Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Há tempos, os críticos do conceito de alienação têm corretamente apontado que algumas formas de alienação devem ser momentos inevitáveis e mesmo desejáveis de qualquer vida humana, de modo que qualquer teoria ou política intentando erradicar as raízes da alienação é certamente perigosa e potencialmente totalitária. Consequentemente, ao longo deste livro, não buscaremos determinar a visão de uma vida completamente não alienada, mas recapturar momentos da experiência humana não alienada. Minha esperança é que isso forneça um novo parâmetro para a avaliação da qualidade da vida humana. Talvez seja muito otimista, mas ao menos isso poderia prover a base para uma teoria crítica que identifica aquelas tendências e estruturas que prejudicam a possibilidade de viver a experiência desses momentos.
Em Alta Ajuda Francisco Bosco defende a necessidade de se acreditar na força do pensamento negativo – verdadeiramente capaz de nos retirar de uma condição passiva diante da vida e transformar nossa revolta em algo positivo. Na companhia de seus pensadores e artistas mais queridos, como Nietzsche, Deleuze, Barthes, Freud, Tolstói, Rimbaud, Noel Rosa e Caymmi, o autor cria ensaios sobre o tudo e o nada; o efêmero e o eterno; temas complexos e cotidianos.
O enfraquecimento da crítica sistêmica da esquerda é hoje uma das principais fragilidades da luta contra o avanço do conservadorismo, do autoritarismo, do racismo, da xenofobia, da intolerância e do neofascismo. Valorizar horizontes utópicos de outras formas sociais não é irrealismo ou expressão de impotência política: é resgatar bússolas indispensáveis para direcionar e estimular lutas antigas e novas. No Brasil de Bolsonaro, o debate sobre Bem Viver, decrescimento, comuns, ecofeminismo, direitos da Mãe Terra e desglobalização, proposto neste livro, oferece oxigênio para uma esquerda que precisa se revigorar, e, principalmente, se reinventar.
Apresenta a transcrição do debate ocorrido na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (CREMEB) em Saivador, em agosto de 2004. O evento fez parte da "Caravana de Debates: Anencefalia e Supremo Tribunal Federal", promovida pelo Anis: Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero. O objetivo da caravana foi a democratização do debate em torno do tema da antecipação terapêutica do parto em casos de anencefalia provocado pela Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) e da liminar do Ministro Marco Aurélio de Mello. A caravana passou por 12 estados brasileiros. Participaram do debate a antropóloga Debora Diniz, o jurista Arx Tourinho e o médico Fernando Donato Vasconcelos, além de uma platéia estimada em 100 pessoas.
O objetivo da coletânea é possibilitar a difusão e a popularização da ciência e da tecnologia junto à sociedade, em geral, atividade fundamental para despertar o interesse por essa área, sobretudo dos jovens.
Uma rica análise sociológica de como e por que usamos o anonimato. Com a vigilância digital e a exposição pública tornando-se cada vez mais intrusivas, as relações entre identidade, privacidade e poder na sociedade contemporânea se complexificaram como nunca antes. Neste livro, Thomas DeGloma oferece uma análise sociológica sobre as diversas formas e funções do anonimato, investigando como e por que indivíduos e grupos escolhem ocultar suas identidades ou são compelidos a isso.
A autora analisa a trajetória de Darcy Ribeiro entre o fim da década de 1940 e meados da década de 1950, quando, recém-formado pela Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo (ELSP), ele passou a fazer parte dos quadros especializados do Serviço de Proteção aos Índios (SPI). Para esta análise, ela recorre aos textos do antropólogo e a material arquivístico do período citado, com grande ênfase na correspondência trocada entre ele e alguns intelectuais da época.
Marcado pela experiência do exílio, Antropologia estrutural zero testemunha um momento ao mesmo tempo biográfico e histórico durante o qual – como muitos artistas e estudiosos judeus europeus – Claude Lévi-Strauss se refugiou em Nova York. Escritos entre 1941 e 1947, quando ainda não havia abandonado suas reflexões políticas, os dezessete capítulos deste livro restauram uma pré-história da antropologia estrutural.
Apresenta o estado da arte da antropologia médica em diferentes países, oferecendo ao leitor uma síntese que cobre as principais linhas teóricas e paradigmas desse campo, que começou a ganhar destaque no cenário internacional na década de 1970, sobretudo
Com o avanço de tecnologias impulsionadas por inteligência artificial e aprendizado de máquina, um leque cada vez mais amplo de atividades humanas está sendo automatizado. Por robôs que “pensam”, que conversam e, sobretudo, aprendem a aprender sozinhos. A chegada das máquinas inteligentes aos escritórios cria um cenário favorável ao aumento da produtividade, mas eleva o risco de obsolescência profissional. Por isso é hora de aprender a aprender com agilidade – ou seja, de ser um aprendiz ágil. Gestores de pessoas e profissionais de RH têm, mais do que nunca, a responsabilidade de estimular colegas, subordinados, times e empresas a desenvolver novas habilidades e competências. Todos nós, porém, precisamos nos envolver na geração de oportunidades de aprendizado. A aprendizagem precisa mudar de lugar na nossa vida porque já mudou de lugar no nosso mundo. A multiplicidade de alternativas trazida pelas tecnologias nos exige cada vez mais a habilidade de sermos curadores de nossa jornada. Mais que isso, somos chamados a contribuir para a construção de ambientes em que as pessoas aprendam mais e melhor. O tempo todo.
Este livro reúne os trabalhos apresentados na terceira edição do encontro “Submidiologia#3”, realizado em 2007 em Lençóis, na Bahia. O evento teve a colaboração de artistas, produtores culturais e acadêmicos que discutiram as possibilidades sociais e políticas, tanto públicas quanto privadas, da mídia digital no país. Dividido em três partes, objetiva promover o estudo e as discussões sobre teorias e práticas da mídia digital brasileira.
O espectro temporal deste primeiro volume, que aborda o Nascimento do Sujeito, conduz o leitor do mundo de Aristóteles ao de Brentano, passando pela Idade Média, a Segunda Escolástica e a Idade Clássica.
Nesta obra, o autor procura mostrar que é preciso pensar a malandragem, entender a capoeira como uma aproximação entre pessoas e ao mesmo tempo como uma luta perigosíssima. Quando isso acontece a capoeira retrata as adversidades vividas historicamente pelo capoeirista.
Numa sociedade marcada pela presença de artefatos tecnológicos, é possível pensar nos mecanismos digitais como ferramentas para preencher as visíveis faltas das democracias representativas contemporâneas. Neste livro, são apresentados artigos de vários pesquisadores sobre as possibilidades de configuração daquilo que se tem chamado de democracia digital. São discutidos temas que se relacionam com a evolução da internet na participação política de organizações da sociedade civil e seu uso como uma potente ferramenta para suprir os déficits democráticos do nosso tempo.
Este livro reúne trabalhos que resultam de pesquisas recentes sobre a pós-graduação em Ciências Sociais no Brasil e que foram selecionados a partir de chamada pública promovida pelas associações nacionais da área: ANPOCS, ABA, ABCP e SBS. Ele é uma resposta das ciências sociais articuladas à situação de crise no financiamento e nos processos de avaliação da pós-graduação. Escritos por jovens sociólogos, antropólogos, cientistas políticos e internacionalistas, recém-doutores e doutorandos, os capítulos do livro revelam as diversas possibilidades de produção de conhecimento sobre o ensino de pós-graduação, a avaliação, a mobilidade internacional e os desafios atuais e futuros da formação acadêmica e profissional na área. Os jovens cientistas sociais que participam do livro evidenciam a capacidade e o potencial das nossas ciências sociais na reflexão sobre si mesmas e sobre os caminhos da pesquisa e da educação no Brasil. - Gilberto Hochman
Dado o predomínio na ciência política brasileira de perspectivas marcadas por uma progressiva dessociologização dos objetos de estudo, há de se destacar a relevância atribuída pelos autores a dimensões como o peso do patrimônio de recursos sociais dos agentes em diferentes momentos de seus trajetos e em disputas travadas nos mais diversos domínios da vida social, valorizando informações relativas a seu background social e cultural e aos contextos históricos em que se desenrolam. A proposta deste livro filia-se diretamente a um movimento de renovação dos estudos sobre a política no Brasil e é fruto de intensas discussões conduzidas por cientistas políticos, sociólogos e antropólogos alocados em laboratórios e grupos de pesquisa diversos e, em especial, debatidas publicamente em mesas-redondas em reuniões da Associação Nacional de Pós-Graduação em Ciências Sociais (Anpocs) e da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP) entre 2009 e 2012.
Pai fundador da terceira via e reitor da London School of Economics, Giddens procura abranger o quadro geral da contemporaneidade. Contra a leitura pósmoderna da época atual, o sociólogo inglês desenvolve o que chama de "altamodernidade". Nele, cristaliza-se um momento de passagem no qual categorias como segurança e confiança vão dando lugar aos conceitos de desencaixe e risco. A aposta vai em direção à realização desta "sociedade de risco" que ainda se anuncia.
Num texto que toma como ponto de partida as fontes coevas e, pormenor importante, exclusivamente árabes, Amin Maalouf constrói uma história das cruzadas vista de uma perspetiva a que raramente temos acesso, pois só nos foram dadas a ler as histórias das cruzadas do ponto de vista ocidental. Como afirmou Alain Decaux: "Interessa comprovar que as versões orientais e ocidentais não coincidem de todo. Nós escrevemos a nossa própria visão; durante esse tempo, eles escreveram a deles. É por isso que esta nova história das cruzadas não se parece com nenhuma outra." Texto cativante, que mescla o tom da crónica contemporânea com a mestria estilística do autor, As Cruzadas Vistas pelos Árabes apresenta-nos uma perspetiva que não é habitual, mas não menos empolgante.
Busquei neste livro, registrar a história da criação e autorização das Escolad Técnicas do SUS, no trabalho liderado por Izabel dos Santos envolvendo milhares de profissionais do SUS, inclusive eu. Nestas páginas, o leitor terá a oportunidade de conhecer como foi concebida a primeira escola destinada a formar profissionais da nivel técnico em saúde visando o fortalecimento de um sistema de saúde público, equânime e universal.
Quem é o responsável pelas infelicidades que esmagam a humanidade? Depois de muitas hesitações, os primeiros Pais da Igreja buscaram a explicação no velho mito bíblico de Adão e Eva. Os bispos do concílio de Trento fizeram dele um dogma, afirmando que a falta do primeiro homem corrompeu a natureza humana. Desde então, a doutrina do pecado original moldou a moral cristã e, mais amplamente, a imagem do homem. Construída com cuidado e erudição, esta obra é instrutiva e instigante, feita para pessoas curiosas, crentes ou não, sobretudo numa época em que a distinção entre o bem e o mal — e sobretudo sua origem — se articula com dificuldade.
A proposta do livro é lançar um olhar diferenciado sobre o diabetes, a partir da sociologia e da antropologia. A obra destaca a importância de ouvir com atenção as pessoas que vivenciam uma condição crônica como o diabetes: essa escuta pode subsidiar intervenções de saúde que sejam mais sensíveis aos aspectos culturais e favoreçam a interação entre profissionais e adoecidos. A pesquisa que originou a publicação utilizou metodologia qualitativa, incluindo consulta à literatura biomédica básica e a documentos de entidades ligadas ao diabetes, entrevistas com pacientes, familiares e profissionais de saúde, e observações em campo (no bairro, na residência e na unidade de saúde).
Este livro tem um diferencial em relação a outros que já escrevi: o tempo histórico em que ele foi escrito e a maioria dos acontecimentos que são narrados e analisados. Um tempo que afetou e impactou deforma diferente todos os seres humanos: o tempo da pandemia da Covid-19. Não só tempo de incertezas, medo do presente, mas também de busca de caminhos para mudanças sociopolíticas e culturais que possam manter viva a esperança para um futuro diferente. Um futuro que nos livre da barbárie do presente, que contemple novos horizontes, que reflita as mudanças operadas na sociedade, e não simples tentativa de regresso ao passado. Caminhos que iluminem alternativas para um futuro que restitua direitos e dignidades que estão sendo usurpados.
Esta é a transcrição do primeiro curso de Michel Foucault no Collège de France. Sua publicação marcará data na "recepção" de Foucault. Não se poderá mais lê-lo como antes. Aqui o leitor descobrirá a profunda unidade do projeto que vai de Vigiar e punir (1975), dominado pelos temas do poder e da norma, a O uso dos prazeres e O cuidado de si (1984), voltados para a ética da subjetividade. Estas Aulas sobre a vontade de saber lembram que o trabalho de Michel Foucault sempre teve um único objeto: a verdade. Depois deste curso, quem ousará falar de um Foucault cético?
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.