Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Esta publicação aborda uma importante e atual temática, a qual retrata que a questão institucional vem antes de tudo, descrevendo como a sociedade brasileira identifica saúde com a presença ou ausência de doença. Neste cenário, as instituições estatais de Saúde se constituem como portadoras do discurso do saber (tecno-científico) e simultaneamente como agentes políticos no controle de doenças coletivas.
Compreender o complexo processo de formação e desenvolvimento da consciência de classe é um dos desafios mais difíceis do marxismo, desde o clássico livro História e consciência de classe, de Lukács. Mauro Iasi tem sido, dentre nós, um estudioso do tema. Seu livro anterior – O dilema de Hamlet, o ser e o não ser da consciência – já demonstrava a sua forte capacidade analítica para uma melhor compreensão da questão. Seu novo livro, As metamorfoses da consciência de classe, dá continuidade a esse empreendimento, centrando seu novo estudo na trajetória da militância que dedicou toda uma vida para a construção do Partido dos Trabalhadores, para vê-lo desmoronar como um “partido da ordem” (Marx). A inteligência e a militância de Mauro Iasi o qualificam para ajudar nesse importante debate. - Ricardo Antunes – Unicamp.
Quem é o responsável pelas infelicidades que esmagam a humanidade? Depois de muitas hesitações, os primeiros Pais da Igreja buscaram a explicação no velho mito bíblico de Adão e Eva. Os bispos do concílio de Trento fizeram dele um dogma, afirmando que a falta do primeiro homem corrompeu a natureza humana. Desde então, a doutrina do pecado original moldou a moral cristã e, mais amplamente, a imagem do homem. Construída com cuidado e erudição, esta obra é instrutiva e instigante, feita para pessoas curiosas, crentes ou não, sobretudo numa época em que a distinção entre o bem e o mal — e sobretudo sua origem — se articula com dificuldade.
Meninas usam rosa e meninos usam azul? De forma divertida e inteligente, o livro procura abordar questões de gênero por um viés de igualdade e em respeito à pluralidade. O livro integra a coleção Livros para o Amanhã , do selo Boitatá, junto com os outros três volumes A democracia pode ser assim, A ditadura é assim e O que são classes sociais?. As conquistas no campo político e social levaram as mulheres a ganhar espaço em várias esferas da vida pública, mas ainda falta muito para alcançarmos a igualdade de gênero. As mulheres continuam sofrendo muita discriminação no mundo todo e ainda são poucas ocupando cargos de grande responsabilidade e liderança, mesmo estando tão preparadas quanto os homens. Nesse contexto, como as crianças estão sendo educadas e o que significa, para elas, ser homem ou mulher? O desafio da ilustradora espanhola Luci Gutiérrez foi criar uma série de desenhos que atualizasse o debate sobre gênero e o tornasse acessível ao universo infantil. Através da imagem, o livro expressa muitos elementos sutis que não estão no texto - tarefa que Luci executa com maestria. Na cena em que é dito que desde pequenos os meninos e as meninas são tratados de formas distintas, ela mostra um garoto tendo a mão apertada com força, enquanto a menina é tratada com delicadeza. Isso porque é comum se ensinar aos homens que eles devem ser viris e às meninas, que elas são o sexo frágil. As mulheres e os homens é um livro instigante e de fácil compreensão, com uma paleta de cores que foge do já consagrado azul-para-meninos e rosa-para-meninas. O livro também traz atividades para promover uma discussão mais ampla sobre a divisão das tarefas domésticas, a desigualdade salarial e o espaço social que cada gênero ocupa - deixando a certeza de que a expectativa por um mundo mais igualitário não tem nada de ultrapassada.
Quando Freud redigiu e publicou As pulsões e seus destinos, não era possível prever que esse breve ensaio se tornaria um clássico. Não é exagero dizer que a teoria das pulsões, bem como a teoria do inconsciente, está para a Psicanálise assim como a anatomia e a fisiologia estão para a Medicina. No texto que o leitor tem em mãos, Freud apresenta o conceito de pulsão, que está na base dos processos que determinam os modos como nós amamos, desejamos, sofremos. Nele assistimos a um esforço obstinado de sistematização deste “conceito-fundamental”. Tão ou mais fundamental do que o próprio inconsciente, a pulsão é um “conceito-fronteiriço”, situado entre o corpo e o aparelho psíquico.
O Grupo de Pesquisa Informação, Cidadania e Aprendizado (ICA), da Faculdade de Tecnologia “Julio Julinho Marcondes de Moura” – Fatec Garça (CEETEPS), visa estudar os fenômenos sociais e suas implicações na ambiência organizacional, com foco na cidadania e coletividade. Das reuniões e dos debates realizados nos últimos anos, percebeu-se um interesse, por parte dos discentes e docentes do ICA, pelos temas que contemplam as mulheres, assédio moral e sexual no ambiente de trabalho. Desta forma, muitos trabalhos nasceram e, assim, a necessidade de socializar o que foi produzido neste livro que traz estudos sobre a representatividade das pesquisadoras brasileiras na área da Ciência da Computação; as dificuldades enfrentadas pelas mulheres negras nos cargos de liderança no estado de São Paulo; a mulher no contexto do assédio moral e sexual em organizações bancárias e a cultura do estupro, além de uma pintura (capa deste livro) que evidencia o sentimento interno versus o sentimento externo acerca da realidade do universo feminino. Em síntese, escrever sobre as mulheres nesta sociedade capitalista é evidenciar o processo de dominação-exploração secular e, também, a luta das mulheres por igualdade e garantia de seus direitos, ou seja, é mostrar as mulheres em movimento por cidadania.
O objetivo principal desse trabalho foi o de descrever como a organização do trabalho e as relações socioprofissionais se relacionam com a fragmentação da subjetividade de ocupantes de cargos gerenciais. Buscamos descrever a percepção dos gestores sobre a forma como o trabalho está organizado; sobre as relações socioprofissionais; os sentimentos dos gestores com relação ao ambiente de trabalho e, por fim, fez-se uma análise de como essas configurações do ambiente de trabalho afetam a constituição da subjetividade dos gestores.
Roceiros morenos, pretos, pardos foram mapeados em um esforço de observar os sentidos raciais que circulavam no Brasil rural dos anos 1940 e 1950. Uma cartografia dos dispositivos discursivos que orientavam as hierarquias raciais que desumanizavam pretos roceiros. Aos pesquisadores das relações raciais e da história da população negra no Brasil, o livro pode ser uma boa alternativa das reflexões sobre as desigualdades vividas, praticadas, reforçadas, legitimadas, sobre a população negra. A repetição de imagens, valores, ideias, experiências comuns aos contextos escravistas décadas depois da abolição nos ajudam a identificar as heranças e permanências que se perpetuaram e que enfrentamos ainda hoje.
A obra mergulha no Rio de Janeiro do final do século XIX, quando a cidade pulsava no encontro das múltiplas culturas africanas e nas encruzilhadas entre saberes, espiritualidades e tecnologias de povos que, embora separados no continente de origem, acabaram por se encontrar aqui. Desse caldeirão urbano emergem sete elementos centrais, macumba, botequim, samba, futebol, escolas de samba, subúrbios e jogo do bicho, que resistem e reinventam a cidade nas brechas de um projeto histórico de exclusão.
A metodologia não deve ser vista como uma disciplina cuja ênfase é o ensino de métodos e técnicas para planejar, conduzir e apresentar uma pesquisa científica, mas sim como uma disciplina para elucidar o que são essas técnicas, a quais métodos da ciência atendem e em que bases epistemológicas se fundamentam. A autora apresenta uma metodologia tríplice: acadêmica, da ciência e da pesquisa.
As contribuições para este livro fazem um exame crítico de alguns desafios a enfrentarmos nos campos da equidade em saúde e nos sistemas de saúde. Ao mesmo tempo em que fornece uma visão resumida dos problemas da desigualdade em saúde em uma perspectiva global, reflete sobre a importância de examinar a comunidade e a cultura, particularmente a cultura nativa, na busca pela equidade. Também compara e contrasta abordagens neoliberais e igualitárias e o que elas significam para os sistemas de saúde. Explora as diferentes dimensões do acesso aos serviços de saúde e, no tocante à prestação desses serviços, analisa a disponibilidade de recursos humanos e a necessidade de redistribuí-los no nível global.
Esta Coletânea tem como escopo analítico duas balizas mestras que delimitam o seu conteúdo integral: de um lado, o domínio burguês da chamada nova direita e, de outro, a consequente degradação da soberania política. Por nova direita identifica um conjunto de princípios, ideias e práticas morais, resultante da fusão do neoliberalismo econômico com o neoconservadorismo político, social e cultural, a qual expressa um feroz ataque à democracia e à política social de cunho solidário. E por soberania política considera a prerrogativa dos Estados modernos de exercerem, como guardiões legítimos, o poder político que, atualmente, vem sendo expropriado por forças supraestatais globais a serviço do capital corporativo financeirizado. Composta de oito textos de autores brasileiros e estrangeiros, ela constitui produto final de pesquisa recente realizada no Grupo de Estudos Político-Sociais – POLITIZA, do Programa de Pós-Graduação em Política Social da Universidade de Brasília (UnB), e financiada com uma Bolsa 1-A de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Para efeitos didáticos, divide-se em duas partes. A primeira contempla abordagens abrangentes, do ponto de vista geopolítico ou territorial, e mais genéricas no trato da temática de fundo. A segunda elege como lócus preferencial o contexto latino-americano, incluindo o Brasil. É nesta parte que propostas de mudanças e de estratégias de ação se fazem presentes, acompanhadas de avaliações endógenas e recomendações procedimentais no campo da luta política. Com a sua publicação o Grupo POLITIZA espera ter contribuído com esclarecimentos e estímulos à perseverança, sem tréguas, na resistência democrática.
As Organizadoras deste livro convidaram colegas que atuam no contexto de Avaliação Psicológica nas organizações para comporem um livro prático, ampliado e revisado, com o objetivo de atualizar Psicólogos e estudantes de Psicologia em uma área menos debatida dentro das Instituições de Ensino Superior de Psicologia, no Brasil.
Com o objetivo de orientar os profissionais da área de saúde sobre a assistência domiciliar, método de cuidados que vem se destacando devido ao crescimento da população idosa e ao aumento da incidência de doenças crônicas degenerativas na população em geral, Assistência Domiciliar – Atualidades da Assistência de Enfermagem proporciona aos profissionais que prestam cuidado em domicílio uma oportunidade de aprendizagem e reflexão.Instrumento eficaz e que favorece uma assistência humanizada, o cuidado domiciliar reduz o tempo de permanência do indivíduo no hospital e permite a sua inserção no seio familiar, além de auxiliar na contenção de custos hospitalares.A assistência domiciliar inclui cuidados de diversos níveis de complexidade, desde os simples procedimentos de Enfermagem até as internações domiciliares, e pode ser indicada para pacientes em todas as fases da vida.
Se, no início dos anos 2000, a falta de acesso a medicamentos constituía um grande obstáculo à promoção da saúde, hoje, essa realidade já apresenta importantes sinais de mudança. Um exemplo é o expressivo aumento do número de pessoas com HIV/Aids que têm acesso aos medicamentos de que necessitam, resultado de iniciativas nacionais e internacionais. E, na construção desta nova realidade, o Brasil teve papel diferenciado e decisivo. É o que defendem os autores desta coletânea. Segundo eles, “ao lutar diuturnamente pela implementação de políticas de garantia do acesso universal a medicamentos no território nacional, o Brasil pôde demonstrar, com suas experiências exitosas, que países em desenvolvimento eram capazes de promover esse acesso”
A presente coletânea apresenta aspectos críticos da avaliação dos serviços de atenção primária à saúde (APS) no Brasil, tendo o PMAQ-AB como seu analisador, a partir de pesquisas desenvolvidas por instituições de ensino superior brasileiras. Este volume não se refere a um livro nostálgico, lendo apenas o passado através das lentes do PMAQ-AB, mas a partir das lições aprendidas deste esforço avaliativo, os autores demonstram a utilização dos dados do PMAQ-AB para levantar questões avaliativas e propositivas para uma organização mais efetiva das práticas ofertadas nos serviços de APS no Brasil.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.