Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
A realidade está além do nosso alcance? A verdade e a loucura são sintomas da mesma doença? Benjamín Labatut, autor do cultuado Quando deixamos de entender o mundo, lança mão de uma pintura de Hieronymus Bosch, o terror atávico de H. P. Lovecraft, a lógica radical de David Hilbert e a iluminação delirante do escritor de ficção científica Philip K. Dick para falar sobre estranhas mudanças na experiência humana. Seguindo os caminhos da desrazão, e a partir de teorias científicas, obras literárias, experiências pessoais (como uma acusação de plágio que Labatut recebeu de uma leitora) e a história recente do Chile e do mundo (passando pelos horrores da ditadura de Pinochet, a ascensão mundial de uma extrema direita e chegando aos protestos que levaram a população chilena às ruas em 2019), o autor mergulha na descoberta do caos numa tentativa de remover a pedra da loucura que cresce como um bulbo em nossa testa, enquanto o mundo toma formas nas quais não podemos mais acreditar. Nos dois ensaios que compõem esta fascinante obra ("A extração da pedra da loucura" e "A cura da loucura"), Benjamín Labatut enfim nos lembra que, às vezes, enlouquecer pode ser uma resposta adequada à realidade, e que o preço que pagamos pelo conhecimento é a perda da compreensão.
A planta do mundo, novo livro do botânico e fundador da neurobiologia vegetal Stefano Mancuso, dá destaque à inclinação literária desse cientista apaixonado pelas plantas. Ganhador do prêmio Galileo de escrita literária de divulgação científica de 2018 com o best-seller A revolução das plantas, neste novo livro Mancuso reúne narrativas saborosas sobre curiosidades históricas que de um modo ou de outro envolvem plantas. O livro trata das árvores da liberdade plantadas na Revolução Francesa, das cidades sem plantas, dos troncos de árvore especiais para fazer violinos Stradivarius, de sementes enviadas à Lua e até mesmo do caso em que um perito botânico ofereceu provas para desvendar um crime. As plantas estão em toda parte para quem está aberto a percebê-las. Mancuso é um grande educador dessa sensibilidade para novos leitores. “Assim como ocorre na floresta, onde cada árvore está ligada a todas as outras por uma rede subterrânea de raízes que as une formando um superorganismo, as plantas constituem a nervura, o fundamento, o mapa (ou planta) com base no qual se constrói o mundo em que vivemos. Não ver essa planta, ou pior, ignorá-la, acreditando que estamos acima da natureza, é um dos perigos mais graves para a sobrevivência da nossa espécie.”
Em um mundo em que temos acesso tão fácil a uma enorme quantidade de dados, como é possível nos sentirmos tão perdidos em relação ao que é tido como conhecimento confiável? Como a sociedade chegou a um ponto de duvidar de toda verdade em uma realidade repleta de fatos? Para tentar responder a essas - e algumas outras - perguntas, levando em consideração o impacto dos dados para a produção científica, a pesquisadora italiana Sabina Leonelli escreveu o livro A Pesquisa Científica na Era do Big Data: cinco maneiras que mostram como o Big Data prejudica a ciência, e como podemos salvá-la.O livro reúne ideias e lições extraídas dos muitos anos de estudos e pesquisas da autora, refletindo sobre como cientistas podem utilizar os chamados Big Data para realmente atender às necessidades da sociedade. Mas como é possível, afinal, caracterizar a expressão Big Data ? É o que a pesquisadora busca fazer no primeiro capítulo, mostrando que, ao contrário do que o senso comum costuma levar em consideração, o termo não se refere apenas a quantidade. Há uma série de outros aspectos relacionados aos dados. Leonelli menciona, inclusive, uma série de características que têm sido associadas ao Big Data nos últimos anos, os chamados sete "Vs": volatilidade; variedade; volume; validade; veracidade; valor; velocidade. "O Big Data , portanto, não são apenas muitos dados . O que realmente o caracteriza são as várias formas como é produzido e circula entre os diferentes setores sociais.
Muitas são as disciplinas que têm se dedicado ao estudo das ações do Estado, sobretudo a partir dos anos 1980, quando começaram a ganhar fôlego as pesquisas sobre as políticas públicas. Não só diferentes disciplinas se voltaram para esse campo, como os estudos passaram a focar uma grande variedade de temas. Se, por um lado, a pluralidade de olhares contribui para o avanço das pesquisas, por outro, a dispersão disciplinar e temática indica um risco de fragmentação do campo. A necessidade de sistematizar os estudos na área, mas sem abrir mão de um panorama abrangente, motivou o lançamento desta coletânea, que propõe um diálogo entre ciência política, sociologia, administração pública, antropologia, direito, psicologia, demografia, história e relações internacionais.
“Uma caixa de ferramentas para ser usada contra a ofensiva neoliberal e conservadora, mas também uma investigação tramada ao calor das assembleias, das mobilizações, das greves internacionais do 8 de março, que conecta as violências econômicas, financeiras, políticas, institucionais, coloniais e sociais.” Assim o jornal argentino Página 12 definiu o livro A potência feminista, ou o desejo de transformar tudo, de Verónica Gago. Um feminicídio é registrado a cada 29 horas na Argentina — um a cada oito horas, no Brasil. Verónica Gago assume a realidade e a luta das mulheres latino-americanas como ponto de partida para as análises de A potência feminista. Foi a violência estrutural e homicida contra as mulheres argentinas que desencadeou o movimento #NiUnaMenos, que logo se espalhou pelo continente. Cientista política, professora da Universidade de Buenos Aires e militante feminista, Verónica Gago engrossou o movimento, participou de assembleias, marchas e protestos, e, por dentro da mobilização, e em diálogo permanente com luta de mulheres de outros países, passou a enxergar a força contestatária do feminismo latino-americano para muito além do “identitarismo” e do “vitimismo”. Quando encarado em sua dimensão de raça, de classe, plurinacional, antiextrativista, e ao ganhar as massas, como tem ocorrido na Argentina com as manifestações pela descriminalização do aborto, o feminismo se torna revolucionário — e aponta inequivocamente para o desejo de transformar tudo. Essa é a tese defendida pela autora em A potência feminista. O livro dialoga com as ideias de Silvia Federici, Angela Davis, Nancy Frazer, Wendy Brown, Rosa Luxemburgo e Karl Marx, entre outras pensadoras e pensadores clássicos e contemporâneos. E defende a proposta da greve internacional feminista como instrumento revolucionário que visibiliza trabalhos e condições das mulheres invisibilizados historicamente pelo sistema. A realidade latino-americana obriga o feminismo a sair do binarismo vítima/algoz e a atravessar os conflitos enfiando transversalidade no “tremor simultâneo das camas, das casas e dos territórios”, explica Verónica Gago, sem deixar nada de fora, porque as lutas feministas atravessam tudo. É preciso reconceitualizar as violências machistas e politizá-las, para reconhecer seu horror e desarmá-lo.
Neste livro são abordados diversos aspectos da prática médica que podem ser aplicados em qualquer lugar do País, enfatizando peculiaridades do trabalho nas cidades do interior, com suas particularidades e dificuldades.
O interesse em desenvolver a Cartilha “A primeira viagem de mamãe Eva” foi contribuir para a melhoria nas condições de vida das populações que são assistidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no campo da saúde materno-infantil, integrando-a à prática odontológica. É um material didático e técnico que vem ao encontro da necessidade fundamental e básica de promoção da saúde materno-infantil no campo da saúde bucal coletiva que transcende
As privatizações são eficientes? Empresas privadas são mais capazes de entregar um serviço de qualidade e acessível do que as estatais? Privatizações aumentam o custo? Na realidade, todas as formas de prestação têm seus méritos e suas falhas. Entender as condições adequadas para que cada uma funcione com eficácia é a chave. Prêmio Jabuti Acadêmico 2024 em Administração Pública e de Empresas, Ciências Contábeis e Turismo.
Para este livro, os autores interessaram-se principalmente em aprofundar e expandir teoricamente o conceito Continente-Conteúdo, apresentado por Bion como modelo do funcionamento psíquico, nos seus vários desenvolvimentos e articulações com os Elementos de Psicanálise com a Teoria do Pensamento.
Psicanálise na encruzilhada vem ao encontro do desejo — eminente no mundo psicanalítico — de exercitar um pensar que possibilite um diálogo com as demais áreas do conhecimento, correlacionadas com a problemática do racismo no Brasil, mas sobretudo, desenvolve ideias que visam trabalhar as especificidades do saber psicanalítico e suas contribuições para o estudo desse campo — entre desafios e paradoxos.
O PROSPED-PUC/Campinas tem investido no desenvolvimento de trabalhos que contribuam para a superação de problemas que se manifestam de modo recorrente nos diversos contextos educativos, lançando mão dos conhecimentos teóricos e metodológicos da Psicologia Histórico-Cultural, em especial dos formulados por Vygotsky. Atuando na interface entre a pesquisa e a intervenção, tem buscado realizar trabalhos dentro das instituições educativas a fim de desencadear a reflexão entre as teorias sobre desenvolvimento e aprendizagem e sua aplicabilidade, visando demonstrar aos profissionais a contribuição que os conhecimentos da psicologia podem trazer para a educação, sobretudo no que concerne à compreensão do processo de apropriação de conhecimentos e da cultura por crianças e jovens. Este livro apresenta alguns trabalhos desenvolvidos por pesquisadores, sinalizando caminhos para a superação de problemas enfrentados no cotidiano dos espaços educativos, e serve de estímulo a todos os interessados em desenvolver atividades inovadoras utilizando-se da arte e de seu potencial transformador de concepções, pensamentos e ações.
A criança no esporte deve ser encarada como criança, e não como uma miniatura do adulto. Portanto, as atividades esportivas devem ocorrer num ambiente alegre e prazeroso, onde ela possa se sentir bem e se divertir sem aquela pressão que normalmente é imposta a ela. Deve-se evitar frustrações, aborrecimentos e estresse constante em caso de maus resultados, assim como realizar competições com adversários da mesma categoria e faixa etária. Além disso, é importante amenizar o controle que se faz sobre os jovens esportistas em relação a sua vida dentro e fora do esporte, obrigando-os a levar um estilo de vida muito diferente dos demais jovens. Não podemos associar o sucesso da criança no esporte ao número de vitórias nas competições, mas, sim, ao esforço, à garra, à luta, à dedicação, à disciplina. Temos que ter outros parâmetros que não sejam somente a vitória nas competições.
O livro traz subsídios para a organização de um programa de informações por meio da educação, reeducação e terapia psicomotora voltado para o idoso. Também reúne reflexões concernentes ao trabalho psicomotor e sua contribuição na construção e preservação da saúde do idoso para uma melhor qualidade de vida.
O que é o Clube dos Saberes para o Arthur? É “um processo de autoprodução e de produção do outro. . . não é somente um saber-fazer ou um saber a respeito das coisas. . . é a sustentação da reciprocidade, na qual, como dissemos, cada um é ao mesmo tempo ofertante e demandante de saberes”. Com essa noção o autor consegue embaralhar papéis sem sugerir o caos. O Clube dos Saberes é um espaço em que profissionais, pacientes e comunidade se apoiam mutuamente. O efeito terapêutico é diluído para ganhar em potência, em eficácia e em durabilidade. Não se trataria de um equipamento substitutivo ou alternativo a outros, mas de um recurso adicional para a construção de saúde e de cidadania. Saúde das pessoas e das instituições. Ele trabalha com o objetivo ambicioso de despiramidalizar os saberes e os lugares institucionais clássicos sem provocar desresponsabilização e sem apagar as diferenças; pelo contrário, o Clube valoriza as diferentes potências e os distintos acúmulos das pessoas e das culturas. Como Pichon-Rivière, ele aposta que com a organização e a oferta sistemática dessa diversidade possam ocorrer mudanças no “conjunto de experiências, conhecimentos e afetos”.
Organizado em contos mais extensos, curtos e curtíssimos, A pupila é preta” é um livro vibrante que expõe as fricções das relações raciais no Brasil, se atendo, principalmente, aos afetos que o racismo inaugura, aprisiona ou encerra. Com emotividade, ironia e humor, Cuti parece ter um alvo definido, os pontos existenciais de interrogação no fundo negro das pupilas de cada um”, e, justamente, por iluminar o que nos une e separa, que a fruição desta obra se torna um momento imprescindível para os leitores.
Esta publicação reúne trabalhos realizados ao longo de quatro décadas sobre temas que, direta ou indiretamente, focalizam a qualidade do ensino na escola pública. Os estudos reunidos não têm a intenção de recobrir o tema da qualidade do ensino em toda a sua complexidade. Propõem-se, comente, colocar em discussão as questões de qualidade vinculadas ao processo de extensão das oportunidades educacionais às classes populares.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.