Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
A privatização dos sistemas públicos de saúde é um fenômeno universal. O livro estuda esse fenômeno no Brasil, demonstrando como a privatização é uma forma sutil de dificultar o direito de acesso a atenção integral no SUS. Analisa os vários planos prejudicados pela renúncia governamental em assegurar o caráter de gestão pública do SUS. A privatização compromete o financiamento do sistema, impede a construção de política e de pessoal e ainda permeia a gestão cotidiana do sistema. A privatização, na realidade, é uma forma incremental e perversa de desconstrução do direito universal à saúde.
O livro 'A Gestão do SUS no Âmbito Estadual' desenvolve um estudo sobre as condições reais de desenvolvimento da descentralização da saúde no estado, visando a consolidação da proposta eminal da Reforma sanitária - O Sistema Único de Saúde (SUS).
O livro A regulação assistencial no SUS sob uma ótica sociológica: entre oportunidades e constrangimentos analisa a regulação do acesso à saúde no SUS, observando os padrões de estruturação que orientam a configuração da rede de comunicação produzida pela ação regulatória, na perspectiva dos seus gestores/profissionais e das usuárias do serviço. Esta obra ancora-se na Teoria da Estruturação, de Antonny Giddens, observando a rede assistencial de pré-natal e parto no município de Salvador-Bahia, sob uma ótica sociológica. Seu conteúdo evidencia a fragmentação da rede assistencial e revela um protagonis-mo das usuárias para viabilizar seu acesso aos serviços de saúde. O olhar crítico-reflexivo da autora aponta para o forte viés normativo e racionalizador da ação regulatória, sinalizando as condições favoráveis à integração social entre pontos de atenção da rede e os constrangimentos à atuação sistêmica da atenção básica como ordenadora da rede de atenção à saúde no SUS. Trata-se, portanto, de uma leitura importante para estudantes e profissionais da saúde que desejem compreender a regulação assistencial implementada no SUS.
A ousadia de se produzir conhecimento a partir de um desenho multimétodos e multifacetado, adaptado para apreender o Sistema Único de Saúde (SUS) tal qual ele se apresenta no cotidiano dos serviços de saúde, deixa como legado percepções apuradas sobre o funcionamento das redes de saúde de Campinas/SP, Fortaleza/CE, Porto Alegre/RS e São Paulo/SP e as singularidades de cada rede temática envolvida na atenção ao Câncer de Mama, Gestação de Alto Risco, Hipertensão Arterial Grave e Transtorno Mental Grave. Captar mais de sete mil usuários nos serviços especializados constituiu-se como escolha inovadora que permitiu explorar acesso, vínculo e cuidado tanto nestes serviços quanto nos de Atenção Primária. Desta forma, foi possível discutir o chamado gargalo da assistência, analisando a trajetória dos usuários e as formas como ocorrem a articulação entre esses serviços. Os resultados mostram avanços no SUS principalmente quanto ao acesso, no entanto apontam fragilidades que devem ser tomadas como desafios para aprimorar a qualidade e continuidade do cuidado.
Os Consórcios Públicos de Saúde são uma alternativa viável para maximizar a regionalização da saúde no Brasil? Como estabelecer um consórcio? Quais os principais desafios enfrentados pelos consórcios? Essas são questões respondidas em “Consórcios Públicos de Saúde”. Para os Doutores Nésio Fernandes e Arruda Bastos “Os Consórcios Públicos de Saúde são mais uma experiência exitosa de gestão interfederativa que o SUS produziu. Neste livro, as leitoras e os leitores encontrarão um guia prático para entender a função e a importância dos consórcios públicos para a gestão da atenção especializada nas micro e macro regiões de saúde do SUS.” Os autores abordam essa temática tão importante e necessária, que evidenciou as duas fontes de resiliência do federalismo brasileiro notabilizadas na pandemia: 1) o protagonismo científico e sanitário do Consórcio Nordeste; 2) a mobilização da Frente Nacional de Prefeitos. Mais de duas mil cidades de todas as regiões do país formaram o Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras: o Consórcio Conectar, que também é analisado neste livro. — Karla Amorim Sancho Linguista e Doutora em Saúde Coletiva pela UNICAMP
Homens, brancos, médicos ou filhos de médicos, fazendeiros ou famílias de políticos tradicionais no local: se este era o perfil costumeiro dos secretários municipais de saúde, pode-se dizer que os efeitos da democratização se fazem notar. Já é significativa a participação de mulheres, negros e não médicos à frente das pastas da saúde, especialmente em municípios de menor porte. Este é um dos resultados apresentados no livro, fruto de um projeto que, ao longo de uma década, analisou as mudanças no perfil dos gestores, na gestão e nos padrões de difusão de inovação das secretarias municipais de saúde.
Desde meados dos anos 80, o Brasil enfrentou, com sucesso ímpar, a construção de um dos maiores, e mais complexos, sistemas públicos e universais de saúde, o SUS, implementado ao longo de mais quinze anos. Um sistema nacional e simultaneamente descentralizado pelas unidades estaduais e municipais da Federação. Tal movimento de construção institucional não foi desafiante tão somente na sua realidade; desafia mais ainda, e até hoje, os estudiosos de políticas públicas que pretendem dar conta desta realidade. É esse o desafio que a autora enfrenta com inteligência e brilho neste livro.
O gestor público, em especial da área da saúde, busca a desburocratização da administração pública com a introdução de categorias jurídicas que favoreçam a gestão federativa integrada e a prestação de serviços mais céleres e efetivos. A fundação estatal, formato de entidade pública que integra a administração indireta do Poder Público vem sendo apontada como instrumento adequado para prestação de serviços públicos ao cidadão tanto pelo setor público quanto pela sociedade. Esta obra pretende trazer um pouco de luz à presente discussão, aprofundando aspectos jurídicos e administrativos dessa categoria institucional. Os autores, de reconhecidos méritos, fazem profunda análise do modelo fundacional na administração pública.
Este livro trata de diferentes aspectos da atenção à saúde em Uberlândia, privilegiando o enfoque geográfico. Dentre os temas abordados estão a dinâmica dos serviços de saúde, a importância regional do Hospital de Clínicas da UFU, o Programa Saúde da Família, a saúde do idoso, o controle da hanseníase, as causas externas e a mortalidade infantil.
Conhecida e respeitada por oferecer um texto sólido e abrangente, esta obra foi revisada e aprimorada para adequar seu conteúdo à realidade atual da saúde e da gestão de seus serviços, setores fortemente influenciados por mudanças políticas, econômicas e sociais. Indispensável a estudantes e gestores da área da saúde, o livro mantém a organização em cinco partes, sendo as quatro primeiras dedicadas aos temas mais relevantes sobre gestão, processos, organização e funcionamento dos serviços da assistência à saúde, e a quinta, a estudos de casos, que proporcionam ao leitor exercitar seu raciocínio crítico, avaliar situações-problema e solucioná-las. O grande diferencial desta edição está na modernização do projeto gráfico, no aperfeiçoamento das ilustrações e, especialmente, na vasta atualização do conteúdo, que, além de ter sido meticulosamente revisado, foi enriquecido com a inclusão de dois capítulos (Governança Clínica e Segurança do Paciente) e a substituição de todos os estudos de casos, que certamente despertarão novas e frutíferas discussões.
Gestão em Saúde: Guia Prático para Reconstruir o Futuro preenche uma lacuna na literatura, visando conduzir gestores, estudantes, agentes políticos e colaboradores de organizações que fazem parte do complexo ecossistema da saúde à era da transformação da sociedade e da gestão na Saúde. É com a verve de quem se dedica ao aprimoramento e ao desenvolvimento contínuo do sistema de Saúde no Brasil que autores e colaboradores compartilham seus conhecimentos nesta obra, estabelecendo os valores essenciais para a assistência à saúde e promovendo ricos debates sobre relevantes temas, que incluem, entre outros, liderança, inovação, qualidade, financiamento e modelos de remuneração, modelos assistenciais, gestão populacional e atenção primária, experiência do paciente, economia e longevidade, bem como ampliação da participação do setor privado na formulação e na implantação das políticas nacionais de Saúde. ?
O livro analisa as mudanças na trajetória dos sistemas de informação em saúde, partindo de aspectos históricos e conceituais. Iniciativas como aplicativos na área da saúde, utilização de sistemas de informação em saúde via web, o desenvolvimento do Programa Telessaúde Brasil Redes, a expansão do cartão nacional de saúde (CNS), o desenvolvimento dos prontuários e registros eletrônicos são algumas das estratégias desenvolvidas nas esferas municipal, estadual e federal que permeiam o cotidiano de trabalho de muitos profissionais da saúde.
As lutas pela produção de modos de ser intensificam-se no mundo contemporâneo em jogos cada vez mais complexos e ambíguos, difíceis de serem apreendidos. Neste contexto, múltiplas pressões têm sido exercidas sobre as organizações de saúde cujas repercussões nas vidas das pessoas são incontestes. Diferentemente de simples arranjo parcelar e burocrático, as mudanças que são requeridas devem abrir as organizações de saúde para além das fronteiras tradicionais.
Seria possível imaginar uma radical reforma do Estado brasileiro a ponto de assegurar às políticas públicas um funcionamento com importante grau de autonomia em relação ao poder executivo e ao mercado? Para Nilton, este objetivo não somente seria realizável — ele demonstra que, em alguma medida, experiências de cogestão já vêm acontecendo no SUS —, como ainda se constituiria em alternativa à esquizofrenia do debate contemporâneo polarizado entre privatização e petrificação de uma administração pública autoritária, burocratizada e patrimonialista.
O desafio de abordar temática por sua natureza, bastante complexa. A conjuntura sociopolítica nacional nos anos 70, de modelo socioeconômico extremamente concentrador imposto pela ditadura, continha crescente resistência democrática e emergência, na área social, de propostas e projetos contra- hegemônicos, tanto no nível de bandeiras políticas como no de práticas inovadoras em espaços socioinstitucionais, fustigando os limites do permissível.
As mudanças ocorridas durante a década de noventa decorrentes da crise dos sistemas de proteção social em todo o mundo pautaram os governos dos Estados nacionais para repensar a forma de gestão dos serviços sociais com vistas à redução dos investimentos. Métodos gerenciais que indicavam o enxugamento dos custos com as políticas de proteção social foram apontados como alternativa em países que vivenciaram o Welfare state em estágio avançado, e o Brasil não foi indiferente a isto. No campo das políticas de saúde, as organizações sociais foram alternativas aplicadas como forma de gestão aos equipamentos públicos de saúde. No ápice do período neoliberal brtasileiro as organizações sociais de saúde multiplicaram-se. Decorrente de uma reforma do aparelho do Estado, os serviços de saúde foram os primeiros a implantar tal alternativa como método de gestão. Neste livro, analisamos, sob a perspectiva da saúde, os custos para o setor público da saúde, após mais de duas décadas de implantação das organizações sociais de saúde no Brasil. Sob uma perspectiva histórica, a partir da conquista dos direitos sociais, apresentamos análises derivadas de estudos e pesquisas sobre a gestão do sistema de saúde brasileiro.
Este livro pretende facilitar a gestores e técnicos vinculados ao sistema de saúde, em seus diversos níveis, o acesso à consulta rápida a sistematização de temas relevantes do cotidiano da organização da assistência à saúde. Em síntese, representa o esforço de tornar o mais acessível possível conceitos, definições e experiências úteis especialmente para técnicos e profissionais que labutam cotidianamente para a construção do SUS.
No momento de transição vivido no Brasil, com a rediscussão do SUS em alguns de seus artigos mais centrais, é muito adequado ler o livro Políticas Públicas e Gestão Hospitalar, que mostra experiências e vivência do sistema. O tema não é novo e seus organizadores são, por um lado, Gastão Wagner de Souza Campos, uma das grandes lideranças do SUS desde os seus inícios, como pensador, gestor e autor e, por outro, o jovem Nilton Pereira Junior, já conhecido nas mesmas atividades, que submete a uma plateia mais ampla sua tese. Os demais autores, todos conhecidos na área da saúde, também trazem relevantes experiências à apreciação dos interessados no setor e, de maneira importante, na atividade de assistência hospitalar, frequentemente postergada na formulação de políticas setoriais. Ana Maria Malik Professora Titular da FGV-EAESP
A regionalização da saúde com integração dos serviços assistenciais em redes é um dos desafios do Sistema Único de Saúde, desde sua criação. A integração sistêmica de serviços de saúde é uma necessidade reconhecida há muito tempo, basta lembrarmo-nos do Relatório Dawson que fazia essa proposição na Grã-Bretanha há mais de um século.
Esta obra pretende apresentar os pressupostos teóricos e os resultados de uma pesquisa sobre os condicionantes da regionalização da saúde nos estados brasileiros. O trabalho permite apreender a dinâmica de funcionamento das instâncias federativas em âmbito estadual e suas interações com os processos de organização político-territorial do sistema de saúde. As análises apresentadas bucam sugerir dilemas e desafios para as políticas de saúde em sua interface com a região, o federalismo e o modelo de desenvolvimento socioeconômico no Brasil.
A obra produzida na UFG resulta do curso de Especialização Regulação em Saúde, sob coordenação da Faculdade de Enfermagem, e reúne estudos promovidos em conjunto com o Ministério da Saúde, Secretaria da Saúde do Estado e secretarias municipais de saúde de diversas cidades goianas
Vencer o desafio de gerir o SUS de maneira compartilhada e organizar as regiões de saúde para que a descentralização não fragmente o sistema é o tema principal desta obra. A autora enfrentou esse desafio buscando garantir sustentação para a sua teoria de
O contexto concreto do estado do Rio de Janeiro, com sua desigual distribuição de benefícios entre pessoas e municípios, é o cenário desta coletânea. Com números, entrevistas, análises históricas e institucionais, o objetivo do livro é tratar o tema das políticas sociais no Rio de Janeiro em duas perspectivas. A primeira é a análise das políticas de saúde segundo a abordagem da gestão política, do papel do Poder Legislativo e da regionalização estadual. A segunda apresenta os desafios da gestão das políticas territoriais na ótica federativa, destacando o papel do governo estadual, contam as organizadoras. A abordagem das políticas de saúde em uma perspectiva metodológica multidisciplinar se destaca na coletânea. A proposta é incluir novas modalidades de análise para compreender os processos de implementação de políticas sustentadas no direito universal à saúde. Este é o caso das políticas públicas territoriais, como moradia, urbanização e acesso a serviços de diferentes naturezas. Trata-se de desconstruir a gestão política que produz uma permanente repetição do que fazer político e construir sobre outras bases a atuação política dos gestores, explicam. Segundo as organizadoras, o governo estadual não pode se furtar a formular sua política de ordenamento territorial visando à diminuição dos efeitos negativos da forte concentração espacial na execução e efetividade das políticas sociais.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.