Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Trabalhar na saúde engloba uma multiplicidade de atores e uma diversidade de processos nos serviços públicos, seja na Estratégia Saúde da Família, nos ambulatórios, nos hospitais ou nas emergências. Aos médicos e às equipes de enfermagem, somam-se os agentes comunitários de saúde.Uma análise, ao mesmo tempo, abrangente e detalhada sobre essa complexa realidade é o que oferece esta coletânea, que combina teoria e prática para lançar luz sobre uma série de questões polêmicas, como o sofrimento e o desgaste físico e psíquico vivenciados pelos trabalhadores da saúde; o paradoxo entre a missão de cuidar e a ausência de meios; e a necessidade de ‘invenções’ cotidianas para atender às expectativas dos usuários.
Vários dos achados nesse livro comprovam que o trabalho no setor da saúde vem sendo caracterizado por situações de muitas tensão, provocando frequantes repercussões psicossociais sobre os trabalhadores do setor. Nota-se, ..., que os trabalhadores do SUS municipal vêm padecendo de sofrimento físico-mental diante das condições de precarização e intensidade do trabalho. O mais importante de tudo isso é que os autores não deixam, em nenhum momento, de articular muito bem essa degradante situação do trabalho em saúde com as transformações contemporâneas do modo de produção capitalista e de suas relações com a forma Estado no nosso país. Sem dúvida, trata-se de obra essencial para ampliar o horizonte daqueles ... preocupados com o campo do trabalho em saúde e não ficarem restritos a uma análise dissociada do perverso movimento totalizante do capital.
O trabalho de muitos pesquisadores não se restringe ao laboratório. Aqueles que estudam zoonoses – doenças transmitidas por animais – estão entre os que costumam ir a campo. Suas atividades podem incluir expedições a campo para a captura de animais silvestres e coleta de amostras biológicas. No imaginário, algo associado ao senso de aventura. Na prática, tarefa fundamental à pesquisa e à vigilância ambiental e epidemiológica, exercida por profissionais continuamente expostos ao risco de infecção por bactérias, vírus e outros parasitas transmitidos por animais. Contribuir para a capacitação desses profissionais é o objetivo deste livro. A coletânea apresenta e discute diversos aspectos importantes para evitar acidentes e assegurar a proteção do profissional e do ambiente no trabalho de campo com animais, bem como os procedimentos necessários antes e depois da expedição.
A partir de uma pesquisa bibliográfica aprofundada e de entrevistas e relatos de mulheres de diferentes idades e origens que exercem a profissão de trabalhadoras domésticas, este 11º volume da Coleção Feminismos Plurais traça um painel histórico e social do trabalho doméstico no Brasil. A autora Juliana Teixeira uniu sua experiência pessoal como filha de uma trabalhadora doméstica com sua pesquisa de doutorado em Administração apresentado ao Centro de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais - CEPEAD/UFMG para traçar as origens históricas escravocratas da condição atual da mulher trabalhadora doméstica e discutir a importância da regulamentação dessa atividade, além das interseccionalidades de entre gênero, raça e classe desse grupo, assim como o racismo estrutural e o papel da branquitude no assunto, seja por meio de suas ações ou dos silenciamentos que promove. Trabalho Doméstico apresenta uma discussão indispensável, escancarando as desigualdades e opressões sofridas pela categoria e enfatizando a presença da nossa herança colonial escravista ainda na sociedade atual.
O livro traz uma coletânea de textos que abordam questões acerca dos direitos, da ética, do trabalho e das políticas públicas que vêm sendo estudadas e debatidas no campo do Serviço Social.
O livro traz ao leitor uma análise do significado da categoria trabalho em Marx e de sua relação com a emancipação humana. Resultado de estudo minucioso sobre os Grundrisse – manuscritos que precedem à redação de O Capital –, o livro expõe inicialmente a amplitude do conceito de trabalho aí encontrado bem como os traços que distinguem esta atividade no mundo moderno, marcado tanto pela alienação dos indivíduos, quanto pela universalização de suas determinações.
O livro se propõe a abordar questões que povoam o universo do trabalho e das formas de sua gestão. O trabalho é analisado em seus aspectos práticos e objetivos, em suas representações, seus saberes e como estruturador do funcionamento psicológico dos indi
Esta obra se propõe a contribuir com as desafiantes indagações que tantos docentes-educadores(as) se colocam no convívio com crianças e adolescentes forçados a trabalhar para sobreviverem. Como valorizar as experiências de infância que eles trazem às escolas? O trabalho os forma/deforma, humaniza/des-humaniza? Que saberes, valores do trabalho, que leituras da cidade, dos campos trazem para a escola? O texto, aqui apresentado, destaca como docentes-educadores(as) reinventam a docência, os currículos, para que essas infâncias tenham garantido o direito a saber-se nesses exercícios tensos de ser criança.
O livro oferece uma série de propostas e abordagens para profissionais do SUS, além de estudantes e pesquisadores. São contribuições sobre aspectos sócio-históricos, teórico-conceituais, jurídicos e práticos que possam ampliar os debates acerca do trabalho infantil. De forma ampliada, a obra busca contribuir para uma visão em que a atenção integral à saúde seja efetivamente reconhecida como um direito universal.
Sohn-Rethel desenvolve a tese ousada de que a análise marxiana da mercadoria é chave não só da crítica da economia política, mas também da origem histórica do próprio pensamento conceitual ocidental e da divisão entre “cabeça e mão” que dele decorre: “a separação entre trabalho intelectual e manual é tão imprescindível para a dominação da classe burguesa quanto a propriedade privada dos meios de produção.” Ao cunhar o conceito de “abstração real” e reposicionar as discussões sobre ciência, técnica e epistemologia no campo marxista, a obra de Sohn-Rethel apresenta fertilidade duradoura para a filosofia crítica contemporânea, inspirando autores como Slavoj Žižek, Anselm Jappe, Antonio Negri e Giorgio Agamben, entre outros.
Nesta obra estão registradas afirmações inteiramente inovadoras sobre as violências cometidas contra as mulheres e suas consequências sobre o acesso ao emprego. De modo totalmente inesperado, as pesquisas cada vez mais numerosas sobre o corpo e a sexualidade encontram seu prolongamento no mundo do trabalho, em meio aos avatares da igualdade profissional. Novas maneiras de apreender a cultura e as artes sob o prisma do gênero também fazem parte dos textos. A obra traz o prólogo de Angela Davis, que, de acordo com Maruani, 'melhor que qualquer pessoa, fala das questões de classe, de raça e de sexo que atravessam o mundo do trabalho'. E ainda conta com epílogo de Michelle Perrot. A apresentação da edição brasileira é das pioneiras em estudo de gênero, Bila Sorj e Helena Hirata.
Obra que investiga, de forma sensível, a assistência prestada no Sistema Único de Saúde (SUS) aos usuários que enfrentam questões de saúde mental relacionadas às suas vivências nos ambientes de trabalho. A autora revela em sua pesquisa a importância do cuidado integral em saúde e do compartilhamento de saberes e experiências entre trabalhadores e usuários do Sistema.
Quem eram os traficantes de africanos escravizados? Como se dava a sua participação no negócio nefasto de compra e venda de seres humanos? Qual a sua inserção na sociedade? Depois das manifestações do Black Lives Matter após o assassinato de George Floyd, nos EUA, e da derrubada da estátua do traficante Edward Colston, em Bristol, na Inglaterra, em 2020, tais perguntas estão na ordem do dia. E sendo o Brasil a principal nação escravista das Américas, responsável pela importação de mais de cinco milhões de africanos em mais de 300 anos de tráfico, as respostas tornam-se ainda mais urgentes.
Este livro sério e fascinante sobre a teoria da dependência é uma ótima alternativa às comemorações ufanistas do bicentenário da primeira “transição transada” (expressão de Florestan Fernandes) da história deste país. O leitor é incentivado a caminhar pelas trilhas da teoria da dependência, trajetória que só adquire inteligibilidade quando vista em suas distintas inserções nas lutas anti-imperialistas. Nesta odisseia teórico-política, destacam-se Ruy Mauro Marini, Theotônio dos Santos e Vânia Bambirra. Rodrigo Castelo faz análises brilhantes dos aparelhos de hegemonia, inclusive em universidades de ponta, que foram, no Brasil e em outros países, fundamentais para os diversos momentos do desenvolvimentismo e também para os avanços e recuos da teoria da dependência. Lúcio Flávio Rodrigues de Almeida - PUC SP
As cláusulas sociais de condenação tanto do incesto como da pedofilia permanecem implacáveis, uma vez que violam elementos primordiais do contrato fundante da civilização ao ignorarem a diferença geracional, a interdição do incesto, a castração simbólica e a submissão à lei da cultura a partir do pacto edípico. As tramas da perversão adulta intrafamiliar quando atingem crianças e adolescentes causam traumas violentos que tecem malhagens catastróficas em seus psiquismos. A singularidade do papel e da atuação do psicanalista em meio a outros discursos aponta a criação de condições para que o sujeito em tratamento psicanalítico invente outras possibilidades afetivas de enfrentar seu trauma, fazendo com que o segredo do abuso sexual deslize da sua faceta de sigilo para a de enigma – e que, como tal, possa instigar o sujeito, ao longo da vida, a distintos níveis de elaboração que darão um destino menos sofrido e mais criativo à sua dor e seu estar no mundo. Este livro reúne contribuições inovadoras ao entendimento do papel do psicanalista para ajudar o paciente a enfrentar as tramas rompidas, enfraquecidas e esburacadas pelo trauma da violência sexual intrafamiliar, Os escritos advindos na sua maior parte de evento sobre o tema, organizado pelo Projeto CAVAS da Universidade Federal de Minas Gerais – instituição que ocupa um lugar importante pela relevância social de suas pesquisas e atendimento clínico no campo psicanalítico dentro da rede multiprofissional e interinstitucional de enfrentamento da violência infanto-juvenil – têm como objetivo discutir a possibilidade de reconstrução de vínculos fundamentais à integridade psíquica do sujeito, da família e da comunidade. Renata Udler Cromberg
A publicação pretende ser mais um meio de visibilizar as resistências que se tecem na relação entre grupos sociais e grupos acadêmicos para o enfrentamento de conflitos ambientais: existimos e resistimos, ao questionar epistemes, experimentar possibilidades outras na formação de pessoas e na construção de conhecimentos, e ao recriar a relação universidade-sociedade, alimentados por outros sentidos.
Trata-se de uma peculiar jornada aos bastidores da medicina em que o autor apresenta, de forma agradável e divertida, histórias e situações em que os profissionais de saúde empregam variadas figuras de linguagem para fazer chistes, troças, comentários jocosos - a gíria. Buscando desvendar a que necessidades da prática cotidiana essa linguagem serve, Chistopher Peterson tem a coragem de ultrapassar o que poderia ser considerado 'politicamente correto' e discutir aspectos da prática médica pouco conhecidos pelo público em geral.
A coletânea reúne parte da produção acadêmica do Encontro Transdisciplinar de Afrobrasilidades, no Rio de Janeiro, com o intuito de mostrar que as diversas maneiras de se falar sobre afrobrasilidade transcendem seus campos de convergência , expondo o caráter transdisciplinar do tema capítulos como patrimônio cultural e colecionismo, relações raciais em sala de aula, religião e subjetividade social, Lei 10.639,imagens e movimentos, cultura afro-brasileira e cotidiano escolar, práticas culturais e música.
Letícia Nascimento, em Transfeminismo, através de uma linguagem acessível e didática, traz ao público geral explicações necessárias sobre os conceitos de gênero, transgeneridade, mulheridade, feminilidade e feminismo. Mostra como cada vez mais é necessário que as pessoas estejam abertas às diversas existências que não necessariamente se encaixam no organização binária e cisgênera do mundo. Um primeiro passo nesse sentido é conhecer as experiências de quem faz parte desses grupos e esse livro, escrito por uma mulher travesti, negra e gorda, que está presente nos meios acadêmicos e é inspiração para outras mulheres transexuais e travestis, apresenta essas vivências, traz conceituações históricas e situa o transfeminismo dentro dos demais feminismos existentes.
O livro traz a experiência do autor em sua convivência com os Wari’ (ou Pacaás Novos), povo indígena mais numeroso no estado de Rondônia, com cerca de 2.700 indivíduos. Apresenta, em linguagem precisa e agradável, uma abrangente descrição das condições de alimentação e nutrição locais, levando em consideração a especificidade cultural das comunidades amazônicas. A obra demonstra o quão importante é não prescindir de cuidadosa contextualização dos achados no conjunto das práticas nativas e das ideias que as orientam, seja qual for o campo sob investigação.
O conjunto de textos desse livro visita variados temas com uma preocupação constante: enxergar o verso das questões para nele tecer, com categorias encontradas nos pensamentos de Bakhtin, Vigotski e Bateson, elementos de respostas que sustentem uma prática de relações educativas.
Importante contribuição para os estudos de gênero e sexualidade, migrações transnacionais e história do trabalho. A autora nos brinda com uma excelente etnografia multissituada de longa duração que relaciona gênero e sexualidade, migrações internacionais, mercado de trabalho e identidade nacional num mundo desigual.
Este livro procura abranger o campo dos transplantes e realizar discussão de temas éticos e morais ligados a esta forma de prática médica que atende a uma necessidade de saúde. Entre os assuntos tratados salientam-se a obtenção de órgãos de cadáveres e de doadores vivos, os critérios de determinação da morte e o consentimento para a retirada de órgãos. Entre as questões examinadas estão as propostas para retirada rotineira de órgãos de cadáveres, os critérios para a obtenção de órgãos e de tecidos de doadores vivos, de fetos, de animais, assim como os problemas éticos atuais dos implantes artificiais.
Esse manual, objetivo e prático, é o seu melhor guia na abordagem clínica dos pacientes transgêneros. A proposta do livro é ensinar os profissionais da saúde dos três níveis da atenção a fazer uma abordagem humanizada, técnica e responsável capaz de garantir atendimento às demandas específicas desse grupo populacional. Diante do aumento da frequência de atendimento a pacientes cuja autoidentidade de gênero não corresponde com o gênero atribuído ao nascimento, cabe aos médicos, amparados por uma equipe multidisciplinar, fornecer o tratamento ético e seguro a essa população. Este livro abrange os principais temas clínicos que envolvem o transtorno de identidade de gênero: Definições. Epidemiologia. Avaliação inicial. Diagnóstico clínico, psiquiátrico e sexológico. Tratamentos medicamentoso e cirúrgico. Aspectos específicos necessários para a terapêutica de pacientes pediátricos e idosos. Atendimento ginecológico e obstétrico. Aspectos clínicos da vida do atleta transgênero de alto rendimento. É uma obra, em formato de manual, inédita e imprescindível a qualquer médico que se depare com pacientes inconformados com o gênero designado ao nascer.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.