Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
O decênio decisivo reúne, com grande rigor científico, uma quantidade imensa de dados que estão na fronteira do conhecimento acerca dos impactos das mudanças climáticas sobre a vida na Terra, apontando o futuro excruciante que virá caso não rompamos com os pilares do capitalismo contemporâneo, e elencando as possibilidades de ação imediata para evitar que a catástrofe seja ainda maior. Da leitura, depreende-se que o momento presente é o mais crucial de nossa história como espécie, pois é agora que decidiremos, coletivamente, as chances de sobrevivência do projeto humano.
O design de habitats ecológicos faz parte da coleção “4 Keys – Chaves para comunidades sustentáveis em todo o planeta”, que dá suporte ao currículo do programa Design em Sustentabilidade (EDE), desenvolvido pelo Gaia Education. O livro apresenta uma investigação eloquente dos limites do crescimento econômico e uma abordagem positiva para os problemas decorrentes de mudanças climáticas, destruição de habitats, crescimento populacional e esgotamento de recursos. Não se trata de um livro teórico, mas sim de uma antologia de soluções apresentadas por experts em diferentes áreas do conhecimento ao redor do mundo.
Como e porque estamos perdendo a biodiversidade O conhecimento da riqueza biológica, seu potencial de uso, suas formas de manejo e até mesmo sua definição exigem cada vez mais diálogos entre os vários setores da sociedade.
O mundo que sairá do Covid-19 seguramente não será o mesmo. O confinamento social, por mais duro que tenha sido, nos permitiu muitas reflexões e também decisões de como devemos operar grandes mudanças para que não se repita o que estávamos vivendo: uma acumulação absurda de riqueza em poucas mãos e grande parte da humanidade padecendo pobreza, fome e miséria. Esta situação é conseqüência da forma como resolvemos viver nos últimos três séculos. Sentíamo-nos como donos da natureza, explorando-a ilimitadamente, esquecendo que somos parte dela.
A floresta amazônica cobre mais de cinco milhões de quilômetros quadrados, entre os territórios de nove nações diferentes. Representa mais da metade da floresta tropical remanescente do planeta. Está realmente em perigo? Que passos são necessários para salvá-la? Para entender o futuro da Amazônia, é preciso saber como sua história foi forjada: nas épocas das grandes populações pré-colombianas, na "corrida do ouro" de conquistadores, nos séculos de escravidão, nos esquemas dos ditadores militares do Brasil nas décadas de 1960 e 1970 e nas novas economias globalizadas, nas quais a soja e a carne bovina brasileiras agora dominam, enquanto o mercado de créditos de carbono aumenta o valor da floresta em pé. Susanna Hecht e Alexander Cockburn mostram em detalhes convincentes o panorama de destruição, analisando muitos fatos no calor da hora, e também põem em relevo o extraordinário ímpeto dos defensores daquele ecossistema, bem como o surgimento de novos mercados ambientais. Passando por fatos marcantes dessa luta pela preservação da floresta, a exemplo do assassinato de Chico Mendes, este livro contribui substancialmente para atualizar e organizar o conhecimento disponível para o grande público a respeito das reais condições atuais da floresta, da miríade de desafios restantes e dos luzes que se veem no horizonte.
O ecologismo dos pobres é uma importante e profunda contribuição para debates sobre meio ambiente, política e economia. Com a intenção explícita de auxiliar a estabelecer dois campos de estudos emergentes - ecologia política e economia ecológica -, o autor investiga as relações entre as duas áreas. Além disso, traça um panorama do aumento das tensões pelo acesso a recursos naturais e da relação entre progresso econômico e uso do meio ambiente. Livro imperdível para ambientalistas, geógrafos, técnicos, pesquisadores, estudantes e profissionais da economia ecológica e para todos aqueles que se interessam pelos conflitos ambientais.
Esta obra faz uma reconstituição inédita do histórico da luta pela eliminação da queima da palha da cana-de-açúcar no estado de São Paulo, procurando abarcar todos os seus enfrentamentos.
Partindo de uma reflexão sobre a pertinência do conceito de “camponês”, Eliane Tomiasi Paulino aborda nesta obra os principais desdobramentos da questão agrária brasileira e, em particular, no Paraná. A autora analisa as diversas formas como se manifesta a monopolização do território nessa região, examinando as principais atividades econômicas dos camponeses e os caminhos de drenagem da renda obtida com a terra. Amparada em vasta bibliografia e em ampla pesquisa de campo, que envolveu diretamente 292 famílias em 33 municípios paranaenses, a obra procura evidenciar como a recriação do campesinato se traduz em uma geografia peculiar, dado o contexto em que as políticas públicas se manifestam ora indo ao encontro, ora se desencontrando das demandas e dos interesses desses trabalhadores, em um movimento marcado por avanços e recuos no processo de territorialização. Por fim, considera os marcos geográficos indissociáveis de uma lógica de ordenação territorial própria do trabalhador rural, desvendando o modo de vida e as práticas que costuram a unidade comunitária que lhes dá sustentação.
Desastres e calamidades sempre despertaram uma forma de governo diante do acontecimento de crise. Perante plantações ressecadas pelo Sol, submersas pelas águas da inundação ou destruídas por pragas, faraós, imperadores e demais governantes estabeleciam reservas de alimentos em celeiros, distribuíam alimentos e roupas para toda a população, perdoavam impostos nas áreas atingidas, etc.
Henrique Tahan Novaes, Angelo Diogo Mazin e Laís Santos nos apresentam este livro por eles organizado, e enriquecido com seus próprios escritos. O conjunto de textos está voltado sobretudo para a questão agrária no Brasil. No entanto, os mesmos têm um valor nacional e universal porque as temáticas e conceitos trabalhados, ao mesmo tempo em que captam as especificidades nacionais, operam também com categorias que são estruturantes da civilização burguesa.
Este livro pretende fornecer exemplos de estruturas que incentivem a atenção à multidimensionalidade e à complexidade da vulnerabilidade de desastres. O livro também pretende promover o debate no Brasil e em todas as Américas sobre a vulnerabilidade aos desastres, analisando suas dimensões sociais, econômicas, ambientais, políticas, técnicas e institucionais.
Responsabilidade Individual Frente às Mudanças Climáticas Globais objetiva compreender o papel da participação do consumo individual no fenômeno global climático. Para tal, busca por um conceito de responsabilidade que reconheça a contribuição antropogênica no processo de alterações climáticas e igualmente satisfaça aos nossos anseios morais por uma concepção de justiça cosmopolita.
Este trabalho propicia uma rica análise sobre o processo de institucionalização da questão ambiental no Brasil, a partir do estudo de um dos maiores e mais emblemáticos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC. Entre a redenção socioeconômica do Nordeste e do Semiárido e a condenação à morte do Rio São Francisco, o debate público se apresentou de modo acalorado entre os que se posicionaram a favor e contra à sua realização.
Para Stefano Mancuso, o verdadeiro potencial para a solução dos problemas que nos afligem está nas plantas. Sua autonomia energética, ligada a uma arquitetura cooperativa, distribuída, sem centros de comando, faz delas seres vivos capazes de resistir a repetidos eventos catastróficos e de se adaptar com rapidez a enormes mudanças ambientais. Ao revelar a capacidade das plantas de aprender, memorizar e se comunicar, o cientista fundador da neurobiologia vegetal propõe um novo modelo para pensar o futuro da tecnologia, da ecologia e dos sistemas políticos. XII Prêmio Galileo de escrita literária de divulgação científica 2018
A declaração da Assembleia Geral da ONU de 2010 denuncia grave violação de um direito humano essencial: grande parte da população do mundo vive em condições precárias de acesso a bens e serviços essenciais. Esse quadro poderia ser minimizado e até evitado se fosse possível oferecer saneamento básico a todos. Neste livro, quatro profissionais atuantes nas áreas de engenharia sanitária e saúde ambiental propõem um novo olhar sobre a tríade ‘desenvolvimento, ambiente e saúde’, com o objetivo de formular estratégias inovadoras para garantir o acesso mais amplo ao saneamento. Fatores como o modo de vida da população, as condições socioeconômicas e a cultura servem de base na busca por soluções capazes de combinar tecnologia e gestão sociocultural. “O modelo de gestão deve ser adequado à tecnologia utilizada e às características socioculturais da população. Não é mais aceitável, como tem sido corrente, a imposição de soluções que, por não considerarem a coerência com a cultura e as condições de habitabilidade das pessoas, geram ônus de manutenção para as mais pobres.”, destacam os autores no texto de apresentação do livro.
Organizada pelo pesquisador Marcílio Medeiros (Fiocruz Amazônia), editado pela Editora da Universidade do Amazonas (Edua) e financiado pelo Programa de Apoio a Publicações Científicas (Biblos) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), a obra é uma reunião de artigos que representam as inquietações dos trabalhadores que atuam nos órgãos de saúde e de meio ambiente dos municípios do Estado do Amazonas e de Roraima, perante os desafios postos pelo atual contexto político, social e ambiental da região.
Saúde no caminho da roça traz sólida base de referências bibliográficas ao mesmo tempo em que se assenta em conhecimentos validados pelas experiências profissionais e pessoais cotidianas dos autores. Foi pensado como instrumento para o “fazer rural” e formação das equipes de saúde nos diferentes contextos brasileiros, com ênfase na Atenção Primária à Saúde (APS) e foco ampliado para além da tradição acadêmica e científica, majoritariamente urbanas. O livro foi organizado por Leonardo Cançado Monteiro Savassi, Magda Moura de Almeida, Mayara Floss e Monica Correia Lima e faz parte da nova Coleção Fazer Saúde, lançada em 2018 pela Editora Fiocruz. As discussões trazidas aqui são fruto da história do grupo de trabalho criado no âmbito da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), que buscam contribuir com a qualificação dos processos de trabalho e a formação de recursos humanos em contextos rurais. A publicação cumpre seu objetivo de provocar a reflexão e instrumentalizar os profissionais da saúde que, mesmo com uma formação geralmente voltada para os centros urbanos e para a doença, aceitam o desafio de cuidar das populações rurais e se fixar no interior. Uma leitura pertinente para todos os interessados no aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (SUS) no país, onde a população que mais necessita tem menos acesso aos serviços.
Este livro, de caráter introdutório e informativo, apresenta aos leitores de distintas áreas do conhecimento, em especial aos que atuam mais diretamente nos campos ambiental e da saúde, uma visão abrangente dos problemas de saúde e ambiente que vêm marcando cada vez mais as sociedades modernas. Os autores deste livro vêm desenvolvendo um trabalho em conjunto desde a década de 90, investigando as interfaces entre questões de saúde e ambiente com o intuito de identificar e apontar futuros propícios para a promoção da vida.
Este livro sistematiza reflexões sobre o significado e as possibilidades de emancipação humana e social diante das crises contemporâneas em suas várias dimensões — social, sanitária, ecológica, política e civilizatória —, assim como suas implicações e alternativas para a produção de conhecimentos e práticas envolvendo a articulação da academia com movimentos e mobilizações sociais nos campos e cidades. A obra expressa as bases conceituais e metodológicas do Núcleo Ecologias, Epistemologias e Promoção Emancipatória da Saúde, o Neepes, criado em 2018 e do qual os autores fazem parte.
A seca é apenas um evento climático de origem natural ou também é um desastre social, que tem forte impacto na saúde, no bem-estar e no desenvolvimento humano? Esse é um dos principais pontos de Seca Silenciosa, Saúde Invisível: um desastre naturalizado no Semiárido do Brasil, obra escrita pelas pesquisadoras Aderita Ricarda Martins de Sena e Tais de Moura Ariza Alpino, que abordam questões específicas do evento climático de seca, com ênfase no Semiárido do Brasil (SAB). Durante as pesquisas, as autoras observaram os efeitos da seca sobre a sociedade e sobre os determinantes da saúde, considerando os contextos do desenvolvimento sustentável ambiental, econômico e social. Organizado em sete capítulos, o título reafirma a importância de se priorizar o tema e contribui ainda para o desenvolvimento de ações concretas que permitirão gerir os impactos da seca sobre a saúde da população do SAB. “Este volume configura-se como um alicerce que pode subsidiar a mobilização e o engajamento do Sistema Único de Saúde, em suas esferas federal, estadual e municipal”, diz Eliane Lima e Silva, pesquisadora do Laboratório de Geografia, Ambiente e Saúde da Unb, na orelha do livro.
A publicação pretende ser mais um meio de visibilizar as resistências que se tecem na relação entre grupos sociais e grupos acadêmicos para o enfrentamento de conflitos ambientais: existimos e resistimos, ao questionar epistemes, experimentar possibilidades outras na formação de pessoas e na construção de conhecimentos, e ao recriar a relação universidade-sociedade, alimentados por outros sentidos.
No século XXI, todas as políticas têm consequências climáticas. A era de medidas moderadas para combater as mudanças climáticas acabou. Ao passo que desastres sem precedentes estão se tornando cada vez mais comuns e fatais, inclusive por causa das desigualdades, precisamos de mudanças políticas profundas e radicais. Mas precisamos articular isso com políticas de reativação econômica, que não coloquem trabalhadores e ambientalistas em lados opostos do ringue, quando eles são, na verdade, aliados naturais contra os opressores. Um Green New Deal é a solução para enfrentar a emergência climática e a desigualdade galopante ao mesmo tempo. Cortar as emissões de carbono e, ao mesmo tempo, gerar renda para a maioria da população é a única maneira de construir um movimento forte o suficiente para derrotar a dependência do petróleo, das grandes empresas e dos bilionários.
A Série Saúde Ambiental tem por objetivo a maior proteção possível dos ecossistemas que se compõem de diferentes espécies e que interagem entre si através de fatores físicos e químicos e com o meio ambiente. As interações mantêm o sistema em pleno funcionamento, proporcionando condições para o estabelecimento de novas espécies, as quais, em novos fenômenos interativos, crescem, desenvolvendo-se.O presente volume - Segurança Ambiental no Controle Químico de Pragas e Vetores - é o primeiro da Série Saúde Ambiental. Estuda a proliferação de algumas espécies que nem sempre são do interesse para o homem, em razão de relacionarem-se a danos causados a cultivares ou à transmissão de doenças a seres humanos e animais - surge, assim, o Manejo Integrado de Pragas (MIP), no qual se prioriza alterar as condições ambientais, de modo a inibir as espécies indesejáveis e patogênicas.Chama atenção, não obstante, o manejo apresentar certas limitações, o que obriga ao uso de agrotóxicos nas áreas rurais e de desinfestantes nas urbanas. Os agrotóxicos e os desinfestantes não deixam de ser substâncias tóxicas em maior ou menor grau ao homem, aos animais e ao meio ambiente. Para o seu uso, torna-se necessário o conhecimento técnico do grau de toxicidade da molécula para a saúde e o meio ambiente.Segurança Ambiental no Controle Químico de Pragas e Vetores, volume 1 da Série Saúde Ambiental compõe-se de 3 Autores, 4 Partes, 36 Capítulos, num total de 290 Páginas. As Partes são as seguintes.I. Agrotóxicos II. Saneantes/Desinfestantes III. Armazenamento, Transporte e Manipulação de Saneantes - Desinfestantes IV. Bioindicadores de Contaminação do Ambiente É livro, pois, destinado a suprir a lacuna existente em nossa literatura ambiental, e que tem como público leitor os alunos dos cursos de graduação na área biológica, engenharia sanitária e engenharia ambiental, além dos profissionais graduados, interessados na atualização de seus conhecimentos sobre o tema.
É para cuidar da ferida aberta pelas inúmeras crises engendradas pelo sistema capitalista que o martinicano Malcom Ferdinand propõe uma ecologia decolonial, uma abordagem interseccional extremamente sagaz que reúne o ecológico com o pensamento decolonial, antirracista, em uma crítica contundente ao “habitar colonial da Terra”. Nesta análise urgente, Ferdinand critica o que chama de “dupla fratura colonial e ambiental da modernidade”, de que resultam, por um lado, as teorias ecologistas que desconsideram o legado do colonialismo e da escravidão; por outro, os movimentos sociais e antirracistas que negligenciam a questão animal e ambiental.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.