Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
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O primeiro contato com uma obra filosófica é um importante momento na vida de cada leitor, por isso a compreensão desta linha de estudos é considerada complexa. Seguir passo a passo as lições para se compreender o autor e suas idéias pode ser um grande trunfo para a compreensão e um estímulo a mais para a leitura. Ética, crítica e liberdade são três dos pilares que sustentam as teorias de Kant e este livro relata tudo isso de forma simples, mas, ainda assim, profunda.
Espiritualidade é a arte e o saber de contato e manejo desta dimensão que vai além das realidades habitualmente percebidas e, por isso, consideradas naturais. Torna homens e mulheres, de vida tão precária e limitada, abertos para o infinito, deixando-os insatisfeitos , contestadores e voltados para projetos inovadores. Durante toda a sua história, a medicina esteve intensamente ligada à espiritualidade. Mesmo na modernidade, em que a sua consideração e valorização foram proscritas do debate nos ambientes de pesquisa, exercício profissional e ensino da atenção à saúde, a espiritualidade continua importante na motivação e orientação de grande parte dos profissionais e doentes.
A proliferação do igual é uma “plenitude na qual transluz ainda apenas o vazio”. A expulsão do outro traz um vazio adiposo da plenitude. Obscenos são a hipervisibilidade, a hipercomunicação, a hiperprodução, o hiperconsumo, que levam a uma rápida estagnação do igual. Obscena é a “ligação do igual com o igual”. A sedução é, em contrapartida, a “capacidade de arrancar o igual do igual”, deixá-lo fugir de si mesmo. O sujeito da sedução é o outro. (Da obra)
O objetivo deste livro, que se compõe de nove diálogos com alguns dos principais representantes da filosofia norte-americana contemporânea, é vencer as distâncias entre os pensadores dos EUA e os da Europa. As entrevistas realizadas pela filósofa italiana Giovanna Borradori com nove pensadores norte-americanos contemporâneos constituem uma excelente oportunidade para conhecer melhor o que eles pensam, qual é a sua formação e influências, como constroem o seu presente e quais são as suas principais indagações. Cada diálogo é uma verdadeira aula sobre uma vertente filosófica, com todas as suas potencialidades. Neste caderno de viagem pelo mundo das idéias, a entrevistadora motiva os filósofos a ultrapassarem os seus limites mentais e culturais, em diálogos profícuos sobre temas fundamentais como o pragmatismo, a filosofia analítica e a metafísica.
Em A força da não violência, Judith Butler percorre discussões da filosofia, da ciência política e da psicanálise para reavaliar o que chamamos de violência e não violência e o modo como essas duas expressões se tornam intercambiáveis quando colocadas a serviço, por exemplo, de uma perspectiva individualista das relações sociais ou de um Estado no exercício do biopoder. A obra, lançada originalmente em 2020, mostra como a ética da não violência deve estar conectada a uma luta política mais ampla pela igualdade social. A autora rastreia como a violência é, com frequência, atribuída àqueles que são mais expostos a seus efeitos letais. Para Butler, a condição-limite da manifestação da violência se revela quando certas vidas, uma vez perdidas, não são dignas de luto. Expondo os discursos por meio dos quais a desvalorização e a destruição da vida operam, Butler propõe a compreensão da não violência a partir da condição básica da interdependência entre os seres humanos e identifica a não violência como uma prática de resistência à destruição.
Byung-Chul Han mostra que a sociedade disciplinar e repressora do século XX descrita por Michel Foucault perde espaço para uma nova forma de organização coercitiva: a violência neuronal. As pessoas se cobram cada vez mais para apresentar resultados - tornando elas mesmas vigilantes e carrascas de suas ações. Em uma época onde poderíamos trabalhar menos e ganhar mais, a ideologia da positividade opera uma inversão perversa: nos submetemos a trabalhar mais e a receber menos. Essa onda do eu consigo e do yes, we can tem gerado um aumento significativo de doenças como depressão, transtornos de personalidade, síndromes como hiperatividade e burnout. Este livro transcende o campo filosófico e pode ajudar educadores, psicólogos e gestores a entender os novos
Conciliando teoria social, filosofia e psicanálise de maneira bastante original, Judith Butler propõe aqui uma análise que já estava implícita em outros trabalhos seus, como Corpos que contam: sobre os limites discursivos do “sexo” e Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. A autora se vale de Hegel, Nietzsche, Freud, Foucault e Althusser para propor uma teoria da formação do sujeito que entende como sendo ambivalentes os efeitos psíquicos do poder social. Embora boa parte dos leitores de Foucault evite a teoria psicanalítica, e boa parte dos pensadores da psique evite Foucault, Butler busca aqui teorizar a relação entre o social e a psique como um dos mais dinâmicos e complexos efeitos do poder. Considerando a questão da subjetividade e da consciência de si, a autora faz uma investigação crítica sobre o processo de formação do sujeito que revela o sujeito consciente de si como paradoxo necessário; ela interroga como o poder produz subordinados e como estes vêm a se entender como tais.
O espectro temporal deste primeiro volume, que aborda o Nascimento do Sujeito, conduz o leitor do mundo de Aristóteles ao de Brentano, passando pela Idade Média, a Segunda Escolástica e a Idade Clássica.
Quem é o responsável pelas infelicidades que esmagam a humanidade? Depois de muitas hesitações, os primeiros Pais da Igreja buscaram a explicação no velho mito bíblico de Adão e Eva. Os bispos do concílio de Trento fizeram dele um dogma, afirmando que a falta do primeiro homem corrompeu a natureza humana. Desde então, a doutrina do pecado original moldou a moral cristã e, mais amplamente, a imagem do homem. Construída com cuidado e erudição, esta obra é instrutiva e instigante, feita para pessoas curiosas, crentes ou não, sobretudo numa época em que a distinção entre o bem e o mal — e sobretudo sua origem — se articula com dificuldade.
As fronteiras entre “realidade real” e “realidade ficcional”, que marcam o entretenimento, tornam-se cada vez mais fluidas. O entretenimento já abrangeu há muito tempo também a “realidade real”. Ele transforma agora o sistema social como um todo, sem marcar propriamente, porém, a sua presença. Assim, parece se estabelecer um hipersistema, que é coextensivo com o mundo. O código binário entretém/não entretém, que está no seu fundamento, deve decidir o que é passível de pertencer ao mundo e o que não é, ou seja, o que é em geral. O entretenimento se eleva a um novo paradigma, a uma nova fórmula de mundo e de ser. Para ser, para pertencer ao mundo, é preciso ser algo que entretém. Apenas aquilo que entretém é real ou efetivo. Não é mais relevante a distinção entre mundo fictício e mundo real, à qual o conceito de entretenimento de Luhmann ainda se aferra. A própria realidade parece ser um efeito do entretenimento.
O que hoje chamamos de crescimento é, na realidade, uma proliferação cancerígena e sem rumo. Vivemos atualmente um delírio de produção e de crescimento que se parece com um delírio de morte. Ele simula uma vitalidade que oculta a proximidade de uma catástrofe mortal. A produção se assemelha cada vez mais a uma destruição. É possível que a autoalienação da humanidade tenha atingido um grau tal que ela experimentará seu próprio aniquilamento como um gozo estético.
Você, ser racional, já se pegou acreditando em superstições ou qualquer coisa sem nenhuma evidência científica? Pois é, isso é muito mais comum do que se imagina, pois somos máquinas de crenças, que, antes de analisar criticamente, acreditamos ou desacreditamos de forma automática e só mais tarde procuramos raciocinar sobre a questão. E como combater essa tendência e não passar vexame espalhando fake news por aí? A resposta está neste livro do psicólogo e pesquisador Ronaldo Pilati: adquirir uma postura científica de compreensão do mundo. Nestes tempos de excesso de informações, muitas delas falsas, esta obra serve como um guia para se aprender como avaliar criticamente aquilo que se lê e que se ouve por aí sob o nome de “científico”.Esta obra fará você rever suas crenças. E sua vida.
Neste livro, Vladimir Safatle oferece uma interpretação original desse fenômeno de “estabilização na decomposição”. O filósofo propõe tirar as consequências da ideia de que nossas sociedades capitalistas avançadas conseguiram organizar-se a partir de uma racionalidade cínica. O resultado é uma obra que repensa as bases do que significa fazer crítica no século XXI. Afinal, se “cinismo” é o nome da decomposição de valores e critérios normativos que pareciam ser o saldo mais valioso de nossas expectativas modernas de racionalização social, então ele traz necessariamente consigo a falência de certa forma de crítica.
A impressionante abrangência e erudição deste Compêndio de Filosofia transformam-no em uma obra de referência essencial para todo filósofo e estudante de filosofia. O estilo acessível que Nicholas Bunnin e E. P. Tsui-James lhe imprimiram fará dele uma sábia escolha em todos os cursos de introdução à filosofia.
Reunião de quatro textos escritos pelo reformador alemão Martinho Lutero (1483-1546), no início da segunda década do século XVI, como introdução a alguns dos livros da Bíblia. Nas palavras do próprio Lutero, em carta ao papa Leão X, é um livrinho se consideramos o papel, mas que contém a totalidade da vida cristã se consideramos o sentido.
Este livro congrega artigos de estudiosos de diversas área do conhecimento humano, com o objetivo de elaborar uma análise do "tempo presente". Nesse sentido, o tema é abordado segundo as perspectivas da física contemporãnea, da filosofia, da psicanálise, da literatura, da biologia, da política da história.
Ao estudar o Renascimento inglês, Pedro Rocha de Oliveira escancarou um fato extremamente atual: o de que a modernidade - que se confunde com o capitalismo, a acumulação primitiva e o progresso - é uma engrenagem que obrigatoriamente precisa de uma população periférica, externa ou interna, que é descartável, isto é, matável. O "populacho" está fora do acordo oligárquico que define uma democracia - que pertence aos experts, aos proprietários, os quais detêm o monopólio da racionalidade.
No curso de 1976, Em Defesa da Sociedade, Michel Foucault se interroga sobre a pertinência do modelo da guerra para analisar as relações de poder. Michel Foucault define duas formas de poder: o poder disciplinar, que se aplica ao corpo por meio das técnicas de vigilância e das instituições punitivas, e aquele que daí em diante ele denominará biopoder, que se exerce sobre a população, a vida e os vivos. Analisando os discursos sobre a guerra das raças e as narrativas de conquista, Michel Foucault estabelece a geneologia do biopoder e dos racismos de Estado.
Em seu mais recente livro, Terry Eagleton, um dos intelectuais mais celebrados de nossa época, considera a menos considerada das virtudes. Sua instigante reflexão sobre a esperança começa com uma rejeição firme do papel do otimismo no curso da vida. Assim como seu parente próximo, o pessimismo, o otimismo é mais um sistema de racionalização do que uma lente confiável através da qual mirar a realidade, refletindo uma postura do temperamento em vez de verdadeiro discernimento.
O cuidado de si é o foco desta obra tardia de Michel Foucault organizada a partir de conferências de 1982 em Toronto, no Canadá. Nela, o filósofo persegue diferentes formas de busca de uma verdade sobre si numa perspectiva histórica, concentrando-se na Antiguidade greco-romana e no surgimento do cristianismo – com o desenvolvimento das instituições monásticas e as interdições referentes à sexualidade. A questão de fundo é: como se constitui o sujeito ocidental moderno? Partindo de uma leitura do Alcibíades, de Platão, que apresenta o ponto de vista socrático sobre o tema, Foucault percorre em seguida, ao longo dos séculos, o pensamento de Sêneca, Musônio Rufo, Epicteto, Plutarco, Galeno, Marco Aurélio, Clemente de Alexandria, João Cassiano, Santo Agostinho, entre outros, abrangendo uma noção bastante ampla de suas percepções sobre uma ética de si. Nesta genealogia do sujeito moderno, Foucault identifica que, a partir do cristianismo, ocorre uma virada na hermenêutica de si em relação às concepções pagãs. Da ascese em que o sujeito se voltava para a verdade, preparando-se para viver no mundo, a civilização ocidental passa a buscar uma ascese voltada para um outro mundo, para a vida eterna. Organizado pelos especialistas Henri-Paul Fruchaud e Daniele Lorenzini, a edição traz notas críticas para elucidar temas abordados no contexto da obra foucaultiana, bem como uma embasada introdução que permite contextualizar a obra no quadro da genealogia do sujeito (ocidental) moderno estudada por Foucault.
Em essência, o trabalho da Ética é permitir ao leitor compreender a ordem e a conexão das coisas da natureza e ordenar e concatenar tudo quanto pensa de tal forma que, ciente das coisas como são e de si mesmo como é, possa diferenciar-se e singularizar-se, tornando-se cada vez mais apto a uma pluralidade de encontros que aumentem sua potência de existir. Tem razão, portanto, a psiquiatra brasileira Nise da Silveira que em uma das cartas extemporâneas que redigiu a Espinosa enfatizou como, em favor dos seres humanos, o filósofo se empenhou “através de toda Ética para ajudá-los a se diferenciarem de maneira especial, reformando o entendimento, trabalhando ideias confusas, a fim de torná-las claras”, de modo a indicar “o caminho para libertarem-se da escravidão das paixões e mesmo atingirem a beatitude”. [...] (da apresentação de Fernando Bonadia de Oliveira)
Filósofo inglês que desenvolveu uma das mais importantes contribuições contemporâneas sobre filosofia moral, o autor propicia, nesta obra, uma excelente oportunidade de verificar como, com clareza e vigor estilístico, apresenta suas sugestões e as relaciona com outras correntes filosóficas.
Publicação inaugural que celebra a criação do curso de filosofia, constitutiva do projeto de ampliação da Universidade Federal de São Paulo, a coletânea de artigos dos professores dessa área comprova que, ao abrir espaço para as humanidades, esta universidade manteve a qualidade que a caracteriza, acrescendo-lhe a diversidade típica das ciências humanas.
O pensamento de G.W.F. Hegel (1770-1831) tem exercido profunda e duradoura influência em uma vasta gama de movimentos filosóficos, políticos, religiosos, estéticos, culturais e científicos. A despeito de tal importância, contudo, ainda há muito de confusão a respeito do que ele verdadeiramente disse ou acreditava. G.W.F.Hegel: conceitos fundamentais oferece uma introdução acessível, tanto para o pensamento hegeliano quanto para a filosofia geral nele inspirada, demonstrando como seus conceitos foram compreendidos, adotados e criticamente transformados por pensadores posteriores. A primeira seção do livro aborda os principais temas filosóficos do sistema hegeliano: epistemologia, metafísica, filosofia da mente, teoria ética, filosofia política, filosofia natural, filosofia da arte, filosofia da religião, filosofia da história e teoria da história da filosofia. A segunda seção se dedica aos principais movimentos filosóficos pós-hegelianos: Marxismo, Existencialismo, Pragmatismo, Filosofia analítica, Hermenêutica e o Pós-estruturalismo francês. A extensão e a profundidade de G.W.F. Hegel: conceitos-fundamentais fazem dele preciosa introdução para os iniciantes na filosofia, e útil fonte de referência para estudiosos e acadêmicos mais avançados.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.