Este livro foi elaborado por dois pesquisadores amazonenses que acreditam no protagonismo e na participação para transformação de uma sociedade em que as disputas políticas visam silenciar e oprimir grupos que não se enquadram nos modelos normativos. A relação entre os autores de seu por meio de orientando-orientadora que permitiu a troca de saberes e afetos.
A história da humanidade foi protagonizada por homens, que criaram uma sociedade em que cabia às mulheres a tarefa de servi-los. Dentro desse contexto de subserviência, parte-se da premissa de que a mulher sempre foi discriminada e oprimida pelo homem.Consolidar a igualdade substancial entre homens e mulheres é a forma de se respeitar a própria essência humana, mas para tal exercício de equilíbrio de forças é necessária uma boa dose de feminismo, entendido como um movimento social e ideológicoque busca ampliação dos direitos civis e políticos da mulher, até a equiparação aos dos homens.Os Tratados Internacionais de Direitos Humanos fundaram uma nova dimensão, apta a criação e efetivação dos direitos humanos das mulheres e capaz de articular as legislações internas dos Estados na ratificação da dignidade da mulher, concretizada no respeito ao princípio da isonomia.No Brasil, a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) busca proporcionar proteção judicial à mulher vítima de violência doméstica e combate à impunidade dos agressores, permitindo tratamento diferenciado em razão da histórica opressão do homem sobre a mulher.É com esse espírito de respeito à igualdade, à liberdade e, sobretudo, à dignidade da mulher que nos confrontaremos no mister de analisar o cenário da violência doméstica após a vigência da Lei Maria da Penha, tendo por base o estado da Paraíba, considerado um dos mais machistas do Brasil.Esta obra é destinada a alunos, professores, pesquisadores e profissionais que atuam nas redes de enfrentamento ou a qualquer pessoa interessada na temática da prevenção da violência familiar.Sejam todos bem-vindos, e ótima leitura!
Este livro é composto por documentos que fazem uma revisão do dossiê científico e técnico contra o Projeto de Lei do Veneno (PL 6.299/2002) e a favor do Projeto de Lei que institui a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNARA) da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) e da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) publicado em julho de 2018. Na edição atual, incluiu um esforço colaborativo das editoras Expressão Popular, Hucitec, Abrasco e Rede Unida.
A publicação, com mais de 600 páginas, colorida e ilustrada, reúne as três partes revisadas do Dossiê Abrasco lançadas ao longo de 2012, além de uma quarta parte inédita intitulada “A crise do paradigma do agronegócio e as lutas pela agroecologia”. O livro é uma co-edição da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fiocruz, e da editora Expressão Popular. Este capítulo inédito, concluído em outubro de 2014, foi dedicado à atualização de acontecimentos marcantes, estudos e decisões políticas, com informações que envolvem os agrotóxicos, as lutas pela redução dessas substâncias e pela superação do modelo de agricultura químico-dependente do agronegócio. A leitura desse cenário mais recente revela que a situação do país em relação aos agrotóxicos está ainda mais grave e que a correlação de forças no campo social propicia desafios maiores. O consumo de venenos agrícolas cresce ano após ano, está em curso um processo de desregulamentação do uso de agrotóxicos no país. Não é por falta de confirmação dos efeitos nocivos à saúde e ao ambiente que a grave situação de uso indiscriminado de agrotóxicos no Brasil não é revertida. O livro reúne informações de centenas de livros e trabalhos publicados em revistas nacionais e internacionais que revelam evidências científicas e correlação direta entre uso de agrotóxicos e problemas de saúde. Não há dúvida, estamos diante de uma verdade cientificamente comprovada: os agrotóxicos fazem mal à saúde das pessoas e ao meio ambiente. A sociedade brasileira resiste ao uso de agrotóxicos, tem se organizado e avança na conquista de políticas públicas importantes, como a Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer e a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. Sobre a agroecologia – que o livro trata com dedicação especial nesta quarta parte, temos a possibilidade concreta de implementar o Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (PRONARA).
De forma lúdica, fortalecendo o vínculo da família (mãe, pai, avós, tios), que é a base da rede de apoio para a mãe que amamenta, e com uma linguagem carinhosa e acessível a todos, os autores contam uma história que se baseia nos hábitos dos mamíferos e explicam a importância do aleitamento materno. As ilustrações de Helena Cortez trazem conferem ainda mais leveza e poesia à obra. O aleitamento materno é uma unanimidade mundial. Não há nenhuma dúvida sobre a importância e os benefícios do leite materno no crescimento, desenvolvimento e imunidade das crianças. Todos os profissionais de saúde reconhecem a amamentação como a principal fonte de alimentos dos bebês. A Organização Mundial de Saúde (OMS), o Ministério da Saúde (MS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam o aleitamento materno desde a sala de parto, exclusivo e em livre demanda até o 6o mês, complementado com alimentação saudável até os 2 anos ou mais. No entanto, menos da metade das crianças aos 6 meses é ainda alimentada com o leite materno. Muitos fatores influenciam nesse déficit: falta de informação ou informação inadequada de redes sociais, amigos e familiares e até de profissionais de saúde, falta de apoio, falta de espaço na mídia, licença-maternidade insuficiente, marketing abusivo das indústrias de fórmulas infantis, cultura de desmame e muitas outras questões. Para melhorar esse cenário, os órgãos responsáveis estão tentando providências, como cursos e busca incessante de aprovação de leis que favoreçam a amamentação e a mulher trabalhadora que amamenta. A primeira semana de agosto, há mais de 25 anos, é dedicada à celebração da Semana Mundial de Aleitamento Materno, cada ano com um tema específico. Já comemoramos, no Brasil, o Agosto Dourado - um mês inteirinho para informar, sensibilizar e apoiar a amamentação. E para não ficar só esperando que 'os outros' façam alguma coisa, o pediatra e homeopata Moises Chencinski e a nutricionista e consultora em aleitamento materno Vane
Estudo do processo de conversão do alcoólico ativo em alcoólico passivo isto é, bebedores que, assumindo a incapacidade de controle sobre o consumo do álcool afiliam-se a programas de conquistas da abstinência. Se organiza principalmente em torno de duas unidades de análises o bar como definidor do ato de beber, e os grupos de abstinentes vinculados à instituição Alcoólicos Anônimos.
E se eu fosse puta é o quê? Você, leitor, que me diz. Tem de tudo um pouco, mas sobretudo verdade, dessas que a gente gosta só debaixo do tapete, bem escondidinha, o dia a dia da rua, a barganha, o homem antes e depois de gozar. Amara se vê travesti e junto descobre a vida que haveria a partir de então, puta aonde quer que fosse, fosse pra cuspir, fosse pra perguntar discretamente o preço (“tudo no sigilo, sou casado, sabe?”). Corpo que não tem lugar, corpo que se fazia à revelia das regras, das normas, corpo que se prestava pras sombras, essa era eu e eu não fazia sentido, sequer sabia aonde eu queria chegar. Quem me entendia? Esse livro é sobre a escolha que não faz sentido, esse livro é sobre buscar porquês. E se eu fosse puta? E se fosse você?
A presente obra busca compreender de que forma o modelo de economia capitalista tem impactado e determinado a precarização ambiental e social e como a regulação estatal tem se posicionado nesse cenário. Partindo da análise de que a regulação vem assumindo um papel cada vez menos comprometido com a defesa do meio ambiente, do trabalhador e dos grupos sociais, são cogitadas alternativas que signifiquem a incorporação das contribuições sociais que passam a exercer o papel de novos movimentos de resistência.
Este é considerado o livro-texto definitivo sobre todos os aspectos da ecologia. Esta nova edição continua a fornecer um tratamento completo do tema, desde os princípios ecológicos fundamentais até uma reflexão vívida sobre nossa compreensão da ecologia no século XXI.
A humanidade e o planeta terra vivem momentos dramáticos. Séculos de irresponsável exploração dos bens de serviço da natureza atingiram as bases físico-químicas que sustentam a vida. O aquecimento global é apenas um sintoma de que a Mãe Terra está doente. A obra ganhou o prêmio Sergio Buarque de Holanda da Biblioteca Nacional como o melhor ensaio social do ano de 1994 e também o prêmio Nobel Alternativo da Paz pelo Parlamento sueco em 2001.
Este livro, com prefácio de Luiz Inácio Lula da Silva, traz um olhar sobre as múltiplas e controvertidas experiências históricas dos processos autogestionários da luta dos trabalhadores pelo socialismo, articulando o trabalho e a educação na perspectiva da promoção de um novo fazer produtivo, orientado por ações políticas, culturais, pedagógicas e solidárias.
Os cruzamentos de comunicação e educação, vistos pela perspectiva dos direitos humanos, e os fundamentos da Educomunicação como uma proposta dialógica para repensar os contextos dos sujeitos do processo educativo são os pilares da reflexão desta obra, produzida a partir dos estudos e pesquisas de educadores brasileiros contemporâneos. Trata-se de um esforço conjunto para elucidar o entendimento acerca do novo campo da Educomunicação e as implicações de práticas dessa natureza no âmbito da escola e da sociedade, como aliadas na produção de uma cultura dos direitos humanos que inclua a formação crítica sobre os meios de comunicação. A leitura do mundo passa pela interpretação da realidade, à luz do pensamento livre, do direito de opinar e do acesso à educação e à informação de qualidade. Os direitos humanos são uma consequência de todas essas experiências no exercício da cidadania e da democracia.
Os quase dois anos de pandemia do novo coronavírus, que têm colocado diante de nós um cenário devastador, marcado por um número assustador de mortes e pelos riscos cotidianos de contaminação, exigindo a adoção de medidas sanitárias que restringem o convívio social, o uso de máscaras, a lavagem e higienização constante das mãos, diante das numerosas dúvidas em relação ao vírus, suas formas de propagação e os modos de interromper a transmissão, convocam, como em outros tempos, ao desafio de assegurar a adesão às medidas de proteção, trazendo à baila indagações sobre a educação em saúde como forma de conscientização e adoção de novos comportamentos, lembrando também as resistências e as distintas formas de apropriação das prescrições higiênicas.
A série de artigos presente em Educação, meio ambiente e comunidade trata das experiências exitosas de ensino, pesquisa e extensão no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano. Os artigos, escritos por docentes e pesquisadores do IF Baiano, apresentam resultados de projetos e de ações que ampliaram as discussões sobres temas ambientais na educação profissional técnica de nível médio. Assim, cada capítulo se alinha às competências dos Institutos Federais estabelecidas por lei: “promover a produção, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sociais, notadamente as voltadas à preservação do meio ambiente”.
Uma análise original e aguda da África contemporânea, na voz de um de seus mais renomados intelectuais. São fortes os laços que unem o Brasil e a África ― estão na música, nas artes, na religiosidade, na arquitetura, em nosso gestual, em nossa fala etc. Paradoxalmente, porém, a África ainda nos é uma ilustre desconhecida. A consequência disso é grave: não entendemos bem a nós mesmos e, por extensão, o mundo e a própria modernidade. Em busca da África transpõe generalizações e clichês sobre o continente e nos apresenta uma África profunda e complexa, que se constitui em diálogo franco e constante com o pensamento de intelectuais como Frantz Fanon, Malcom X, James Baldwin, Richard Wright, Spike Lee e Édouard Glissant.
Este livro de Emilio Gennari traz à tona o velho sonho de todos os oprimidos do mundo de todas as épocas - a liberdade das garras da opressão. E, junto com o sonho, as lutas travadas em busca da liberdade. Com um texto informativo, ele nos leva a uma viagem ao passado histórico que 'é muito mais do que um momento distante'.
Com uma linguagem direta e descomplicada, este livro é um mergulho em assuntos da mais alta importância: a mudança climática e o aquecimento global — e o que cada um de nós tem a ver com isso. Se hoje sabemos que o aquecimento global é um fato e que uma mudança climática está em curso — por isso mesmo, precisamos agir rápido para evitar que o pior ocorra —, é graças a uma longa história, protagonizada por cientistas e ativistas que vêm trabalhando ao longo de décadas para provar aos governos e à população em geral que a Terra está esquentando. Nós, além de responsáveis por isso, somos os únicos com o poder de mudar o curso dos acontecimentos. Neste livro, o jornalista ambiental Matthew Shirts se debruça sobre a emergência climática, explicando com detalhes, gráficos e fotografias tudo o que permeia este assunto — os desafios de um acordo global para combate ao aquecimento, o novo ativismo jovem que tem sido protagonista nesta luta, a importância do Brasil neste panorama e o que podemos esperar do futuro. A coleção Tirando de Letra procura se aprofundar nos mais diversos temas contemporâneos, com muitas informações importantes, mas numa linguagem descomplicada e divertida, que atrai leitores de todas as idades. Parte da renda obtida com a venda desse livro será revertida ao Greenpeace Brasil. Conheça em detalhes os projetos nas redes sociais greenpeacebrasil.
Uma discussão sobre a Teoria do Empoderamento, a partir de diversas matrizes teóricas que hoje se dedicam ao tema. São pensadores que entendem empoderamento como aliança entre conscientizar-se criticamente e transformar na prática, algo contestador e revolucionário na sua essência. Muito mais do que a tradução literal de um termo estrangeiro, é uma prática cotidiana para a igualdade.
Por que fazer um livro sobre encarceramento, sistema de Justiça Criminal punitivo e feminismo negro? Qual é o ponto de conexão entre estas pautas? Por que prisão, punição, superencarceramento interessa às mulheres, prioritariamente às mulheres negras? Pode parecer fora de lugar falar em racismo, machismo, capitalismo e estruturas de poder em um país que tem em seu imaginário a mestiçagem e a defesa como povo amistoso celebrada internacionalmente. Contudo, parece absolutamente pertinente refletir, escrever, falar e ...
De Abdias do Nascimento a Zeferina e Zumbi dos Palmares, 416 verbetes biográficos que encenam um reencontro do Brasil com a memória silenciada de milhões de pessoas negras. Nesta Enciclopédia negra , Flávio dos Santos Gomes, Jaime Lauriano e Lilia Moritz Schwarcz passam em revista a história do Brasil, da colonização aos dias atuais, a fim de restabelecer o protagonismo negro. E o fazem alcançando o que há de singular, multifacetado e profundo na existência particular de mais de quinhentos e cinquenta personagens. São profissionais liberais; mães que lutaram pela alforria da família; ativistas e revolucionários; curandeiros e médicos; líderes religiosos que reinventaram outras Áfricas no Brasil, pessoas cujas feições foram apagadas pela história. Por isso, 36 artistas negros, negras e negres criaram retratos inspirados pelos verbetes desta enciclopédia, aqui reunidos em um belíssimo caderno de imagens. Em um momento de produção e disseminação errática de informações, esta obra contribui para conformar um seguro repositório de experiências individuais e coletivas às quais — como pessoas e como sociedade — podemos recorrer em busca de inspiração e orientação.
Em Ensinando a transgredir , Bell Hooks – escritora, professora e intelectual negra insurgente – escreve sobre um novo tipo de educação, a educação como prática da liberdade. Para Hooks, ensinar os alunos a “transgredir” as fronteiras raciais, sexuais e de classe a fim de alcançar o dom da liberdade é o objetivo mais importante do professor. Ensinando a transgredir , repleto de paixão e política, associa um conhecimento prático da sala de aula com uma conexão profunda com o mundo das emoções e sentimentos. É um dos raros livros sobre professores e alunos que ousa levantar questões críticas sobre Eros e a raiva, o sofrimento e a reconciliação e o futuro do próprio ensino. Segundo Bell Hooks, “a educação como prática da liberdade é um jeito de ensinar que qualquer um pode aprender”. Ensinando a transgredir registra a luta de uma talentosa professora para fazer a sala de aula dar certo.
Reunindo a experiência de trinta anos como professora dentro e fora da sala de aula, além da própria vivência como estudante em meio ao contexto de segregação racial nos Estados Unidos, bell hooks discorre sobre os desafios que se impõem aos docentes efetivamente interessados em colaborar com a luta antirracista e com a quebra dos paradigmas da dominação. Com uma afetuosa combinação de teoria e prática, os dezesseis “ensinamentos” deste livro — último volume de sua Trilogia do Ensino a ser publicado no Brasil — abordam temas como espiritualidade, racismo, machismo, sexualidade, autoestima e superação do medo e da vergonha. O objetivo, aqui, é resgatar o espírito de comunidade, essencial para manter vivo, em estudantes e professores, o desejo de aprender. Descobrir o que nos conecta uns aos outros e fazer com que as diferenças sejam pontes, não barreiras, é a proposta de bell hooks para trilhar o caminho de uma educação libertadora.
Além de resgatar memórias de sua trajetória como estudante durante e após o regime de segregação racial nos Estados Unidos, com passagens por prestigiosas universidades que não costumavam ser frequentadas por pessoas negras, bell hooks resume neste livro muito do que aprendeu durante os trinta anos nos quais exerceu o ofício de professora. São 32 “ensinamentos” para serem aplicados dentro e fora da sala de aula: pequenos artigos sobre pedagogia engajada, descolonização, humor, lágrimas, autoestima, sexo, vida intelectual, espiritualidade e, claro, racismo e feminismo no ambiente de ensino. Assim como em outros livros em que discute o tema da educação, a autora dialoga criticamente com Paulo Freire para construir um panorama da prática da liberdade através da criação de comunidades de aprendizagem marcadas pelo diálogo e por uma relação de igualdade entre professores e estudantes. *** “A existência humana é, porque se fez perguntando, a raiz da transformação do mundo. Há uma radicalidade na existência, que é a radicalidade do ato de perguntar.” É com esta citação do educador brasileiro Paulo Freire que a educadora negra estadunidense bell hooks inicia o livro Ensinando pensamento crítico: sabedoria prática, que entra em pré-venda com frete grátis e desconto progressivo a partir de hoje no site da Editora Elefante. Ensinando pensamento crítico é uma continuação do aclamado Ensinando a transgredir, lançado no Brasil em 2017. Os livros fazem parte da Trilogia do Ensino escrita por bell hooks entre os anos anos 1990 e 2000. A coleção inclui ainda Ensinando comunidade: uma pedagogia da esperança, que a Elefante lança nos próximos meses, disponibilizando para o público brasileiro a sequência completa da obra pedagógica da autora.
Este livro procura esclarecer as causas do stress sob o ponto de vista do trabalhador. O autor acredita que a compreensão do stress originário do ambiente de trabalho e sua superação é um requisito necessário para a realização plena do ser humano.
O envelhecimento da população brasileira é uma importante pauta para debate, sobretudo entre governantes, geriatras e gerontólogos neste novo mi¬lênio. O Brasil já não é um país jovem. Os idosos que representavam 3,2% da população geral em 1900, e 4,7% em 1960, poderão atingir 16% no ano 2025, quando o nosso país ocupará a sexta posição no ranking mundial em número de idosos, com aproximadamente 32 milhões de indivíduos. Esse fenômeno vem ocasionando uma imensa diversidade de necessidades sociais e de saúde nos mais diferentes contextos. Mesmo sabedores de que viver mais não é sinônimo de viver melhor, é importante ressaltar que envelhecer não deve significar, necessariamente, declínio ou perda das faculdades e funções. A velhice não deve e não pode seguir um curso decadente. Muitas doenças associadas à velhice podem ser prevenidas ou retardadas, de modo que os idosos possam permanecer saudáveis o bastante para desfrutar sua experiência e maturidade. E é isso a que se propõe a presente publicação ao abordar as síndromes geriátricas, ou seja, os problemas mais típicos dos idosos, também conhecidos como “os gigantes da geriatria” ou “Is”.
Alguns assuntos, ainda que passem anos ou décadas, não saem do noticiário. Nem do imaginário. Cuba é um deles. Desde que um bando de barbudos deu início à luta armada que levaria ao sucesso da Revolução Cubana em 1959, a ilha é motivo de debates apaixonados. Entre a utopia e o cansaço busca romper com essa tradição: não a do debate, mas a das paixões. Os 22 textos aqui reunidos complexificam os principais tópicos de discussão sobre a realidade cubana. Homossexualidade, religião, racismo, protestos políticos, participação popular, as Forças Armadas, as reformas econômicas e monetárias, a imigração, as relações com Washington, a nova Constituição, a juventude.
Neste livro, analisam-se conflitos e confrontos argumentativos em torno da liberação de sementes transgênicas, abordando-se, por meio da comparação das experiências do Brasil e da Argentina, uma questão crucial nas sociedade contemporâneas: as disputas de sentidos na agenda política global acerca da segurança e soberania alimentares.
Entre Demografia e Antropologia: povos indígenas no Brasil apresenta profundas avaliações sobre as dinâmicas populacionais indígenas. Em suas abordagens, a obra passa por pesquisas e conhecimentos multidisciplinares, que vão de questões de migração, mobilidade e dinâmica territorial até a contextualização de dados censitários e a forma como a população indígena é retratada nos censos demográficos do Brasil.
Um livro que pode trazer contribuições para o debate público sobre um tema de fundamental importância nos campos da saúde e dos direitos das mulheres: a interrupção da gravidez entre jovens. Entre o Segredo e a Solidão: aborto ilegal na adolescência, título escrito pelo psciólogo Wendell Ferrari, integra a coleção Criança, Mulher e Saúde.
Este livro oferece diferentes olhares sobre militância e formas de sociabilidade LGBT na Paraíba. Foi resultado de um projeto de extensão da Universidade Federal da Paraíba, com a colaboração de muitas pessoas e coletivos, buscando diálogos entre academia, ruas e ativismos. De histórias que contam a memória do movimento LGBT, passando pelas políticas públicas, até formas de ativismo e ocupação de diferentes espaços pela juventude, entre o sertão e o mar, muitas poéticas e políticas estão registradas aqui, com artigos escritos com diferentes estilos que mostram um belo caleidoscópio da diversidade sexual na Paraíba.
Este livro tem como objeto o controle social e penal que o Estado brasileiro exerce sobre adolescentes pobres. A autora utiliza como referencial teórico o materialismo histórico, através das obras de Marx, Mészáros, entre outros.
O livro aborda temas arrojados e de relevância com uma visão abrangente que abre caminho para novas áreas da gerontologia em seus 25 capítulos, dos quais nove são dedicados à informática e sua inclusão digital, também traz aspectos do envelhecimento ativo, do indígena brasileiro, da educação informal, gerontoarquitetura, da religiosidade e da espirituosidade, das instituições de longa permanência, da concepção de envelhecimento pelos profissionais de segurança pública, da dependência e independência, do idoso hipermóvel, da motivação e das metas motivacionais, da fonoaudiologia no envelhecimento sem esquecer dos temas clássicos e desafiadores da Geriatria deste milênio: aterosclerose, demência e hipertensão.
Esta obra dá visibilidade à Gerontologia Social Crítica e amplia a contribuição do Serviço Social Crítico no campo da saúde coletiva. Isso significa que é um fecundo exercício crítico e reflexivo sobre a reprodução social na velhice na sociabilidade do capital, na sociedade do fetiche.
Atualmente, o tema envelhecimento tem representado uma questão importante no cenário mundial e, em especial, no brasileiro. A temática vem sendo abordada por estudiosos de diferentes áreas e sob diferentes perspectivas, seja do ponto de vista físico ou biológico, social, psicológico, entre outros. Envelhecimento – Questões atuais perpassa a premissa do olhar interdisciplinar sobre a temática envelhecer. A obra é resultado da união de alguns saberes que interfacetam a temática envelhecimento.
Esta coletânea reúne textos de autores especialistas no tema Envelhecimento. Os capítulos procuram ampliar os estudos e debates sobre o processo do envelhecimento humano, tendo como ponto de partida o olhar interdisciplinar no processo de cuidar. Um trabalho de interesse para profissionais e estudiosos nas áreas da Medicina, Fisioterapia, Nutrição e Enfermagem, entre os vários campos do cuidar.
Enfrentar o medo de se manifestar e, com coragem, confrontar o poder, continua a ser uma agenda vital para todas as mulheres”, escreve bell hooks no prefácio à nova edição de Erguer a voz. Na infância, a autora foi ensinada que “responder”, “retrucar” significava atrever-se a discordar, ter opinião própria, falar de igual pra igual a uma figura de autoridade. Nesta coletânea de ensaios pessoais e teóricos, em que radicaliza criticamente a máxima de que “o pessoal é político”, bell hooks reflete sobre assuntos que marcam seu trabalho intelectual: racismo e feminismo, política e pedagogia, dominação e resistência. Em mais de vinte ensaios e uma entrevista, a autora mostra que transitar entre o silêncio e a fala é um gesto desafiador que cura, que possibilita uma nova vida e um novo crescimento ao oprimido, ao colonizado, ao explorado e a todos aqueles que permanecem e lutam lado a lado, rumo à libertação.
Todo ano, milhares de pessoas são traficadas e submetidas a condições desumanas de serviço e impedidas de romper a relação com o empregador. Não raro, são impedidas de se desligar do trabalho até concluírem a tarefa para a qual foram aliciadas, sob ameaças que vão de torturas psicológicas a espancamentos e assassinatos. Pessoas que têm sua dignidade arrancada por um regime de trabalho escravo. Este livro, organizado por Leonardo Sakamoto, reúne grandes especialistas nacionais e estrangeiros que mostram o que é o trabalho escravo contemporâneo, sua história recente, como ele se insere no Brasil e no mundo, o que tem sido feito para erradicá-lo, e por que tem sido tão difícil combatê-lo. Uma obra necessária, uma ferramenta para uma das mais importantes batalhas de nosso tempo. Afinal, enquanto qualquer ser humano for vítima de trabalho escravo, a humanidade não será, de fato, livre.
O que pode explicar, em pleno século XXI, a permanência da escravidão moderna que se tonou parte constitutiva da tragédia brasileira? Como é possível que, em plena era do trabalho digital e informacional, dos algoritmos, inteligência artificial, big data, internet das coisas, 5G etc, a aberração da escravidão do trabalho persista? É exatamente para ajudar a desvendar essa realidade que Marcela Soares oferece seu estudo. Sua explicação orienta-se pela análise histórica que estruturou a miséria brasileira. País que se gestou a partir do dito “Descobrimento” (quando o correto seria falar em invasão, massacre e devastação). Foi durante o processo de colonização que se gestou uma sociedade senhorial, escravista, patriarcal e subordinada que se constituiu destruindo o trabalho autônomo e comunal presente nas atividades indígenas. E o substituiu pela escravização dos povos africanos que foram brutalmente transferidos de seu mundo para a nascente colônia.
Este livro trata da escravidão e da liberdade em textos feitos por pesquisadores do Sul do Brasil, região onde o forte discurso dos imigrantes encobriu o tema, mascarando a presença da cultura e da história dos escravos e seus descendentes. A iniciativa para divulgar e incentivar a pesquisa sobre a escravidão foi tomada pelos mais renomados professores das universidades públicas da região. A dinâmica dos encontros Escravidão e Liberdade, que acontecem em Porto Alegre, com circulação previa dos textos e debatedores convidados para cada mesa, tornou-se uma referência entre outros estudos sobre escravidão no país. Nos 17 artigos encontrados no livro, a escravidão é abordada em um contexto global, que trata de redes e mobilidades sociais, do tráfico atlântico e interno de escravos e das experiências de trabalho durante a escravidão. Desta forma, os cativos, libertos e livres e suas experiências sociais no pós-emancipação expressam o vigor atual das pesquisas nessa área, que é fundamental para historiografia brasileira.
Este livro reflete sobre a escravidão contemporânea. Os capítulos que o compõem mostram que as formas que ela assume na atualidade não são apenas resquícios da escravidão do passado, têm suas próprias especificidades e ganham espaço em um contexto global de trabalho cada vez mais precarizado. Mulheres escravizadas; tráfico de pessoas e exploração sexual; exploração de migrantes; trabalho forçado na marinha mercante, propostas de erradicação do trabalho escravo; mecanismos de responsabilização; controle das condições de trabalho por meio da "lista suja" e de selos sociais; mudanças na legislação e nas políticas públicas, seus avanços e retrocessos; decisões judiciais e dificuldades na obtenção de condenações; operações de resgate; educação para prevenção; exploração no trabalho bancário, uberização e novas tecnologias são alguns dos muitos temas abordados.
"Se não pudermos culturalmente aceitar o modo como o pensamento e a prática da supremacia branca elucidam aspectos de nossa vida, independentemente da cor da pele, nunca conseguiremos ir além da raça." Neste livro, lançado originalmente em 2013, apósum relevante marco histórico no debate racial - a eleição de Barack Obama como primeiro presidente negro dos Estados Unidos -, bell hooks consolida e aprimora um argumento que a acompanhou por décadas: a compreensão da supremacia branca enquanto "ideologia dissimulada que é a causa silenciosa do dano e do trauma". Nos dezessete ensaios deste volume, em que volta a exercer uma refinada crítica cultural, a autora se esforça para demonstrar que raça, gênero e classe "correm o risco de se tornar meros tópicos de investigação sem relação com o aprendizado transformador ou com a mudança prática". Para evitá-lo, explica hooks, a análise intersecional deve incorporar o entendimento da supremacia branca como característica transversal dos sistemasinterligados de dominação. "Estou tentando pensar e escrever além dos limites que nos mantêm hiper-racializados", diz. "Encontrar uma maneira de ir além da raça é o único caminho para a longevidade emocional e para a libertação."
Nos ensaios que compõem este volume, James N. Green se debruça sobre seus temas de pesquisa mais caros, a saber, o movimento LGBTQIA+ e o período da ditadura militar brasileira, sem se afastar do tom pessoal e da prosa fluida que lhe são característicos. Trata-se de uma obra que já nasce como referência para todos que estudam ou têm curiosidade sobre o tema.
A formulação do Projeto de Lei do Espaço Coruja foi sem dúvida uma das ações de maior impacto emocional para Marielle. Era a sua história: uma mulher negra, favelada, que foi mãe jovem e precisava de um lugar seguro para deixar sua filha enquanto trabalhava e estudava. Marielle teve uma rede de familiares e de amigos que lhe garantiu avançar e concluir seus estudos. Mas ela conhecia as diversas e duras realidades da maioria das mulheres que são as que não possuem essa oportunidade. Com sua empatia e olhar solidário diante da realidade dessas mulheres, ela propôs, como legisladora, a criação do Espaço Infantil Noturno. Foram muitos os momentos em que a vi preocupada e empenhada com a elaboração desse projeto tão caro a ela. Ouvinte ativa às críticas, sempre buscou ponderar, mas tinha em seu próprio corpo e história de vida a certeza da urgência deste projeto. Espero que, com essa lei, crianças tenham direito a um lugar seguro enquanto suas mães e pais trabalham e/ou estudam. Assim, Marielle seguirá construindo um mundo mais justo e igualitário e movimentando as estruturas dessa sociedade ainda tão patriarcal, misógina, machista e racista. [Monica Benicio]
Este livro apresenta a contribuição de Milton Santos à busca de uma teoria do espaço e da urbanização no Terceiro Mundo. O geógrafo considera que o fenômeno do subdesenvolvimento carece de um esforço de compreensão global, sem o qual a solução de problemas particulares é impossível. É um esforço original de interpretação sistemática e interdisciplinar da evolução econômica social, política e ao mesmo tempo geográfica do conjunto dos países do Terceiro Mundo. Valendo-se da análise de inúmeras variáveis, e apoiado num vasto elenco de exemplos baseados na África, América Latina e Ásia, o autor chega a interpretações próprias sobre o fenômeno complexo que é o subdesenvolvimento e suas repercussões na vida das populações a ele submetidas, sobretudo nos comportamentos espaciais e suas leis em uma situação de dependência.
O autor analisa a história dos movimentos utópicos surgidos durante anos, investigando por que falharam e o que as idéias que os sustentaram ainda têm a oferecer. Para ele podemos e devemos usar a força da imaginação utópica – o “utopismo dialético” - contra todos os que dizem que não existe alternativa. Ao mesmo tempo, Harvey reconduz nossa atenção para possíveis cenários nos quais o mundo do trabalho e das relações com a natureza seja mais eqüitativo. Dessa maneira o autor não deixa dúvidas a respeito da sua geografia da esperança.
O livro parte de um problema específico, que se situa no confronto entre a política mundial de guerra às drogas e o direito universal preconizado pelo SUS. Ao longo do livro analisou-se esse confronto a partir da tensão entre dois paradigmas: o paradigma da Abstinência e o paradigma da Redução de Danos. Os dois conceitos travam batalha ao longo do livro, ora no subsolo por meio dos problemas que os fundamentam, ora na superfície pelas redes que os sustentam. O problema específico entre o campo da saúde e a política de guerra as drogas se apoia num problema mais amplo e geral: de que forma o problema posto à vida dos usuários de drogas diz respeito a uma problemática mais geral das tecnologias de governo da vida? Situar, historicamente, a emergência do “dispositivo drogas” se tornou a estratégia para confrontar a racionalidade neoliberal a perspectiva dos territórios marginais, junto à população em situação de rua, ali onde o direito universal se confronta com toda violência da guerra às drogas.
Estigma é definido como um atributo negativo ou depreciativo, que torna o sujeito diferente, diminuído ou possuidor de uma desvantagem. Mas o problema vai além: o estigma é também um dos processos sociais que reduzem o acesso à saúde por parte dos indivíduos e grupos afetados. No caso da Aids e do sofrimento mental, o estigma é, reconhecidamente, um dos maiores empecilhos aos avanços das políticas e ações que buscam garantir os direitos de seus portadores à dignidade e à cidadania. Aprofundar a análise dessas questões é o objetivo desta coletânea, que reúne dez capítulos, assinados por autores brasileiros e norte-americanos. Eles fazem alertas sobre os meandros da estigmatização e as formas de eliminá-la, buscando conexões entre as pesquisas acadêmicas e as práticas dos serviços de saúde.
Acredito que o essencial é que não se considere mais a latência uma etapa de quase estancamento do desenvolvimento, e que se encontre nela, ao saber lê-los, não só os defeitos tão afamados da repressão que apaga as manifestações da sexualidade e do complexo de Édipo, mas também as modificações do que foi vivido anteriormente, as quais apontam, com a aquisição de novos mecanismos, o estabelecimento progressivo de um aparelho psíquico distinto...
A obra reúne alguns estudos, distribuídos em dez capítulos, sobre saúde, ambiente e trabalho, numa perspectiva qualitativa, trazendo para o centro da investigação a análise de narrativas dos sujeitos implicados no processo de trabalho. Os capítulos articulam a práxis social com a lógica causal das ciências biológicas, humanizadas pelos sentidos dos sujeitos envolvidos, além do diálogo com a análise ergonômica do trabalho, que adquire destaque no processo de adoecimento.
Escrevi este livro em menos de três semanas. Isto quer dizer que talvez fosse melhor não o ter publicado e pensar as coisas mais um pouco. Mas se ele chegou até você é porque mais alguém além de mim, inclusive a editora e alguns amigos que costumam me aconselhar bem, deve tê-lo achado interessante, divertido, oportuno ou que vale a pena, por algum motivo que não imagino qual seja. Há ocasiões em que acredito que essas linhas são muito individuais, que são apenas uma revolta minha, um desabafo diante do que está caindo, sem o menor interesse teórico, a não ser a necessidade que pode haver no movimento LGBTQ de compartilhar frustrações, raivas, ódios, a necessidade urgente de fazer algo, a sensação de esgotamento de nossos coletivos, dos dirigentes e das teses oficialistas, a certeza de que ficamos muito tempo no fundo do poço e de que as mudanças legais produzidas no nosso país vão sepultar, paralisar a nossa luta ou deixá-la a ver navios, em vez de potencializá-la e reativá-la.
A obra comenta as atuais marcas de uma época em mutação e a emergência de novos paradigmas, especialmente o ecossistêmico. Por um lado, o autor faz ver a decadência que se instalou em muitas áreas de nosso mundo, e por outro lado, demonstra um coletivo tanto de movimentos e pensadores quanto posturas científicas e holísticas que marcam um novo começo com base em uma postura mais ética.
O livro Ética Socioambiental, ao abordar e ter implicações sobre distintas áreas do conhecimento, envolve ciências sociais e humanas, em conjunto com outras ciências relacionadas com a complexidade e o entendimento das éticas e seus desafios. Trazendo conhecimentos e reflexões desenvolvidos e conduzidos por grupos de várias instituições do país e do exterior, as atenções deste livro estão distribuídas em três partes: Perspectivas teóricas para uma ética socioambiental; Não humanos na ética socioambiental; e Território, equidade e justiça ambiental.
Temos nós, consumidores, alguma parcela de responsabilidade ante a crise ambiental em que vivemos? Será através da mudança do nosso estilo de vida o caminho para se alcançar o florescimento do meio ambiente? Alguns indivíduos têm assumido o compromisso de mudar seus hábitos de consumo objetivando transformar a sociedade, por entenderem o âmbito do consumo como um espaço de ação política.
As autoras aqui reunidas, propondo-se a repensar suas práticas cotidianas à luz das leituras e trocas vivenciadas no grupo, buscam compreender e denunciar as maneiras pelas quais o racismo estrutural e sistêmico adoece pessoas e relações em todas as esferas da vida. Tecendo interlocuções com as ideias de Jacob Levy Moreno e o pensamento de intelectuais negros e negras, discorrem sobre letramento racial, branquitude, relações familiares afrocentradas, intersubjetividade, mulher negra, envelhecimento e negritude, entre outros temas. Suas reflexões ajudam a entender o psicodrama como uma abordagem psicossocial que tem o potencial de contribuir para a luta antirracista e a construção de relações mais saudáveis. Textos de: Adriana Cristina Dellagiustina, Adriane Rita Lobo, Caroline Batista Bettio, Daniela Aparecida Cardoso da Silva, Dayse Bispo Silva, Elenice Gomes, Evânia Maria Vieira, Luiza Lacerda de Oliveira, Luiza Martins Silva Guimarães, Maria Célia Malaquias, Maria Luiza Vasconcellos Barbosa, Maristela Paz Correa Felipe, Marli de Oliveira, Melissa Oliver Vidal, Rosana Maria de Sousa Rebouças, Silvana Monteiro Gondim, Sirlene Margarida Pedro, Soraia André César, Teresa Cristina Bignardi Gonçalves e Valéria Brito.
Filósofo trans e um dos maiores pensadores da atualidade, Paul Preciado desafia a psicanálise a se abrir às novas abordagens político-sexuais. Em novembro de 2019, Paul Preciado foi convidado a falar para 3.500 psicanalistas na Jornada Internacional da Escola da Causa Freudiana em Paris, cujo tema era “Mulheres na psicanálise”. Seu discurso se inspirou no emblemático Relatório a uma academia, de Franz Kafka, em que um macaco diz a uma assembleia de cientistas que a subjetividade humana é uma jaula como a que o aprisionou. A fala de Preciado provocou um abalo sísmico. O filósofo apresentou à plateia o dilema que, acredita ele, deve ser enfrentado pela psicanálise — seguir trabalhando com a velha epistemologia da diferença sexual e validar o regime patriarcal colonial que a sustenta, endossando e sendo também responsável pela violência que produz; ou abrir-se a um processo de crítica política das suas linguagens e práticas, e enfrentar a nova aliança necropolítica do patriarcado colonial e suas tecnologias farmacopornográficas.
A influência dos exercícios físicos na promoção da saúde, na prevenção e no tratamento de doenças é o foco deste livro. Os capítulos abordam temas diversos, incluindo a fisiologia, o metabolismo e a imunologia do exercício, além de analisar, por exemplo, os tipos de exercícios a serem enfatizados ou evitados em determinadas circunstâncias, bem como os efeitos esperados e os fatores de risco. O livro dispõe de seções sobre as condições cardiovasculares, metabólicas, respiratórias, neuromusculares e ortopédicas, além de tratar de ginecologia, obstetrícia, psiquiatria e neurologia. Esta obra vem tornar-se referência tanto para médicos como para educadores físicos, combinando conhecimentos de ambas as áreas. Autores: Profs. Drs. Mauro Vaisberg e Marco Túlio de Mello Prof. Dr. Mauro Vaisberg Especialista em Medicina Esportiva. Mestre em Imunologia pela Unifesp. Doutor em Reabilitação pela Unifesp. Médico Pesquisador da Disciplina Clínica Médica da Unifesp. Prof. Dr. Marco Túlio de Mello Especialista em Educação Física para Pessoas com Necessidades Especiais pela UFU. Doutor em Ciências/Psicobiologia pela Unifesp. Prof. Adjunto da Disciplina Medicina e Biologia do Sono da Unifesp. Livre-docente da Unicamp.
Leitura obrigatória para se compreender a complexidade da exploração sexual e seus modos de enfrentamento. O livro contribui para o debate das ciências sociais com a análise sobre os modos de conceituar o problema, suas ambiguidades e deslizamentos morais. Apresenta também a diversidade de experiências de enfrentamento em distintos territórios ? cidades de fronteiras, da região amazônica, turísticas, ligadas à exploração do petróleo e rodovias.
Fabulosas conta as histórias de mais de trinta pessoas LGBTQIAP+ que deixaram e deixam uma marca no Brasil, por meio de sua arte, sua vida e sua luta. Os leitores vão conhecer personagens fascinantes e descobrir peculiaridades como o percurso enfrentado até o primeiro beijo gay na TV brasileira e o significado dos principais termos do pajubá. Você certamente já ouviu falar de Laerte. E de Caio Fernando Abreu, de Marielle Franco, de Linn da Quebrada. Mas e Felipa de Souza? E Luiz Delgado? Muito antes de os movimentos LGBTQIAP+ se articularem e conseguirem suas primeiras vitórias, já havia brasileires lutando pelo direito de viver sua sexualidade e seu gênero de maneira livre.
Há 20 anos Isabel da Silva Kahn Marin dedica-se ao trabalho na área da infância em um recorte que prioriza o pensar e o fazer em relação àquelas crianças que vivem alguma condição de vulnerabilidade - o abandono, a vitimização, a privação temporária ou permanente do convívio familiar, a institucionalização provisória ou não.
Em 2017, Vera Iaconelli aceitou o desafio de traduzir o cotidiano a partir do referencial psicanalítico. Desde então, os artigos publicados periodicamente na Folha de S.Paulo exploram diversas camadas da sociedade contemporânea através de temas como relações afetivas, feminismo, masculinidade, educação, sexo e política, além, claro, de parentalidade. Uma abordagem fluida e consistente que foi inevitavelmente marcada por dois eventos de grande impacto social: o fortalecimento de tendências autoritárias, com a ascensão de Bolsonaro, e a eclosão de uma pandemia global. Seguindo o fio dos acontecimentos que marcaram ―e marcam ―nossa época, esta coletânea reúne algumas das reflexões relacionadas àpremissa de que o sofrimento ordinário épermeado de felicidade ordinária, episódica e fugaz. Em uma alentada introdução inédita, a autora reflete sobre as contribuições singulares da psicanálise para o enfrentamento das questões contemporâneas que marcam nosso dia a dia.
Como é possível que relações familiares permeadas de amor e consanguinidade sejam também violentas e repressoras do ponto de vista racial? Em um país onde um terço das relações matrimoniais se dá entre pessoas que se autoclassificam como sendo de raças diferentes, responder a essa pergunta é tarefa urgente para o avanço do combate ao racismo. Ao indagar se vínculos afetivos em famílias inter-raciais podem amenizar ou desconstruir o ideário racista nos indivíduos, Lia Vainer Schucman percebe que a raça não atua apenas como elemento organizador, mas também como uma categoria geradora de dinâmicas, discursos, conflitos e hierarquias intrafamiliares. É o caso, por exemplo, dos Alves: apesar de João se considerar negro, Valéria não reconhece a identificação do filho, negando a origem e a presença da negritude na família. Assim, a mãe reproduz e legitima o racismo no qual foi socializada, ainda que haja amor em sua relação. Além desta, mais quatro famílias oferecem relatos comoventes e deixam entrever ora um profundo sofrimento, ora lampejos de consciência racial ativa e coletiva, demonstrando que o espaço familiar pode tanto ser um lugar de enfrentamento da violência, como de sua perpetuação. Das entrevistas também emergem conceitos muito debatidos nos estudos sociológicos e na antropologia — as máscaras brancas de Fanon, a dupla consciência de Du Bois — que, aliados à abordagem psicossocial de Schucman, permitem compreender não só a sociedade brasileira, embasada no mito da democracia racial, como a ideologia do embranquecimento e os impactos disso na subjetividade das pessoas. Vê-se também a dificuldade de classificação racial e o lugar de fluidez do mestiço, este que raras vezes tem sua subjetividade pesquisada. Famílias inter-raciais é um estudo corajoso e acessível por sua linguagem e sensibilidade. Ao abrir a porta da casa de cada família, escancara o que no debate público já há muitos anos se diz: a formulação de mais estratégias de enfrentamento ao racismo é fundamental para combater a desigualdade e a crise social no Brasil.
Ancorada no pensamento crítico feminista brasileiro e no feminismo materialista francófono, reivindica a categoria relações sociais de sexo (e não a de gênero) para fundamentar a materialidade da exploração e da dominação das mulheres - e a contradição, o antagonismo e o conflito que implicam. Dimensões frequentemente banidas do debate teórico pelo predomínio das análises funcionalistas liberais ou culturais da pós-modernidade. Unindo densidade teoria e leveza na escrita, esta obra abre-se a leitoras e leitores com breves e longos percursos de formação.
Livro que se propões a analisar os novos desafios teóricos, éticos e políticos para o feminismo no campo da reprodução, dos direitos e do enfrentamento à mercantilização do corpo e da vida das mulheres.
Personagens fundamentais do feminismo brasileiro, Branca Moreira Alves e Jacqueline Pitanguy recuperam a história dos movimentos e articulações feministas no país, a partir das memórias de mulheres que estavam à frente dessas lutas entre os anos 1970 e 1990, período determinante para o avanço dos direitos das mulheres no Brasil. Dos séculos de dominação patriarcal aos bastidores das articulações políticas nacionais, as autoras narram uma história de luta fundamental e até hoje não contada, revelando o pioneirismo das mulheres, ainda pouco reconhecido entre nós e que abriu caminhos para as lutas contemporâneas.
Aqui o feminismo não é apenas mais uma teoria defendida na universidade, nem uma trincheira de políticos em busca de votos. Marli Gonçalves, combatente de primeira hora, sai uma vez mais em campo para ajudar mulheres e homens a praticar o feminismo, a lutar por uma sociedade mais justa. Marli foge dos teóricos da moda, assim como do(a)s político(a)s oportunistas. O feminismo que prega é o vivido, não apenas o pensado. Este livro é o presente ideal para mulheres e homens que queiram – ou precisem – aprender o que é mesmo esse tal de feminismo...
Com organização de Henrique Marques Samyn e Lina Arao, Feminismos Dissidentes reúne quatorze artigos que questionam a cor e a classe do feminismo hegemônico. O livro reúne textos produzidos por representantes de feminismos dissidentes, tematizando demandas de mulheres negras, amarelas, romani/"ciganas" e amazônicas; vocalizando pautas de lésbicas, transexuais e travestis; abordando questões caras a grupos excluídos e invisibilizados – mães pobres, mulheres gordas, trabalhadoras sexuais e praticantes de BDSM; e trazendo discussões de pesquisadoras brancas que questionam o lugar da própria branquitude nos movimentos feministas. Uma leitura essencial para quem quer questionar e refletir sobre as perspectivas interseccionais e os feminismos contra-hegemônicos.
Como ampliar os direitos das brasileiras, contando com o apoio de mais mulheres, de diferentes vertentes políticas? Em um momento de extremo embate, com o governo mais conservador desde a redemocratização e em meio a inúmeras investidas para retroceder direitos conquistados ao longo dos anos, essas são questões latentes. Nesta obra, as pesquisadoras Beatriz Della Costa, Camila Rocha e Esther Solano apresentam uma minuciosa pesquisa feita com mulheres de vários espectros sociais e ideológicos para entender consensos e dissensos no que diz respeito ao feminismo e aos direitos das mulheres hoje. Uma pesquisa quantitativa realizada pelo instituto Big Data complementa a obra, que traz uma espécie de guia de ação política para conversas com mulheres que se denominam conservadoras, com o propósito de encontrar valores básicos que unam mulheres de campos políticos diferentes e assim construir uma agenda em comum para todas as brasileiras. “A despeito de suas muitas diferenças, praticamente todas aquelas com quem conversamos almejavam ser mulheres empoderadas. Todas afirmavam que o machismo as prejudicava em seu cotidiano e desejavam ser autônomas, independentes dos homens tanto material como emocionalmente, e livres para alcançar seus objetivos de vida. A grande diferença que separa as mulheres que se identificam como conservadoras das demais é a importância que as primeiras conferem ao papel desempenhado pela mulher dentro da família e à harmonia do lar; é fato, porém, que todas ressaltam a importância de políticas públicas que permitam que as mulheres conciliem o trabalho fora de casa e o cuidado com a família.”
Neste ensaio inédito, baseado em larga pesquisa e em uma série de entrevistas, Heloisa Buarque de Hollanda analisa o papel das mulheres em campos chave da cultura brasileira, como a literatura, o cinema novo e a MPB, entre os anos 1950 e 1980, evidenciando atuações pioneiras de artistas que fizeram o feminismo avançar, mesmo sem, muitas vezes, se dar conta dessa fundamental atuação. São nomes como Elis Regina, Leci Brandão, Rita Lee e Joyce Moreno; Carmen da Silva, Carolina Maria de Jesus, Ana Cristina Cesar, Marina Colasanti e Marilene Felinto; Adélia Sampaio, Helena Solberg, Vera Figueiredo, Eunice Gutman e muitas outras que têm seu pioneirismo analisado com o olhar afiado e o texto saboroso de Heloisa.
Após mais de três décadas de sua produção original, o livro Festas populares no Brasil, de Lélia Gonzalez, chega às livrarias de todo o país pela editora Boitempo. Trata-se do único livro que a pensadora, acadêmica e militante do movimento negro brasileiro, publicou em vida exclusivamente como autora. Escrita em 1987, a obra apresenta registros fotográficos de festas populares do Brasil de norte a sul com textos informativos que apresentam as marcas da herança africana na cultura brasileira, a integração entre o profano e o sagrado e a reinvenção das tradições religiosas na formação do imaginário cultural brasileiro.
Nos últimos anos, assistimos a uma explosão de protestos pelo mundo contra a brutalidade e repressão policial. Entre ativistas, jornalistas e políticos, a conversa sobre como melhorar o policiamento tem se concentrado na responsabilidade, diversidade, treinamento e melhores relações com a comunidade. Infelizmente, essas reformas não produzirão os resultados esperados. O cerne do problema deve ser abordado: a natureza do próprio policiamento moderno. A militarização na aplicação da lei e a dramática expansão do papel da polícia nos últimos 40 anos criaram uma lógica perversa que deve ser revertida. Este livro tenta despertar a discussão pública, revelando as origens contaminadas do policiamento moderno como uma ferramenta de controle social. Mostra como a expansão da autoridade policial é inconsistente com o empoderamento das comunidades, a justiça social e até mesmo a segurança pública. Com base em pesquisas inéditas no mundo todo e cobrindo praticamente todas as áreas nesta gama cada vez mais ampla de trabalho policial, Alex Vitale demonstra como a aplicação da lei veio exacerbando os próprios problemas que deveria resolver.
Qual o papel desempenhado pelo sexo na política? A partir desta questão, a psicanalista Maíra Marcondes Moreira argumenta como a diferença sexual se relaciona com os moldes de reconhecimento nas democracias liberais, e apresenta o que seriam uma Política do Masculino e uma Política do Feminino. Para ela, precisamos, mais do que nunca, de uma política sexual anticapitalista, em que os sujeitos não tenham uma relação corpórea consigo mesmos e com terceiros em decorrência de seus predicados, atributos e marcadores sociais. Despojados de uma relação em que presumem ser e ter um corpo, despossuídos do princípio identitário do qual são acusados, a autora mostra que é possível construir outra política para além da receita de bolo identidade, unidade e universalidade.
Nesse conjunto de ensaios, Luiz Antonio Simas e Luiz Rufino propõem uma interpretação do Brasil a partir do conhecimento acumulado na macumba e em outros saberes populares. Para os autores: “No Brasil terreiro, os tambores são autoridades, têm bocas, falam e comem. A rua e o mercado são caminhos formativos onde se tecem aprendizagens nas múltiplas formas de trocas. A mata é morada, por lá vivem ancestrais encarnados em mangueiras, cipós e gameleiras. Nos olhos d’água repousam jovens moças, nas conchas e grãos de areia vadeiam meninos levados. Nas campinas e nos sertões correm homens valentes que tangem boiadas. As curas se dão por baforadas de fumaça pitadas nos cachimbos, por benzeduras com raminhos de arruda e rezas grifadas na semântica dos rosários. As encruzilhadas e suas esquinas são campos de possibilidade, lá a gargalhada debocha e reinventa a vida, o passo enviesado é a astúcia do corpo que dribla a vigilância do pecado. O sacrifício ritualiza o alimento, morre-se para se renascer. O solo do terreiro Brasil é assentamento, é o lugar onde está plantado o axé, chão que reverbera vida”.
Neste livro foi enfocado o processo de formação e a atuação de agentes comunitários, por meio de um programa no qual mulheres de uma comunidade de nível socioeconômico baixo foram ensinadas a atuar como agentes comunitárias. Este trabalho descreve com detalhes todos os passos inerentes ao planejamento de ensino, à formulação e aplicação do programa, ao acompanhamento e à avaliação da atuação dessas agentes da comunidade.
No Brasil, o envelhecimento populacional acelerado gerou a necessidade de rápido aprimoramento profissional entre os que cuidam da saúde de idosos. O conhecimento especializado do fazer geriátrico e gerontológico é a base para todos aqueles que ingressam nesse campo de atuação.
O agro, o que é? Neste livro essencial para a compreensão do Brasil contemporâneo, Caio Pompeia esquadrinha os meandros políticos do autoproclamado setor mais importante da economia nacional. Desde a origem do conceito de agribusiness na Universidade Harvard, na década de 1950 logo utilizado como frente de expansão imperialista pelos Estados Unidos , até os primeiros anos do governo Jair Bolsonaro, passando pelas disputas internas entre entidades que representam o agronegócio brasileiro dentro e fora das fazendas, o autor explica em detalhes, dando nome aos bois, como o agro adentrou o Estado e impôs sua agenda ao país, com sucessivos intentos de passar o trator sobre a reforma agrária, os direitos indígenas, a preservação do meio ambiente e a vontade das urnas.
O livro apresenta a dura realidade dos idosos encarcerados no Rio de Janeiro, tema de pesquisa conduzida pelas autoras no Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/Fiocruz). O grupo de pesquisadores orientado por Minayo e Constantino mapeou o perfil físico e mental dessa população, suas condições de vida e expectativas futuras. O estudo revela as más condições enfrentadas pelos idosos nas prisões, bem como oferece reflexões e sugestões para melhorar o sistema penitenciário, ainda pouco preparado para lidar com essa parcela da população.
“Não há um único homem sob a abóbada celeste que não saiba que a escravidão é errada para si mesmo.” Frederick Douglass “Frederick Douglass é um dos homens cuja trajetória pode ser classificada como uma das mais impressionantes da história mundial. É importante ressaltar que Douglass não é apenas um personagem cuja relevância se reduz à história dos Estados Unidos. Trata-se de um homem cujas ideias e ações possibilitaram uma maior compreensão do mundo em que hoje vivemos e que deixou relatos que nos permitem assistir a como funcionavam as sociedades escravocratas.
Por que ler Fanon? Por que ler Fanon no Brasil? Por onde começar a ler Fanon? Afinal, ele é anticolonial, decolonial, pós-colonial ou marxista? Quais foram suas contribuições para se pensar as relações entre sociedade e psique? Essas perguntas são algumas das linhas de força que organizam Frantz Fanon e as encruzilhadas: teoria, política e subjetividade, de Deivison Faustino, um dos maiores estudiosos do racismo, do movimento de negritude e da produção intelectual negra no Brasil contemporâneo, e o maior especialista na obra de Fanon no Brasil. Neste livro, Faustino oferece uma reflexão ao mesmo tempo rigorosa e fecunda sobre a obra do psiquiatra e revolucionário martinicano, responsável por um trabalho pioneiro sobre a experiência negra na América Latina e no Caribe afrodiaspóricos, e sobretudo sobre a dimensão psicológica do racismo. Em linguagem límpida e envolvente, o livro começa apresentando a obra de Fanon, seus conceitos centrais, suas principais influências teóricas, integrando seu pensamento à sua biografia. Em seguida, traça uma genealogia da recepção de sua obra no mundo e no Brasil, mostrando como sua obra foi ignorada, lida ou apropriada por diferentes leitores, de figuras centrais da crítica europeia como Jean-Paul Sartre, Homi K. Bhabha e Slavoj Zizek aos pensadores africanos e afrodiaspóricos da negritude, bem como por intelectuais brasileiros como Paulo Freire, Lélia Gonzalez, Glauber Rocha, Florestan Fernandes, Neusa Santos Souza e Clóvis Moura. Ao destrinchar os conceitos da obra fanoniana, tomando o cuidado de situá-los histórica, teórica e biograficamente, Faustino demonstra como sua articulação resultou na criação de uma constelação própria, gestada na encruzilhada de uma série de correntes intelectuais ocidentais com a situação específica des negres no Sul Global – constelação essa que continua reverberando, e com força. Frantz Fanon e as encruzilhadas é para todos os leitores que buscam uma introdução e um aprofundamento na obra de Fanon, conhecendo suas bases e as repercussões da obra no mundo. No final do livro o autor oferece um guia de onde encontrar diferentes temas na obra fanoniana.
Esta obra visa apresentar e discutir o processo de transformação da Gestão Ambiental e a sua aplicabilidade nas organizações contemporâneas. A opção pelo tema Fundamentos da Gestão Ambiental justifica-se pelo interesse em desenvolver um livro que apresentasse, de forma clara, simples e objetiva, os fundamentos da Gestão Ambiental, de maneira que ele pudesse servir de subsídio para a aprendizagem de alunos de graduação e pós-graduação das mais variadas áreas do conhecimento. Procuramos apresentar os principais aspectos históricos e contemporâneos da Gestão Ambiental, bem como algumas reflexões sobre a aplicabilidade de seus conhecimentos no dia-a-dia da sociedade em geral, e nas organizações em específico. Este projeto editorial surgiu com o intuito de ser um instrumento auxiliar para pesquisadores, docentes, alunos universitários e profissionais que atuam na área da Gestão Ambiental. Desta forma, espera-se que as reflexões apresentadas na obra reflexões estas que se entrecruzam em torno da temática ‘’Gestão Ambiental’’ possam trazer contribuições teóricas aos profissionais da área.
Nesta nova coleção de textos, Ailton Krenak nos provoca com a radicalidade de seu pensamento insurgente, que demove o senso comum e invoca o maravilhamento. A ideia de futuro por vezes nos assombra com cenários apocalípticos. Por outras, ela se apresenta como possibilidade de redenção, como se todos os problemas do presente pudessem ser magicamente resolvidos depois. Em ambos os casos, as ilusões nos afastam do que está ao nosso redor. Nesta nova coleção de textos, produzidos entre 2020 e 2021, Ailton Krenak nos provoca com a radicalidade de seu pensamento insurgente, que demove o senso comum e invoca o maravilhamento. Diz ele: “Os rios, esses seres que sempre habitaram os mundos em diferentes formas, são quem me sugerem que, se há futuro a ser cogitado, esse futuro é ancestral, porque já estava aqui.” “Ailton Krenak é um filósofo originário: desentranha do pensamento indígena uma forma que os ocidentais se habituaram a reconhecer como filosofia’ e a confronta, à medida que também a aproxima, com os modos especulativos europeus e outras cosmovisões tradicionais.” — Muniz Sodré
Este livro é resultado de uma mobilização intensa da sociedade civil organizada, em resposta às tentativas do parlamento brasileiro de liberar atividades econômicas na Amazônia sem consulta prévia à sociedade e aos povos afetados, violando, assim, direitos constitucionais e acordos internacionais. Com a participação de pesquisadores, professores universitários, juristas, representantes do Ministério Público Federal, de organizações da sociedade civil de interesse público e organizações não governamentais, assim como de lideranças indígenas e comunitárias, buscou-se sistematizar diferentes olhares acerca das consequências reais e potenciais de projetos de lei em tramitação no congresso nacional sobre a saúde das populações do campo, da floresta e das águas e sobre o ecossistema amazônico. Visando compartilhar com a sociedade nacional evidências que revelam a gravidade dos impactos provocados à saúde e à organização social das populações tradicionais que vivem na Amazônia, bem como os danos provocados pela expansão econômica desenfreada sobre a região e suas consequências para a manutenção da vida no planeta, o grupo de pesquisa "Ambiente, Diversidade e Saúde" da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) organizou esta coletânea chamando atenção para as ameaças que pairam sobre as futuras gerações no Brasil e no mundo.
Se durante muito tempo certa fixidez normativa entre sexo, gênero e parentalidade permaneceu inquestionada, a partir da leitura deste livro, a potência de uma análise plural, interseccional e implicada sobre a temática ganha novo fôlego. Apoiados tanto em uma leitura rigorosa da subversão que marca a psicanálise quanto nos desafios impostos pela tensão entre estrutura, história e poder, os textos que compõem este volume têm o mérito de encontrar sua unidade na produção teórica, clínica e ética de suas diferenças.
De Que Maneira O Feminismo Mudou A Ciêncian A Produção Científica Permanece Sendo Uma Área Essencialmente Masculinan Este Livro Reflete Estas Questões, Preocupando-Se Com A “Feminização” Da Ciência Nas Academias Brasileiras. A Obra Apresenta Artigos De Várias Pesquisadoras Interessadas Em Ciências Humanas E No Feminismo, Que Tratam De Temas Como A Exclusão Das Mulheres Na Medicina, A Trajetória Profissional Feminina Na Matemática E Um Enfoque Interseccional Sobre O Perfil Dos(As) Estudantes Dos Cursos De Medicina No Nordeste E No Sul Do Brasil.
Este livro tem o caráter de "introdução aos estudos de gênero". Apresenta conceitos e teorias recentes no campo dos estudos feministas e suas relações com a educação. Estuda as relações do gênero com a sexualidade, as redes do poder, raça, classe, a busca de diferenciação e identificação pessoal e suas implicações com as práticas educativas atuais. Tanto serve de material para estudantes como para professoras/es, como incentivo amplo à iniciativa feminista e de outros grupos.
Uma criança que nasce cega não se sabe cega. Ela sente, interage, aprecia o mundo e (res)significa-o por meio dos outros sentidos que a constituem. É apenas no contato com o outro, ao se encontrar imersa na cultura visiocêntrica, que ela apreende a noção de falta. Uma falta que se apresenta na sociedade, pouco capaz (ainda) de proporcionar acesso e acessibilidade a todas as pessoas. A falta é social. A inclusão é urgente. No contexto escolar, em uma perspectiva de educação para todos, cabe à escola e ao professor compreenderem as demandas e potencialidades dos alunos, a fim de empreenderem ações que contribuam para um ambiente e um processo de ensino e aprendizagem que propiciem o desenvolvimento dos estudantes. Em se tratando do ensino de Língua Portuguesa, é preciso ampliar as experiências com práticas de linguagens, trabalhando-se com a diversidade de gêneros textuais que circulam socialmente, eliminando-se as barreiras comunicacionais no que tange à pessoa com deficiência visual. Nesse sentido, este livro se propõe a compartilhar saberes e práticas docentes constituídos a partir da pesquisa e de vivências no ensino para estudantes cegos e com baixa visão no âmbito da leitura e produção textual.
A necessidade de debates qualificados sobre as articulações entre gênero e saúde se impõe como tarefa cada vez mais urgente diante das muitas desigualdades sociais em saúde que se evidenciaram no contexto da pandemia de Covid-19. Em meio a esse desafio, a Editora Fiocruz lança Gênero e Saúde: uma articulação necessária , título que integra a coleção Temas em Saúde. Escrito por Elaine Reis Brandão e Fernanda de Carvalho Vecchi Alzuguir, o livro reúne reflexões acumuladas pelas autoras em suas experiências de ensino, pesquisa e extensão sobre a temática de gênero, na área da saúde coletiva. "Nós apresentamos a problemática de gênero como modo de organização da vida social e enfocamos seu impacto sobre os processos de saúde e doença em diversos grupos sociais", resume Fernanda Vecchi. Para abordar o tema, as pesquisadoras citam implicações do gênero na saúde que a pandemia tornou ainda mais explícitas. Uma das principais é a sobrecarga feminina sem precedentes em relação à questão do cuidado, gerando esgotamento físico, mental, abandono de postos de trabalho, desemprego e adoecimento. Dessa forma, o volume se propõe a dialogar com pesquisadores, estudantes, profissionais de saúde, gestores públicos, ativistas de movimentos sociais organizados e com o público em geral interessado no debate sobre gênero e saúde. Em cinco capítulos, a obra se desenvolve apresentando "os íntimos entrelaçamentos entre os estudos históricos, sociológicos e antropológicos sobre gênero, os estudos sociais da ciência e tecnologia e o campo da saúde, que foram se consolidando ao longo da segunda metade do século XX até o presente", conforme afirmam as professoras.
Este Livro Nasce De Um Truco. O Autor, Chris Van Tulleken, Duvidou Da Hipótese Formulada Pelo Brasileiro Carlos Monteiro. O Médico Britânico Entendia Ser Inviável Que Um Grupo Específico De Produtos Alimentícios Os Ultraprocessados Pudesse Ser Responsabilizado Pela Explosão Global Dos Índices De Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Gente Ultraprocessada É, Então, A História De Um Fracasso Pessoal Que Van Tulleken Compartilha Conosco, Com Transparência E Sem Mágoa.
O Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS), localizado no município de Ipojuca PE apresenta uma variedade de atividades capazes de interferir na sanidade dos corpos aquáticos receptores e de seus sedimentos ativos. O monitoramento das atividades portuárias, industriais e de infra-estrutura pode ser elaborado através do estudo da qualidade dos sedimentos dos corpos aquáticos próximos, como o Rio Tatuoca, cuja bacia hidrográfica está incluída nos limites da zona industrial do CIPS, podendo desta forma indicar a distribuição dos metais ali depositados e seus eventuais impactos.
Quando Geografia da fome foi publicado pela primeira vez, em 1946, o país passava pelo processo de redemocratização e tentava enfrentar suas fraturas mais evidentes. Decorridos mais de setenta anos, é doloroso notar como elas se aprofundaram. O autor denuncia a fome coletiva como um fenômeno social presente em todos os continentes, com foco no Brasil. E defende que ela é decorrente dos sistemas econômicos e sociais, não de condições climáticas.
A urgência de uma Geografia crítica e radical advém tanto das necessidades concretas impostas pela crise do mundo moderno, quanto de uma crise teórica que se restringe a um pensamento que simplifica a compreensão da realidade.Esta obra espelha a produção de um conhecimento a partir da Geografia do urbano: é um dos resultados da construção coletiva de um método alcançado pela reflexão de um grupo de estudiosos que se propõe a pensar a realidade a partir do espaço socialmente produzido. Ao rejeitar modelos simplistas, os autores apresentam um retorno ao pensamento crítico que busca compreender a complexidade do real em sua totalidade.Esta obra se opõe, assim, às estéreis padronizações do pensamento e à repetição infindável de fórmulas preconcebidas, alimentando e incentivando o debate coletivo, para além dos muros da academia.
A ideia principal desta publicação é a de fazer com que os leitores, de qualquer idade, tenham um envelhecimento com autonomia, independente, sem incapacidades e com uma boa saúde física e mental. Estou muito honrado em fazer a apresentação deste livro escrito pelo meu mestre, exemplo de integridade acadêmica e profissional, que, aos 88 anos de idade, coloca à disposição da comunidade brasileira todo seu conhecimento, colaborando para que a população consiga uma velhice mais útil, mais feliz, com mais esperança e vontade de viver. Prof. Newton Luiz Terra Diretor do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS
"O técnico ambiental tem que ser fortalecido em informação e conhecimento. A questão ambiental é extremamente dinâmica e diversa no que diz respeito à regulação e fiscalização, um dos vários motivos para merecer atenção especial, principalmente hoje em dia. "Os tempos são difíceis, confusos. Mas nós evoluímos muito nos instrumentos de controle ambiental. Não podemos perder espaço, perder credibilidade".
Elaborado com o objetivo de discutir a escassez e a má qualidade em quase todas as águas interiores do planeta, bem como auxiliar na busca de soluções, esta obra inicia abordando a importância ambiental das reservas de água doce e resume os principais problemas por elas enfrentados. A seguir, são discutidas alternativas para superar a atual crise das águas – com destaque para as vertentes educação, ciência, tecnologia e governança –, encerrando com um alerta sobre como seria nosso futuro sem o equilíbrio e a abundância de recursos que tivemos nas últimas décadas. Concebido para ser um instrumento de motivação voltado à mudança de comportamento de amplos segmentos da sociedade, esta obra será útil a estudantes universitários, tomadores de decisão locais ou regionais, docentes do ensino médio e superior, empresários e gestores ambientais de empresas e organizações não governamentais preocupados com a melhor gestão de nossos recursos hídricos.
Este livro surgiu do reconhecimento desse fenômeno e da tentativa de examiná-la mediante estudos caso que, contudo, fossem pensados em um quadro não casual e não casuístico. Temos aqui quatro artigos, sobre Nepal, Zimbábue, Polônia e Brasil. Quatro países, em quatro continentes.
Visa contribuir com a epistemologia cívica para o amadurecimento da democracia participativa brasileira, caminho único e necessário para a governança climática, perspectiva intrínseca ao Estado Democrático de Direito Ambiental.
Como o Estado administra não só a vida como também a morte de determinados cidadãos? De que maneira o desaparecimento de pessoas e corpos se constitui como um mecanismo em contínuo funcionamento? De quem são os cadáveres que o Estado não quer nomear? Essas são algumas das questões que o filósofo e psicanalista Fábio Luís Franco levanta ao desenvolver uma análise do processo de produção, normatização e apagamento sistemáticos da morte, com foco na atuação de forças do Estado. Tendo como base o conceito do filósofo camaronês Achile Mbembe de necropolítica, Franco recupera nas guerras coloniais os mecanismos de contrainsurreição que foram legados aos generais das ditaduras latinoamericanas e fizeram do desaparecimento um método de repressão. Mas esse não é um fenômeno de "exceção" durante a ditadura, ao contrário, como mostra Franco, ele está entranhado na estrutura governamental do Brasil, presente nas mais diversas estratégias que tornam o desaparecimento um modo de governar.
Compreender, a partir de abordagem respeitosa, os elementos que cercam o fenômeno da gestação adolescente no Brasil, desvinculando o tema de discursos moralizantes ou que culpabilizem as mulheres. É com esse intuito que a Editora Fiocruz lança Gravidez na Adolescência: entre fatos e estereótipos, livro que integra a coleção Temas em Saúde.
A obra conta a história de Sônia Guajajara, indígena nascida no estado do Maranhão, que se destaca por sua luta contra a destruição do meio ambiente, o massacre dos povos indígenas, as injustiças sociais no mundo contemporâneo e o machismo.
O relato de como um jovem nascido na periferia de São Paulo superou o racismo e a homofobia para lutar pelos próprios direitos — e de muitos outros como ele —, acompanhado de diversas entrevistas com personalidades LGBTQIA+. Samuel Gomes teve uma infância parecida com a de vários outros meninos nascidos na periferia das grandes cidades brasileiras: dividia o quintal de sua casa com muitos parentes, estudava em uma escola do bairro e via seus pais batalharem para dar um futuro melhor a ele e à sua irmã. Porém, logo começou a perceber que era diferente daqueles que o cercavam: ele sentia atração por outros meninos. Assim, o medo de ser quem é foi um fio condutor do seu amadurecimento, ainda mais por ser negro e fazer parte de uma família extremamente evangélica. Além das várias situações de racismo e discriminação que teve que enfrentar, tinha a Igreja, que não era apenas um lugar que frequentava aos domingos com sua família, mas sim uma instância onipresente em sua vida, que ditava seu modo de vestir, de se comportar, de pensar e de viver. Foram longos anos até que pudesse entender que a vida não precisava se resumir à realidade em que nasceu, e que o que sentia não era errado nem “anormal”. Sua luta por estudo, autodescoberta e autoaceitação é narrada neste livro, junto a reflexões que ele tece sobre ser um homem negro e homossexual no Brasil. Além da história de Samuca, o livro conta com entrevistas que ele fez com personalidades LGBTQIA+ brasileiras, que abriram seus armários e compartilharam suas trajetórias para fora deles. "Samuel Gomes contém em si multidões. Neste livro, o escritor desnuda todos as camadas do que significa ser um homem negro, gay, de família evangélica no Brasil de hoje. Samuel nos permite, por meio de sua história contada em primeira pessoa, conhecer o humano por trás de tudo que ele guardou em seu armário. Engana-se quem espera deste livro uma história ou de uma vítima, ou de um herói: Samuel humaniza a si e a tantos outros e outras que entrevista neste livro ao contar a história mais comum de todas: a luta para ser feliz. Amor, família, autoaceitação, ativismo, risos e choros: estão todos aqui. Samuel nos lembra, por meio deste livro, que não estamos sós. Nunca estivemos." — Thiago Amparo
A Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) é um tema que vem obtendo destaque no debate nacional. Várias iniciativas, governamentais e não governamentais, vêm sendo colocadas em prática para promover a garantia do direito humano à alimentação e da soberania alimentar dos brasileiros. Essas iniciativas contribuíram para que o país deixasse de participar do mapa da fome da Organização das Nações Unidas, fato inédito que orgulha a todos os que estudam e militam nessa área. Porém, a sociedade brasileira ainda não está livre de situações que vulnerabilizam seus cidadãos, colocando-os em situação de insegurança alimentar e nutricional. Dentro desse contexto, o Guia de Segurança Alimentar e Nutricional constitui um instrumento que auxilia os leitores a desenvolver atividades educativas. Inclui aspectos teóricos e práticos, orientando o desenvolvimento de ações de forma participativa. Embora o livro apresente exemplos desenvolvidos em comunidades com vulnerabilidade social, seu conteúdo não se restringe a esse ambiente/território, podendo ser aplicado em outras situações e contextos em que se deseja desenvolver ações com os mesmos objetivos.