Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
A Coleção Pensamento Político-Social parte do princípio de que as relações, as instituições e os processos políticos não se realizam desacompanhados das interpretações que recebem. O mesmo vale para os seus portadores sociais e a sociedade como um todo. Daí a importância em repor em circulação e debate interpretações clássicas, modernas e contemporâneas, em geral, e do pensamento político-social brasileiro, em particular - objeto dos títulos da coleção. Desse modo, espera-se contribuir tanto para o aperfeiçoamento de uma visão de conjunto do processo político-social, e de alguns desafios contemporâneos cruciais, quanto para uma redefinição menos minimalista da própria política.
Este livro é o resultado de uma ampla pesquisa socioantropológica sobre as representações populares e as experiências com a hipertensão arterial sistêmica. A autora entrevistou homens e mulheres hipertensos diagnosticados há mais de um ano, com idades entre 50 e 65 anos, clientela de uma unidade de Saúde da Família na cidade de Amparo, no estado de São Paulo. A análise foi sensível às especificidades do modo de vida, das diferenças de gênero, idade e religião, atentando sempre para a maneira como os entrevistados cotidianamente refletem, lidam e atuam diante do adoecimento. O estudo foi realizado por meio de entrevistas conduzidas mediante roteiro, complementadas com observações e extensa investigação de documentos e bibliografia. Análises de conteúdo, das narrativas e estudos de caso foram utilizados. A autora também ouviu os agentes comunitários de saúde, pertencentes à equipe de Saúde da Família do local estudado. Ela descreve as características socioeconômicas, demográficas e educacionais da clientela e desses profissionais, conferindo especial atenção à forma como atendem e se relacionam com os pacientes.
Esta obra tem como objetivo averiguar como questões de saúde bucal se tornaram problemas sociais no Brasil, de1989 a 2004. Além disso, o livro reflete sobre a emergência das soluções aos problemas bucais da população e analisa os processos relacionados com continuidades e/ou rupturas na história das políticas brasileiras de saúde bucal. O presente estudo busca contribuir para a compreensão do complexo processo de formulação dessas políticas no país, com vistas a interpretar melhor cenários futuros.
Com o objetivo de informar e esclarecer o leitor sobre os programas de saúde e assistência social no Brasil, este livro é resultado de uma análise crítica do autor e nele estão contidos a institucionalização, os efeitos e as consequências do PSF, bem como questões éticas, bioéticas e a legislação de apoio.
O tema deste estudo é a contribuição da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Representação do Brasil, para o campo de recursos humanos em saúde no país. O pressuposto é que essa organização, ao mesmo tempo em que influenciava o desenvolvimento desse campo, ela também era influenciada pelas instituições brasileiras e pelos movimentos políticos nacionais.
Subintitulado “um guia para a pesquisa de drogas com ação sobre o SNC, com ênfase nas plantas medicinais”, esta reunião de artigos de especialistas em psicofarmacologia é um livro prático, que serve como material de apoio para o planejamento e a execução de estudos na área. Contempla métodos clássicos e modernos, de modo que permita ao pesquisador o entendimento de cada um, suas limitações e possibilidades. Uma obra útil para todos os que trabalham com psicofarmacologia, especialmente aos que buscam novos agentes farmacológicos, sobretudo de origem natural. O volume reúne artigos de outros 28 pesquisadores vinculados aos departamentos responsáveis pelas mais importantes pesquisas em psicofarmacologia em diversas universidades brasileiras.
Dentre aqueles dedicados à pesquisa deslocada de psicanálise desde o Brasil, Rosana Onocko-Campos se destaca de modo especial. […] Esta psicanalista de esquerda argentina chegou ao Brasil tendo no país possibilidade de refúgio para a própria vida, com uma carga de esperança histórica e teórica radicais que encontrou aqui terreno de investigação e criação de uma política de saúde mental articulada a um questionamento histórico-teórico da própria psicanálise.
Integrante da coleção História e Saúde da Editora Fiocruz, a obra apresenta um estudo da trajetória de um personagem relevante e controverso na história biográfica da medicina e da psiquiatria brasileiras do século XX. A análise da vida de Antonio Carlos Pacheco e Silva 1898-1988 é feita levando em consideração as muitas contradições, tensões e singularidades do médico, militar e político. Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo FMUSP e da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo EPM/Unifesp, Pacheco e Silva acumulou, para além dos espaços acadêmicos, cargos políticos e empresariais, tendo participado ativamente de movimentos conservadores e eugenistas. O livro é um desdobramento da tese doutoral do historiador Gustavo Tarelow, defendida em 2019, na FMUSP. Dedicado às pesquisas sobre a história da psiquiatria paulistas e seus personagens, o autor investiga etapas fundamentais da trajetória de Pacheco e Silva. Ele mostra, por exemplo, a atuação do médico na fundação do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo e como diretor da Associação Psiquiátrica Internacional e do Hospital do Juquery. Tarelow revela também como o psiquiatra esteve diretamente envolvido em todo o processo que levou o português António Egas Moniz a receber o Prêmio Nobel de Medicina, em 1949, além de sua intensa participação em diferentes partidos e momentos do campo político nacional. Dividida em três capítulos, a obra agrega também importantes notas, referências e imagens, reunindo fotografias, documentos, páginas de jornais e outros materiais de acervo que ilustram as diferentes fases da vida do psiquiatra.
O livro em questão examina o formato institucional híbrido da assistência à saúde no Brasil, em que coexistem um sistema público e um privado, com formas diferenciadas de acesso. A autora demonstra que tal arranjo híbrido não foi, como algumas pesquisas anteriores indicam, simples resultado de reformas e demandas privatizantes da década de 90, mas resultou de mecanismos institucionais estabelecidos desde a década de 60. A obra tem dois grandes méritos: é uma excelente sistematização do conjunto de informações, até então dispersas ou não trabalhadas pelos estudiosos, sobre o setor privado de saúde e revela uma radiografia abrangente e precisa deste segmento. Além disso, foge da visão simplificada e supera o formato descritivo dos estudos sobre o complexo sistema de saúde no Brasil, visitando o passado para ajudar a interpretar a natureza dual desse sistema.
Da primeira revolução psiquiátrica a pineliana de 1793 -, que substituiu a metáfora possessão pela metáfora doença passando pela segunda, a das comunidades terapêuticas dos anos 1930, e pela terceira, a da psiquiatria comunitária ou psicofarmacologia do Pós-Guerra, talvez estejamos vivendo a quarta revolução da psiquiatria, quando a metáfora doença vai sendo substituída por outra igualmente complexa identidade. Já não está em relevo a exuberância dos sinais e sintomas equacionados pelas neurociências, mas os modos de viver a vida de pessoas doente sim, com limitações que muitas vezes, entretanto, seguem com seus contratos afetivos e sociais a cumprir. Este livro fala da reabilitação Psicossocial, à brasileira, como um novo tratado ético-estético que negocia uma clínica cuidadosa com inúmeras iniciativas de convívio, lazer, moradia e trabalho que favorecem trocas intersubjetivas e são também espaços de exercícios de cidadania ativa.
A regionalização da saúde com integração dos serviços assistenciais em redes é um dos desafios do Sistema Único de Saúde, desde sua criação. A integração sistêmica de serviços de saúde é uma necessidade reconhecida há muito tempo, basta lembrarmo-nos do Relatório Dawson que fazia essa proposição na Grã-Bretanha há mais de um século.
Redes Vivas e Bolhas de Sabão é um escrito cartográfico de uma pesquisadora brincante em uma jornada de formação e transformação produzida no encontro com multiplicidades de viventes na construção de Redes de Cuidado em Saúde. É uma cartografia fruto de estudos de doutoramento, mas que vai além desses estudos pois remete ao modo de existir que começa do fervilhar das artes de quem dá seus primeiros passos ao som de frevo, maracatu e do carnavalizar nas ruas de Recife, capital de Pernambuco, no nordeste do Brasil. No decorrer da pesquisa, no encontro com as pessoas e processos, produziu-se a transformação da própria pesquisadora e de participantes desse estudo. O que nos uniu nesse caminho foi o cuidado compartilhado.
Reflexões e Inovações na Educação de Profissionais de Saúde é o primeiro volume da Série Processos Educacionais na Saúde, cuja proposta é o estudo sistemático e ordenado de conclusões, experiências e inovações criadas a partir de iniciativas educacionais desenvolvidas por grupo de docentes em programas de graduação e pós-graduação na área da Saúde, no ambiente Sistema Único da Saúde - SUS. O trabalho é viva e expansiva expressão dos efeitos decorrentes que se iniciam a partir da interseção Educação e Saúde.
A aposta na mudança da Clínica é central nessa pesquisa-intervenção que analisa modos de organizar as redes de atenção, buscando apresentar um conjunto de questões que dizem respeito às relações entre subjetividade e gestão em saúde. Ao mesmo tempo, revela os obstáculos à implementação de processos de mudança nas organizações, as dificuldades para se avançar na democratização do Sistema Único de Saúde (SUS).
O psiquiatra, em sua prática clínica, depara constantemente com situações terapêuticas complexas. Entre essas situações, há os pacientes com quadros refratários aos tratamentos convencionais ou com comorbidades que requerem conhecimentos aprofundados de terapêutica, de medicina geral e de interações medicamentosas para uma abordagem adequada.
Esta obra pretende apresentar os pressupostos teóricos e os resultados de uma pesquisa sobre os condicionantes da regionalização da saúde nos estados brasileiros. O trabalho permite apreender a dinâmica de funcionamento das instâncias federativas em âmbito estadual e suas interações com os processos de organização político-territorial do sistema de saúde. As análises apresentadas bucam sugerir dilemas e desafios para as políticas de saúde em sua interface com a região, o federalismo e o modelo de desenvolvimento socioeconômico no Brasil.
A obra produzida na UFG resulta do curso de Especialização Regulação em Saúde, sob coordenação da Faculdade de Enfermagem, e reúne estudos promovidos em conjunto com o Ministério da Saúde, Secretaria da Saúde do Estado e secretarias municipais de saúde de diversas cidades goianas
Este livro tem como objetivo primordial escutar e valorizar a voz daqueles que passaram por estas experiências radicais de visita aos campos do sem-fundo. Você, leitor, poderá acompanhar, em vários dos corajosos depoimentos reunidos aqui, os passos tortuosos, difíceis, mas firmes de várias pessoas que as têm vivido, revelando os caminhos trilhados e as conquistas.
A inclusão social de doentes mentais em serviços substitutivos à internação em hospital psiquiátrico é tomar consciência das inúmeras dificuldades que a população atendida vivencia neste processo e é, também, uma fonte de sofrimento para os profissionais, o que fica evidente quando o Doutor Cesar Augusto Trinta Weber, com seu talento, descreve os Residenciais Terapêuticos: O dilema da Inclusão Social de Doentes Mentais. Ao mesmo tempo, visualiza-se a possibilidade de constituir espaços onde se possa minimizar o sofrimento vivenciado com este contato muito imediato com as circunstâncias que produzem adoecimento. Com efeito, estudos têm apontado que estratégias educativas e terapêuticas são eficazes no sentido de acolher questões entendidas enquanto necessidade de enfrentamento potencializada através da reflexão sobre atividade cotidiana. Se, por um lado, isso é compreendido como a necessidade de mudança de atitude, por outro a própria diversificação das estratégias de assistência exige um processo de desenvolvimento profissional que não se observou estar sendo realizado de forma sistemática.
Livro que apresenta abordagens inovadoras em saúde mental e atenção psicossocial. Publicada originalmente em inglês, há quase 15 anos, a obra Dialogical Meetings in Social Networks Karnac Books, 2006 ganha, pela primeira vez, uma tradução para o português. Escrito pelos professores finlandeses Jaakko Seikkula e Tom Erik Arnkil, o título recebeu, na versão brasileira tradução de Vera Ribeiro, a revisão técnica de Paulo Amarante e Fernando Freitas, pesquisadores titulares da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca Ensp/Fiocruz. Eles enfatizam a importância da chegada do volume que já foi traduzido em mais de 15 idiomas ao público brasileiro, e reforçam o caráter inovador da obra em um contexto em que a reforma psiquiátrica no país ganha novas dimensões. O livro chega num momento muito importante em que nós estamos redefinindo e repensando a atenção em saúde mental e a atenção psicossocial, fundamentalmente para aquelas pessoas denominadas com psicose, afirma Paulo Amarante
Poucas descobertas causaram tamanho impacto na medicina. Por mais de um século, o radiodiagnóstico vem sendo de fundamental importância para a atenção à saúde humana. Contudo, essa nova tecnologia não trouxe consigo apenas benefícios. Neste livro, publica-se a análise do controle de riscos em radiodiagnóstico e seus condicionantes, considerando o marco regulatório vigente e a identificação dos diversos atores implicados nessas práticas.
Um dos grandes desafios para a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) é a distribuição geográfica dos profissionais e serviços de saúde. Compreender tal desafio e fornecer subsídios para enfrentá-lo são os objetivos dos autores, nesse estudo. A distribuição desigual reflete outro problema: a concentração dos serviços de saúde e das escolas médicas nas regiões economicamente mais favorecidas, facilitando a permanência dos profissionais, depois de formados, no Sul e Sudeste, apesar da expansão dos postos de trabalho no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Quatro programas de interiorização são analisados: o Projeto Rondon, o Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento (Piass), o Programa de Interiorização do SUS (Pisus) e o Programa de Interiorização do Trabalho em Saúde (Pits). Este último, por ser uma iniciativa inédita do Ministério da Saúde, é avaliado em detalhes em um dos capítulos.
Orientado pelos pensamentos de Heidegger, o autor propõe nesta obra uma visão própria do delírio. Ele defende que a questão do delírio, se pensada de modo compreensivo, inaugura um novo sentido de ser homem.
A coletânea de artigos deste livro, fruto da heterogeneidade de inserção dos seus autores no campo da saúde pública, busca refletir sobre o acesso das pessoas em situação de rua aos serviços de saúde bem como da abrangência social que o enfrentamento do crack, álcool e outras drogas por parte de populações em situação de vulnerabilidade social exige. A compreensão dos determinantes sociais e das políticas públicas que configuram esta realidade, a par com o conhecimento da sua face epidemiológica e organizacional, em especial dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) é a contribuição maior trazida pela sistematização e debate das experiências dos Consultórios na Rua apresentados nesse livro
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.