Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
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A obra homenageia a trajetória de Lélia Gonzalez, importante intelectual que muito contribuiu para o movimento negro no Brasil. Formada em História e Filosofia, pós-graduada em Comunicação e Antropologia, e estudiosa de Sociologia e Psicanálise, Lélia reúne em sua trajetória reflexões críticas sobre questões raciais, com destaque para os desafios enfrentados pelas mulheres negras.
A obra conta a história de Sônia Guajajara, indígena nascida no estado do Maranhão, que se destaca por sua luta contra a destruição do meio ambiente, o massacre dos povos indígenas, as injustiças sociais no mundo contemporâneo e o machismo.
Este livro narra a jornada de Hamilton Naki, pesquisador e professor sul-africano que desenvolveu técnicas cirúrgicas inovadoras. Com mãos hábeis e precisas, teve importante participação no primeiro transplante de coração bem-sucedido realizado no mundo em 1967. Um exemplo de superação e de enfrentamento das limitações impostas pela segregação racial durante o Apartheid.
Protagonista e narradora de Hibisco roxo, a adolescente Kambili mostra como a religiosidade extremamente “branca” e católica de seu pai, Eugene, famoso industrial nigeriano, inferniza e destrói lentamente a vida de toda a família. O pavor de Eugene às tradições primitivas do povo nigeriano é tamanho que ele chega a rejeitar o pai, contador de histórias encantador, e a irmã, professora universitária esclarecida, temendo o inferno. Mas, apesar de sua clara violência e opressão, Eugene é benfeitor dos pobres e, estranhamente, apoia o jornal mais progressista do país. Durante uma temporada na casa de sua tia, Kambili acaba se apaixonando por um padre que é obrigado a deixar a Nigéria, por falta de segurança e de perspectiva de futuro. Enquanto narra as aventuras e desventuras de Kambili e de sua família, o romance também apresenta um retrato contundente e original da Nigéria atual, mostrando os remanescentes invasivos da colonização tanto no próprio país, como, certamente, também no resto do continente.
É desconcertante a sinceridade com que Maura Lopes Cançado desfia suas lembranças. Sem nunca escorregar no sentimentalismo ou na autopiedade, este volume é um poderoso testemunho sobre a trajetória da autora, que viveu uma infância abastada no interior de Minas Gerais antes de passar por diversas internações em hospitais psiquiátricos em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Leitora ávida, tida como revelação literária dos anos 1960, a escritora – que por décadas ficou relegada ao ostracismo – nos convida a refletir sobre os limites entre razão e loucura, ficção e memória, realidade e imaginação.
Em 1964, Paulo Freire foi preso duas vezes pelo 4o Exército. Na primeira, em 16 de junho (aniversário de sua esposa, Elza), foi levado de casa por dois soldados e permaneceu com paradeiro desconhecido por cerca de 24 horas. Oficiais chegaram a negar que Freire estivesse detido, mesmo com sua família tendo testemunhado a prisão. Depois, admitiram que ele estava encarcerado na Segunda Companhia da Guardas do Recife. […] Freire ficou preso por mais de setenta dias, entre junho e setembro de 1964, na Segunda Companhia da Guardas do Recife e na Cadeia de Olinda. Amargou o começo da prisão numa cela solitária, com apenas 60 centímetros de largura e 1,7 metro de comprimento, com “paredes de cimento áspero, [que] não dava para encostar o corpo” , como lembraria mais tarde. […]
O livro conta a história de João Cândido, marinheiro e líder da Revolta da Chibata. Ao seu comando, mais de três mil marinheiros tomaram o controle de quatro navios de guerra e ameaçaram bombardear a capital da República em um protesto contra os maus-tratos e a opressão.
A obra apresenta a trajetória de Júlio Emílio Braz, escritor brasileiro, nacional e internacionalmente premiado. Sua literatura, sobretudo infantojuvenil, discute importantes pautas da sociedade brasileira, em especial no que diz respeito à juventude negra. Ainda hoje, Júlio é escritor ativo e uma inspiração para todos aqueles que se aventuram no mundo da escrita.
O livro conta a história de Mário Juruna, líder indígena e político brasileiro. Ele lutou contra o Estatuto do Índio, que permitia que os indígenas fossem removidos de suas terras pelo governo, dedicando sua vida para proteger seu povo. Foi o primeiro indígena eleito Deputado Federal no país e pôde participar do pro- cesso de redemocratização, que colocou fim à Ditadura Militar. Como político, criou a Comissão Permanente do Índio.
O livro homenageia a trajetória de Davi Kopenawa Yanomami. Líder de um dos maiores povos indígenas do Brasil, Davi é reconhecido por seu espírito combativo na luta contra a invasão da terra Yanomami por garimpeiros ilegais na década de 1980. Ele dedicou a sua vida a defender os direitos dos povos indígenas, salvando a floresta de interesses gananciosos.
A obra conta a história de Ailton Krenak, nascido em território do povo Krenak, na região do vale do Rio Doce, tornou-se um dos maiores líderes políticos e intelectuais surgidos durante o grande despertar dos povos indígenas ocorrido no Brasil a partir do final dos anos 1970.
Reunião de escritos e reflexões sobre sonhos, drogas, religião, neurociência, política, meio ambiente e educação, do autor de O Oráculo da Noite. Neurocientista de carreira internacional, Sidarta Ribeiro nunca abriu mão de exercer seu papel de intelectual público. Por mais de uma década assinou uma coluna mensal na revista Mente e cérebro, além de contribu até hoje com diversos textos para jornais como Folha de S.Paulo e Estadão. Limiar reúne os 56 melhores artigos de Ribeiro e volta agora em edição revisada, com escritos recentes e uma introdução inédita.
O livro apresenta a trajetória de Luiz Gama, líder abolicionista, jornalista e poeta. Sua vida é marcada pela luta contra o preconceito. O jovem negro foi impedido de cursar a faculdade de Direito por causa da cor de sua pele. Mesmo assim, Luiz assistiu às aulas como ouvinte e teve um bom aprendizado. Embora não tivesse direito a um diploma, chegou a exercer a profissão de advogado, atuando sempre em favor da abolição.
Para além de juízos ou paixões, Lula está entre as maiores figuras políticas da história brasileira. Único presidente do país com origens operárias, e campo magnético de um partido profundamente original em suas raízes, exerceu o poder carismático e a influência de modo mais duradouro que qualquer outro homem público no período republicano, salvo talvez Getúlio Vargas – com quem também compartilha a virulência dos adversários. Desde 2011, Fernando Morais ganhou acesso direto, franco e frequente a Lula. A essas dezenas de horas de depoimentos, somou o faro de repórter e a prosa cativante para compor projeto biográfico que traz um painel do personagem em toda sua grandeza e complexidade.
A Editora Contracorrente, por meio do seu selo infantil Do Contra, tem a alegria de apresentar o primeiro volume da coleção Mulheres Insubmissas: “Maria Quitéria de Jesus: uma heroína da independência”, da autora Marianna Teixeira Farias e ilustrado por Karina Werner. A coleção é coordenada por Patrícia Valim, historiadora dedicada à História das Mulheres e do Brasil, e Valeska Zanello, psicóloga clínica, dedicada aos estudos de gênero e saúde mental das mulheres. Serão 20 volumes contando histórias de mulheres corajosas do nosso país, do passado e do presente, que permaneciam ocultas ou esquecidas pela nossa cultura, principalmente por crianças em idade escolar. A proposta é tirar essas histórias do silenciamento e mostrar ao nosso público infanto-juvenil que o papel das mulheres não é apenas o do matrimônio e da maternidade, mas sim o que elas quiserem. Maria Quitéria foi uma jovem que desafiou o patriarcado numa época de extrema repressão, para lutar por nosso país nas trincheiras da guerra. Com coragem e força, ela enfrentou o pai e conquistou uma posição de destaque no exército, levando consigo outras mulheres. Maria Quitéria é uma heroína que permanecia oculta nos nossos registros, mas agora conquistará seu espaço no imaginário de nossas crianças através das palavras de Marianna Teixeira Farias e as ilustrações de Karina Werner.
Publicado originalmente em 1999 em forma de poema rimado e ilustrado, esta delicada obra chega ao país pelo selo Boitatá, apresentando às meninas brasileiras diferentes penteados e cortes de cabelo de forma positiva, alegre e elogiosa. Um livro para ser lido em voz alta, indicado para crianças a partir de três anos de idade – e também mães, irmãs, tias e avós – se orgulharem de quem são e de seu cabelo "macio como algodão” e "gostoso de brincar". Hoje em dia, é sabido que incontáveis mulheres, incluindo meninas muito novas, sofrem tentando se encaixar em padrões inalcançáveis de beleza, de problemas que podem incluir desde questões de insegurança e baixa autoestima até distúrbios mais sérios, como anorexia, depressão e mesmo tentativas de mutilação ou suicídio. Para as garotas negras, o peso pode ser ainda maior pela falta de representatividade na mídia e na cultura popular e pelo excesso de referências eurocêntricas, de pele clara e cabelos lisos. Nesse sentido, Meu crespo é de rainha é um livro que enaltece a beleza dos fenótipos negros, exaltando penteados e texturas afro, serve de referência à garota que se vê ali representada e admirada
Um nome às vezes é apenas um nome e nada mais, noutras pode tornar-se muito mais do que um simples nome. Ele era um menino com alma de menina, logo não queria ser chamado com nome de menino, porque corpo não quer dizer nada, mas o que tem dentro da gente quer dizer muita coisa.
A obra narra a trajetória de Milton Santos, reconhecido internacionalmente como um dos maiores geógrafos brasileiros. Milton dedicou a sua vida a ser um crítico feroz do modo como as relações se estabeleciam. O geógrafo não só analisou a globalização, mas também a dinâmica das relações étnico-raciais no Brasil.
Meninos gostam de dançar, de correr e de pular, isso todo mundo já sabe. Mas, eles podem também gostar de abraços, de rimar ou até de ficarem quietinhos? Conheça a história do Bibói, um garotinho que arrasa nas batalhas e nas rimas e, está descobrindo quem ele é. Na batida do break, a renomada educadora e ativista bell hooks traz uma história vibrante que capta a energia do que é ser um menino dentro da cultura do hip-hop. Mostrando de forma sensível todas as contradições que permeiam a vida dos pequenos em busca da própria masculinidade, a autora amplia o leque de possibilidades para o que significa ser um menino. Da mesma autora de Meu crespo é de rainha, este vibrante poema visual, com ilustrações de Chris Raschka, é a segunda obra infantil da dupla publicada pelo Boitatá.
Com uma vida repleta de realizações significativas, Michelle Obama se consolidou como uma das mulheres mais icônicas e cativantes de nosso tempo. Como primeira-dama dos Estados Unidos — a primeira afro-americana a ocupar essa posição —, ela ajudou a criar a mais acolhedora e inclusiva Casa Branca da história. Ao mesmo tempo, se posicionou como uma poderosa porta-voz das mulheres e meninas nos Estados Unidos e ao redor do mundo, mudando drasticamente a forma como as famílias levam suas vidas em busca de um modelo mais saudável e ativo, e se posicionando ao lado de seu marido durante os anos em que Obama presidiu os Estados Unidos em alguns dos momentos mais angustiantes da história do país. Ao longo do caminho, ela nos ensinou alguns passos de dança, arrasou no Carpool Karaoke e criou duas filhas responsáveis e centradas, apesar do impiedoso olhar da mídia.
Anielle Franco revela um diário que ela começou a escrever desde o dia em que sua irmã, a vereadora Marielle Franco, foi assassinada, em 2018. Neste livro, a a educadora Anielle Franco escreve sobre a saudade e as lembranças que tem de sua irmã, a vereadora Marielle Franco, que foi assassinada em 2018. A obra traz um relato sobre a falta que a irmã faz a ela e detalha a relação das duas na infância e na adolescência. A publicação reune fotografias de família e ilustrações. A quarta capa do livro é assinada pela atriz Taís Araújo, e o prefácio, pela jornalista Maju Coutinho. Anielle também é diretora do Instituto Marielle Franco, criado pela família da vereadora.
Por muitos anos na minha trajetória como escritora ouvi a seguinte frase: “Todas as histórias já foram contadas”. Assim, nos restaria apenas contar, mais uma vez, as mesmas histórias, no máximo a busca estética, a inovação formal. Até que um dia, não muito tempo atrás, iniciou-se o que podemos chamar de uma mudança de paradigma em nossa sociedade. Mudança impulsionada pelas lutas sociais e pelas transformações políticas do início dos anos 2000. E assim, de um momento ao outro, nos vimos diante do óbvio: não é verdade que todas as histórias já foram contadas; pelo contrário, se analisarmos com atenção perceberemos que na realidade apenas uma única história havia sido contada, a história daqueles que detém o poder. Uma história colonial que exclui a maioria. Porque, sim, as minorias nada mais são do que a imensa maioria deste país. Então, nesse contexto, Mulheres de terra e água tem muito a nos ensinar. Se tivermos a capacidade de ouvir. Não como quem ouve uma história distante, mas com a atenção de quem ouve um relato que é nosso porque é o relato do Brasil. Porque a vida dessas mulheres, suas dificuldades, lutas e esperanças têm seu aspecto pessoal, mas é também um ato político.
Movido pelo desejo de viver num mundo em que a pluralidade cultural, racial, étnica e social seja vista como um valor positivo, e não uma ameaça, Lázaro Ramos divide com o leitor suas reflexões sobre temas como ações afirmativas, gênero, família, empoderamento, afetividade e discriminação. Ainda que não seja uma biografia, em Na minha pele Lázaro compartilha episódios íntimos de sua vida e também suas dúvidas, descobertas e conquistas. Ao rejeitar qualquer tipo de segregação ou radicalismos, Lázaro nos fala da importância do diálogo. Não se pode abraçar a diferença pela diferença, mas lutar pela sua aceitação num mundo ainda tão cheio de preconceitos. Um livro sincero e revelador, que propõe uma mudança de conduta e nos convoca a ser mais vigilantes e atentos ao outro
Na nota introdutória deste volume, James Baldwin, aos 31 anos, se dá conta do momento mais importante de sua formação, quando se viu obrigado a perceber que a linha do seu passado não levava à Europa, e sim à África. Foi então que ele se deparou com uma revelação chocante: Shakespeare, Bach e Rembrandt não eram criações “realmente minhas, não abrigavam minha história; seria inútil procurar nelas algum reflexo de mim. Eu era um intruso; aquele legado não era meu”. Publicada originalmente em 1955, esta reunião de ensaios escritos entre as décadas de 1940 e 1950 é a primeira obra de não ficção do autor de O quarto de Giovanni. O que mais impressiona nesses testemunhos ― narrados com inteligência, sensibilidade e estilo extraordinário ― é sua atualidade. Ao usar como matéria-prima sua própria experiência para refletir sobre o que representa ser um escritor negro e homossexual nos Estados Unidos, seu país de origem, e em Paris, cidade onde viveu por muitos anos, Baldwin oferece um poderoso e urgente depoimento sobre direitos civis. O volume inclui o prefácio à edição de 1984, assinado por Edward P. Jones, posfácios de Teju Cole e Paulo Roberto Pires e um alentado “Sobre o autor”, por Marcio Macedo.
"Ninguém solta a mão de ninguém - manifesto afetivo de resistência e pelas liberdades" chega para discutir o momento que o país vive. Na obra, o leitor encontrará vinte e dois textos inéditos e uma reprodução que perpassam entre os mais diversos gêneros literários como poesia, prosa, ensaio, canção, crônica, charge e carta, e se dão as mãos em uma narrativa cujo fio condutor é o afeto, a resistência e a bandeira colorida das liberdades individuais. Organizado de forma independente pela editora Tainã Bispo, a obra reúne vinte e quatro nomes entre jornalistas, escritores, artistas e representantes dos movimentos negro e LGBTQ+ com a intenção de manter vivo o sentimento de coletivo da nação. "É um projeto independente e apartidário, que reflete sobre as diversas pontes que precisaremos (re)construir para enfrentar o obscurantismo, a burrice, a deselegância, a violência, os preconceitos e esse cheiro de mofo de assola o país", explica a editora. Entre os nomes de destaque da obra estão os jornalistas Juca Kfouri, Leonardo Sakamoto, Antonio Prata, a psicanalista Vera Iaconelli, o ex-Ministro de Estado da Educação Renato Janine Ribeiro, os escritores Julián Fuks e Alexey Dodsworth e a Anielle Franco, irmã de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro brutalmente assassinada em Março de 2018. As 192 páginas do livro que carrega a cor amarela predominante como um grito de alerta ainda apresentam ilustrações inéditas da artista Thereza Nardelli, que cedeu os direitos da arte para a publicação, e uma charge do cartunista convidado Junião. A cantora Ceumar também marca presença no livro com a canção "Por quantas vezes?", criada em parceria com o escritor Lauro Henriques Jr. Inspirada pela ilustração da tatuadora que viralizou nas redes sociais no dia 28 de outubro de 2018, a editora Tainã sentiu a necessidade de criar pontes entre pessoas que pudessem dar as mãos e fazer resistência com as palavras.
O vovô Carlos é um barato! Sempre que vão visitá-lo, seus netos pedem que ele conte uma história. Só que dessa vez ele vai contar uma história diferente. Nada de princesas ou dragões! A história de hoje aconteceu de verdade, não faz tanto tempo assim e continua se repetindo em muitos lugares do mundo... A história da luta dos trabalhadores.
Um corpo amanhece em um beco, envolto em uma manta e com pequenas partes cortadas. O crime do cais do Valongo, de Eliana Alves Cruz, é um romance histórico-policial que começa em Moçambique e vem parar no Rio de Janeiro, mais exatamente no Cais do Valongo. O local foi porta de entrada de 500 mil a um milhão de escravizados de 1811 a 1831 e foi alçado a patrimônio da humanidade pela UNESCO em 2017. A história acontece no início do século 19 e é contada por dois narradores Muana e Nuno que conviveram com a vítima: o comerciante Bernardo Vianna.
Francisco Bosco é um tipo raro de intelectual. Sua formação é ampla, como a dos melhores ensaístas. Neste livro, os traços que o notabilizaram em obras anteriores aparecem em sua potência máxima. O tema escolhido não é trivial: simplesmente a encrenca em que o Brasil se meteu nos últimos tempos, que desaguou na eleição de um presidente avesso à democracia e na devastação do debate público, transformando adversários em inimigos e a arena de ideias num ringue de mentecaptos. O ponto de partida é uma "limpeza da situação verbal": Bosco recorre à melhor literatura política e econômica para desbastar o terreno e restituir complexidade às noções de liberalismo, socialismo, comunismo, identitarismo, entre tantas outras que se esvaziaram nas redes digitais. O autor identifica duas fraturas na identidade brasileira: a cultura popular e a democracia. Esses dois pilares da autoimagem nacional foram rachados nos últimos tempos, deixando um rastro de ressentimento e violência. O caminho que conduz ao diálogo parte desse diagnóstico trágico, mas decisivo para restaurar a possibilidade do debate. O diálogo possível é um convite para que sentem à mesma mesa os que estão dispostos a discutir saídas para o país.
Este livro faz uma travessia pelo país conduzida pelo olhar de repórter de Eliane Brum. Ela, que se apresenta como “escutadeira”, nos carrega por vários Brasis em dez grandes reportagens feitas na primeira década do século 21. Em cada uma, Eliane revela a história dentro da história, ao narrar os bastidores a partir dos dilemas, das descobertas e também das dores a que se lança um repórter disposto a se interrogar sobre sua própria jornada. Esta nova edição, revista e ampliada, inclui o texto inédito “Os limites da palavra”, no qual a autora fala de dois desacontecimentos recentes que a levaram a uma profunda investigação sobre o ofício de repórter.
Uma das palestras mais assistidas do TED Talk chega em formato de livro. Para os fãs de Chimamanda, e para todos os que querem entender a fonte do preconceito. O que sabemos sobre outras pessoas? Como criamos a imagem que temos de cada povo? Nosso conhecimento é construído pelas histórias que escutamos, e quanto maior for o número de narrativas diversas, mais completa será nossa compreensão sobre determinado assunto. É propondo essa ideia, de diversificarmos as fontes do conhecimento e sermos cautelosos ao ouvir somente uma versão da história, que Chimamanda Ngozi Adichie constrói a palestra que foi adaptada para livro. O perigo de uma história única é uma versão da primeira fala feita por Chimamanda no programa TED Talk, em 2009. Dez anos depois, o vídeo é um dos mais acessados da plataforma, com cerca de 18 milhões de visualizações. Responsável por encantar o mundo com suas narrativas ficcionais, Chimamanda também se mostra uma excelente pensadora do mundo contemporâneo, construindo pontes para um entendimento mais profundo entre culturas.
Em O quarto de Giovanni , clássico moderno da literatura gay esgotado no Brasil há décadas, James Baldwin narra o encontro de um americano e um italiano em Paris. Lançado em 1956, o segundo romance de James Baldwin é uma obra-prima da literatura americana. Com pinceladas autobiográficas, o livro trata de uma relação bissexual ao acompanhar David, um jovem americano em Paris à espera de sua namorada, Hella, que por sua vez está na Espanha. Enquanto ela pondera se deve ou não se casar com David, ele conhece Giovanni, um garçom italiano por quem se apaixona. Se em O sol também se levanta Ernest Hemingway retrata um grupo de americanos em uma Paris boêmia e fervilhante, O quarto de Giovanni explora, na mesma cidade, as agruras de personagens que enfrentam o vazio existencial ao perceber a fragilidade dos laços e as frustrações de seus desejos. Com tradução de Paulo Henriques Britto, o livro inclui apresentação de Colm Tóibín e posfácio de Hélio Menezes.
O conjunto de quase 130 textos reunidos sob o título de Pandemia crítica, em dois volumes, reúne parte das ideias e afetos que a pandemia da COVID-19 despertou pelo mundo e no Brasil, desde sua irrupção. A intenção dessa publicação foi captar, em meio à perplexidade geral, o que se pensou e sentiu no calor dos acontecimentos. Do medo individual às previsões apocalípticas sobre o destino da espécie, das análises sobre a desigualdade de sua incidência. Textos de : Giorgio Agamben, Peter Pál Pelbart, Achille Mbembe, Iasmim Martins, Georges Didi-Huberman e Frederico Benevides, entre outros.
Partindo da premissa de que todas as pessoas são iguais, mas que existem coisas que as tornam desiguais, o livro expõe de um jeito simples a complexidade das dinâmicas sociais e do mundo do trabalho. O livro integra a coleção "Livros para o Amanhã", do selo Boitatá, junto com os outros três volumes A democracia pode ser assim, A ditadura é assim e As mulheres e os homens. Por que uns têm mais do que outros? Por que uns mandam mais do que outros? Por que uns vão para a universidade e outros param de estudar para trabalhar? O que são classes sociais? promove uma reflexão lúdica sobre o que torna as pessoas desiguais. A ideia é estimular o interesse dos pequenos leitores pelo assunto para que possam refletir e tirar suas próprias conclusões sobre os tópicos abordados. O livro passou por uma interessante reformulação do ponto de vista gráfico: se na década de 1970, quando o livro foi originalmente publicado, a representação da classe alta e dos trabalhadores era inconfundível – com homens de terno e operários em uniformes –, hoje a diferenciação se dá mais pelo poder de compra (carros, tecnologia, iates, ilhas particulares), o que evidencia as transformações pelas quais o mundo passou nos últimos anos. O que são as classes sociais? traz uma importante lição: a de que todas as pessoas têm os mesmos direitos e que, enquanto houver desigualdade, haverá a busca por uma sociedade mais justa. Além disso, um jogo de tabuleiro chamado “cobras e escadas” ilustra as páginas de guarda do livro, complementando de forma divertida a reflexão sobre o tema.
O conjunto de quase 130 textos reunidos sob o título de Pandemia crítica, em dois volumes, reúne parte das ideias e afetos que a pandemia da COVID-19 despertou pelo mundo e no Brasil, desde sua irrupção. A intenção dessa publicação foi captar, em meio à perplexidade geral, o que se pensou e sentiu no calor dos acontecimentos. Do medo individual às previsões apocalípticas sobre o destino da espécie, das análises sobre a desigualdade de sua incidência. Textos de: José Gil, Vladimir Safatle, Stella Senra, Achille Mbembe, Ailton Krenak, Jacques Rancière, entre outros.
A coleção BLACK POWER apresenta biografias de personalidades negras que marcaram época e se tornaram inspiração e exemplo para as novas gerações. Os textos simples e as belas ilustrações levam os leitores a uma viagem repleta de fatos históricos, com personagens que se transformaram em símbolo de resistência e transformação. Esta obra conta a história de José do Patrocínio, um dos brasileiros de maior destaque no século XIX. Escritor, jornalista e fundador da Academia Brasileira de Letras, José do Patrocínio marcou sua trajetória por lutar pelo fim da Escravidão.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.