Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Uma coletânea de textos das autoras Ana Paula Viana e Fernanda Curado, alguns já publicados na internet e outros inéditos, a vida de mãe contada pelo olhar emocionante e descontraído de duas delas, mães de dois e três filhos, cada qual com sua realidade particular. Diferentes contextos e vivências, porém sensações tão semelhantes que costumam disparar identificação imediata com mulheres, mães desta e de outras gerações - mas as autoras juram que não instalaram uma câmera escondida na casa de ninguém, viu?
Nos anos 90, com a edição da Lei nº 8.080, organizou-se o Sistema Único de Saúde, definido como o conjunto de ações e serviços públicos de saúde executados pelas três esferas de governo, de forma descentralizada, regionalizada e hierarquizada. Esse obra p
Como a ciência circula e se move para além de fronteiras geográficas e culturais? Como os encontros, conexões e trocas ocorridos nesses processos impactam não apenas a disseminação, mas a própria produção do conhecimento e as práticas científicas? Essas questões vêm conformando uma robusta agenda de reflexão e de pesquisas no campo da história das ciências. Em diálogo com a historiografia internacional, a produção acadêmica brasileira sobre a circulação transnacional da ciência tem se consolidado e expandido. A presente coletânea é um ótimo exemplo desse movimento, conduzido em larga medida por jovens pesquisadores. Abarcando temporalidades, espacialidades e questões de pesquisa diversas, seus capítulos sinalizam os amplos horizontes de uma renovação historiográfica em curso. Nesse sentido, são um convite a que historiadores e cientistas sociais enveredem pelos muitos caminhos abertos nesse campo de estudos.
Conhecimento e Inovação em Saúde: Experiências do Brasil e do Canadá representa uma iniciativa inédita na literatura especializada, seja pela importância e natureza dos temas abordados, seja por reunir experiências de dois países que, apesar das diferenças, enfrentam problemas comuns na gestão dos seus sistemas de saúde, públicos e universais, seja ainda pelo perfil dos autores, todos eles especialistas renomados em suas respectivas áreas de atuação.
O estabelecimento de áreas protegidas é uma estratégia importante para conter a ocupação desenfreada da terra e o uso predatório dos recursos naturais, mas sua implementação tem enfrentado inúmeros desafios. De forma didática e abrangente, Nurit Bensusan trata da questão das áreas protegidas pela ótica dos desafios atuais e futuros - humanos, culturais, econômicos e sociais -, mostrando que a participação da sociedade é fundamental para superá-los.
Os Consórcios Públicos de Saúde são uma alternativa viável para maximizar a regionalização da saúde no Brasil? Como estabelecer um consórcio? Quais os principais desafios enfrentados pelos consórcios? Essas são questões respondidas em “Consórcios Públicos de Saúde”. Para os Doutores Nésio Fernandes e Arruda Bastos “Os Consórcios Públicos de Saúde são mais uma experiência exitosa de gestão interfederativa que o SUS produziu. Neste livro, as leitoras e os leitores encontrarão um guia prático para entender a função e a importância dos consórcios públicos para a gestão da atenção especializada nas micro e macro regiões de saúde do SUS.” Os autores abordam essa temática tão importante e necessária, que evidenciou as duas fontes de resiliência do federalismo brasileiro notabilizadas na pandemia: 1) o protagonismo científico e sanitário do Consórcio Nordeste; 2) a mobilização da Frente Nacional de Prefeitos. Mais de duas mil cidades de todas as regiões do país formaram o Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras: o Consórcio Conectar, que também é analisado neste livro. — Karla Amorim Sancho Linguista e Doutora em Saúde Coletiva pela UNICAMP
O livro apresenta os múltiplos sentidos relacionados aos temas que envolvem o ensino/aprendizagem em saúde mental no cenário da Estratégia de Saúde da Família e também da formação nas instituições de ensino superior.
Temos vivido de espasmo em espasmo, um espasmo se sobrepondo ao outro, como se vivêssemos numa eterna respiração de afogados que apenas por um instante conseguem subir à superfície. Neste livro, a premiada jornalista Eliane Brum recupera o que perdemos: o processo. A partir de seu ponto de vista sempre singular, ela aponta o que é ruptura, o que é continuidade. Narra as transformações de um país que acreditava ter finalmente chegado ao futuro, mas descobriu-se atolado no passado. Partindo das reportagens e artigos de opinião escritos nos últimos anos, especialmente para sua coluna no jornal El País, ela documenta não só as mudanças objetivas, mas também as subjetivas, às vezes mais determinantes - da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, o primeiro operário a alcançar o poder, aos primeiros cem dias do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro. Também analisa temas centrais para a compreensão das duas primeiras décadas deste século, como o crescimento dos evangélicos, o racismo estrutural, a violência que mata os mais pobres, os novos feminismos, a desmemória e o autoritarismo que nos espreita há mais tempo do que admitimos. E interpreta o Brasil a partir da violação da floresta por governos tanto de esquerda quanto de direita. A Amazônia é o "centro do mundo - e também deste livro.
Os casos clínicos são o foco desta obra do psicanalista e pediatra britânico Donald W. Winnicott. Com mais de trezentos desenhos realizados em consultas terapêuticas com crianças e adolescentes a partir do famoso “jogo do rabisco”, Winnicott abre a matéria-prima de sua experiência para pensar a relação clínico-paciente e o processo de cura. Anos de experiência clínica com crianças e adolescentes ensinaram a Winnicott o valor terapêutico de se comunicar com os pequenos em seus próprios termos, lançando mão de brincadeiras, desenhos e outras atividades infantis para promover a associação livre e a liberação dos sintomas.
Valendo-se de desdobramentos da tradição da boa antropologia, que vê a relação com os objetos como constitutiva de toda experiência social humana, Isadora Lins França desenvolve com clareza e sistematicidade a visão de que o mercado e o consumo desempenham papel central na produção e no reconhecimento social de sujeitos, identidades e estilos ligados à homossexualidade.
Discutir aspectos que ajudam a entender por que comemos o que comemos e a produção biológica e social da obesidade, além de analisar políticas públicas de alimentação e nutrição. Com esse objetivo, a Editora Fiocruz lança a mais nova obra da coleção Temas em Saúde: Consumo Alimentar e Obesidade: teorias e evidências . Escrito pela médica Rosely Sichieri e pela nutricionista Rosangela Alves Pereira, o título foi concebido antes da eclosão da pandemia de Covid-19, com a proposta de apresentar as relações envolvidas nos sistemas alimentares, apontando fontes seguras de informação - com base em evidências científicas - sobre a alimentação humana. "Naquele momento, a ideia era tentar explicar por que comemos o que comemos. Ao lado de explicações fisiológicas, combinaríamos as motivações e os movimentos mercadológicos que nos levam ao consumo que temos. No começo da pandemia, nos pareceu que um novo momento estava sendo criado, (..), num momento que era uma retomada de uma alimentação mais saudável", relembra Sichieri.
Aprendi teoria e intervenções práticas com a leitura deste livro. Os autores prestam serviço importante aos interessados em conhecer melhor o impacto do uso de drogas ilícitas na sociedade brasileira. Sem serem explícitos, transmitem uma mensagem de esperança: é póssível levar os usuários de drogas e ajudá-los no tratamento da dependência química”. — Drauzio Varella
Arte não se refere apenas ao belo e ao efêmero. Ela é uma forma de produção de conhecimento que não se reduz ao prazer estético e pode ser entendida também como uma dimensão do pensamento, da técnica e da atividade produtiva humana. Nosso interesse neste terceiro volume da Série Sabor Metrópole é aproximar pesquisadores de diferentes campos e apresentar seus trabalhos acadêmicos que articulam arte, ciência, comunicação, consumo e alimentação. São textos que partem de trabalhos científicos, todos são frutos de pesquisas acadêmicas e foram construídos a partir de diferentes linguagens artísticas, reunindo trabalhos que transitam pelo cinema, teatro, música, vídeos, produção textual ou análise de trabalhos publicitários. Desde um pequeno detalhe da produção textual ou de uma cena de um filme até a grandiosidade da construção de grandes eventos, temos um diálogo constante entre o rigor acadêmico, a pesquisa científica e a criatividade artística, sempre produzindo invenções que traduzem a ausência de hierarquia entre os diferentes saberes que compõem esta coletânea.
Os trabalhos aqui reunidos são produto de um esforço coletivo dos integrantes do Programa Integrado de Pesquisa, Ensino e Extensão Comunidade, Familia e Saúde (FASA), do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, e de parcerias estabelecidas ao logo de sua trajetória. Celebrando 15 anos de atuação, o FASA vem investindo em projetos que buscam compreender as práticas e concepções de saúde, analisadas em seus contextos macros e microestruturais, no esforço de discutir necessidades de saúde de grupos sociais distintos, de modo compartilhado com os grupos em questão.
"Fica esperto, contra o fogo não pode haver afobação", aconselha Deja, o "frente" de um grupo de brigadistas voluntários, para um adolescente em seu primeiro combate contra o dragão, como alguns chamam os incêndios de grandes proporções — muitos causados por ações criminosas — que devoram a fauna, a flora e os rios da Chapada Diamantina, na Bahia. O grupo liderado por Deja é formado por gente como ele — moradores da região que arriscam a própria vida para deter o avanço descontrolado das chamas. Cunga, Zia, Trote, Jotão, Adobim, Firóso e Abner, mais o cachorro Mutuca, são alguns dos voluntários. Antes mesmo que as instâncias governamentais adotassem as políticas públicas necessárias, esses brigadistas se lançam a apartar a briga do fogo contra a terra com técnicas criadas instintivamente e sem equipamentos adequados. Sobretudo nos tempos de seca, que é quando se enfiam nas matas por dias e dias, sem descanso. Cada qual expande ao seu modo esse universo peculiar, mas é a visão do líder, narrador em primeira pessoa, que torna tudo complexo e vivo. Sua linguagem, concisa e marcada pela oralidade, reflete o homem que é: brusco, simples, mas muito sensível à vastidão e aos detalhes de seu mundo — um mundo em que a palavra falada é soberana.
Fala-se constantemente do neoliberalismo, atribuindo-lhe significados muito diferentes uns dos outros, numa espécie de in ação verbal descontrolada. Rubens Casara tem razão em escrever que “o significante ‘neoliberalismo’ é usado de tantas maneiras que acaba por se tornar uma espécie de conceito ‘guarda-chuva’, um nome vago e impreciso”. Tal imprecisão é uma fonte de erro no diagnóstico e também na resposta política ao fenômeno. Por conseguinte, qualquer trabalho acadêmico que vise de nir rigorosamente o neoliberalismo e colocá-lo de novo no centro da discussão é uma salvação pública. Esse é o caso do livro de Rubens Casara que estás prestes a ler. O autor oferece ao leitor brasileiro uma entrada extremamente clara em toda uma série de análises e pesquisas que compõem o que poderia ser chamado, para usar uma expressão inglesa, neoliberalism studies, que têm se desenvolvido há cerca de vinte anos em nível internacional. Esses estudos permitiram corrigir uma sequência de erros, como o que consiste em identificar o neoliberalismo com uma completa abstenção do Estado na vida econômica e social. O neoliberalismo não é, e nem pode ser, no plano da prática algo “anti-estado”, como proclamado por doutrinas que são mais ligadas ao libertarismo do que propriamente neoliberais. É preciso dar ao termo o sentido mais exato que está presente nos trabalhos de pesquisa inspirados pelas intuições de Michel Foucault: de um certo tipo de governo de indivíduos, que, por sua vez, exige um certo exercício de poder por meio de um Estado forte, autoritário, por vezes violento, que visa uma nova articulação entre as esferas pública e privada.
Chegou a hora de extirpar a supremacia branca de dentro do feminismo Desde sua origem, o feminismo se baseou na experiência de mulheres brancas de classe média e alta, que há muito se autoproclamaram as especialistas no assunto. São elas que escrevem, palestram, dão entrevistas. Ao mesmo tempo, para manter seus privilégios, demarcam a branquitude do movimento ao sobrepor suas falas às das mulheres de pele negra e marrom. No entanto, o diálogo só será possível quando todas as mulheres estiverem em patamares iguais. E é partindo do princípio de igualdade na diversidade que Rafia Zakaria, muçulmana, advogada e filósofa política, defende uma reconstrução do feminismo. Contra o feminismo branco é um contramanifesto que insere as experiências de mulheres de cor no centro do debate. Em uma leitura direta e impactante, a autora questiona desde pensadoras como Simone de Beauvoir a produtos culturais como Sex and the City . O resultado é uma obra crítica à adesão do feminismo branco ao patriarcado, à lógica colonial e à supremacia branca. Ao seguir a tradição de suas antepassadas feministas interseccionais Kimberlé Crenshaw, Adrienne Rich e Audre Lorde, Zakaria refuta a indiferença política e racial do feminismo branco em uma crítica radical, na qual coloca o pensamento feminista negro e marrom na vanguarda.
A contrafissura é um sintona social contemporâneo que opera na mídia, na política, na clínica - na subjetividade contemporânea. Plasticidade psíquica refere as mutações subjetivas dos cuidadores que protagonizam experiências promissoras e as transformações que ocorrem nos usários da Rede de Atenção Psicossocial Brasileira.
Os ensaios desta coletânea, construídos sob a perspectiva histórica, voltam-se também para contextos, circunstâncias e problemas atuais, como a ênfase exagerada nos “riscos à saúde” dada pela mídia e pelas autoridades sanitárias e a resiliência dos despossuídos neste país de grandes fortunas e imensa malversação.
Identificar as potencialidades e as barreiras, não só de um processo de descentralização em curso, mas também da rede de atenção à saúde como um todo, é o primeiro passo para que gestores da saúde e profissionais que lidam diretamente com os casos de tuberculose compreendam melhor essa doença e, assim, possam reconhecer potencialidades e/ou problemas em comum. Este livro trata da descentralização das ações de controle da tuberculose para a Estratégia Saúde da Família. A leitura aponta para possíveis maneiras de aperfeiçoar as ações desenvolvidas nas unidades de saúde dos municípios.
Esta coletânea é especialmente voltada para os profissionais que trabalham na rede do SUS – e pode ser somada a uma proposta de educação a distância. Aborda desde um panorama geral da saúde, no país e no mundo, até os aspectos mais técnicos da tuberculose, como diagnóstico, tratamento e prevenção. Segundo a OMS, o Brasil é um dos 22 países com alta carga de tuberculose e onde o enfrentamento da doença deve ser considerado prioridade. O livro sustenta uma capacitação baseada não só em questões técnicas, mas também em reflexões sobre os determinantes sociais, econômicos e culturais da doença. O objetivo é articular os conteúdos apresentados com a realidade vivenciada pelos profissionais nos serviços de saúde. A 1ª edição é de 1987 e, de lá para cá, o livro já sofreu sucessivas atualizações, envolvendo o Ministério da Saúde, a UFRJ e a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, além do Centro de Referência Professor Hélio Fraga (CRPHF), que coordena o trabalho desde o início dos anos 1990. Entre as novidades desta 7ª edição, destacam-se glossário, textos complementares e um projeto gráfico diferenciado para facilitar a leitura e o estudo.
O objetivo central deste livro é verificar de que maneira a relação entre o aparelho militar e o sistema político no período de 1974 a 1999 afetou a consolidação da democracia do país. Este aspecto-chave foi desdobrado analiticamente em dois planos: o legal-institucional e a conjuntura política.
Em três décadas os antirretrovirais utilizados no tratamento da aids passaram de paliativos a medicamentos salvadores. Auxiliares na prevenção, agora são capazes de diminuir a transmissão do HIV a escalas jamais imagináveis. Coquetel é a singular história da incorporação de uma tecnologia inovadora combinada a uma política de saúde pública universal. Aqui o leitor conhece o caminho desse extraordinário encontro da ciência, da medicina, da ética em pesquisas, da mobilização comunitária e do mercado farmacêutico, que mudou para sempre os rumos da epidemia da Aids.
O quarto volume da coleção Parentalidade & Psicanálise traz para a discussão o corpo, tema crucial para se entender como o laço social cria as condições de constituição dos sujeitos por meio dos entrelaçamentos entre pulsão e linguagem. O corpo não é uma entidade passiva a ser disciplinada, controlada ou educada, mas sim lugar de reconhecimento e construção. Quando consideramos o corpo não apenas como um universal biológico, mas também como marcado, ético e singular, ele convoca uma nova atitude de cuidado e consideração. É essa atitude que os autores desta obra enfrentam ao pensar as transformações na arte e no engenho da criação de filhos. Neste volume, é analisado o trabalho psíquico de pais e filhos para fazer corpo próprio e para deixar fazer corpo próprio , permitindo-o falar como um sujeito. Além disso, há uma reflexão sobre o lugar do corpo da mulher e do corpo das pessoas negras nos discursos que circundam os temas da maternidade e da paternidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.