Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
A questão dos refugiados tem ganhado holofotes pelo mundo inteiro, mas o preconceito, a xenofobia, as fake news e o medo frequentemente atrapalham a discussão. Para auxiliar na compreensão desse tema tão complexo e combater a desinformação, as jornalistas Aryane Cararo e Duda Porto de Souza reuniram histórias de vida emocionantes, de pessoas de mais de quinze nacionalidades, que vieram para o nosso país pelos mais variados motivos -- desde dificuldades financeiras até perseguição baseada em raça, religião, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero ou opinião política --, todas em busca de um lugar onde pudessem de fato viver. Com uma linguagem acessível, a obra também traça um panorama histórico do refúgio no Brasil e no mundo, apresentando conceitos e dados, e traz infográficos sobre os principais conflitos que geraram esses fluxos migratórios. O resultado é um material humano e sensível, que dá voz a quem precisa ser ouvido e celebra as diferenças que tornam nossa nação tão plural.
Os novos modelos de constituição da constelação familiar e a maneira como as mudanças nos padrões de comportamento podem desencadear conflitos nas relações, muitas vezes vêm acompanhados do consumo abusivo de drogas. Ampliar a compreensão sobre a dinâmica
Vamos falar de relações raciais? Crônicas para debater o antirracismo , de Cidinha da Silva, é muito mais do que um simples livro. É uma obra colaborativa, gestada por diversas mãos que se uniram em meio aos desafios da pandemia para trazer à luz um material rico e provocativo.
O tema principal do presente livro é a velhice e o processo de envelhecimento de diferentes segmentos da população brasileira. No entanto, os contextos em que o velho ou idoso marcam presença variam entre textos e autores, evidenciando as múltiplas formas de se viver a velhice e os desafios sociais e econômicos que demandam políticas públicas para com aqueles que envelhecem. Esta obra oferece a oportunidade de comparar realidades distintas e experiências singulares, as quais suscitam o debate em torno de direitos sociais e específicos daquele que envelhece. Nisso reside seu valor e a legitimidade de trazer ao público leitor os esforços dos pesquisadores envolvidos e as potencialidades de um novo campo científico, a Gerontologia.
Coletânea de artigos abordando temas como o setor saúde em face do envelhecimento populacional, os programas para a terceira idade no Brasil, indicadores demográficos e sociais, automedicação e cuidadores de idosos.
Quando os idosos se tornam a maioria da população, o mundo entra em colapso econômico e uma crise social se instaura. Enquanto jovens recorrem a tratamentos anti-idade cada vez mais avançados, velhos são jogados à margem da sociedade. É nesse lugar que três personagens de diferentes idades se perguntam sobre qual o sentido de envelhecer em um mundo que despreza a velhice. Velhos demais para morrer, de Vinícius Neves Mariano, foi o vencedor na categoria romance do Prêmio Malê de Literatura. Vinícius constrói uma distopia, em que a imposição antienvelhecimento da sociedade atual é projetada em outra sociedade ficcional, onde a luta desesperada contra os efeitos da passagem do tempo, se configura em um romance original, instigante e envolvente.
Este livro reúne os estudos mais recentes do Nupens/USP sobre a evolução das condições de saúde e nutrição da população brasileira. O período coberto pelos estudos é variável, estendendo-se de 1974 a 2014. A primeira parte aborda a evolução de determinantes imediatos do estado de saúde: a alimentação, a atividade física e o tabagismo. A segunda trata da evolução do estado nutricional da população, focalizando a desnutrição e a obesidade. A terceira parte compreende estudos sobre a evolução da saúde de mães e crianças, de doenças infecciosas, da Aids, de neoplasias, das doenças do aparelho circulatório e das violências e homicídios.
É fácil ignorar o problema quando você está vivendo em sua bolha, provoca a letra de música na introdução deste livro. O problema, trazido à tona nas páginas seguintes, é o despreparo de nosso sistema de saúde, tanto público quanto privado, para oferecer assistência digna a mulheres lésbicas, bissexuais e homens trans. Uma pauta frequentemente ignorada por quem vive na bolha da cis-heteronormatividade. Larissa Darc nos convida a uma conversa sobre os porquês da invisibilidade do tema. Ao escrever este livro, ela supera o desafio duplo de se colocar como parte do "problema", enquanto mulher bissexual, e de abordar um assunto que é um grande tabu: o sexo entre vaginas (sim, é sexo mesmo!).
A educação como ferramenta de insubordinação contra o assombro colonial, como instrumento de transgressão das hierarquias do poder. Este pode ser um breve resumo do que Luiz Rufino apresenta nesta coletânea de artigos sobre educação e descolonização. Pensada não para gerar conformidade, mas divergência, a educação é a força que possibilita o processo de descolonização. A partir dessas premissas Rufino levanta discussões relevantes e atuais sobre o processo educacional, além de apontar caminhos.
O objetivo de Ventres livres? Gênero, maternidade e legislação é explorar, pela perspectiva do gênero, da raça e da liberdade, aspectos múltiplos e complexos da escravidão de mulheres no processo de emancipação, tanto no Brasil como em outras sociedades escravistas atlânticas, centrando especialmente nossa problemática em questões vinculadas às violências da escravidão e às resistências apresentadas por essas mulheres.
A cuidadosa seleção dos verbetes, sua esmerada tradução e um esclarecedor texto introdutório tornam este um volume indispensável para estudiosos de Filosofia, de Política e de História, e para aqueles que desejam conhecer um pouco melhor o pensamento de uma época que marcou indelevelmente a história cultural do Ocidente.
Uma história das histórias sobre pessoas com síndrome de Down, produzida com rigor científico e metodológico, mas escrita com a clareza e a sensibilidade que o tema exige: esta obra identifica imagens e significados culturalmente produzidos que revelam como, com base no discurso biomédico, a sociedade se relaciona com pessoas que trazem as marcas da síndrome de Down, conforme o que é convencionado como ‘normal’ e ‘patológico’, como ‘igual’ ou ‘mesmo’ e ‘diferente’ ou ‘outro’. Discute, ainda, como uma condição geneticamente determinada – trissomia do cromossomo 21 – torna-se fator estruturante de identidade. A pesquisa que originou o livro analisou uma grande variedade de produções culturais sobre a síndrome de Down voltadas para o público em geral, incluindo narrativas de grande evidência e repercussão na mídia, como a campanha que lançou o slogan “ser diferente é normal” e o premiado documentário Do Luto à Luta, do diretor Evaldo Mocarzel; centenas de livros e blogs produzidos por pais de pessoas com síndrome de Down, no Brasil e no exterior; e mais de 150 reportagens jornalísticas publicadas em jornal e revista.
Este é um livro cujo objetivo é pensar e discutir a vida das mulheres. A sua leitura permitirá perceber que essa vida é multifacetada, cheia de gritos e silêncios, dores e alegrias. Todas essas facetas, entrelaçadas ou distantes umas das outras, orquestram a vida levando as mulheres a aproximarem-se umas das outras em função de sua sexualidade, sua etnia, seus deslocamentos geográficos, sua militância em prol de ideais sociopolíticos. P
Vida e esperanças é um relato sobre a importância do reconhecimento na construção do cotidiano. Aborda a negação da fecundidade implicada na realização de esterilizações por mulheres de um bairro pobre urbano do Nordeste, compreendendo este evento como parte de uma busca ativa de reconhecimento de mulheres pobres enquanto pessoas num mundo repleto de controles, de violência, de emoções e de resistência.
Considerado seu livro mais inflamado e pessoal, é uma leitura incontornável no campo do pensamento contemporâneo. Do subtítulo – Os poderes do luto e da violência –, o leitor desta pequena obra-prima da filosofia política pode depreender que há um fio condutor que vem atravessando as formulações de Butler desde seus primeiros livros: distribuição desigual do luto público, direito ao luto, vidas enlutáveis, luto como elemento fundamental de constituição de um sentimento de comunidade que se oponha ao individualismo, entre outros. Esses elementos, já presentes em obras anteriores de Butler, tornam-se aqui centrais para um debate tão atual quanto necessário no Brasil de hoje, cujas formas de violência reproduzem os mecanismos que, como percebe Butler, constituem o poder e a violência de tornar certas vidas, sempre as mesmas vidas, precárias.
Somos um país urbano: 84% da população brasileira concentra-se em cidades e ao menos metade vive em municípios com mais de 100 mil habitantes. Mas a vida urbana não traz apenas novas oportunidades. Ela propicia doenças provocadas por falta de saneamento, picadas de mosquitos, poluição, violência, ritmo frenético... E tudo isso não ocorre mais apenas nas grandes cidades, mas também nas médias e mesmo pequenas, quase sempre negligenciadas pelo poder público e pelos próprios cidadãos. Mas, afinal, o que fazer para ter boa qualidade de vida nas cidades? Assim como o médico deve pensar na saúde dos seus pacientes – e não apenas em tratar determinada doença –, uma cidade saudável é aquela em que seus cidadãos têm boa qualidade de vida.
O livro tem como base a ampla pesquisa desenvolvida durante o doutorado da autora. O título narra um estudo empírico em dois territórios da cidade do Rio de Janeiro: Rocinha e Manguinhos, lugares em que ela acompanhou as práticas de profissionais de saúde pública voltadas para o tratamento da tuberculose. Ao acompanhar as equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) e do dispositivo Consultório na Rua (CnaR) por becos, vielas, viadutos e afins, ela desvela desafios para o enfrentamento da doença, que é diretamente associada a condições sociais precárias.
A sociedade se acostumou à tragédia. Antes era notícia de televisão, relacionada aos grandes centros, atualmente é realidade pelas ruas: balas perdidas, juras de morte, vidas interrompidas, inocentes atingidos. Jovens executados pelo que se convencionou chamar de guerra do tráfico. São os inconvenientes e os excluídos. Suas mortes, assim como suas vidas, demandam apuração dos diversos campos do conhecimento. As políticas públicas que acessaram ou não são chaves para o início da investigação.
O racismo nos Estados Unidos sempre foi o meio utilizado pelos homens brancos mais poderosos do país para justificarem seu governo, ganharem dinheiro e manterem o resto de nós à distância. Por essa razão, o racismo, o capitalismo e o domínio de classe sempre se entrelaçaram de tal maneira que é impossível imaginar um sem o outro." Eis uma das conclusões de #VidasNegrasImportam e libertação negra, de Keeanga-Yamahtta Taylor. "Não é preciso dizer que assassinato e brutalidade policiais são apenas a ponta do iceberg quando se trata do sistema de justiça criminal estadunidense", continua, trazendo mais uma dimensão à sua análise, aplicável também ao Brasil: "É impossível entender o intenso policiamento nas comunidades negras sem analisar as décadas de 'guerra às drogas' e o encarceramento em massa.
É um estudo científico, fartamente documentado, sobre a evolução histórica da legislação penal e respectivos métodos coercitivos e punitivos adotados pelo poder público na repressão da delinqüência. Métodos que vão da violência física até instituições correcionais. Edição revista.
Projetada e inaugurada nas primeiras décadas do século XX, a Penitenciária do Estado de São Paulo, no bairro do Carandiru, foi não só o mais moderno presídio construído no Brasil, como um importante cartão postal da metrópole paulistana. Berço do Direito Positivo, cenário para a aplicação dos mais avançados conceitos de regeneração de condenados, a instituição carcerária maravilhava os inúmeros visitantes locais e estrangeiros, inclusive aqueles que vinham a São Paulo somente para conhecer a Penitenciária.
Este livro Aborda um tema central na realidade contemporânea dos povos indígenas no Brasil. Fundamentando-se no contexto dos epidemiológico e sociopolítico, destaca a implantação do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) na saúde indígena como um dos instrumentos importantes para garantir o direito à alimentação e à nutrição.
O livro apresenta conceitos ecológicos e sanitários básicos para ajudar o estudante e o profissional da área biológica, ligado à saúde e ao meio ambiente, na prevenção de doenças e de agravos ao homem, por meio do conhecimento das alterações ambientais que possam interferir direta ou indiretamente na saúde humana. Como a vigilância em saúde ambiental é um assunto novo e que envolve conhecimento de diversas áreas, nem sempre os diferentes profissionais estão preparados para esse desafio. O conteúdo do livro procura preencher essa lacuna, destinando-se ao uso em cursos superiores na área biológica, especialmente medicina, enfermagem, biomedicina, biologia, entre outros que utilizem conceitos ecológicos, muitas vezes necessários, para minimizar riscos à saúde humana como agronomia, zootecnia, etc.
Este livro reúne temas referentes às vigilâncias em saúde na busca de apresentar conceitos e perspectivas sobre as diversas áreas de atuação da vigilância no Brasil. Traz reflexões sobre a ação da vigilância no período da pandemia de Covid-19 e pistas sobre como elaborar e reelaborar as ações e políticas públicas regionais e locais para maior efetividade da vigilância. É direcionado a estudantes de graduação e pós-graduação da área de saúde, a gestores e profissionais da saúde e àqueles que desejam conhecer como o SUS realiza o processo de prevenção de doenças e promoção da saúde no Brasil por meio das vigilâncias em saúde.
A convivência dentro de casa gera conflitos e desentendimentos, é inerente às relações humanas. Em nossa sociedade patriarcal e machista, porém, a falta de entendimento muitas vezes culmina em atos de agressividade e violência, dos quais as mulheres são o principal alvo. Duas autoras – uma advogada e uma comunicadora – se debruçam sobre o tema da violência doméstica, que compreende, além das agressões físicas, outras quatro formas de violência: psicológica, sexual, patrimonial e moral. Uma realidade presente nas redes sociais e estampada diariamente nos noticiários, com finais trágicos. Para além de números, este livro traz relatos de sobreviventes da violência doméstica. Histórias de opressão que revelam dores terríveis e momentos devastadores, mas também apontam caminhos e inspiram coragem para quebrar o ciclo da violência dentro de casa.
Das primeiras sociedades humanas até hoje, a desigualdade econômica só diminuiu de forma significativa com rupturas violentas de larga escala. Sem guerras em massa, revoluções transformadoras, falência do Estado ou epidemias catastróficas nunca houve nivelamento real de renda ou riqueza ― os ricos continuaram ricos ou, como nas últimas décadas, ficaram ainda mais ricos, uma vez que sempre resistiram a mudanças profundas alcançadas pacificamente. Com argumentos sólidos, fundamentados por pesquisa detalhada e apresentada com fartura de dados, Walter Scheidel, historiador da Universidade Stanford, chega a uma conclusão ainda mais perturbadora: se atualmente os eventos de violência cataclísmica não parecem ser tão ameaçadores quanto antes, por outro lado as propostas econômicas para reduzir a desigualdade não estão surtindo efeito, e o desequilíbrio econômico e social só tende a aumentar.
Investiga os efeitos da violência sobre os brasileiros e seus vizinhos nas fronteiras entre Brasil, Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai e aborda questões importantes, como as estratégias de saúde para a redução dos danos associados ao uso de drogas e o debate em torno da discriminação e legalização das drogas ilícitas.
Investigar e analisar os efeitos da violência contra a população LGBTI no processo saúde-doença. É com esse intuito que a Editora Fiocruz lança Violência e Saúde na Vida de Pessoas LGBTI, livro que integra a coleção Temas em Saúde. Para isso, os autores se debruçam, a partir de conceitos de estudos de gênero e sexualidade, sobre dados que mostram o Brasil como um país violento em relação à população LGBTI e como essas ações, em todas as suas dimensões e complexidades, afetam a saúde desses sujeitos.
A obra “Violência política contra as mulheres”, de Twig Lopes, é um marco nos estudos sobre gênero, política, mobilização social e direito. O estudo se volta à análise do fenômeno de surgimento recente, embora de prática antiga, que incide contra os direitos de mulheres enquanto sujeitas políticas. Dilma Rousseff e Marielle Franco são casos exemplares da forma cruel com a qual a violência política contra mulheres vem sendo posta em prática em nosso país.
A pandemia de Covid-19 trouxe, entre vários desafios, o problema de restrição de acesso aos estabelecimentos de saúde. A questão atinge fortemente as mulheres que precisam recorrer a atendimentos relacionados a direitos sexuais e reprodutivos. A fim de ampliar os debates e informações em meio a esse contexto, a Editora Fiocruz lança Violência Sexual e Direito ao Aborto Legal no Brasil: fatos e reflexões, livro que integra a coleção Temas em Saúde.
O abuso sexual contra criança e adolescentes é uma área bastante complexa, e apresenta dificuldades no que se refere a investigação. Os trabalhos que já foram realizados sobre esse assunto são de grande valia, a fim de trazer uma compreensão que seja relevante e bastante vasta. No entanto, para ter um entendimento mais profundo, no que se refere ao tema, parece ser um pouco deficiente. Porém, a Psicologia, que veio da prática científica, a qual observa algo acabado e acredita que ali pode ser reconstruído, e no que se refere aos fatos históricos da Psicologia Humanista que tem se encostado em assuntos que são pertencentes ao desenvolvimento do ser humano enxertando principalmente o infantil. A infância que apresenta o seu desenvolvimento em situações de perigo e fraqueza, tal situação transcorre com o infanto-juvenil que vivência a violência sexual.
Apresenta um panorama atualizado sobre o impacto da violência na saúde pública. Examinam-se as tendências das produções científicas sobre o assunto e busca-se conceituar o tema em seus aspectos filosóficos, teóricos, sociais e culturais. Analisam-se também a mortalidade por causas externas no Brasil, a morbidade por envenenamento e as diferentes formas de violência, assim como a relação entre drogas e violência e entre mídia e violência. Obra que traz contribuição tanto para os envolvidos com a saúde coletiva, a sociologia, a antropologia e a segurança pública como para os formuladores e gestores das políticas públicas.
A coletânea Violências e figuras subjetivas: investigações acerca do mal incontrolável dá continuidade a um projeto anterior bem-sucedido do qual se constatou que uma visão multidisciplinar foi elucidativa do complexo fenômeno. Desta feita, escolhemos apontar os cenários, reconhecendo existir na mundanização da violência um espaço onde cada episódio se desenrola.
Esta coletânea reúne textos de autores brasileiros e estrangeiros, especialistas no tema das violências de diferentes saberes e práticas, tem o intuito de fomentar ideias e pensar estratégias de prevenção e combate à violência — que pode se manifestar de diversas formas e repercutir negativamente nas condições de vida das pessoas, principalmente das mais vulneráveis. Em razão de constituir conceito amplo e controverso, a violência afeta coletividades de modos diferenciados, levando-se em consideração os aspectos estruturais e conjunturais. Determinaras causas e consequências não é uma tarefa fácil, uma vez que não se pode dissociar sua polissemia e complexidade de elementos teórico-práticos com sofrimento e injustiça, exclusão social e pobreza, de outros elementos de caráter simbólico ou identitário, como autonomia e conscientização. Assim, os textos não apenas sugerem a complexidade do tema e de suas tantas interfaces; mais que isso, indicam os principais desafios que se colocam diante dos profissionais de diversas áreas do saber. Busca-se a reafirmação de caminhos em que se possa repensar o acolhimento, a assistência e o cuidado e que leve em consideração as especificidades e o contexto social no qual a violência se insere.
Crianças sempre gostam de brincar e de desenhar, uma maneira de expressar suas fantasias e energias sobre como sentem o mundo à sua volta. Os desenhos são comumente utilizados na escola e como estratégia diagnóstica nas clínicas de pediatria e psicologia. Violências e Vulnerabilidades nos Desenhos Infantis pode contribuir com novas visões e com sugestão de metodologia diversificada de trabalho e interlocução entre pesquisadores, clínicos e demais profissionais que atuam com crianças e famílias. Abre-se, assim, uma oportunidade para se aproximar do universo familiar das crianças por meio de seus desenhos, de ouvir seus pontos de vista, sentimentos e medos, de compreender suas habilidades e competências e de identificar vulnerabilidades e violências que vivenciaram. Contudo, desvendar a comunicação da criança sobre si e sua família por meio do desenho é território repleto de desafios e incertezas." Evelyn Eisenstein, professora associada de pediatria e clínica de adolescentes da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, membro do Departamento Científico de Adolescência e do Grupo de Trabalho sobre Violência e Drogas da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.