Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
A favela venceu. A frase curta contém a relevância, a beleza, a complexidade deste livro. Algumas obras tornam-se importantes por apresentarem velhos temas sob novas perspectivas; outras nascem definitivas. A favela reinventa a cidade integra o segundo grupo. É leitura essencial para quem deseja (ou precisa) entender a gênese da solução habitacional forjada — e, teimosamente, aperfeiçoada ao longo de mais de século — por uma população submetida ora à desatenção, ora ao desprezo do Estado. É obrigatória por trazer ideias frescas para tirar o Rio de Janeiro do fosso em que se meteu, em consequência de políticas de segurança fracassadas e da histórica, nas palavras dos autores, distinção territorial de direitos, que privilegia moradores de uma área em detrimento de outras.
A desregulamentação, a modernização das infra-estruturas, a adoção de novos padrões de gestão e a reforma institucional das redes de comunicação e de transporte, acontecidos ao longo da década passada, constituíram instrumentos privilegiados para a re-qualificação das bases produtivas e dos arranjos institucionais da economia mundial, nacional e local.
A Geografia permanece necessária? Como? Qual sua contribuição, hoje, para o conhecimento nas Ciências Humanas? Essas questões são respondidas por geógrafos renomados, todos professores e pesquisadores da Universidade de São Paulo. Assim, a obra mostra como a Geografia é importante para compreender a realidade em que vivemos. Os capítulos tratam de conceitos fundamentais para a análise geográfica do mundo moderno, em suas profundas e rápidas transformações, lidas a partir da realidade brasileira. Com foco no nível espacial, o livro analisa transformações da natureza e o debate sobre a problemática ambiental, a questão agrícola-agrária, o turismo e a cidade como fonte de novos negócios, entre outros temas. Livro essencial para geógrafos, professores e estudantes da área.
O título apresenta uma série de abordagens que reforçam as potencialidades da agricultura urbana (AU) e como ela se relaciona com a saúde e o bem-estar. De forma didática, os autores mostram como assuntos diversos estão ligados aos usos e práticas da AU. Os dois pesquisadores mostram que a agricultura pode ser algo muito mais próximo das pessoas e que é possível pensar um pouco além de dualidades já tradicionais, como campo x cidade e rural x urbano.
A obra representa uma concepção diferenciada da interpretação cartográfica. A textualidade elege uma análise híbrida que compreende uma fundamentação teórica, envolvendo ao mesmo tempo um conjunto de práticas em forma de oficinas enfatizando o processo interdisciplinar e a construção de estruturas para uma melhor compreensão dos mapas.
A qualidade do espaço público é a espinha dorsal de uma cidade sustentável. Ruas maravilhosas, lugares nos quais você intuitivamente queira passar mais tempo, interação de escala humana entre os prédios e ruas, apropriação pelos usuários, placemaking e bons plinths (andares térreos ativos) e uma abordagem voltada para as pessoas, baseada nas experiências do usuário .
A grande maioria da população vive hoje nas cidades. Mas elas variam bastante entre si e há diferenças marcantes mesmo dentro de uma mesma cidade, o que tem impacto sobre as características da vida urbana e as condições de saúde da população. Compreender essa complexidade é essencial para a tomada de decisões sobre intervenções públicas nas cidades. Estudos e ensaios sobre o assunto estão reunidos neste livro, que não só traz reflexões teóricas, mas as coloca em diálogo com diferentes iniciativas para a melhoria da saúde das cidades. Municípios ou comunidades saudáveis dependem de uma prática contínua de aprimoramento do ambiente físico e social, por meio de estratégias que priorizem a saúde dos cidadãos dentro de uma lógica ampliada de qualidade de vida, com ações intersetoriais e garantia de participação social. Uma cidade saudável, destaca-se, é também uma cidade com justiça social, pois as iniquidades se destacam entre as causas de deterioração da saúde.
Segundo os relatórios Conflitos no Campo, publicados anualmente pela Comissão Pastoral da Terra, são crescentes os ataques aos quilombolas, indígenas e trabalhadores do campo. Em Dourados - município de Mato Grosso do Sul onde os organizadores deste livro são testemunhas das cotidianas violações de direitos contra os Guarani e Kaiowás - a violência é cada vez maior: logo no início de 2020, cerca de 180 famílias indígenas sofreram ataques por seguranças de fazendeiros, deixando sete indígenas feridos, incluindo uma criança, que perdeu três dedos da mão esquerda.
Este livro apresenta a contribuição de Milton Santos à busca de uma teoria do espaço e da urbanização no Terceiro Mundo. O geógrafo considera que o fenômeno do subdesenvolvimento carece de um esforço de compreensão global, sem o qual a solução de problemas particulares é impossível. É um esforço original de interpretação sistemática e interdisciplinar da evolução econômica social, política e ao mesmo tempo geográfica do conjunto dos países do Terceiro Mundo. Valendo-se da análise de inúmeras variáveis, e apoiado num vasto elenco de exemplos baseados na África, América Latina e Ásia, o autor chega a interpretações próprias sobre o fenômeno complexo que é o subdesenvolvimento e suas repercussões na vida das populações a ele submetidas, sobretudo nos comportamentos espaciais e suas leis em uma situação de dependência.
O autor analisa a história dos movimentos utópicos surgidos durante anos, investigando por que falharam e o que as idéias que os sustentaram ainda têm a oferecer. Para ele podemos e devemos usar a força da imaginação utópica – o “utopismo dialético” - contra todos os que dizem que não existe alternativa. Ao mesmo tempo, Harvey reconduz nossa atenção para possíveis cenários nos quais o mundo do trabalho e das relações com a natureza seja mais eqüitativo. Dessa maneira o autor não deixa dúvidas a respeito da sua geografia da esperança.
A urgência de uma Geografia crítica e radical advém tanto das necessidades concretas impostas pela crise do mundo moderno, quanto de uma crise teórica que se restringe a um pensamento que simplifica a compreensão da realidade.Esta obra espelha a produção de um conhecimento a partir da Geografia do urbano: é um dos resultados da construção coletiva de um método alcançado pela reflexão de um grupo de estudiosos que se propõe a pensar a realidade a partir do espaço socialmente produzido. Ao rejeitar modelos simplistas, os autores apresentam um retorno ao pensamento crítico que busca compreender a complexidade do real em sua totalidade.Esta obra se opõe, assim, às estéreis padronizações do pensamento e à repetição infindável de fórmulas preconcebidas, alimentando e incentivando o debate coletivo, para além dos muros da academia.
Este livro surgiu do reconhecimento desse fenômeno e da tentativa de examiná-la mediante estudos caso que, contudo, fossem pensados em um quadro não casual e não casuístico. Temos aqui quatro artigos, sobre Nepal, Zimbábue, Polônia e Brasil. Quatro países, em quatro continentes.
Em um contexto urbano complexo e vulnerável como o pesquisado, a obra busca reconstituir a história de pessoas e lugares do território de Manguinhos hoje repleto de favelas que circundam a Fiocruz, com seus inúmeros problemas socioambientais e sanitários. Os autores estendem-se por cerca de cem anos de ocupação da história social e urbana do Rio de Janeiro (capítulo importante e até hoje tão pouco explorado), mediante abordagens relacionadas à própria história, à memória e ao urbanismo. Trabalhou-se com a história oral, optando-se por dar voz aos moradores da região. Entre depoimentos, fotografias, vídeos, documentos oficiais, cartas e jornais de época, bem como entrevistas com experientes profissionais envolvidos na implantação de projetos em favelas cariocas, o livro nos revela, de forma consistente, com seu material inédito, a diversidade e a singularidade dos processos socioespaciais constitutivos das 12 comunidades estudadas. Entre lembranças e vivências narradas, transparecem as configurações desse típico bairro de periferia que retrata uma triste realidade de exclusão social e de discriminações. Com base no conteúdo, o leitor terá a oportunidade de poder continuar a registrar e a acompanhar as futuras transformações que ocorrerão em Manguinhos.
Apesar da retomada dos investimentos em saneamento e habitação, pelo Governo Federal, a partir de 2003, e apesar da febre participativista decorrente da criação de mais de 10.000 conselhos de políticas públicas a herança do período neoliberal - ajuste fiscal, baixo crescimento econômico, recuo nas políticas sociais - e o impasse na política urbana decorrente especialmente da manutenção persistente do padrão fundiário excludente, a vida nas cidades brasileiras continua a piorar.
Tida como o estado da arte do planejamento ecológico da paisagem, a infraestrutura verde é abordada neste livro como um instrumento ao planejamento urbano sustentável. A teoria da infraestrutura verde defende o argumento de que a conservação, restauração e manutenção do funcionamento dos sistemas naturais não apenas protegem os valores e as funções ecológicas, mas também promovem diversos benefícios econômicos, sociais e culturais. Neste sentido, o livro traz soluções atuais para a conciliação do desenvolvimento urbano com o meio ambiente, de modo a minimizar tanto os impactos da urbanização sobre a natureza quanto os problemas ambientais que atingem as cidades. Primeiramente, analisa a evolução do pensamento ambiental e a forma como ele foi sendo incorporado ao planejamento da paisagem, até chegar à infraestrutura verde. Em seguida, aborda o tema da infraestrutura verde, expondo seus princípios, funções, benefícios e aplicações. Por fim, aplica seus conceitos e métodos na elaboração de um Plano Básico de Ocupação para uma área específica do município de Nova Friburgo - RJ: a Bacia Ambiental do Córrego D'Antas, cuja escolha teve por motivação as trágicas consequências decorrentes das intensas chuvas de janeiro de 2011 na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, que representaram um exemplo importante de como desastres naturais tomam proporções maiores devido à falta de planejamento e aos erros das ocupações humanas, muitas vezes situadas em áreas indevidas e suscetíveis a riscos. O livro apresenta, ainda, uma proposta metodológica de análise da paisagem para o planejamento da ocupação urbana, na qual demonstra que o planejamento de uma rede de infraestrutura verde pode ser um instrumento eficaz não só de prevenção às tragédias decorrentes dos desastres naturais e de diminuição dos riscos à população, como também ao favorecimento da melhoria da qualidade da paisagem natural e de conservação do meio ambiente.
A crise social que vivemos manifesta-se, em grande parte, como crise urbana, e as resistências ganham visibilidade nos espaços públicos. Os movimentos sociais lutam por um espaço democrático em que possam se exprimir e decidir sobre o uso dos bens comuns produzidos socialmente, exigindo a abolição de suas condições de exploração e opressão. As contradições que assediam a vida urbana apontam, desse modo, para uma crise que se origina na desigualdade. Assim, essa conjuntura coloca como questões centrais a justiça espacial e o direito à cidade. Oferecendo bases para se entender essas questões, os autores aqui reunidos, todos especialistas em Geografia, Urbanismo e áreas afins, explicitam a desigualdade e as contradições que fundamentam a produção do urbano a partir da metrópole e no horizonte da construção da sociedade urbana. Resultado do diálogo entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros, esta obra contribui para o debate que foca o desvendamento da urbanização contemporânea.
Fruto dos primeiros anos de trabalho cooperativo no âmbito da Rede Ibero-americana de Pesquisa em Ambiente e Sociedade, este livro aborda o tema das mudanças ambientais e climáticas em áreas protegidas e vulneráveis a partir de um amplo grupo de pesquisadores de diferentes países. Lançado por ocasião do cinquentenário da Unicamp, as contribuições aqui trazidas buscam refletir sobre questões-chave da vida contemporânea: por que, afinal, continuamos atrelados a um modelo de desenvolvimento baseado na emissão de carbono se já há evidência suficiente de que isso contribui para ameaçar os sistemas sociais e ecológicos? Por que, diante de tais evidências, as políticas públicas de enfrentamento do problema não surtem o efeito esperado nos diferentes países?
No processo em curso de reestruturação econômica e política do capitalismo em nível mundial, o debate sobre a questão metropolitana tem se mostrado fundamental à compreensão das implicações profundas entre a modernização seletiva, orientada para a recomposição da taxa de lucro do capital, e o desmonte de direitos sociais.
Em O discurso do avesso, Ruy Moreira, um dos mais renomados geógrafos da atualidade, reflete sobre a força e a responsabilidade do ensino de Geografia – saber que hoje se destaca entre os que mais problematizam o mundo em que vivemos. Para dar conta da amplitude do tema, o autor divide o livro em nove capítulos e discute respectivamente: o contexto das ideias geográficas atuais; os fundamentos dessas ideias; sua estrutura tradicional; o papel originário das chamadas “sociedades de Geografia” e das universidades; as instituições e manuais de ensino no Brasil (em especial, o livro didático); a definição do conteúdo programático e a visão de mundo da Geografia que se ensina; a concepção de Brasil a partir da Geografia que se ensina; as tendências ideológicas e estruturais do sistema universitário e escolar no nosso país. Por fim, no último capítulo, faz um balanço retrospectivo-projetivo da ciência e do ensino geográfico. Além de dar destaque à interação entre universidade e escola no desenvolvimento do currículo da Geografia, Ruy Moreira evidencia o papel de ponte que as instituições de ensino exercem ao difundir esse conhecimento para a sociedade como um todo. Assim, este livro estimula uma reflexão crítica e constitui uma importante ferramenta na formação de professores de todos os níveis, principalmente aqueles que procuram compreender com mais profundidade a situação do ensino de Geografia no Brasil.
Qual o papel desempenhado pelo espaço público na cidade hoje? Por que poucos se beneficiam desse tipo de espaço teoricamente comum a todos? O espaço público na cidade contemporânea traça uma análise crítica do que ocorre hoje nas grandes cidades. Valendo-se de uma variedade de exemplos, o autor analisa o espaço público como arena de ação política de intervenção urbana e como mercadoria para consumo de poucos. Desafio para a geografia, assim como para outras áreas, o uso do espaço público hoje é tema de debates acalorados em todas as metrópoles e cidades médias.
Nessa obra partimos da hipótese de que associado à recuperação econômica da região metropolitana do Rio de Janeiro em meados da década de 1990 estaria ocorrendo um processo de reestruturação espacial, marcado pela ocorrência da dispersão metropolitana e da reconfiguração da centralidade metropolitana. Na região metropolitana do Rio de Janeiro, a reestruturação espacial se evidencia a partir de um ponto de ruptura nas tendências seculares de concentração econômica e populacional na metrópole.
"Les favelas dont tout le monde se fait une idée, synonyme de pauvreté, de mal logement et de misère généralisée, ont dans cet ouvrage une traduction réelle, concrète et positive, représentée par la Communauté du Parque Royal. Le lecteur se familiarise avec les habitants de cette favela, avec leur mode de vie, leur histoire, leur rêve, leur peine et leur joie et surtout leur mode d'action, social et politique, sur le plan de l'éducation, de la santé et de l'habitat".
Este livro apresenta a experiência do Laboratório de Território, Ambiente, Saúde e Sustentabilidade do Instituto Leônidas e Maria Deane, unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz no Amazonas, no desenvolvimento de uma Plataforma Digital Colaborativa para Prevenção da Violência no Trânsito em Manaus.
Este livro é produto de uma intensa e forte pesquisa com os camponeses do norte do Paraná. Inicialmente, a autora apresenta um estudo do termo Camponeses, para posteriormente desenvolver os temas da questão agrária, em suas generalidades e singularidades, a monopolização do território pelo capital e as frações camponesas do território, em sua unidade na diversidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.