Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Embora muitas vezes haja louvores e pretensões à interdisciplinaridade, é incomum encontrar grupos de pesquisadores que realmente a realizam. A coleção Ciências Sociais em Diálogo, em três volumes, vem demonstrar que a prática do diálogo é possível. Pois é de diálogo que se trata - não de homogeneização ou de diluição, mas de encontro de interlocutores qualificados - todos professores da Unifesp - que reconhecem as especificidades das mais variadas áreas do saber e convidam o leitor a usufruir das interações, trocas e releituras entre elas. Este volume oferece ao leitor uma significante variedade de temas e tem como preocupação central o Estado e a sociedade, sobretudo no tocante às condições políticas e institucionais do avanço no campo dos direitos e da igualdade, mantendo-se no horizonte o grande tema da emancipação.
O primeiro volume, Cultura e Diferença, reúne pesquisas que procuram pensar a noção de natureza como uma construção histórica e social.Com isso, temas relacionados ao corpo e à sexualidade lançam luz sobre a dimensão simbólica presente no campo da cultura e auxiliam, em seguida, a debater a maneira como identidades e redes de sociabilidade são percebidas e negociadas. O segundo volume, Sociedades e suas Imagens, apresenta artigos que enfocam as produções artísticas e culturais e a sua relação com a teoria social, em uma perspectiva que propõe pensar arte e cultura como objeto e sujeito. Os trabalhos recuperam, também, autores e debates representativos do pensamento social e político no Brasil, na América Latina e na Europa, a partir de um contexto sociopolítico e intelectual que transcende as fronteiras nacionais.
Neste livro, Vladimir Safatle oferece uma interpretação original desse fenômeno de “estabilização na decomposição”. O filósofo propõe tirar as consequências da ideia de que nossas sociedades capitalistas avançadas conseguiram organizar-se a partir de uma racionalidade cínica. O resultado é uma obra que repensa as bases do que significa fazer crítica no século XXI. Afinal, se “cinismo” é o nome da decomposição de valores e critérios normativos que pareciam ser o saldo mais valioso de nossas expectativas modernas de racionalização social, então ele traz necessariamente consigo a falência de certa forma de crítica.
O conceito de civilização tem ocupado um papel crucial na modernidade, tanto em termos analíticos quanto em ideológicos. No primeiro caso, tem sido usado como ferramenta para distinguir diferentes estruturas e formas de mundos sociais de larga escala. No segundo, costuma ser associado a sentimentos de distinção e superioridade, justificando invasões, dominações, explorações, destruição de ecossistemas e culturas e até massacres humanos. Trata-se da perspectiva do civilizado em relação ao outro , ao bárbaro . Ao vincular diferentes áreas do campo das ciências humanas e apresentar variadas abordagens teórico-metodológicas, este livro não pretende discutir exaustivamente o conceito de civilização a partir de uma única perspectiva teórica ou analítica. Ao contrário, seu objetivo é mostrar uma diversidade de investigações possíveis por meio de um profícuo diálogo interdisciplinar. Com análises que exploram verbetes históricos de dicionários, percorrem teorias da psicanálise freudiana, analisam produções cinematográficas de Portugal e Brasil e abordam clássicos do pensamento sociológico, os textos desta coletânean ajudarão a trilhar o caminho certo na tentativa de civilizar a ideia de civilização
Coedição da PUC-Rio e Editora Fiocruz, o livro é resultado de anos de trabalho, estudos e da tese de doutorado de Pedro Muñoz. Esta obra original traz uma importante contribuição para o entendimento das relações entre os dois países numa perspectiva histórica transnacional, que tem como foco os entrelaçamentos e a circulação do conhecimento. Enriquecido por material levantado de fontes primárias no Brasil e na Alemanha, o estudo investigou as relações no campo da psiquiatria no período de 1900 a 1942, interrompidas pela Segunda Guerra Mundial. Neste período, circularam no Brasil os conceitos da psiquiatria, da neurologia e da psiquiatria genética alemãs – e o estudo mostra como e por quem foram apropriados. Ao enfocar o trânsito e a circulação dos cientistas em redes construídas em viagens, congressos, cursos e publicações, o autor inova, como descreve Cristiana Facchinetti na apresentação da obra. “A narrativa apresenta novos lances, outras perspectivas de leitura para uma história da psiquiatria, que ganha maior densidade ao discutir o crescimento do nazismo na Alemanha, a hegemonia das teorias degeneracionistas, biodeterministas e racialistas na medicina mental e suas repercussões e impasses para a psiquiatria brasileira”, afirma.
Este livro é um guia prático e acessível para a coleta de dados qualitativos que vai além do foco tradicional em entrevistas presenciais. Enfatiza uma série de métodos textuais, midiáticos e virtuais que permitem interessantes mudanças nos métodos estabelecidos e requerem recursos menos intensos, oferecendo assim ao pesquisador técnicas alternativas para a coleta de dados. Dividido em três partes textual, midiática e virtual, o livro apresenta uma orientação gradual sobre métodos subutilizados na pesquisa qualitativa e oferece pontos de vista novos e interessantes para técnicas amplamente usadas.
A impressionante abrangência e erudição deste Compêndio de Filosofia transformam-no em uma obra de referência essencial para todo filósofo e estudante de filosofia. O estilo acessível que Nicholas Bunnin e E. P. Tsui-James lhe imprimiram fará dele uma sábia escolha em todos os cursos de introdução à filosofia.
Nesta obra, as autoras debatem questões como as relações de poder, a prática comunicativa e os princípios do SUS. “Queremos que você leia o livro e desenvolva suas reflexões tendo em pauta dois grandes parâmetros para pensar o tema comunicação e saúde”, a
O livro analisa a representação do Trabalho Infantil Doméstico (TID) nos media e traz relatos de trabalhadoras e ex-trabalhadoras infantis domésticas a respeito de suas experiências, no contexto do estado do Pará. Para além de uma pesquisa de recepção, a obra investiga como discursos construídos e em circulação nesses dois âmbitos comunicacionais se processam de modo a reverberar na politização do trabalho infantil doméstico.
COMUNICACAO PLURALO ensino do curso de comunicação e seus desafios, a construção da história da televisão no Brasil, cópia de livros nas universidades brasileiras, são alguns dos temas de artigos reunidos neste livro que trata de diversos temas que envolvem a comunicação.
A proposta desta edição é repensar as mudanças e tensões da cultura midiática contemporânea, quando experimentamos mediações que reorganizam o real e o virtual, um em função do outro, para daí surgirem novas formas de tratar o tempo e as temporalidades, novos entendimentos conceituais e distintas articulações comunicacionais. Os artigos propõem discussões em torno dessas mudanças mais recentes, sem esquecer os processos históricos que lhes deram corpo, à luz de conceitos de tempo e das maneiras como ele é construído nos processos midiáticos.
Conceitos de educação em Paulo Freire surgiu do reconhecimento da amplitude das obras desse grande mestre. O livro é início de uma discussão que se pretende tão abrangente quanto os estudos criados pelo autor que lhe dá título. Um de seus objetivos é dar voz às supostas indagações que surgem quando ele é lido. Quer sobretudo, ser um provocador de discussões; dinâmico como a própria sociedade.
Num período no qual a Dança conquistava o valor de sua especificidade no Brasil, oportunizada pelo apogeu nas políticas culturais federais, Araraquara, cidade do interior Paulista, era cenário de mudanças profundas e transformadoras, caracterizadas por ações específicas do poder público, que resultaram em novas formas de relação entre Estado e Sociedade. Sob os preceitos da Democracia Participativa, agentes culturais e políticos promoveram a reorganização da Cultura na cidade e, a Dança, de forma transgressora, se efetivou como Política Pública. Este livro de Gilsamara Moura transcende a narrativa histórica-evolutiva dos projetos de dança implementados na cidade de Araraquara a partir da articulação de diversas redes amparadas pela Educação e pela Cultura. Ele é, sobretudo, um documento político de uma época, um replicador do desenvolvimento da dança, desde o lugar que habitamos. — Kranya V. Díaz-Serrano
Os ensaios reunidos neste livro articulam com evidente sucesso uma diversidade de abordagens disciplinares ao tema da representação do corpo humano em contextos históricos e geográficos plurais. O resultado da coleção é um convite explícito a uma revisão da relação pessoal e social com nossos corpos. Emergem da obra, nesse sentido, temas centrais como aqueles das relações de gênero, do controle social da sexualidade, do racismo, do papel da medicina moderna na reconstrução de nossa relação com o corpo, das associações com o poder, o sagrado e o profano, além de outros igualmente significativos e impactantes. E eles são tratados por um viés de profícuo cruzamento de saberes, disciplinas e pontos de vista, resultando em importante contribuição para os estudos sobre este veículo de experiências humanas no mundo e objeto das mais distintas representações, que é o corpo, em seus aspectos materiais, espirituais, psicológicos, históricos, visuais e literários. O olhar historiográfico dos autores, bem como as perspectivas atentas às mudanças que ocorreram ao longo da história no retrato de nós mesmos, revela neste livro um corpo dissecado muito distinto daquele do início da ciência moderna, objetivo, sem sujeito, morto para ter seus órgãos explorados pelos aprendizes da anatomia humana. Este corpo dissecado não existe senão pela operação do entendimento humano, sempre em mutação e dependente dos interesses, pressupostos e objetivos do observador.
O culto ao corpo, sua importância no processo de construção da identidade na sociedade contemporânea e sua clara relação com os códigos de distinção social pelo consumo nos coloca diante de uma nova percepção da corporeidade. O que é um corpo belo e saudável no início do século XXI? Como pensar os cuidados com a saúde e com a aparência física sem levar em consideração o desenvolvimento da biotecnologia? Como compreender os processos de comunicação das redes sociais e os fluxos de imagens em tempos de superexposição da intimidade? São questões pertinentes que se colocam para nós pesquisadores das Humanidades e das Ciências da Saúde.
A partir de uma perspectiva antropológica, o livro explora as múltiplas relações entre os centros de poder e saber sobre o corpo e os processos de saúde e doença construídos e vividos por sujeitos, comunidades e instituições no Brasil. O conteúdo da obra expressa a pluralidade da antropologia do corpo e da saúde presente hoje no país e que tem diferentes interfaces: ciência, religião, Estado, biossociabilidades, conhecimentos tradicionais, entre outras.
Estudo que trata da triste e desafiadora experiência de combate à mortalidade infantil no nordeste brasileiro, especificamente no estado do Ceará. Seus capítulos versam sobre a teoria, a metodologia, os cuidados clínicos e a ação comunitária e estão fundamentados na antropologia médica, que tem guiado os programas de atenção à saúde infantil nesse estado brasileiro. A obra conta ainda com farto material etnográfico coletado pela autora ao longo de décadas, relacionado a mães e filhos pobres, mortes de crianças, luto materno, ambientes fragmentados e predatórios e intervenções capazes de aumentar a sobrevivência infantil.
Este livro tem como principal objetivo tornar-se fonte segura e ampla de consulta, educação, pesquisa e guia para a construção de uma prática entre leigos e acadêmicos na área de cuidados paliativos, e com isso, torna-se um clássico por excelência nessa temática. Reúne textos dos maiores especialistas brasileiros na área...
Com o objetivo de introduzir o leitor a uma breve cartografia sobre a questão da cultura e suas leituras este livro reúne artigos elaborados por estudiosos de 12 áreas do conhecimento. Cada capítulo tem um propósito básico - oferecer um panorama sobre algumas das relações existentes entre determinados campos específicos de conhecimento e cultura. Os textos não deixam de refletir uma leitura pessoal que enlaça o desenvolvimento da área de estudo do autor com a cultura.
De fato, a comunicação é o ponto mais sensível em todas as relações humanas, tanto mais em situações de vulnerabilidade, como é uma doença grave – e um prognóstico de terminalidade pode elevar exponencialmente o potencial de mal-entendidos. É neste sentido que a bioética, como ciência que une ciência e humanidades, pode nos trazer os elementos para enfrentar com padrão-ouro as dificuldades que surgem também na comunicação. Neste primeiro volume, a Série CP – Cuidados Paliativos – Comunicação, Bioética e os Últimos Momentos, apresenta temas relevantes que foram compilados em 18 capítulos divididos em quatro partes: Comunicação; Bioética e Qualidade de Vida; Aspectos Espirituais e Psicossociais e Últimos Momentos de Vida. São expostos temas que inter-relacionam médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, capelães, assistentes sociais, entre outros atores desse “universo paliativo”. Em uma linguagem clara e associada com a prática clínica, os capítulos buscam abordar os cuidados paliativos de uma forma abrangente e aplicada ao dia a dia do profissional de saúde. A cada linha se percebe a delicadeza e a especialidade com que os últimos momentos são tratados e quão fundamental é que estes elementos estejam presentes em todas as interações comunicacionais da equipe de cuidados.
Discute as novas políticas curriculares, com suas formas específicas, e às vezes conflitantes, de tratar o trabalho escolar e docente, enfatizando ora o desempenho do aluno, ora a formação do professor ou a atividade pedagógica.
Reunião de quatro textos escritos pelo reformador alemão Martinho Lutero (1483-1546), no início da segunda década do século XVI, como introdução a alguns dos livros da Bíblia. Nas palavras do próprio Lutero, em carta ao papa Leão X, é um livrinho se consideramos o papel, mas que contém a totalidade da vida cristã se consideramos o sentido.
O livro Cuidados paliativos: uma questão de direitos humanos, saúde e cidadania busca agregar os conceitos essenciais, tão escassos na literatura corrente, sobre a relação entre a valorização da dignidade ditada pelos direitos humanos e a obtida com a prática do paliativismo. Indo além do comum para explicitar os cuidados paliativos, a obra não se limita apenas ao trato dos pacientes com doenças avançadas, mas oferece um olhar completo sobre a prática na atualidade. Cuidados paliativos são cuidados integrais, realizados por equipes multidisciplinares, prestados a pessoas portadoras de doenças graves e avançadas, sem perspectiva de cura, sendo também extensivos as suas respectivas famílias, com base na técnica, no diálogo, na fraternidade e na compaixão. Reduzir tais cuidados apenas à proximidade da morte é olhar uma obra de arte por um único ângulo na penumbra. É necessário aspirar mais, muito mais e a leitura deste livro nos ajuda no desafio da busca de uma visão global. Para tanto, sintetizam-se a relação entre estes cuidados e os campos de estudo da ética, bioética, desenvolvimento histórico, direito, filosofia, protagonismo do paciente e formulação de políticas públicas. Tal feito conta com a colaboração de profissionais de diferentes áreas, militantes e estudiosos de cuidados paliativos, de forma que a compreensão da necessidade da universalização do acesso a essa prática e o enfrentamento dos desafios para tal no Brasil possuem caráter essencial na busca por uma saúde pública ética e igualitária para todos. Trata-se de um livro com linguagem compreensível, fácil, com sólida base acadêmica, indicado a todos que pretendam adentrar no universo dos cuidados paliativos.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.