Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
História das relações de gênero é uma exploração fascinante do que ocorre com as ideias estabelecidas sobre homens e mulheres quando sistemas culturais distintos entram em contato. Valendo-se de uma grande variedade de exemplos, da pré-história ao século XXI, e abarcando diferentes sociedades, da China às Américas, da África ao norte da Europa, passando por Oriente Médio, Rússia, Japão e Austrália, o historiador Peter N. Stearns delineia o quadro dos encontros culturais internacionais mais significativos e seus efeitos sobre as relações de gênero. O impacto do islamismo e das práticas de gênero do Oriente Médio na Índia e na África subsaariana; o resultado dos contatos da China com a condição feminina entre japoneses e mongóis; a influência colonial européia na América, Índia, África e Oceania; o impacto das ações internacionais no Oriente Médio; e os efeitos da atuação de organizações internacionais e do consumismo global são alguns dos assuntos discutidos neste livro.
Esta coletânea resulta de um esforço de reunir temáticas inerentes às condições das mulheres em nossa sociedade. Nesse sentido, apresentamos discussões sobre o lugar e as lutas travadas pelas mulheres, assim como problemas que as afetam diretamente. Nós reconhecemos o valor das conquistas dos movimentos de mulheres (dos feminismos) no decorrer das décadas, mas considerarmos que elas ainda se fazem necessárias diante do atual contexto, tendo em vista os retrocessos políticos vivenciados no país nesses últimos anos. A partir de diferentes perspectivas, as autoras do livro discorrem sobre tais temáticas, evidenciando, em alguns casos, problemáticas presentes em nossa realidade que afetam as vidas de muitas mulheres. A obra não foi escrita pensando apenas em alcançar um público feminino, pelo contrário, almejamos que pessoas de diferentes gêneros tenham contato com os nossos textos, uma vez que muitas das agendas dos feminismos não estão restritas às questões das mulheres, mas do bem estar da humanidade em geral. Um livro escrito por mulheres que questionam os papéis de gênero consolidados em nossa sociedade, e que incentivam a busca por estratégias alternativas para a superação dessas condições.
Esta coletânea convida os leitores a ultrapassar os limites de uma análise superficial e imediatista sobre a "questão de gênero" e seus desdobramentos, em especial para a saúde.
Esta tese inspirou toda uma geração de ativistas e pesquisadoras envolvidas no esforço coletivo de transformar a assistência ao parto no Brasil, nos setores público e privado. Quando foi escrita há mais de 20 anos, algumas das intervenções no parto, como o uso de rotina de episiotomia, enemas, tricotomia, manobras de kristeller e procedimentos didáticos (sem necessidade clínica, apenas para o treinamento dos alunos), e outros abusos, estavam em um ponto cego. Eram tratados como naturais, sofrimentos inevitáveis do parto, do destino biológico das mulheres. Sequer havia dados sobre essas intervenções, que eram invisíveis. O slogan “chega de parto violento para vender cesárea” ainda não era popular. Duas décadas depois, podemos dizer que esses abusos se tornaram não apenas visíveis, mas também quantificáveis, graças à popularização das evidências científicas e do reconhecimento dos direitos das mulheres à sua integridade corporal e a tomar decisões informadas. Apesar de todas as adversidades políticas, de ataques ao SUS e ao feminismo, podemos dizer que o movimento de humanização do parto conseguiu enormes mudanças. Ainda que mais lentamente e com mais contradições do que desejamos, ao reivindicarmos nossa autoridade de falar sobre nossa experiência como pacientes e de produzir conhecimento científico inovador e voltado à ação, temos mudado a assistência e a experiência de muitas mulheres e famílias, em que antes só havia a escolha entre um parto violento e uma "desnecesárea".
"Parir e nascer, definitivamente, não são processos ‘naturais’ nem meramente fisiológicos. São eventos sociais e culturais complexos, que envolvem interações entre indivíduos, grupos sociais e organizações (hospitais e maternidades), com poderes e legitim
A obra enfoca experiências, que contribuem para a superação das dificuldades de inserção, permanência e ascensão vivenciadas pelas mulheres no mercado de trabalho. São trabalhadoras domésticas, bancárias, faxineiras, comerciantes, trabalhadoras rurais, educadoras e sindicalistas. Mulheres que têm em comum, a garra para transformar a realidade que as colocam em desvantagem no mundo do trabalho. Todos os projetos foram financiados pelo Fundo para Igualdade de Gênero (FIG) da Agência Canadense para o Desenvolvimento Internacional (CIDA).
Audre Lorde é muitas e única. Mulher negra, poeta, lésbica e guerreira. Mãe e professora. Ativista e pensadora. Todas essas facetas coexistem em harmonia nos quinze ensaios de Irmã outsider , que dá sua contribuição como uma das mais importantes obras para o desenvolvimento de teorias feministas contemporâneas. O pensamento de Lorde é profundamente enraizado na experiência de estar fora do que chamou de “norma mítica” – branca, heterossexual, magra.
Livro de fundamental importância em meio aos debates mais atuais do cenário sociopolítico nacional, Judicialização de Políticas Públicas no Brasil levanta debates e contribuições para "a compreensão dos processos pelos quais nosso sistema de justiça tornou-se um protagonista da política e das políticas, bem como de seus impactos sobre uma gama variada de direitos individuais e coletivos", afirma a professora titular de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP), Marta Arretche. A obra reúne 12 artigos de juristas e especialistas nos campos das ciências sociais e política e do direito, dialogando sobre temas como as bases institucionais dos processos de judicialização das políticas públicas no país, além de casos e desafios ligados à judicialização, englobando o direito à saúde e à moradia, questões de política habitacional e preservação ambiental, renda, assistência social, aborto, educação, igualdade de gênero e união homoafetiva. No time de renomados pesquisadores que compõem os estudos apresentados no livro estão Conrado Hübner Mendes, Fabiana Luci de Oliveira, Rogério Arantes, Luciana Gross Cunha e a organizadora, Vanessa Elias de Oliveira, doutora em Ciência Política pela USP e professora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da Universidade Federal do ABC (PGPP/UFABC). Para o professor da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, Oscar Vilhena Vieira, a coletânea apresenta uma contribuição fundamental para melhor compreender o papel das agências de aplicação, impulsionadas por uma constituição de natureza transformadora, na determinação das políticas públicas no campo social.
Justiça Abortada apresenta uma das abordagens mais argutas sobre o papel desempenhado tanto pela medicalização da maternidade e da infância quanto pela repressão à contracepção - sendo aborto uma de suas estratégias - e infanticídio na inserção subsidiárias das mulheres no estado, na nação e na sociedade brasileiras dos finais do século XIX aos anos de 1930. A abordagem feminista, que mantém um olhar atento para a conjunção de gênero e raça, permite que Cassia Roth acompanhe a penetração dos mecanismos estatais, deslindando não apenas os discursos grandiosos e as políticas públicas grandiloquentes. Lança seu olhar para a capilarização dos mecanismos estatais no atendimento médico, nos tribunais, na abordagem policial e mesmo no mundo dos populares. Mulheres com ou sem filhos são chamadas a testemunhar suas adversidades. Optando pela contracepção ou praticando o infanticídio, primíparas ou de múltiplas gestações, casadas, solteiras ou amasiadas, se defrontaram com a ingerência de discursos e práticas pró-natalistas invasivas. O controle de seus corpos alimentou estratégias e resistências, que justificaram lutas persistentes. Maria Helena P. T. Machado Professora titular do Depto. de História da USP
A partir do discurso autoetnográfico a professora, pesquisadora e ativista Malu Jimenez expõe as violências gordofóbicas a que os corpos gordos femininos estão submetidos desde a infância até a fase adulta. Através de análises teóricas, entrevistas e depoimentos a autora investiga a estigmatização institucionalizada e a patologização do corpo gordo do ponto de vista sociocultural, ao mesmo tempo que salienta a importância da internet para a criação de espaços para a militância antigordofóbica e o ativismo gordo. O livro é resultado da tese de doutorado de Malu Jimenez, que agora ganha nova edição, com novo projeto gráfico e novas fotos. Esta publicação inaugura o selo “Lute como uma gorda”, que discutirá a gordofobia em diversas áreas.
O livro aborda a diferenciação entre gestar, assumir o parentesco e cuidar de uma vida, e, sem homogeneizar a categoria “mulher”, reconhece que a experiência da parentalidade é determinada por fatores como raça, classe, gênero e faixa etária. Para Iaconelli, os embates sobre o cuidado e a reprodução da vida são embates políticos e a psicanálise é uma arma da qual não podemos abrir mão.
Um manifesto cáustico e subversivo que busca derrubar todas as restrições e preconceitos sobre o que pode ou não ser feito com o corpo e para o corpo. Defesa radical da liberdade dos corpos, Manifesto contrassexual põe abaixo todas as noções estereotipadas de sexo, gênero e desejo. Com a verve demolidora e o rigor teórico que o tornaram um dos pensadores essenciais da atualidade, Paul B. Preciado analisa e desmonta as construções socioculturais que definiram e normatizaram a sexualidade. Combinando linguagens diversas que vão da arte performática ao dadaísmo e inspirado pelo pensamento de Michel Foucault, Gilles Deleuze, Judith Butler e Jacques Derrida, o filósofo espanhol propõe a contrassexualidade como antídoto à política conservadora de controle sexual: uma teoria do corpo que se situa fora das oposições homem/mulher, masculino/feminino, heterossexualidade/homossexualidade.
A obstetrícia como especialidade médica tem registrado importantes mudanças nas últimas décadas. As gestações se tornaram mais tardias, em menor número e alcançadas, em grande parte, por meio de técnicas de reprodução assistida. Essa nova realidade da prática obstétrica fez aumentar muito o número de gestações de alto risco, envolvendo situações maternas e referentes ao concepto e, nesse momento, à assistência à gestante e ao feto com risco de sobrevida. Os fatores que determinam o aumento do risco reprodutivo para mãe-filho foram ampliados . Além das indicações tradicionais para inclusão das gestantes nos setores de alto risco da assistência obstétrica, como hipertensão arterial, endocrinopatias e doenças autoimunes, surgiram novas indicações para os casos de gestações após cirurgia bariátrica, transplante hepático, infecções de transmissão vertical e gravidez após técnicas de reprodução assistida, exposição a drogas e hábitos negativos para o desenvolvimento do concepto. O Manual SOGIMIG de Gravidez e Puerpério de Alto Risco é um livro essencial para a prática segura e correta da obstetrícia atual. devendo integrar o cotidiano daqueles que cuidam da mulher em seu momento de maior esplendor e responsabilidade.
O manual sogimig de assistência ao parto e puerpério é mais uma grande contribuição da sogimig para a promoção de uma obstetrícia de qualidade e de alto nível, com o objetivo maior de ajudar todos aqueles que trabalham nessa área a aprimorarem o cuidado dispensado às mães e ao nascimento de suas filhas e filhos. Esta obra valoriza a visão assistencial de outros profissionais que participam da equipe obstétrica, uma vez que é indispensável saber o que pensa cada participante desse complexo time assistencial. Contando com 12 capítulos escritos por especialistas de renome internacional, certamente o conhecimento compartilhado neste manual contribuirá definitivamente para que, ao final de uma gravidez, todos desfrutem de um parto seguro.
A partir do século XIX, o interesse científico em entender o corpo feminino se torna um componente fundamental para consolidar a medicalização da mulher. Com isso, a medicina da mulher começa a evoluir: a princípio com uma visão que privilegiava meramente a reprodução, depois para o reconhecimento da mulher como um ser "útil" à sociedade. A dinâmica dessa transformação é tema deste livro, onde a autora também dedica parte da obra para explicar o movimento de resistência de algumas mulheres e a dificuldade que muitas tiveram em assegurar o controle desejado sobre sua sexualidade.
Passo a passo, através dos seus capítulos, este livro vai deslindando todo este movimento sociocultural do parto e nascimento no Brasil, apresentando as novas evidências científicas e convidando as mulheres e seus familiares a conhecerem, refletirem e compartilharem entre si e com os profissionais de saúde os seus projetos para o nascimento dos seus filhos. O desejo da mulher quanto ao tipo de parto que ela programou foi o fator mais importante para a sua realização com satisfação materna, como mostrado na Pesquisa Nascer no Brasil.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.