Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
A interseção entre a experiência da epidemia da aids no Brasil e a transição, no campo da saúde coletiva, de uma saúde internacional, para uma saúde global, no início do século XXI, resultou em um protagonismo singular brasileiro no cenário de resposta à aids. Protagonismo que atingiu seu ápice em 2001, quando o país e seu programa de aids foram considerados um modelo para o mundo. Este livro traça uma história da resposta ao HIV e à aids no Brasil e no mundo e como esta resposta moldou e foi moldada pelo campo da saúde global.
Escrito por pesquisadoras e pesquisadores negros de diferentes lugares do Brasil, o livro resgata personalidades negras que merecem ser reconhecidas por suas contribuições à História. 16 textos apresentam escravizados, recém-libertos, líderes espirituais, políticos, educadores, artistas de diversos campos, mulheres que estudaram e empreenderam a despeito de todos os preconceitos de gênero e de raça, mulheres que abriram caminhos com suas próprias mãos. Em suma, pessoas que viveram em suas épocas e marcaram a nossa História. Viabilizado graças a uma iniciativa do empresário Maurício Rocha, em parceria com o selo Sueli Carneiro, coordenado por Djamila Ribeiro, o livro contribui para a construção de uma nova identidade brasileira, por meio do resgate de uma consciência ancestral e coletiva.
A Sociologia da vida cotidiana se propõe a investigar, descrever e interpretar desde as simples ocorrências de rua até os fatos e fenômenos sociais relevantes e decisivos. Neste livro, o sociólogo José de Souza Martins faz um mergulho nesse campo e investiga peculiaridades da sociedade brasileira, particularmente sobre as Ciências Sociais dentro e fora da sala de aula, a desigualdade social, a cultura popular e a língua que falamos. Obra essencial para estudantes, pesquisadores e educadores da área, mas também a todos os interessados em compreender melhor a sociedade em que vivemos.
Na contramão do feminismo carcerário e punitivista, a cientista política Françoise Vergès, autora de Um feminismo decolonial (Ubu Editora, 2020), propõe uma crítica do recurso à polícia e à judicialização dos problemas sociais, e pergunta: como podemos proteger as populações vulneráveis – incluindo mulheres, migrantes, pessoas pobres e racializadas, minorias trans e queer, sem recorrer ao sistema penal que foi concebido justamente para criminalizá-las? Sua análise não apresenta soluções prontas para acabar com as violências de gênero e sexuais, mas visa contribuir para a reflexão sobre a violência como componente estruturante do patriarcado e do capitalismo, e não como uma especificidade masculina.
No comovente e aguardado primeiro volume de suas memórias presidenciais, Barack Obama narra, nas próprias palavras, a história de sua odisseia improvável, desde quando era um jovem em busca de sua identidade até se tornar líder da maior democracia do mundo. Com detalhes surpreendentes, ele descreve sua formação política e os momentos marcantes do primeiro mandato de sua presidência histórica ― época de turbulências e transformações drásticas. Obama conduz os leitores através de uma jornada cativante, que inclui suas primeiras aspirações políticas, a vitória crucial nas primárias de Iowa, na qual se demonstrou a força do ativismo popular, e a noite decisiva de 4 de novembro de 2008, quando foi eleito 44º presidente dos Estados Unidos, o primeiro afro-americano a ocupar o cargo mais alto do país.
A trajetória intelectual de Paul Singer, marcada por notável coerência, tem como um de seus pontos luminares a abordagem do socialismo democrático em construção e reconstrução no Brasil. Nesse sentido, os três textos que compõem o presente volume estão entre as contribuições potentes que Singer legou a esse campo de estudos.
Apresenta um breve histórico da Universidade Aberta da Terceira Idade da UERJ, destacando suas principais atividades desenvolvidas e serviços oferecidos.
Livro que conta o processo de criação da série de TV Unidade Básica, de Helena Petta, já em sua segunda temporada e televisionada por um importante canal de TV a cabo. Helena analisa no livro os limites e as potencialidades gerados pelo diálogo entre o campo da Saúde Coletiva e a comunicação na grande mídia, baseando-se na descrição densa do processo de elaboração da série em suas diversas etapas desenvolvimento; pré-produção, filmagem, edição dos episódios e divulgação, depoimentos de informantes-chave (profissionais envolvidos na produção da série e repercussões colhidas na mídia e redes sociais de forma não sistemática. O material empírico da pesquisa foi produzido e interpretado à luz de conceitos reconstrutivos considerados relevantes no campo da Saúde Coletiva e com pano de fundo o Sistema Único de Saúde SUS, eis um instrumento que pode ser usado na formação dos profissionais de saúde e a todo o público admirador da série.
A presente publicação é oportuna em virtude da agência do capital contra a educação pública e gratuita, e das manifestações hostis à liberdade de cátedra e de pensamento nos campos da ciência, da tecnologia, da cultura e da arte. É preciso interpelar os significados da vertiginosa queda nos gastos públicos com ciência e tecnologia e com as universidades públicas, concomitantemente ao processo de financeirização da educação superior privada – a partir da indução estatal pelo Fundo de Financiamento Estudantil – Fies, especialmente a partir de 2010. A combinação do garroteamento das verbas públicas com a hipermercantilização da educação superior privada produz uma realidade que não está em continuidade linear com o período 1960 -2014. A particularidade da situação atual somente pode ser apreendida em sua complexidade por meio de ferramentas teóricas que possibilitem compreender, interpretar e explicar a particularidade do capitalismo dependente. Os acontecimentos atuais fazem as proposições teóricas de Florestan Fernandes reverberarem de modo amplo e intenso.
Universidade pública e democracia reúne artigos escritos por João Carlos Salles ao longo da última década; em um estilo lapidar e com reflexões lúcidas, os textos abarcam os longos anos de militância na educação e apresentam análises da conjuntura atual. Filósofo e professor de lógica, Salles faz uma defesa apaixonada de um modelo radicalmente democrático de universidade, enquanto, de um lado, retrata um projeto utópico de educação nacional e, de outro, elenca as iniciativas antidemocráticas e os ataques direcionados à educação pública dos últimos anos. O ponto alto da obra é o enfrentamento do Future-se, programa apresentado pelo governo federal em 2019. O livro é dividido em três partes: na primeira, Salles desenvolve uma reflexão a respeito da universidade como instituição pública e democrática; na segunda, parte para sua experiência como professor e reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA); e, na terceira, faz uma análise dos atuais desmanches e ataques do governo à educação e à universidade, com especial atenção ao programa Future-se.
Este livro é o quarto volume da Coleção Criminologia de Cordel e faz uma denúncia pública dos abusos, arbitrariedades e violações a garantias constitucionais em favelas do Rio de Janeiro, por parte de policiais das Unidades de Polícia Pacificadora – UPPs. Contém 26 reportagens de Patrick Granja para o jornal A Nova Democracia. A maioria dos artigos possui um vídeo-reportagem correspondente. Vídeos que expõem imagens extremamente elucidativas sobre o ambiente irrespirável da “pacificação”.
Nos atendimentos de urgência e emergência, não se podem desprezar situações surgidas por agravos clínicos, notadamente os problemas de origem cardiovascular, respiratórios e metabólicos, entre outros. Para tornar mais eficiente o atendimento às urgências e emergências, é preciso dividir o problema em partes, e iniciar pelo atendimento pré-hospitalar. Essa abordagem é fundamental para aumentar as chances de sobrevida do paciente, permitindo que ele alcance e se beneficie do tratamento hospitalar.
A obra pretende desvendar o que seja uma urgência ou uma emergência em saúde a partir de duas perspectivas: a dos usuários e a dos profissionais da rede pública. A autora mostra um universo dinâmico e complexo a partir de um trabalho antropológico realizado na Faculdade de Medicina de Marília, em São Paulo. São decisões médicas, muitas vezes de suma importância para a manutenção da vida, muitas vezes questionáveis sob o ponto de vista ético. Cabe lembrar que o livro não só trabalha com a dicotomia médico/paciente, mostrando para o leitor outros atores envolvidos no trabalho na emergência e revelando que muitas vezes as ações médicas são antecedidas por pequenos passos e atitudes peculiares de significativa importância que não podem ser desconsiderados, como a de um motorista de ambulância ou o porteiro do hospital.
Esta coletânea traz um percurso coletivo de reflexão sobre a segunda experiência de prática de pesquisa da rede multicêntrica LAPPIS-NUCEM, onde seus integrantes dissertam sobre seus resultados enfatizando a tríade formação, pesquisa e incubação. Para celebrar sua conclusão, realizamos um simpósio nacional sob o mesmo título, com o intuito de oferecer uma devolutiva a seus pesquisados e às instituições que nos mantêm como representação direta da nossa sociedade, com abertura pública à participação do cidadão.
Como as utopias contam a História da América Latina? Com essa questão em vista, a historiadora Maria Ligia Prado, um dos grandes nomes da área no Brasil, conseguiu a façanha de reunir importantes especialistas de todo o continente neste livro instigante. Dividida em 5 seções – Utopias étnico-raciais e de gênero; Utopias do conhecimento; Utopias, representações e imaginários; Utopias políticas; Utopias da integração e da identidade latino-americana –, a obra ousa ao examinar a historicidade da utopia, com vistas a iluminar a distopia do presente.
As vacinas e os processos que envolvem a vacinação estão no centro dos debates sobre o enfrentamento à pandemia de Covid-19. Em meio à emergência global, falar sobre a trajetória das vacinas tem sido fundamental para reforçar a importância coletiva do ato de vacinar. Vacinas, livro que integra a coleção Temas em Saúde, aprofunda as informações sobre o tema diante desse contexto.
A questão dos refugiados tem ganhado holofotes pelo mundo inteiro, mas o preconceito, a xenofobia, as fake news e o medo frequentemente atrapalham a discussão. Para auxiliar na compreensão desse tema tão complexo e combater a desinformação, as jornalistas Aryane Cararo e Duda Porto de Souza reuniram histórias de vida emocionantes, de pessoas de mais de quinze nacionalidades, que vieram para o nosso país pelos mais variados motivos -- desde dificuldades financeiras até perseguição baseada em raça, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero ou opinião política --, todas em busca de um lugar onde pudessem de fato viver. Com uma linguagem acessível, a obra também traça um panorama histórico do refúgio no Brasil e no mundo, apresentando conceitos e dados, e traz infográficos sobre os principais conflitos que geraram esses fluxos migratórios. O resultado é um material humano e sensível, que dá voz a quem precisa ser ouvido e celebra as diferenças que tornam nossa nação tão plural.
Os novos modelos de constituição da constelação familiar e a maneira como as mudanças nos padrões de comportamento podem desencadear conflitos nas relações, muitas vezes vêm acompanhados do consumo abusivo de drogas. Ampliar a compreensão sobre a dinâmica
Vamos falar de relações raciais? Crônicas para debater o antirracismo , de Cidinha da Silva, é muito mais do que um simples livro. É uma obra colaborativa, gestada por diversas mãos que se uniram em meio aos desafios da pandemia para trazer à luz um material rico e provocativo.
O tema principal do presente livro é a velhice e o processo de envelhecimento de diferentes segmentos da população brasileira. No entanto, os contextos em que o velho ou idoso marcam presença variam entre textos e autores, evidenciando as múltiplas formas de se viver a velhice e os desafios sociais e econômicos que demandam políticas públicas para com aqueles que envelhecem. Esta obra oferece a oportunidade de comparar realidades distintas e experiências singulares, as quais suscitam o debate em torno de direitos sociais e específicos daquele que envelhece. Nisso reside seu valor e a legitimidade de trazer ao público leitor os esforços dos pesquisadores envolvidos e as potencialidades de um novo campo científico, a Gerontologia.
Coletânea de artigos abordando temas como o setor saúde em face do envelhecimento populacional, os programas para a terceira idade no Brasil, indicadores demográficos e sociais, automedicação e cuidadores de idosos.
Quando os idosos se tornam a maioria da população, o mundo entra em colapso econômico e uma crise social se instaura. Enquanto jovens recorrem a tratamentos anti-idade cada vez mais avançados, velhos são jogados à margem da sociedade. É nesse lugar que três personagens de diferentes idades se perguntam sobre qual o sentido de envelhecer em um mundo que despreza a velhice. Velhos demais para morrer, de Vinícius Neves Mariano, foi o vencedor na categoria romance do Prêmio Malê de Literatura. Vinícius constrói uma distopia, em que a imposição antienvelhecimento da sociedade atual é projetada em outra sociedade ficcional, onde a luta desesperada contra os efeitos da passagem do tempo, se configura em um romance original, instigante e envolvente.
Este livro reúne os estudos mais recentes do Nupens/USP sobre a evolução das condições de saúde e nutrição da população brasileira. O período coberto pelos estudos é variável, estendendo-se de 1974 a 2014. A primeira parte aborda a evolução de determinantes imediatos do estado de saúde: a alimentação, a atividade física e o tabagismo. A segunda trata da evolução do estado nutricional da população, focalizando a desnutrição e a obesidade. A terceira parte compreende estudos sobre a evolução da saúde de mães e crianças, de doenças infecciosas, da Aids, de neoplasias, das doenças do aparelho circulatório e das violências e homicídios.
É fácil ignorar o problema quando você está vivendo em sua bolha, provoca a letra de música na introdução deste livro. O problema, trazido à tona nas páginas seguintes, é o despreparo de nosso sistema de saúde, tanto público quanto privado, para oferecer assistência digna a mulheres lésbicas, bissexuais e homens trans. Uma pauta frequentemente ignorada por quem vive na bolha da cis-heteronormatividade. Larissa Darc nos convida a uma conversa sobre os porquês da invisibilidade do tema. Ao escrever este livro, ela supera o desafio duplo de se colocar como parte do "problema", enquanto mulher bissexual, e de abordar um assunto que é um grande tabu: o sexo entre vaginas (sim, é sexo mesmo!).
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.