Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
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Missão Previnir e Proteger: Condições de Vida, Trabalho e Saúde dos policíais Militares do Rio de Janeiro supre uma carência bibliográfica nos estudos de segurança pública, quase todos voltados para aspectos estratégicos ou técnicos da questão e, omitindo
Este livro expressa um momento da trajetória de um pensador e de seus colaboradores na inquietude da sua crítica à sociedade capitalista e também na busca incessante de experiências que apontem para a superação do capital. Henrique Tahan Novaes confronta, nessa obra, a Era da Barbárie e os embriões de trabalho emancipado que se projetam das lutas anticapitalistas, seja nas experiências de empresas recuperadas pelos trabalhadores, de trabalho associado, cooperativo e autogestionário, dos mutirões habitacionais, das lutas de outros movimentos sociais, como as lutas pela agroecologia etc. Talvez o eixo que perpassa os textos aqui reunidos seja a aposta na autogestão dos trabalhadores e na autonomia dos movimentos de luta anticapital como processos educativos de emancipação dos trabalhadores associados para a produção e reprodução dos meios de vida. Essa inquietação crítica que move o autor e seus colaboradores é, nos dias de hoje, imprescindível para fazer frente à barbárie que avança na atual crise estrutural do capital. - MAURÍCIO SARDÁ DE FARIA | UFRPE
Anarquismo e operariado no Brasil Quarta edição revista e ampliada de um livro fundamental para pesquisas na área de história do trabalho e no campo das culturas entre operários. O livro desenvolve uma discussão crítica das contradições e problemas da existência de uma política cultural anarquista no Brasil, e estuda a presença cultural do proletariado e das correntes libertárias no panorama literário pré-modernista da sociedade brasileira, mostrando os laços orgânicos entre a literatura social e o anarquismo.
Este livro mostra, sinteticamente, o que é o trabalho infantil e até que ponto ele é um instrumento de manutenção da pobreza. Apresenta esforços que vêm sendo feitos para combatê-lo e explica a importância de sua erradicação.
Essa obra sobre o "curso da ação", apresenta uma teoria e uma metodologia da análise do trabalho e, potencialmente, de toda prática, isto é, de toda atividade à qual se pode atribuir uma significação individual e social.
Em O dia depois de amanhã, o jornalista Alexandre Teixeira conduz uma profunda reflexão sobre o presente do trabalho e as transformações aceleradas pela pandemia da Covid-19. Três anos depois da explosão da maior crise de saúde pública do século, o autor apresenta um panorama abrangente da disputa entre três correntes de pensamento. De um lado estão os defensores do trabalho remoto e sem fronteiras. Em outra ponta há o modelo "Híbrido 1.0", que propõe uma combinação padronizada entre dias de trabalho no escritório e em casa. Por fim, há a corrente que busca o retorno ao modelo totalmente presencial pré-pandemia. Conciliando síntese informativa e profundidade crítica, Alexandre Teixeira não se limita a documentar as mudanças desencadeadas pela pandemia no mundo do trabalho, mas também articula argumentos sólidos em favor da modernização das relações profissionais. O autor reitera que “não há nem haverá modelo de trabalho de tamanho único” e propõe o Design de Experiências de Trabalho para criar alternativas híbridas sob medida para cada time em cada organização, apostando na construção de futuros adaptados a necessidades individuais.
A nova edição de O privilégio da servidão, do sociólogo e professor Ricardo Antunes, apresenta um retrato detalhado e atualizado da classe trabalhadora hoje, com as principais tendências das novas relações trabalhistas, em que precarizações, terceirizações e desregulamentações tornaram-se parte da regra, e não da exceção. O estudo apresenta uma análise minuciosa das mudanças nas relações de trabalho durante a história recente do país, desde a redemocratização até os primeiros meses de Jair Bolsonaro no poder passando pelo impeachment de Dilma Rousseff e pelo governo de Michel Temer. O eixo central da obra busca compreender a explosão do novo proletariado de serviços, que se desenvolve com o trabalho digital, online e intermitente. A nova edição do livro conta com um tópico inédito, que procura indicar algumas causas e elaborar significados para a vitória da extrema direita nas eleições de outubro de 2018. Antunes mostra como esse episódio viria a revelar a nada esdrúxula combinação entre autocracia tutelada e neoliberalismo exacerbado do governo Bolsonaro: Trata-se da sujeição completa aos imperativos mais virulentos e destrutivos do capital e, por consequência, da devastação integral das forças sociais do trabalho.
Em O Gênero do Trabalho Operário Thaís Lapa retoma, de maneira criativa e sólida, o melhor da contribuição que os estudos feministas sobre o processo de trabalho plantaram no inicio dos anos 1980, com as análises de Elizabeth de Souza Lobo, construídas em intenso diálogo, entre outros, com os escritos de Danièle Kergoat e Helena Hirata. Em 1978, Kergoat apontara certeira que o lugar de classe estava longe de produzir comportamentos e atitudes unívocos. Beth Lobo, explorando essa avenida, mostrou à sociologia brasileira os caminhos alternativos ao discurso da homogeneização de classe: afirmou o valor da abordagem concreta das situações de trabalho, a importância de elucidar a dinâmica das relações sociais na produção, sempre guiada por um olhar que valorizava o elo (indissociável) entre trabalho produtivo e reprodutivo. Isso lhe permitiu vislumbrar, pelo ângulo da experiência subjetiva da dominação, as práticas e destinos de operárias e operários. Num momento em que as vicissitudes das crises e das experiências de desemprego duradouro e expulsão do mercado de trabalho tomaram de assalto nossas análises, Thaís Lapa atualiza, em O Gênero do Trabalho Operário, toda a virtualidade desse estilo de análise. Este livro nos capacita a pensar como as experiências e representações das trabalhadoras são um prisma fértil para se entender a natureza das relações de trabalho em segmentos que marcaram a dinâmica da sociedade brasileira. - Nadya Araujo Guimarães (USP) e Jacob Carlos Lima (UFSCAR).
Os temas do associativismo e do mutualismo – uma das manifestações associativas – têm ganhado crescente interesse nos últimos anos e já contam com uma produção, em forma de dissertações, teses, artigos e livros, relevante. Os seus nove capítulos reúnem contribuições de alguns dos pesquisadores dessas temáticas, que cobrem um período de mais de um século e abordam experiências associativas em diferentes partes do Brasil. Os textos dos capítulos foram previamente apresentados em versões preliminares em um seminário reunindo todos os autores, e com isso foram beneficiados pelas sugestões surgidas da discussão coletiva. Antes desta versão final, os textos passaram ainda pela revisão dos organizadores da coletânea, que lhes acrescentaram novas sugestões. As sucessivas de lapidações das diversas contribuições assegurou a qualidade do conjunto, e esta coletânea certamente trará um avanço importante aos estudos sobre o associativismo.
De Mariana a Brumadinho, os últimos anos foram marcados por “acidentes” ambientais promovidos pela mineradora Vale S.A. O solo movediço da globalização, do sociólogo Thiago Aguiar, é resultado de uma ampla pesquisa sociológica, econômica e etnográfica, conduzida em dois países com forte presença da gigante mineradora, Brasil e Canadá. O autor foi a campo e conversou com trabalhadores, dirigentes sindicais, gestores e ex-gestores da empresa para mostrar as mudanças nas relações de trabalho ao longo dos anos, a reestruturação das operações da Vale no Canadá, após a compra da Inco em 2006, que levou à maior greve no setor privado daquele país em trinta anos, além das recentes transformações na estrutura de propriedade e na “governança corporativa” da Vale. Com consequências devastadoras para trabalhadores, comunidades e meio ambiente, o caso da Vale S.A. é um exemplo da desastrosa integração da economia brasileira ao capitalismo global nas primeiras décadas do século XXI. No livro, o autor narra em detalhes a complexa transformação da Vale, uma tradicional empresa estatal umbilicalmente associada ao ciclo industrializante do país, em uma grande corporação mundial na liderança da produção de minério de ferro e de níquel. “Neste livro, Thiago Aguiar nos oferece uma oportunidade ímpar para compreendermos catástrofes como as de Mariana e Brumadinho, e agirmos a fim de evitar que elas se repitam no futuro. De fato, o lado sombrio da globalização capitalista foi iluminado por esta obra politicamente radical e sociologicamente instigante. A urgente resposta da sociedade às ameaças trazidas para nossa existência pela financeirização capitalista se fortalece com livros como este. Lê-lo e debatê-lo são tarefas estratégicas para todos os que lutam por uma sociedade justa e ambientalmente sustentável”, escreve o professor Ruy Braga no prefácio da obra.
O livro aborda a problemática que envolve a compreensão das representações sociais do cotidiano e do trabalho de mulheres brasileiras que residem na Holanda. Dezenove mulheres foram entrevistadas para a composição de seus relatos. Os resultados revelam que a globalização favorece a entrada no país de imigrantes provindos do mundo todo, inclusive do Brasil. Além disso, o sistema capitalista utiliza essa demanda de emprego para explorar a mão-de-obra barata e sem acesso a direitos sociais. Com relação às representações sociais, as mulheres brasileiras que residem na Holanda se organizam baseadas em um sistema de interpretação complexo, que envolve contextos macro e micro, fundamentadas em concepções culturais e transacionais, nas quais o papel das redes sociais são importantes. Pode-se constatar que a imigração de mulheres brasileiras é uma realidade que deve ser enfrentada pelas autoridades brasileiras, como também no âmbito do Serviço Social.
Aprofundar a discussão sobre os fundamentos do trabalho no Brasil contemporâneo, relacionando-a ao trabalho e à educação dos trabalhadores na área da saúde: esta é proposta do presente livro, que completa uma trilogia sobre trabalho, educação e saúde, junto com os títulos Fundamentos da Educação Escolar no Brasil Contemporâneo (2006) e Estado, Sociedade e Formação Profissional em Saúde (2008). Os três volumes têm como objetivo “elucidar o processo histórico que vem conformando o campo do trabalho, da educação e da saúde no Brasil segundo a perspectiva da luta de classes contemporânea, constituindo materiais que podem contribuir para a organização e o acúmulo de forças da classe trabalhadora”. A nova coletânea está organizada em cinco eixos temáticos: o trabalho no mundo contemporâneo, as mudanças no mundo do trabalho e seus impactos na área da saúde; os trabalhadores da saúde e seus desafios e lutas; o trabalho e a educação profissional em saúde; e a saúde do trabalhador e a saúde do trabalhador da saúde. Ao longo dos capítulos, apresenta-se o trabalho no mundo contemporâneo nos seus aspectos políticos, econômicos, sociais e culturais, com aportes de conhecimentos da sociologia do trabalho, da história social, do serviço social, da saúde coletiva, da ergonomia e do trabalho e da educação em saúde. Destaca-se como “preocupação central a reflexão sobre o trabalho e a educação profissional em saúde no campo de lutas pela emancipação das formas e relações de exploração e dominação vigentes”.
Antes de ser o que é hoje, a NR-7 tratava dos "Exames Médicos", reduzindo o papel dos médicos do trabalho ao de meros examinadores ou, ainda pior, ao de "selecionadores" de trabalhadores saudáveis que pudessem "garantir" a produção. Certamente um papel muito pequeno para um assunto de tanta relevância social, como o trabalho e a saúde.
Quais são os desafios no âmbito da Qualidade de Vida, Saúde e Segurança no Trabalho em Rio das Ostras e Macaé? O que tem sido pesquisado pelos professores e pesquisadores? Qual o olhar dos profissionais que atuam nesta região? Este livro tem como objetivo apresentar pesquisas e entrevistas atuais sobre esta temática nesta região. Esta obra faz parte coletânea de livros do projeto de extensão “Café com RH: promovendo ações em prol da melhoria da Qualidade de Vida no Trabalho em Macaé” do departamento de Administração e Ciências Contábeis do Instituto de Ciências da Sociedade da UFF em Macaé. Projeto multidisciplinar financiado pelo MEC (Edital Proext 2014). Tem como foco apresentar uma pequena parte das produções acadêmicas no âmbito da Qualidade de Vida, Saúde e Segurança no Trabalho em Rio das Ostras/RJ e Macaé/RJ. Também apresenta entrevistas que expressam o olhar de alguns profissionais sobre a prática cotidiana no contexto da região. O grupo de autores é formado por professores, estudantes e profissionais que possuem diferentes formações e que atuam em diversas empresas e instituições universitárias de Macaé e Rio das Ostras Através deste livro, profissionais e acadêmicos poderão conhecer um pouco mais dos desafios presentes para poderem refletir e intervir criticamente sobre esta localidade.
O valor da informação é um estudo inédito e provocador que examina três grandes processos em curso na sociedade capitalista contemporânea: a apropriação do conhecimento pelos direitos de propriedade intelectual, a geração de valor por trabalho não pago dos usuários nas plataformas e redes sociais da internet e a produção e apropriação de rendas informacionais por meio do espetáculo audiovisual, com foco nos grandes campeonatos de futebol. Com a ótica da teoria marxiana do valor-trabalho aplicada à teoria da informação, os autores apresentam temas extremamente atuais e com o mérito de unir uma teoria tradicional e consagrada a práticas absolutamente modernas – um tema já tratado de forma esparsa por outros autores, mas pela primeira vez reunido de forma consistente e aprofundada numa única publicação. Entre outras considerações, é colocada uma questão central para reflexão: a informação é uma mercadoria? Nos três eixos da obra, são expostos os grandes conglomerados empresariais, suportados pelo capital financeiro, que comandam o trabalho de artistas, cientistas e mesmo da sociedade em geral, por meio da apropriação do mais-valor que geram graças à constante troca de informações. “Hoje em dia, não há como negar que a informação foi reduzida a mercadoria e, assim, entendida acriticamente pelo senso comum. Também avançou, nos últimos trinta ou quarenta anos, no conjunto do mundo capitalista, um amplo processo de privatização dos serviços públicos. Nas últimas quatro ou cinco décadas, o capital veio fazendo da informação o alfa e o ômega de suas relações de produção e consumo”, comentam os autores na introdução da obra.
Esta obra tem como fio condutor as experiências e os saberes conjugados entre trabalhadores e pesquisadores, na investigação de problemas de saúde relacionados ao trabalho. O compartilhamento de saberes esteve presente em todo o processo de sua feitura. A procura de uma multivocalidade dialógica buscou romper com as hierarquias tradicionais de pesquisa e autoria, sob predomínio do saber científico oficial.
Partindo do pressuposto teórico de que a relação dialética entre os três elementos que, segundo Henri Lefebvre, compõem a vida cotidiana - trabalho, família e lazer - é uma relação que se manifesta em sua negatividade, no universo dos excluídos sociais, e, portanto, só existe através das representações por eles construídas, o presente estudo tem como objetivo analisar essas representações pela mediação da categoria trabalho, no sentido de compreender sua dupla determinação, tanto no processo do ruptura do cotidiano, quanto na possibilidade de restabelecimento do mesmo, para um grupo de albergados da Cidade de São Paulo.
Este estudo tem como perspectiva compreender as transformações no mundo do trabalho e a sua relação com o processo saúde-doença, pois, o trabalho é como a vida: está sempre se modificando e sua relação com o corpo dos que trabalham também se modifica.
O livro, Saúde: A Cartografia do Trabalho Vivo, trata do agir no âmbito das organizações de saúde, particularmente nos processos produtivos dos atos de saúde, como lugar de uma transição tecnológica para um novo patamar produtivo.
As sociedades democráticas que têm a busca pela igualdade e justiça como princípio necessitam de mecanismos capazes de promover e garantir os direitos de cidadania da população. A Constituição de 1988 foi um marco quanto aos fundamentos das ações públicas para alcançar esse objetivo. O desenho da seguridade social brasileira a partir de então passou a expressar a responsabilidade do Estado democrático frente às demandas sociais e a garantir a proteção social aos sujeitos de direito. Um dos debates mais intensos nas Ciências Econômicas e Sociais é sobre quais fundamentos políticos e teóricos o Estado deve dispor para regulamentar as atividades econômicas a fim de garantir justiça, igualdade e liberdade nas sociedades verdadeiramente democráticas. De um lado, há aqueles que acreditam que os processos produtivos por meio do crescimento econômico, de investimentos produtivos e políticas de pleno emprego, são, por si só, capazes de constituir um ambiente onde os direitos de cidadania sejam garantidos. De outro, há aqueles que defendem o contrário, situando o Estado como um agente necessário para promover a eqüidade por meio da garantia dos direitos sociais – implementados pelos equipamentos da seguridade social –, já que somente os processos econômicos não conseguem assegurá-los.
E, neste novo contexto, o Brasil, por suas potencialidades naturais, pode assumir uma posição de enorme destaque. É esta a oportunidade histórica que não podemos perder.
Vários dos achados nesse livro comprovam que o trabalho no setor da saúde vem sendo caracterizado por situações de muitas tensão, provocando frequantes repercussões psicossociais sobre os trabalhadores do setor. Nota-se, ..., que os trabalhadores do SUS municipal vêm padecendo de sofrimento físico-mental diante das condições de precarização e intensidade do trabalho. O mais importante de tudo isso é que os autores não deixam, em nenhum momento, de articular muito bem essa degradante situação do trabalho em saúde com as transformações contemporâneas do modo de produção capitalista e de suas relações com a forma Estado no nosso país. Sem dúvida, trata-se de obra essencial para ampliar o horizonte daqueles ... preocupados com o campo do trabalho em saúde e não ficarem restritos a uma análise dissociada do perverso movimento totalizante do capital.
O livro traz uma coletânea de textos que abordam questões acerca dos direitos, da ética, do trabalho e das políticas públicas que vêm sendo estudadas e debatidas no campo do Serviço Social.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.