o movimento de humanização do parto conseguiu enormes mudanças. Ainda que mais lentamente e com mais contradições do que desejamos, ao reivindicarmos nossa autoridade de falar sobre nossa experiência como pacientes e de produzir conhecimento científico inovador e voltado à ação, temos mudado a assistência e a experiência de muitas mulheres e famílias, em que antes só havia a escolha entre um parto violento e uma "desnecesárea".
Esta tese inspirou toda uma geração de ativistas e pesquisadoras envolvidas no esforço coletivo de transformar a assistência ao parto no Brasil, nos setores público e privado. Quando foi escrita há mais de 20 anos, algumas das intervenções no parto, como o uso de rotina de episiotomia, enemas, tricotomia, manobras de kristeller e procedimentos didáticos (sem necessidade clínica, apenas para o treinamento dos alunos), e outros abusos, estavam em um ponto cego. Eram tratados como naturais, sofrimentos inevitáveis do parto, do destino biológico das mulheres. Sequer havia dados sobre essas intervenções, que eram invisíveis. O slogan “chega de parto violento para vender cesárea” ainda não era popular. Duas décadas depois, podemos dizer que esses abusos se tornaram não apenas visíveis, mas também quantificáveis, graças à popularização das evidências científicas e do reconhecimento dos direitos das mulheres à sua integridade corporal e a tomar decisões informadas. Apesar de todas as adversidades políticas, de ataques ao SUS e ao feminismo, podemos dizer que o movimento de humanização do parto conseguiu enormes mudanças. Ainda que mais lentamente e com mais contradições do que desejamos, ao reivindicarmos nossa autoridade de falar sobre nossa experiência como pacientes e de produzir conhecimento científico inovador e voltado à ação, temos mudado a assistência e a experiência de muitas mulheres e famílias, em que antes só havia a escolha entre um parto violento e uma "desnecesárea".
Ficha técnica
Autor | Simone G. Diniz |
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Ano | 2023 |
País | BRASIL |
Idioma | Português |
Altura (cm) | 23 |
Largura (cm) | 15 |
Profundidade (cm) | 1,5 |
Peso (g) | 375 |
ISBN | 9786525273358 |