Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
"Parir e nascer, definitivamente, não são processos ‘naturais’ nem meramente fisiológicos. São eventos sociais e culturais complexos, que envolvem interações entre indivíduos, grupos sociais e organizações (hospitais e maternidades), com poderes e legitim
Trata-se de publicação de referência técnico-científica na área farmacêutica. A obra estabelece requisitos de qualidade e segurança através de métodos, especificações, limites e procedimentos para o controle de insumos estratégicos em saúde, especialmente os medicamentos.
Fotobiografia de Carlos Chagas Filho produzida no âmbito das comemorações do centenário de nascimento deste grande cientista brasileiro. A publicação revela um homem inovador em vários aspectos, que instituiu a biofísica como campo de pesquisas no Brasil e colocou em novos moldes a ciência como profissão no país.
A obra é uma reunião de ensaios, não cronológicos, cuidadosamente selecionados pelos organizadores, que vão da biologia às ciências sociais, antropologia e história, com variados enfoques. Analisando discussões sobre o pensamento higienista e trajetórias da antropologia física no Brasil do século XIX, os artigos abrangem até as atuais correlações do pensamento racial com as tecnologias genômicas. Precioso material para quem estuda e se interessa pelas questões relacionadas à raça no Brasil.
A crescente necessidade de mudanças profundas na abordagem da saúde e nas práticas de atenção tem gerado intenso debate internacional, convergindo para a proposição de um novo paradigma. Este é baseado na promoção da saúde, a qual defende uma evolução sub
O livro 'A Gestão do SUS no Âmbito Estadual' desenvolve um estudo sobre as condições reais de desenvolvimento da descentralização da saúde no estado, visando a consolidação da proposta eminal da Reforma sanitária - O Sistema Único de Saúde (SUS).
"Doença de Chagas. História de uma Calamidade Continental", faz uma reconstrução detalhada, cuidadosa e bem documentada da história do descobrimento da doença de Chagas. Esse período e esse processo estão particularmente relevantes para o Brasil, pois se
A ideia de promoção procura relacionar saúde e condições de vida, ressaltando a necessidade de uma vida saudável e a importância da participação coletiva e das habilidades individuais neste processo. Promoção da Saúde: conceitos, reflexões, tendências aponta a multiplicidade e a vitalidade da saúde coletiva brasileira nesta área, afirmando-se como uma reflexão crítica e nada reducionista acerca dos discursos e dos conceitos originários a partir deste tema. O livro se constitui de oito artigos que abordam, de diferentes maneiras, o tema da promoção da saúde, que aqui não é encarada unicamente como um movimento político sanitário, mas também como temática de investigação. A discussão teórica de conceitos, tais como saúde, risco, vulnerabilidade, intersetorialidade e vigilância, torna evidente os desafios surgidos e ainda existentes nas tentativas de mudança das práticas de saúde na atualidade
Subdividido em seis capítulos, no primeiro a autora apresenta breves considerações teóricas sobre a temática das desigualdades sociais em saúde, apontando correntes e tendências existentes na pesquisa epidemiológica sobre o assunto. Partindo daí, nos capítulos seguintes trata da questão das classes sociais – de como a posição social de cada indivíduo repercute sobre sua saúde – e sobre a influência da renda – ou seja, as relações entre riqueza e estado de saúde. Insere também a discussão sobre etnia e discriminação, como categorias importantes da análise do estudo em questão. Por fim, destaca as relações de gênero e a produção da saúde e da doença, tecendo, ainda, comentários sobre as políticas públicas no enfrentamento das desigualdades sociais, para então expor suas considerações e conclusões em torno do tema. É bastante atual o debate evocado por este livro, sendo extremamente pertinente sua leitura e reflexão mesmo para leitores não especializados, pois nele é proporcionada uma visão panorâmica acerca do assunto, tendo por base dados de consistentes pesquisas.
A luta pelo direito à saúde e pela consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro tem se expressado a partir da articulação de trabalhadores dos campos da saúde, pesquisadores e militantes dos movimentos sociais nas duas últimas décadas. Este livro busca esclarecer o que é, o que não é, o que faz, o que deve fazer e o que pode fazer o SUS. É destinado a todos que estão na luta por uma saúde pública de qualidade, aos trabalhadores do SUS, estudantes, pesquisadores, militantes de movimentos sociais e a sociedade em geral.
A forma como políticos, médicos, farmacêuticos e a população da Bahia se posicionaram diante da desconhecida doença que vitimou cerca de 30 milhões de pessoas nos anos de 1918/19, estrutura o livro. Nele são analisados os diversos aspectos relacionados à gripe que matou o presidente Rodrigues Alves, em janeiro de 1919, antes mesmo de tomar posse. A autora produziu “um belo e inédito mosaico”, tomando por base fontes documentais as mais diversas para fundamentar a pesquisa sobre o enfrentamento do vírus influenza. Gilberto Hochman, pesquisador da COC/Fiocruz e autor do prefácio do livro, exalta “o delicado artesanato” na produção da narrativa que provoca o interesse, a surpresa e até mesmo a compaixão pelos que sofrem nos tempos de epidemia. A obra permite compreender especificidades locais da chamada República Velha na Bahia, além de possibilitar estabelecer comparações da epidemia em perspectiva global, tornando-se importante fonte de pesquisa, ainda mais neste atual momento em que a pandemia pelo vírus da influenza A (H1N1) começa a perder força no hemisfério sul, mas persiste a possibilidade de futura ocorrência de novo repique.
Um "movimento de pessoas" lutando por mudanças na maneira de olhar o paciente, a medicina e a política no setor. Uma verdadeira Reviravolta na Saúde, começada no movimento estudantil, no interior de movimentos médicos e na própria academia. Sarah Escorel detalha o início do movimento sanitário no Brasil, a partir do governo Figueiredo. Para isso, utilizou não somente documentos, mas depoimentos. É a história contada pelos próprios atores.
Quem foi o doutor Carlos Chagas? Mesmo ao considerar a dificuldade que o povo brasileiro tem para identificar os grandes nomes de nossa história, arrisco dizer que essa pergunta tem boas chances de resposta. No caso, porque o nome do homem se associou ao
Obra que atende a estudantes e a profissionais da saúde não especialistas em bioética, mas interessados em conhecê-la, visto que normalmente se sentem profundamente incomodados com os problemas de sua prática habitual que apresentam interface com questões de natureza ética. Propõe-se a oferecer ao leitor um panorama da bioética em duas perspectivas: a da disciplina acadêmica e a do saber aplicado a diversos problemas relacionados ao cotidiano das práticas em saúde. E mais: busca expor a bioética como saber capaz de construir uma nova ponte entre a prática clínica e a prática em saúde pública. Se, por um lado, é difícil perseguir a originalidade quando se assume a tarefa de resumir um campo para leitores neófitos, por outro, esse é sempre um exercício à espera de ser feito, ainda mais em áreas tão interdisciplinares quanto é a bioética. Nesse sentido, o livro cumpre o prometido: de fácil leitura, convida à reflexão, ampliando as fronteiras do pensamento para quem tem o dever de exercitar a dúvida em situações como as provocadas pelo aborto, por exemplo, em que as crenças religiosas dos profissionais da saúde costumam se sobrepor aos deveres da assistência em saúde. Outro dado interessante: talvez por ser um campo tão aberto e com múltiplas fronteiras disciplinares, os autores deram preferência por não definir a bioética. Apresentaram-na por seu objeto de pesquisa e espaço de atuação, não por meio de conceitos. Para o público a que se dirige, essa pode ser uma estratégia eficaz, pois o aproximará pela experiência e não pela abstração da teoria.
Em um contexto urbano complexo e vulnerável como o pesquisado, a obra busca reconstituir a história de pessoas e lugares do território de Manguinhos hoje repleto de favelas que circundam a Fiocruz, com seus inúmeros problemas socioambientais e sanitários. Os autores estendem-se por cerca de cem anos de ocupação da história social e urbana do Rio de Janeiro (capítulo importante e até hoje tão pouco explorado), mediante abordagens relacionadas à própria história, à memória e ao urbanismo. Trabalhou-se com a história oral, optando-se por dar voz aos moradores da região. Entre depoimentos, fotografias, vídeos, documentos oficiais, cartas e jornais de época, bem como entrevistas com experientes profissionais envolvidos na implantação de projetos em favelas cariocas, o livro nos revela, de forma consistente, com seu material inédito, a diversidade e a singularidade dos processos socioespaciais constitutivos das 12 comunidades estudadas. Entre lembranças e vivências narradas, transparecem as configurações desse típico bairro de periferia que retrata uma triste realidade de exclusão social e de discriminações. Com base no conteúdo, o leitor terá a oportunidade de poder continuar a registrar e a acompanhar as futuras transformações que ocorrerão em Manguinhos.
O livro trata do contexto do sistema e das políticas de saúde bucal no Brasil. Os autores compreendem a saúde bucal em suas várias dimensões, transitando do biológico ao social e ao psicológico e analisando suas implicações políticas. Eles reuniram e anal
Este livro é produto do relatório final da Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde, que desenvolveu uma série de atividades voltadas para a produção de conhecimento e informação sobre os determinantes sociais da saúde no Brasil. A Comissão
Missão Previnir e Proteger: Condições de Vida, Trabalho e Saúde dos policíais Militares do Rio de Janeiro supre uma carência bibliográfica nos estudos de segurança pública, quase todos voltados para aspectos estratégicos ou técnicos da questão e, omitindo
Esta obra, comemorativa ao centenário da descoberta do Schistosoma mansoni no Brasil pelo pesquisador baiano Manuel Augusto da Silva Pirajá, está sendo considerada a mais completa e atual já produzida no país sobre essa específica parasitose. Fruto do esforço e do longo conhecimento acumulado por especialistas altamente qualificados dos mais diversos campos da saúde, supre uma carência bibliográfica de valor inestimável para a comunidade científica, leitores e demais interessados.
Um estudo da vida cotidiana das travestis (como preferem ser chamadas) que trabalham no centro histórico de Salvador enfocando o modo como vivem, agem, pensam e falam sobre sua própria inserção na sociedade brasileira. Isso é o que vai encontrar o leitor de Travesti: prostituição, sexo, gênero e cultura no Brasil. Escrito pelo sueco Don Kulick, mestre em antropologia pela Universidade de Nova York, que teve a oportunidade de um convívio prolongado com um grupo de travestis, morando e indo às ruas com elas para esperar clientes, este livro pode ser lido em diferentes perspectivas: como uma etnografia lírica e extremamente bem escrita, um ensaio teórico sobre representação corporal e subjetividade, ou uma contribuição importante à antropologia do corpo e de gênero. Além disso, o que o leitor de Travesti vai encontrar é algo raro nas obras de origem acadêmica: à medida que se avança no texto, torna-se difícil parar, como acontece na leitura de um bom romance.
Os novos modelos de constituição da constelação familiar e a maneira como as mudanças nos padrões de comportamento podem desencadear conflitos nas relações, muitas vezes vêm acompanhados do consumo abusivo de drogas. Ampliar a compreensão sobre a dinâmica
"O ar pela sua parte, com os efeitos do seu calor, causa diversas enfermidades. A porção mais espirituosa do sangue, todos os dias se dissipa, sai pela transpiração pelo suor e pela ourina. O que fica no corpo é um sangue seco, térreo e espesso; donde procedem as melancolias, as lepras, os vômitos pretos, as câmaras de sangue, as febres ardentes etc". No fim do século 18, a importância dada à influência dos fenômenos atmosféricos sobre a biologia levou o naturalista baiano Alexandre Rodrigues Ferreira a descrever detalhadamente a capital, Vila Bela – isto, antes mesmo de analisar as enfermidades reinantes na capitania do Mato Grosso -, no livro Enfermidades Endêmicas da Capitania de Mato Grosso. A obra foi resultado de sua expedição entre 1783 e 1792, período em que foi vítima de tais doenças e observou, em profundidade, as riquezas e costumes locais, atendendo à determinação da Coroa portuguesa. Esse material possibilitou inúmeras abordagens para a história das ciências, como se destaca na introdução desta nova versão organizada pela historiadora Ângela Pôrto, da Casa de Oswaldo Cruz (COC), à qual foram acrescidos três estudos, os quais circunstanciam e ilustram o texto de Ferreira, além de um glossário, produzido pela professora Edméa Souto de Lima, para auxílio à compreensão do texto.
A forma como se prestava apoio ou patrocínio privado à ciência no Brasil na primeira metade do século vinte é exibida neste livro, tomando-se como exemplo específico a relação do industrial Guilherme Guinle com o médico e cientista Carlos Chagas e as ações que dela resultaram. A construção dos hospitais para sifilíticos e para cancerosos, na década de 1920, no Rio de Janeiro – onde suas ações estão diretamente relacionadas à política de saúde pública, na gestão de Carlos Chagas à frente do Departamento Nacional de Saúde Pública – e o apoio aos projetos desenvolvidos por Evandro Chagas, Carlos Chagas Filho e Walter Oswaldo Cruz, ainda com forte vinculação aos ideais do “nacionalismo sanitário” defendido por Carlos Chagas são notáveis. A obra explora os caminhos que permitiram que o mecenato e a filantropia de Guilherme Guinle à ciência e à saúde acontecessem no Rio de Janeiro do período que abrange 1920 a 1940, contribuindo para mudanças e avanços nessas áreas.
O livro traz ampla análise de pesquisas nacionais e internacionais recentes sobre homens, masculinidade e saúde e examina matérias publicadas em uma revista masculina contemporânea, em que a ‘saúde do homem’ vira produto a ser consumido, reforçando a imagem de uma masculinidade globalizada, viril, malhada e heterossexual, em contraste às realidades de um grupo de entrevistados no Rio de Janeiro. Por que homens morrem mais cedo? Por que usam menos os serviços de saúde? Por que aparecem mais como ‘infectantes’ ou ‘transmissores de doença’ do que como sujeitos complexos que também precisam de serviços, atenção e reflexão? Sem cair em estereótipos, o autor evidencia relações de poder e gênero, tradicionalmente espaço para falar de desigualdades que atingem as mulheres e atenta para as masculinidades no plural, contextualizadas em uma rede de poderes e no cenário social e histórico.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.