Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
O agro, o que é? Neste livro essencial para a compreensão do Brasil contemporâneo, Caio Pompeia esquadrinha os meandros políticos do autoproclamado setor mais importante da economia nacional. Desde a origem do conceito de agribusiness na Universidade Harvard, na década de 1950 logo utilizado como frente de expansão imperialista pelos Estados Unidos , até os primeiros anos do governo Jair Bolsonaro, passando pelas disputas internas entre entidades que representam o agronegócio brasileiro dentro e fora das fazendas, o autor explica em detalhes, dando nome aos bois, como o agro adentrou o Estado e impôs sua agenda ao país, com sucessivos intentos de passar o trator sobre a reforma agrária, os direitos indígenas, a preservação do meio ambiente e a vontade das urnas.
O livro apresenta a dura realidade dos idosos encarcerados no Rio de Janeiro, tema de pesquisa conduzida pelas autoras no Departamento de Estudos sobre Violência e Saúde Jorge Careli (Claves/Fiocruz). O grupo de pesquisadores orientado por Minayo e Constantino mapeou o perfil físico e mental dessa população, suas condições de vida e expectativas futuras. O estudo revela as más condições enfrentadas pelos idosos nas prisões, bem como oferece reflexões e sugestões para melhorar o sistema penitenciário, ainda pouco preparado para lidar com essa parcela da população.
“Não há um único homem sob a abóbada celeste que não saiba que a escravidão é errada para si mesmo.” Frederick Douglass “Frederick Douglass é um dos homens cuja trajetória pode ser classificada como uma das mais impressionantes da história mundial. É importante ressaltar que Douglass não é apenas um personagem cuja relevância se reduz à história dos Estados Unidos. Trata-se de um homem cujas ideias e ações possibilitaram uma maior compreensão do mundo em que hoje vivemos e que deixou relatos que nos permitem assistir a como funcionavam as sociedades escravocratas.
Por que ler Fanon? Por que ler Fanon no Brasil? Por onde começar a ler Fanon? Afinal, ele é anticolonial, decolonial, pós-colonial ou marxista? Quais foram suas contribuições para se pensar as relações entre sociedade e psique? Essas perguntas são algumas das linhas de força que organizam Frantz Fanon e as encruzilhadas: teoria, política e subjetividade, de Deivison Faustino, um dos maiores estudiosos do racismo, do movimento de negritude e da produção intelectual negra no Brasil contemporâneo, e o maior especialista na obra de Fanon no Brasil. Neste livro, Faustino oferece uma reflexão ao mesmo tempo rigorosa e fecunda sobre a obra do psiquiatra e revolucionário martinicano, responsável por um trabalho pioneiro sobre a experiência negra na América Latina e no Caribe afrodiaspóricos, e sobretudo sobre a dimensão psicológica do racismo. Em linguagem límpida e envolvente, o livro começa apresentando a obra de Fanon, seus conceitos centrais, suas principais influências teóricas, integrando seu pensamento à sua biografia. Em seguida, traça uma genealogia da recepção de sua obra no mundo e no Brasil, mostrando como sua obra foi ignorada, lida ou apropriada por diferentes leitores, de figuras centrais da crítica europeia como Jean-Paul Sartre, Homi K. Bhabha e Slavoj Zizek aos pensadores africanos e afrodiaspóricos da negritude, bem como por intelectuais brasileiros como Paulo Freire, Lélia Gonzalez, Glauber Rocha, Florestan Fernandes, Neusa Santos Souza e Clóvis Moura. Ao destrinchar os conceitos da obra fanoniana, tomando o cuidado de situá-los histórica, teórica e biograficamente, Faustino demonstra como sua articulação resultou na criação de uma constelação própria, gestada na encruzilhada de uma série de correntes intelectuais ocidentais com a situação específica des negres no Sul Global – constelação essa que continua reverberando, e com força. Frantz Fanon e as encruzilhadas é para todos os leitores que buscam uma introdução e um aprofundamento na obra de Fanon, conhecendo suas bases e as repercussões da obra no mundo. No final do livro o autor oferece um guia de onde encontrar diferentes temas na obra fanoniana.
Esta obra visa apresentar e discutir o processo de transformação da Gestão Ambiental e a sua aplicabilidade nas organizações contemporâneas. A opção pelo tema Fundamentos da Gestão Ambiental justifica-se pelo interesse em desenvolver um livro que apresentasse, de forma clara, simples e objetiva, os fundamentos da Gestão Ambiental, de maneira que ele pudesse servir de subsídio para a aprendizagem de alunos de graduação e pós-graduação das mais variadas áreas do conhecimento. Procuramos apresentar os principais aspectos históricos e contemporâneos da Gestão Ambiental, bem como algumas reflexões sobre a aplicabilidade de seus conhecimentos no dia-a-dia da sociedade em geral, e nas organizações em específico. Este projeto editorial surgiu com o intuito de ser um instrumento auxiliar para pesquisadores, docentes, alunos universitários e profissionais que atuam na área da Gestão Ambiental. Desta forma, espera-se que as reflexões apresentadas na obra reflexões estas que se entrecruzam em torno da temática ‘’Gestão Ambiental’’ possam trazer contribuições teóricas aos profissionais da área.
Nesta nova coleção de textos, Ailton Krenak nos provoca com a radicalidade de seu pensamento insurgente, que demove o senso comum e invoca o maravilhamento. A ideia de futuro por vezes nos assombra com cenários apocalípticos. Por outras, ela se apresenta como possibilidade de redenção, como se todos os problemas do presente pudessem ser magicamente resolvidos depois. Em ambos os casos, as ilusões nos afastam do que está ao nosso redor. Nesta nova coleção de textos, produzidos entre 2020 e 2021, Ailton Krenak nos provoca com a radicalidade de seu pensamento insurgente, que demove o senso comum e invoca o maravilhamento. Diz ele: “Os rios, esses seres que sempre habitaram os mundos em diferentes formas, são quem me sugerem que, se há futuro a ser cogitado, esse futuro é ancestral, porque já estava aqui.” “Ailton Krenak é um filósofo originário: desentranha do pensamento indígena uma forma que os ocidentais se habituaram a reconhecer como filosofia’ e a confronta, à medida que também a aproxima, com os modos especulativos europeus e outras cosmovisões tradicionais.” — Muniz Sodré
Este livro é resultado de uma mobilização intensa da sociedade civil organizada, em resposta às tentativas do parlamento brasileiro de liberar atividades econômicas na Amazônia sem consulta prévia à sociedade e aos povos afetados, violando, assim, direitos constitucionais e acordos internacionais. Com a participação de pesquisadores, professores universitários, juristas, representantes do Ministério Público Federal, de organizações da sociedade civil de interesse público e organizações não governamentais, assim como de lideranças indígenas e comunitárias, buscou-se sistematizar diferentes olhares acerca das consequências reais e potenciais de projetos de lei em tramitação no congresso nacional sobre a saúde das populações do campo, da floresta e das águas e sobre o ecossistema amazônico. Visando compartilhar com a sociedade nacional evidências que revelam a gravidade dos impactos provocados à saúde e à organização social das populações tradicionais que vivem na Amazônia, bem como os danos provocados pela expansão econômica desenfreada sobre a região e suas consequências para a manutenção da vida no planeta, o grupo de pesquisa "Ambiente, Diversidade e Saúde" da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) organizou esta coletânea chamando atenção para as ameaças que pairam sobre as futuras gerações no Brasil e no mundo.
Se durante muito tempo certa fixidez normativa entre sexo, gênero e parentalidade permaneceu inquestionada, a partir da leitura deste livro, a potência de uma análise plural, interseccional e implicada sobre a temática ganha novo fôlego. Apoiados tanto em uma leitura rigorosa da subversão que marca a psicanálise quanto nos desafios impostos pela tensão entre estrutura, história e poder, os textos que compõem este volume têm o mérito de encontrar sua unidade na produção teórica, clínica e ética de suas diferenças.
De Que Maneira O Feminismo Mudou A Ciêncian A Produção Científica Permanece Sendo Uma Área Essencialmente Masculinan Este Livro Reflete Estas Questões, Preocupando-Se Com A “Feminização” Da Ciência Nas Academias Brasileiras. A Obra Apresenta Artigos De Várias Pesquisadoras Interessadas Em Ciências Humanas E No Feminismo, Que Tratam De Temas Como A Exclusão Das Mulheres Na Medicina, A Trajetória Profissional Feminina Na Matemática E Um Enfoque Interseccional Sobre O Perfil Dos(As) Estudantes Dos Cursos De Medicina No Nordeste E No Sul Do Brasil.
Este livro tem o caráter de "introdução aos estudos de gênero". Apresenta conceitos e teorias recentes no campo dos estudos feministas e suas relações com a educação. Estuda as relações do gênero com a sexualidade, as redes do poder, raça, classe, a busca de diferenciação e identificação pessoal e suas implicações com as práticas educativas atuais. Tanto serve de material para estudantes como para professoras/es, como incentivo amplo à iniciativa feminista e de outros grupos.
Uma criança que nasce cega não se sabe cega. Ela sente, interage, aprecia o mundo e (res)significa-o por meio dos outros sentidos que a constituem. É apenas no contato com o outro, ao se encontrar imersa na cultura visiocêntrica, que ela apreende a noção de falta. Uma falta que se apresenta na sociedade, pouco capaz (ainda) de proporcionar acesso e acessibilidade a todas as pessoas. A falta é social. A inclusão é urgente. No contexto escolar, em uma perspectiva de educação para todos, cabe à escola e ao professor compreenderem as demandas e potencialidades dos alunos, a fim de empreenderem ações que contribuam para um ambiente e um processo de ensino e aprendizagem que propiciem o desenvolvimento dos estudantes. Em se tratando do ensino de Língua Portuguesa, é preciso ampliar as experiências com práticas de linguagens, trabalhando-se com a diversidade de gêneros textuais que circulam socialmente, eliminando-se as barreiras comunicacionais no que tange à pessoa com deficiência visual. Nesse sentido, este livro se propõe a compartilhar saberes e práticas docentes constituídos a partir da pesquisa e de vivências no ensino para estudantes cegos e com baixa visão no âmbito da leitura e produção textual.
Em "Gênero e desigualdades", a cientista política Flávia Biroli, professora do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília, apresenta as muitas transformações nas relações de gênero ocorridas nas décadas recentes. Os grandes temas do feminismo pós-1970 aparecem, em cada capítulo, com os diversos cenários históricos mundiais e nacionais que os moldaram, frearam ou impulsionaram as lutas das mulheres. Situada no contexto brasileiro, a obra ilumina as discussões sobre desigualdade entre homens e mulheres com o objetivo de compreender os impasses que se apresentam na construção de relações de gênero mais justas. Para responder a esse desafio, a autora examina temas fundamentais dos direitos das mulheres, do feminismo e da democracia brasileira. Com linguagem refinada, precisa e clara, a pesquisadora analisa diferentes dimensões - divisão sexual do trabalho; cuidado e responsabilidades; família e maternidade; aborto, sexualidade e autonomia; feminismos e atuação política - que permitem ver como, apesar de alterações significativas, o lugar das mulheres permanece subalterno, interpelando os limites da democracia. A partir do diálogo sistemático com o debate teórico internacional contemporâneo e incorporando elementos empíricos e contextuais, Flávia Biroli encerra o livro com uma análise de fôlego sobre a investida reacionária à agenda de gênero na América Latina. A orelha é de Céli Pinto e a quarta capa, de Albertina de Oliveira Costa.
Este Livro Nasce De Um Truco. O Autor, Chris Van Tulleken, Duvidou Da Hipótese Formulada Pelo Brasileiro Carlos Monteiro. O Médico Britânico Entendia Ser Inviável Que Um Grupo Específico De Produtos Alimentícios Os Ultraprocessados Pudesse Ser Responsabilizado Pela Explosão Global Dos Índices De Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Gente Ultraprocessada É, Então, A História De Um Fracasso Pessoal Que Van Tulleken Compartilha Conosco, Com Transparência E Sem Mágoa.
O Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS), localizado no município de Ipojuca PE apresenta uma variedade de atividades capazes de interferir na sanidade dos corpos aquáticos receptores e de seus sedimentos ativos. O monitoramento das atividades portuárias, industriais e de infra-estrutura pode ser elaborado através do estudo da qualidade dos sedimentos dos corpos aquáticos próximos, como o Rio Tatuoca, cuja bacia hidrográfica está incluída nos limites da zona industrial do CIPS, podendo desta forma indicar a distribuição dos metais ali depositados e seus eventuais impactos.
A necessidade de debates qualificados sobre as articulações entre gênero e saúde se impõe como tarefa cada vez mais urgente diante das muitas desigualdades sociais em saúde que se evidenciaram no contexto da pandemia de Covid-19. Em meio a esse desafio, a Editora Fiocruz lança Gênero e Saúde: uma articulação necessária , título que integra a coleção Temas em Saúde. Escrito por Elaine Reis Brandão e Fernanda de Carvalho Vecchi Alzuguir, o livro reúne reflexões acumuladas pelas autoras em suas experiências de ensino, pesquisa e extensão sobre a temática de gênero, na área da saúde coletiva. "Nós apresentamos a problemática de gênero como modo de organização da vida social e enfocamos seu impacto sobre os processos de saúde e doença em diversos grupos sociais", resume Fernanda Vecchi. Para abordar o tema, as pesquisadoras citam implicações do gênero na saúde que a pandemia tornou ainda mais explícitas. Uma das principais é a sobrecarga feminina sem precedentes em relação à questão do cuidado, gerando esgotamento físico, mental, abandono de postos de trabalho, desemprego e adoecimento. Dessa forma, o volume se propõe a dialogar com pesquisadores, estudantes, profissionais de saúde, gestores públicos, ativistas de movimentos sociais organizados e com o público em geral interessado no debate sobre gênero e saúde. Em cinco capítulos, a obra se desenvolve apresentando "os íntimos entrelaçamentos entre os estudos históricos, sociológicos e antropológicos sobre gênero, os estudos sociais da ciência e tecnologia e o campo da saúde, que foram se consolidando ao longo da segunda metade do século XX até o presente", conforme afirmam as professoras.
Geografia da autonomia nos permite estabelecer um diálogo-ponte entre as autonomias em Chiapas e muitos dos processos conduzidos pelos povos originários latino-americanos: de Cherán ao Wall Mapu, dos Purépecha aos Mapuche, passando pela Amazônia peruana e brasileira, pelos cabildos nasa e misak no sul da Colômbia e por uma quantidade incalculável de experiências nos mais remotos rincões do continente.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.