Diante do rápido envelhecimento da população brasileira, o livro expõe alguns aspectos sobre a representatividade do idoso na sociedade. Para isso, diversos autores apresentam avanços e entraves que a população idosa enfrenta, como a representação da velhice em diferentes instâncias (universidade, família, trabalho), fronteiras e aproximações entre os distintos tipos de velhice, como ativa/saudável e institucionalizada/doente e outros assuntos pertinentes à terceira idade.
Com organização de Helio Santos, doutor em administração pela FEA-USP e histórico militante da causa antirracista, A Resistência Negra ao Projeto de Exclusão Racial – Brasil 200 anos (1822-2022) reúne 33 trabalhos de 34 personalidades de diversos segmentos acadêmicos, escritores/as, poetas e ativistas afro-brasileiros/as que analisam a história do país a partir da ação antirracista como eixo central e com uma visão crítica acerca das principais questões que dominam a pauta atual: meio ambiente, reforma tributária, políticas afirmativas e de reparação, segurança pública, política e economia. A obra não apenas analisa as contradições e o legado deixado por um passado de exclusão sistêmica, mas também apresenta soluções. A publicação foi viabilizada em parceria com o Instituto Çarê, o selo Sueli Carneiro e a Editora Jandaíra.
Discute sexo, sexualidade e gênero na sociedade contemporânea, sob as perspectivas de disciplinas que se relacionam diretamente com o tema, como a antropologia, a sociologia, a demografia, a psicanálise e a medicina. O livro é fruto de um seminário realizado pelo Instituto de Medicina Social da UERJ em parceria com o Núcleo de Estudos da População da UNICAMP.
A trama da modernidade é resultado de um projeto de pesquisa que visa analisar o sistema de orientaçao do sindicalismo brasileiro no curso do processo de transiçao do autoritarismo a democracia politica.
O estudo mais abrangente sobre o papel determinante do racismo na desigualdade brasileira, por um dos mais importantes economistas negros em atividade. “Violenta, autoritária, elitista e medíocre. Essa é a sociedade desigual.” Com inovadora abordagem, o economista e professor Mário Theodoro demonstra a centralidade da questão racial na construção e desenvolvimento da sociedade brasileira, explicando de que modo o racismo funcionou e segue funcionando como motor e elemento organizador da desigualdade no Brasil. Em suas diversas formas e manifestações, a violência opera como avalista da manutenção das desigualdades, na relação complementar entre a ação da polícia e da Justiça, nas condições de moradia, transporte público, sistemas de saúde e de educação e na precarização do trabalho. Em cada uma delas, o elemento racial é o fator explicativo, e esse conjunto de violências sustenta e preserva a sociedade desigual, impedindo mudanças estruturais significativas. Mário Theodoro aponta também a incapacidade dos estudiosos e das principais teorias econômicas de produzir até hoje um modelo de estudo que leve em conta — em um país de maioria negra — a preponderância do racismo na desigualdade da sociedade brasileira, e, como escreve o autor, “o racismo mata, prende, exclui, limita, enlouquece”. Para ele, a grande força de transformação virá justamente do segmento mais afetado pela desigualdade: a população negra.
Este livro é leitura obrigatória para todos que trabalham pela construção de um mundo compromissado com um tipo de desenvolvimento que valorize os atributos humanos, a cultura e a natureza. É um forte testemunho sobre a importância da educação, da ciência e tecnologia para se construir a sustentabilidade ambiental, social e econômica, em todas as escalas, em todos os lugares, e em todos os processos de formação da cidadania. Possibilita compreender os problemas complexos da humanidade tendo o desenvolvimento sustentável como a principal invenção da pós-modernidade.
Contracolonização é o conceito-chave desta obra de Antônio Bispo, que contrapõe de forma desconcertante o modo de vida quilombola ao da sociedade colonialista. Com uma linguagem própria, de palavras "germinantes", o autor oferece um olhar urgente e provocador sobre os modos de viver, habitar e se relacionar com os demais viventes e com a terra. A partir da Caatinga brasileira, mais especificamente do Quilombo Saco Curtume, no Piauí, Bispo denuncia a cosmofobia – o medo do cosmos que funda o mundo urbano eurocristão monoteísta – e empreende uma guerra das denominações, enfraquecendo as palavras dos colonizadores. Desafiando o debate decolonial, compreendido por ele como a depressão do colonialismo, propõe a contracolonização, um modo de vida ainda não nomeado e que precede a própria colonização. Não se trata de um pensamento binário, mas de um pensamento fronteiriço e "afro-pindorâmico" para compreender o mundo de forma "diversal", integrado por uma variedade de ecossistemas, idiomas, espécies e reinos.
Em reflexões provocadas pela pandemia de covid-19, o pensador e líder indígena Ailton Krenak volta a apontar as tendências destrutivas da chamada “civilização”: consumismo desenfreado, devastação ambiental e uma visão estreita e excludente do que é a humanidade. Um dos mais influentes pensadores da atualidade, Ailton Krenak vem trazendo contribuições fundamentais para lidarmos com os principais desafios que se apresentam hoje no mundo: a terrível evolução de uma pandemia, a ascensão de governos de extrema-direita e os danos causados pelo aquecimento global. Crítico mordaz à ideia de que a economia não pode parar, Krenak provoca: “Nós poderíamos colocar todos os dirigentes do Banco Central em um cofre gigante e deixá-los vivendo lá, com a economia deles. Ninguém come dinheiro”. Para o líder indígena, “civilizar-se” não é um destino. Sua crítica se dirige aos “consumidores do planeta”, além de questionar a própria ideia de sustentabilidade, vista por alguns como panaceia. Se, em meio à terrível pandemia de covid-19, sentimos que perdemos o chão sob nossos pés, as palavras de Krenak despontam como os “paraquedas coloridos” descritos em seu livro Ideias para adiar o fim do mundo , que já vendeu mais de 50 mil cópias no Brasil e está sendo traduzido para o inglês, francês, espanhol, italiano e alemão. A vida não é útil reúne cinco textos adaptados de palestras, entrevistas e lives realizadas entre novembro de 2017 e junho de 2020. Pesquisa e organização de Rita Carelli.
Francisco Foot Hardman é professor titular na área de Literatura e Outras Produções Culturais da Unicamp. Foi professor visitante na Universidade de Pequim (2019-20). Publicou, entre vários livros, Nem pátria, nem patrão! (Editora Unesp, 2002), Trem-fantasma (Cia. das Letras, 2005), A vingança da Hileia (Editora Unesp, 2009), Ai Qing: Viagem à América do Sul (Editora Unesp, 2019 – em colaboração com Fan Xing) e Meu diário da China: a China atual aos olhos de um brasileiro (PKU Press, 2021).
Neste trabalho magistral, quatro das mais proeminentes ativistas antiprisionais do mundo lançam um apelo urgente por um feminismo verdadeiramente interseccional, internacionalista e abolicionista. Amplificado pelos protestos mundiais após o assassinato de George Floyd em 2020 por um policial uniformizado, o abolicionismo tem moldado cada vez mais o debate político. As demandas pela desmilitarização da polícia e pela suspensão da construção de prisões estão no centro do Black Lives Matter, nos Estados Unidos, e dos movimentos negros em toda a Diáspora africana. Como mostra este livro, abolicionismo e feminismo estão lado a lado na luta por uma causa comum: o fim do estado carcerário, com seu papel fundamental na perpetuação da violência, tanto pública quanto privada, nas prisões, nas forças policiais e na casa das pessoas. Se as teorias e práticas abolicionistas são mais atraentes quando são feministas; o feminismo abolicionista é a versão mais inclusiva e persuasiva do feminismo para estes tempos.
Aborto, saúde e cidadania supera fronteiras geográficas sobre o assunto, vasculha sua história em diferentes culturas e sociedades e convida o leitor a avançar por um caminho assentado em dados e pesquisas, esclarecendo e desmistificando a questão do aborto.
Primeiro livro do francês Pierre Charbonnier publicado no Brasil, Abundância e liberdade traz uma profunda investigação filosófica sobre as origens e o significado da história ambiental. Ao abordar um contexto de brutais mudanças ecológicas, climáticas, políticas e sociais, a obra marca um novo desafio: o de reconstituir os arranjos entre sociedade e natureza tendo em vista as categorias políticas modernas sobre as quais foram assentados. O autor argumenta que para entender o que está acontecendo com o planeta é necessário retornar às formas de ocupação do espaço e do uso da terra vigentes nas sociedades da primeira modernidade ocidental: “Para compreender os impérios do petróleo, as lutas por justiça ambiental e as curvas perturbadoras da climatologia, é preciso voltar à agronomia, ao direito e ao pensamento econômico dos séculos XVII e XVIII [...]. Para compreender nossa incapacidade de impor restrições à economia em nome da proteção de nossa subsistência e de nossos ideais de igualdade, é preciso retornar à questão social do século XIX e ao modo como a indústria afetou as representações coletivas da emancipação”. A atual crise climática revela de maneira espetacular a relação entre a abundância material e o processo de emancipação. Com o livro, Charbonnier lança as bases de uma reflexão coletiva sobre os resultados do paradigma moderno do progresso e os sentidos que damos à liberdade em um momento em que a crise climática, ecológica e econômica coloca em perigo sua própria realização.
Ao observar o fenômeno das migrações internas dos trabalhadores deste país de dimensões continentais, o autor começou a levantar hipóteses para tentar explicar este fenômeno com base em três evidências concretas: grande parte dos migrantes tem profissões mal remuneradas; as migrações intensificam-se em períodos de recessão econômica; as migrações geraram movimentos como os dos "bóias-frias" e dos trabalhadores nômades.
Este livro organizado por Débora Diniz é uma excelente contribuição, em língua portuguesa, para o debate sobre os aspectos éticos, legais e filosóficos das aplicações da nova genética na Medicina, assim como uma reflexão necessária sobre as suas conseqüências sociais. Neste livro são abordados temas como a clonagem humana, a genética e homossexualidade, a genética das deficiências congênitas, as doenças genéticas do sangue como a anemia falciforme, o diagnóstico intraútero de doenças genéticas e o aborto seletivo, sendo discutido os fundamentos do aconselhamento genético e suas implicações na Saúde Pública.
A presente pesquisa partiu das inquietações surgidas da experiência da pesquisadora enquanto Diretora do Setor de Saúde do município de Descalvado sobre as manifestações do fenômeno da adolescência na contemporaneidade. Esse fenômeno pode ser percebido através das crescentes manifestações de indisciplina, violência, desinteresse e consumo de drogas que a população jovem vem apresentando.
O objetivo deste livro é analisar e compreender as relações interafricana a partir dos processos de integração regional em curso na parte ocidental do continente. Para tanto parte-se da hipótese de que o pertencimento dos Estados a múltiplas organizações de integração regional constitui o principal problema da construção e da consolidação de uma unidade integrada econômica, política, social e culturalmente. Este objetivo que originou o levantamento desta hipótese partiu da observação das incoerências entre os objetivos (comuns a todos) da integração regional e a criação fragmentada de instituições econômicas e monetárias, baseadas nos laços coloniais, e nas rivalidades internas constitui um freio integração regional oeste africano. Nesta primeira parte da pesquisa, que iniciou com uma breve introdução, passou por uma revisão da literatura, antes de descrever historicamente os processos e tentativos de integração regional permite concluir que apesar de da serem apresentadas como complementares, as organizações de integração econômica e monetárias da África Ocidental, nomeadamente a CEDEAO, UEMOA e ZMOA, representam interesses particulares tanto interna quanto externamente, e consequentemente o sonho da real unidade política e econômica demora a se concretizar.
Por que a questão da raça permeia grande parte do nosso universo moral e politico? Por que um ciclo perpetuo de escravidão — em todas as suas formas: politica, intelectual e cultural — continua a definir a experiência da negritude? E por que a violência contra os negros é um traço predominante em todo o mundo? Essas são apenas algumas das questões que este livro levanta. Wilderson apresenta, nesta obra, as bases de um movimento intelectual — o afropessimismo — que vê a negritude pelo prisma da escravidão perpetua. A partir de clássicos da literatura, do cinema, da filosofia e da teoria critica, ele mostra que a construção social da escravidão, vista pelas lentes da subjugação dos negros, não é uma relíquia do passado, mas um mecanismo que alimenta nossa civilização. Sem a dinâmica senhor-negro escravizado, sustenta o autor, um dos pilares da civilização mundial iria a colapso. Mais do que qualquer outro grupo, os negros serão sempre vistos como escravos em relação á humanidade. Afropessimismo fala ainda da infância do autor em Minneapolis e do racismo que ele sofre — seja na Califórnia dos anos 1960 ou durante o apartheid na África do Sul, onde ele se junta às fileiras do Congresso Nacional Africano. Este livro não apresenta solução para o ódio que está por toda parte, mas Wilderson acredita que reconhecer essas condições históricas é um gesto de autonomia em face de um mundo social essencialmente radicalizado.
O título apresenta uma série de abordagens que reforçam as potencialidades da agricultura urbana (AU) e como ela se relaciona com a saúde e o bem-estar. De forma didática, os autores mostram como assuntos diversos estão ligados aos usos e práticas da AU. Os dois pesquisadores mostram que a agricultura pode ser algo muito mais próximo das pessoas e que é possível pensar um pouco além de dualidades já tradicionais, como campo x cidade e rural x urbano.
O livro esmiúça a nova proposta de agricultura. Em seu roteiro estão, em primeiro lugar, os marcos políticos da questão agrária no Brasil seguida pela discussão da gênese da agricultura moderna. O segundo marco traz a agroecologia e a busca de sustentabilidade, em seus conceitos elementares de ecossistemas, agroecossistemas, fertilidade, ciclo natural e os elementos. No terceiro marco, apresenta uma série de capítulos que esmiúçam as práticas agrícolas agroecológicas: o aumento da fertilidade do solo, o manejo de ervas, pragas e doenças, o uso da compostagem, os biofertilizantes e as receitas para prevenção e controle de pragas e doenças com o uso de produtos naturais.
Este livro apresenta a agroecologia e sua complexidade, propondo um modelo de desenvolvimento territorial baseado na organização camponesa para produção de alimentos com base na policultura e na valorização da diversidade das paisagens, dos ecossistemas e das espécies como modo de valorização da vida.
Uma das principais referências na história da luta contra o colonialismo, ideólogo do conceito de negritude nos anos 30, Aimé Césaire (1913-2008) produziu uma obra rica e influente a partir de sua própria experiência. Textos escolhidos, que a editora Cobogó publica pela coleção Encruzilhada, reúne três de suas mais emblemáticas criações: A tragédia do rei Cristophe, Discurso sobre o colonialismo e Discurso sobre a negritude, que oferecem ao leitor uma visão única dos ensaios e do teatro do poeta, ensaísta, dramaturgo e político nascido na Martinica. Aqui traduzidos por Sebastião Nascimento, esses textos, escritos décadas atrás, continuam a mover e a inspirar o pensamento decolonial em todo o mundo.
Este guia apresenta o resultado de estudos levados a cabo em diversas cidades do Brasil. Para tanto, os investigadores lançaram mão de um questionário e da aplicação de bafômetros em motoristas que circulavam nas grandes vias de tráfego dos municípios avaliados, entabulando resultados e estabelecendo estatísticas esclarecedoras sobre o comportamento em questão. Os primeiros capítulos abordam os problemas associados à legislação nacional e apresentam os dados provenientes da pesquisa, elucidando os aspectos metodológicos que a nortearam e comparando os resultados obtidos antes e depois da Lei Seca. São analisados, em seguida, os dados sociodemográficos dos entrevistados e seu comportamento e conhecimento da legislação específica, apresentando os índices de aceitação das medidas preventivas. Por fim, os anexos trazem o Questionário da Pesquisa Nacional Beber e Dirigir, utilizado na obtenção de dados, os Folhetos Educativos da Pesquisa Nacional Beber e Dirigir, e a Redação da Lei 11.705, a Lei Seca.
Um dos maiores problemas de pais e educadores é saber como enfrentar a questão do álcool e das drogas na adolescência. É de suma importância que os responsáveis entendam a situação, participem da vida dos jovens e estejam preparados para agir, se for o caso. Para ajudá-los nessa tarefa, a psicóloga Ilana Pinsky e o educador Cesar Pazinatto abordam neste livro, de forma clara e direta, tópicos como: O papel da escola e dos amigos; como identificar o uso; como combater o problema; como manter um diálogo produtivo. Além de responder às perguntas mais relevantes e recorrentes, o livro traz 15 sugestões de atividades para prevenção em sala de aula.
Este livro é uma contribuição ao estudo da psicopatologia do trabalho e da prática de programas preventivos ligados ao uso abusivo de álcool e drogas nas empresas. Trata-se de um estudo aprofundado, tanto teórico quanto prático, do estudo das relações relativas à interface entre o consumo abusivo de álcool e sua relação com o trabalho. Alcoolismo no trabalho é uma produção que se insere na visão de como o ambiente de trabalho – hipótese demonstrada a partir da pesquisa com trabalhadores de uma instituição universitária – por um lado, pode ser palco de intervenções, terapêuticas ou mesmo patológicas, e, por outro, pode atuar no plano da prevenção primária do alcoolismo entre os trabalhadores. Um ponto alto deste livro é a análise do caso dos mestres cervejeiros, a partir de outra brilhante pesquisa desenvolvida por Magda Vaissman, que nos demonstra, pela primeira vez, situações em que o alcoolismo pode ser considerado uma doença adquirida no exercício profissional.
A Organização Mundial da Saúde já reconhece o alcoolismo como a terceira causa de morbidade e mortalidade no mundo. Inserida nessa realidade, 'Alcoologia - O alcoolismo na perspectiva da saúde pública' traz capítulos que tratam de assuntos como Acidentes de trânsito, Ambiente de trabalho, Síndrome alcoólica fetal, Emergências médicas e questões voltadas para a população jovem. O objetivo da obra é contribuir no enfrentamento dessas questões, sendo uma referência para profissionais da área de saúde e afins, que se dedicam a minimizar as perdas e dados relacionados ao uso, abuso e dependência do álcool.
Além da pele compila artigos recentes de Silvia Federici a respeito do corpo e da política corporal em seu trabalho teórico e em outras teorias feministas. Os dez textos que compõem este livro revelam como o capitalismo tem transformado o corpo humano em máquina de trabalho — e o corpo das mulheres em máquinas reprodutoras de mão de obra. Dividida em quatro partes, a obra debate a relação entre corpos e opressões, a barriga de aluguel, as novas tecnologias reprodutivas e de manipulação genética, as antigas e recentes esterilizações forçadas, a criminalização do aborto, o cerco à sexualidade das mulheres, o trabalho sexual, o papel da medicina e da psicologia no disciplinamento dos corpos e a ânsia do capitalismo tardio em moldar, via novas tecnologias, um trabalhador cada vez mais semelhante a uma máquina — cujo corpo esteja imune a estímulos sensoriais, a desejos sexuais, sempre autodisciplinado, capaz de funcionar em qualquer situação e pronto para colonizar o espaço sideral.
Obra pioneira, Além do carnaval examina a realidade social e cultural da homossexualidade masculina no Brasil ao longo do século XX. James Green questiona a visão estereotipada de que a expressão desinibida e licenciosa do comportamento homossexual durante o carnaval comprova a asserção de que a sociedade brasileira tolera a homossexualidade e a bissexualidade na vida cotidiana. Sustentado por ampla pesquisa e sólida erudição, esta obra traz uma contribuição inestimável a uma área negligenciada da história social brasileira. Esta terceira edição, revista e ampliada, atualiza e aprofunda as análises das edições anteriores, cobrindo as últimas décadas do século XX, pródigas em lutas, conquistas, mas ainda repletas de desafios.
Esta obra foi desenvolvida com intuito de auxiliar profissionais, trabalhadores e estudantes de Nutrição e áreas afins no seu dia a dia. Apresenta um material prático com modelos, esboços, roteiros, cálculos (com exemplos), propostas de como realizar as atividades rotineiras de um serviço de alimentação coletiva, seja ele de pequeno ou de grande porte. É um guia de bolso acessível para que o profissional possa fazer rápidas consultas. Alimentação Coletiva no Dia a Dia é uma obra inédita porque engloba, em cinco partes, tudo que é necessário para o perfeito controle dos alimentos. Ao longo de 23 capítulos, vemos os conceitos e as regras sobre os serviços de alimentação, além das atribuições do Nutricionista principalmente dentro da alimentação coletiva. Fornece informações fundamentais sobre gestão de pessoas, gestão de qualidade envolvendo todas as etapas das boas práticas e gestão de serviços. É um livro completo indispensável na rotina dos profissionais que não só precisam entender as regras de controle, mas também necessitam aplicá-las no dia a dia da preparação segura dos alimentos.
Prática, didática e objetiva, esta obra aborda e descreve, com maestria, todas as etapas pelas quais o alimento passa, por meio de uma construção precisa de temas relacionados, os quais dão o embasamento necessário para as práticas essenciais em técnica dietética, visando enriquecer a formação do acadêmico e se tornar referência para profissionais de todas as áreas da nutrição – em especial os que atuam em alimentação coletiva. Alimentação Coletiva | Técnica Dietética e Segurança Alimentar apresenta um rico conteúdo, resultado de anos de docência, em prol da elucidação de assuntos relacionados com uma alimentação balanceada, adequada, segura, acessível e sustentável. Seu texto destaca as práticas diárias do preparo de refeições, sejam estas feitas em restaurantes, cozinhas de pequeno ou de grande porte, ou ainda em casa, no dia a dia. Como um diferencial que ilustra a amplitude da abordagem do texto, há um capítulo próprio sobre os indicadores no preparo de alimentos – um recurso para o exercício da alimentação coletiva com excelência inédito na literatura voltada ao tema. Muitas vezes, é longo o caminho seguido pelo alimento até chegar à mesa do comensal, e por isso esta obra mostra o quão essencial é pensar sobre os fatores e acontecimentos envolvidos nesse processo, para que se preserve uma alimentação segura e saudável em seus aspectos organolépticos, sanitários e ambientais.?
Os textos deste livro se propõem a qualificar o debate acerca das ações de alimentação e nutrição na Atenção Básica. Os autores refletem sobre o conjunto de práticas de cuidados essenciais ao campo da alimentação e nutrição nas atividades diárias das Unidades Básicas de Saúde (UBS) das equipes de Saúde da Família. Espera-se, assim, contribuir para processos de trabalho coerentes com os princípios da integralidade do cuidado. A questão do cuidado é o fio condutor das análises, com base em refl exões da prática dos autores, dialogando com referências do campo teórico. São abordados temas como os avanços e desafios da promoção da alimentação adequada e saudável na Atenção Básica a atuação do nutricionista nas equipes dos Núcleos Ampliados e Saúde da Família (NASF) a Educação Alimentar e o tratamento da obesidade e carências nutricionais, agenda tradicional e inconclusa na pauta das ações de alimentação e nutrição no Brasil e no mundo entre outros.
Este é um livro sobre programas de alimentação escolar de maneira geral, utilizando o Programa Nacional de Alimentação Escolar do Brasil (PNAE) como referência. Está organizado de maneira a evidenciar os principais componentes de um programa de alimentação escolar necessários para assegurar a sua própria sustentabilidade e, ao mesmo tempo, necessários para contribuir para o desenvolvimento sustentável dos indivíduos e das comunidades. CONTEÚDO – Políticas de alimentação como estratégia de segurança alimentar e nutricional (SAN) e de direito humano à alimentação adequada (DHAA) – Sustentabilidade na política de alimentação escolar: uma análise a partir da experiência na América Latina e no Caribe – Cardápio escolar como instrumento norteador do Programa de Alimentação Escolar – Promoção da alimentação adequada e saudável na escola: Educação Infantil e Ensino Fundamental – Promoção da alimentação saudável e sustentável com as juventudes: a experiência do movimento “Comer pra quê?” – Da horta escolar ao prato: estratégia educativa para hábitos de vida saudáveis e sustentáveis – Políticas de compras institucionais da agricultura familiar – Compras da agricultura familiar para a alimentação escolar e o diálogo com a Agenda 2030: a prática do Paraná – Participação e controle social nas políticas de alimentação e nutrição escolar
“A alimentação constitui uma espécie de ‘janela com vista’ através da qual se pode observar, conhecer e procurar compreender a articulação de um emaranhado cultural mais amplo”: é a partir desta perspectiva que os autores, cientistas sociais com experiência de ensino e pesquisa em antropologia e sociologia, desenvolvem suas análises. “Aparentemente, para a medicina e para a nutrição, o ser humano se ‘nutre’ apenas de glicídios, lipídeos e protídeos, mas o certo é que os alimentos, além de nutrir, ‘significam’ e ‘comunicam’. O desejo de encontrar esses significados é a razão principal deste livro”, explicam.
Le Monde Diplomatique" passa a publicar no Brasil, sob a oordenação do Instituto Paulo Freire, a quem cabe também produzir, no país, a edição via internet do jornal. Servindo-se de dados rigorosos e análises não-convencionais, os artigos constroem, em seu conjunto, um ponto de vista oposto à visão fatalista que hoje predomina sobre o assunto. Ele se apóia em duas bases essenciais: a) embora represente uma ameaça terrível, o aquecimento da atmosfera pode ser perfeitamente revertido; b) para alcançar esta vitória, os seres humanos serão obrigados a superar as lógicas sociais típicas do capitalismo e construir novas relações consigo mesmo e com o ambiente.
Publicado pela primeira vez em 1979, tornou-se a primeira publicação brasileira a analisar o corpo como sistema simbólico. Desde então, tem sido referência para várias gerações de cientistas sociais. Trata-se de um livro didático e denso que introduz o leitor aos eixos analíticos básicos para a compreensão da sociedade como um sistema de significações. Leitura imprescindível para profissionais que têm no corpo a dimensão de seu ofício, conclui que o corpo é uma filosofia que “abriga em nós um inferno que costumamos ver nos outros: a natureza humana que é estranha aos homens.”
O atual modelo de desenvolvimento, produtivista-consumista, levará muito provavelmente a humanidade à autodestruição. Precisamos denunciar o processo de degradação em curso e construir uma outra forma de organização social e econômica que nos permita viver e conviver harmoniosamente com a natureza, da qual fazemos parte. A Amazônia está no centro do debate sobre a crise ambiental, não apenas para o nosso país, mas para todo o mundo. O estudo aqui publicado, apoiado nas pesquisas mais recentes sobre a região, oferece dados e análises preciosos para interrompermos a “economia de destruição da natureza” e possibilitarmos a emergência de uma “economia do conhecimento da natureza”. O estudo mostra, entre outras coisas, que, até 1960, apenas 1% do território da Amazônia havia sido desmatado, e hoje são 20%. Entre 2004 e 2012, houve significativa redução do desmatamento, mas, depois, voltou a crescer. Em 2016, o Brasil foi o sétimo emissor mundial de gases de efeito estufa: deste total, 51% foram causados pelo desmatamento. Nos últimos meses, tem havido um verdadeiro descontrole por parte do governo em favor de um processo que corre o risco de levar à savanização e desertificação da Amazônia. (...)
A publicação desta segunda edição do livro-cartilha do italiano Ivar Odone vem à luz 34 anos após seu lançamento no Brasil e constitui-se numa iniciativa oportuna e necessária nesse momento em que uma nova reestruturação produtiva vem acompanhada de novas, rápidas e grandes mudanças nas maneiras de se comunicar e trabalhar, de pensar e sentir; enfim, de viver em sociedade. A presente edição foi ampliada com grande competência por um cortejo de textos de autores brasileiros que expõem e analisam a (re)apropriação dos preceitos, postulados e instrumentos de intervenção elaborados nesse livro-cartilha. Avaliam, ademais, seus usos em experiências concretas e as contingências e oportunidades de uso na realidade brasileira dessa proposta pensada para a Itália dos anos sessenta do século XX. A leitura desse livro torna-se obrigatória para todos os técnicos, pesquisadores, educadores e trabalhadores, em geral, interessados nas questões que se referem à Saúde dos Trabalhadores e Trabalhadoras em suas dimensões coletivas e singulares. Nesse sentido, uma leitura atenta percebe sinalizações da necessidade de aprofundar o entendimento de um conjunto de elementos articulados no plano das ciências, das técnicas e humanidades, que atuam na determinação dos processos de saúde e doença que atingem a classe trabalhadora. Essa é uma dimensão sempre presente na leitura e uso da proposta do texto! — Anamaria Testa Tambellini