Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
O objetivo da coletânea é possibilitar a difusão e a popularização da ciência e da tecnologia junto à sociedade, em geral, atividade fundamental para despertar o interesse por essa área, sobretudo dos jovens.
Este livro trata da cidadania e dos direitos fundamentais e é fruto do trabalho de extensão universitária desenvolvido por docentes e alunos dos cursos de Graduação em Direito, Serviço Social e Sociologia da Unijuí, por meio do projeto “Cidadania para Todos”.
O tema “Cidadania do cuidado: o universal e o comum na integralidade das ações de saúde” nos remete à ideia de fronteira, cuja travessia para alcançá-la nos exige coragem de pensarmos agindo sobre as práticas de cuidado na saúde, a partir do que consideramos mais desafiador para seu exercício: a responsabilidade e a confiança. Tornar visíveis as margens teórico-práticas para a construção de uma epistemologia amistosa aos estudos sobre a integralidade em saúde, entendida como um agir político responsável e confiável, significa reconhecer as passagens, trajetórias e experiências cotidianas, vivenciadas ou narradas pelos usuários, na relação com profissionais, docentes, discentes e gestores.
A cidadania é um direito constitucionalmente assegurado pelo ordenamento brasileiro, mas que nem todos os grupos sociais conseguem exercer. Em virtude das mais diversas exclusões vivenciadas, algumas minorias têm experiências muito específicas de fruição de direitos, como é o caso da população LGBT, especialmente travestis e transexuais. Este livro pretende conhecer e analisar o contexto atualizado das exclusões vivenciadas por travestis e transexuais no Brasil, observar a atuação do movimento social na proposição e manutenção do debate dessas pautas e entender de que forma o Poder Público tem agido para combater as desigualdades verificadas, que impedem que essas pessoas sejam tratadas com igualdade no que diz respeito ao acesso aos direitos previstos a todos os cidadãos.
Destaca a temática das identidades religiosas, relacionando-as a um panorama que engloba as diferentes classes sociais e suas representações, as formas de organização e mobilização social no campo e na cidade e a atuação das políticas públicas em áreas como a segurança e a saúde.
A qualidade do espaço público é a espinha dorsal de uma cidade sustentável. Ruas maravilhosas, lugares nos quais você intuitivamente queira passar mais tempo, interação de escala humana entre os prédios e ruas, apropriação pelos usuários, placemaking e bons plinths (andares térreos ativos) e uma abordagem voltada para as pessoas, baseada nas experiências do usuário .
Esta obra é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa em Cibercidades e procura compreender melhor a relação entre cidade e as novas tecnologias de comunicação. Aborda temas como a inclusão digital, as infra-estruturas de redes sem fio, as interfaces dos portais governamentais, o governo eletrônico, entre outros. Divide-se em duas partes - a primeira revela que toda forma urbana configura-se a partir de diversas redes técnicas e sociais; e a segunda apresenta os resultados sobre o governo eletrônico e os portais governamentais.
Esta obra, pioneira na temática, reúne estudos sobre corpo e alimentação na interface do urbano como experiência para, a partir daí, fazer pensar, explorar possibilidades. Quais interfaces da categoria cidade com estudos sobre corpo e alimentação? Destacam-se perspectivas analíticas que ultrapassam as expressões físicas, concretas das cidades, reconfigurando-as como experiência que se desdobra no espaço urbano, demandando um olhar inspirado por distintos saberes e campos disciplinares. Cidades e sujeitos se entrelaçam, produzem-se mutuamente, conformando movimentos de pensar, agir e sentir em constante transformação, em todas as esferas da vida, dentre elas a saúde e a alimentação. Constitui um texto de grande interesse para nutricionistas, psicólogos, médicos e demais profissionais/pesquisadores do campo da Saúde Coletiva e das Ciências Humanas e Sociais, bem como, para todos aqueles que se debruçam sobre a complexa trama entre corpo e alimentação no espaço urbano.
A grande maioria da população vive hoje nas cidades. Mas elas variam bastante entre si e há diferenças marcantes mesmo dentro de uma mesma cidade, o que tem impacto sobre as características da vida urbana e as condições de saúde da população. Compreender essa complexidade é essencial para a tomada de decisões sobre intervenções públicas nas cidades. Estudos e ensaios sobre o assunto estão reunidos neste livro, que não só traz reflexões teóricas, mas as coloca em diálogo com diferentes iniciativas para a melhoria da saúde das cidades. Municípios ou comunidades saudáveis dependem de uma prática contínua de aprimoramento do ambiente físico e social, por meio de estratégias que priorizem a saúde dos cidadãos dentro de uma lógica ampliada de qualidade de vida, com ações intersetoriais e garantia de participação social. Uma cidade saudável, destaca-se, é também uma cidade com justiça social, pois as iniquidades se destacam entre as causas de deterioração da saúde.
O livro Ciência do comportamento alimentar surgiu da necessidade de diálogo entre diferentes áreas científicas sobre o comportamento alimentar humano. Apresenta conceitos, teorias, modelos e estratégias de mudança de comportamento, com abordagens biológicas, psicológicas, sociais e culturais.
Você, ser racional, já se pegou acreditando em superstições ou qualquer coisa sem nenhuma evidência científica? Pois é, isso é muito mais comum do que se imagina, pois somos máquinas de crenças, que, antes de analisar criticamente, acreditamos ou desacreditamos de forma automática e só mais tarde procuramos raciocinar sobre a questão. E como combater essa tendência e não passar vexame espalhando fake news por aí? A resposta está neste livro do psicólogo e pesquisador Ronaldo Pilati: adquirir uma postura científica de compreensão do mundo. Nestes tempos de excesso de informações, muitas delas falsas, esta obra serve como um guia para se aprender como avaliar criticamente aquilo que se lê e que se ouve por aí sob o nome de “científico”.Esta obra fará você rever suas crenças. E sua vida.
O simples fato de vivermos no século XXI já nos faz beneficiários da ciência e dos seus frutos, mesmo que a gente não se dê conta dessa verdade. Os objetos que nos dão conforto, que nos dão prazer, que nos transportam, que nos emocionam, que nos informam (até este livro) só existem da forma como existem por conta dos conhecimentos científicos. O cidadão que ignora fatos científicos básicos pode se tornar presa fácil de curandeiros e charlatões, gente que mente para os outros e, não raro, para si mesma. Ganhador do Prêmio Jabuti na categoria Não Ficção – Ciências - 2021
Este é um livro-resposta. Para quem se pergunta se a psicanálise é ciência; para quem afirma, sem apresentar evidências, que a psicanálise é bobagem; para quem se interessa pelos processos de produção e validação de conhecimento. Em tempos de “soluções mágicas” de todo tipo, e também de respostas levianas contra essas soluções, os psicanalistas Christian Dunker e Gilson Iannini propõem outro movimento: analisar, com o cuidado que a discussão exige, a complexa relação da psicanálise com a ciência, uma relação que é tão antiga quanto a própria psicanálise.
Vigilância Sanitária | Tópicos sobre Legislação e Análise de Alimentos reflete o cenário atual do mundo globalizado, em que a qualidade assumiu papel determinante na vida do indivíduo, notadamente em sua saúde. Indispensável a estudantes e profissionais da área de alimentos, esta obra aborda a evolução da legislação brasileira e sua contextualização no panorama internacional, os aspectos do registro de alimentos industrializados no país, além do controle de qualidade, tema que é conduzido sob os pontos de vista da metodologia envolvida na análise de cada um dos tipos clássicos de alimentos. Esta segunda edição foi bastante aprimorada e atualizada, ganhou novo projeto gráfico, revisão minuciosa do texto e o capítulo Sistema de Gestão da Qualidade em Laboratórios de Ensaios de Alimentos, que, entre outros assuntos, discute a importância da implementação desse sistema para a confiabilidade de laudos emitidos e os benefícios que ele proporciona aos laboratórios de ensaios.
Aborda-se a especificidade da institucionalização das ciências sociais e saúde no Brasil no âmbito das escolas médicas, saúde pública / medicina social, os perfis de seus profissionais e o trabalho de seus intelectuais no ensino e na pesquisa, nas três últimas décadas do século XX.Assume-se que as ciências sociais e saúde não são um campo autônomo de conhecimento às ciências sociais e humanas, uma vez que incorpora os seus paradigmas para aproximar-se dos fenômenos saúde, doença, vida e morte. Tais fenômenos integram-se concomitantemente à experiência humana e aos processos sociais, políticos, econômicos e culturais, suscitando reflexões mais amplas. Na sociedade contemporânea eles se tornaram questão social, direto do cidadão e objetos das intervenções do Estado.
Este livro traz aos profissionais da saúde um conjunto de crônicas que abordam aspectos das relações medicina/sociedade. A ideia central é fornecer, de forma concisa, a análise de temas complexos que são apresentados em forma de crônicas como estratégia de uma primeira abordagem.
Embora muitas vezes haja louvores e pretensões à interdisciplinaridade, é incomum encontrar grupos de pesquisadores que realmente a realizam. A coleção Ciências Sociais em Diálogo, em três volumes, vem demonstrar que a prática do diálogo é possível. Pois é de diálogo que se trata - não de homogeneização ou de diluição, mas de encontro de interlocutores qualificados - todos professores da Unifesp - que reconhecem as especificidades das mais variadas áreas do saber e convidam o leitor a usufruir das interações, trocas e releituras entre elas. O primeiro volume, 'Cultura e Diferença', reúne pesquisas que procuram pensar a noção de natureza como uma construção histórica e social. Com isso, temas relacionados ao corpo e à sexualidade lançam luz à dimensão simbólica presente no campo da cultura e auxiliam, em seguida, a debater a maneira como identidades e redes de sociabilidade são percebidas e negociadas.
Embora muitas vezes haja louvores e pretensões à interdisciplinaridade, é incomum encontrar grupos de pesquisadores que realmente a realizam. A coleção Ciências Sociais em Diálogo, em três volumes, vem demonstrar que a prática do diálogo é possível. Pois é de diálogo que se trata - não de homogeneização ou de diluição, mas de encontro de interlocutores qualificados - todos professores da Unifesp - que reconhecem as especificidades das mais variadas áreas do saber e convidam o leitor a usufruir das interações, trocas e releituras entre elas. Este volume oferece ao leitor uma significante variedade de temas e tem como preocupação central o Estado e a sociedade, sobretudo no tocante às condições políticas e institucionais do avanço no campo dos direitos e da igualdade, mantendo-se no horizonte o grande tema da emancipação.
O primeiro volume, Cultura e Diferença, reúne pesquisas que procuram pensar a noção de natureza como uma construção histórica e social.Com isso, temas relacionados ao corpo e à sexualidade lançam luz sobre a dimensão simbólica presente no campo da cultura e auxiliam, em seguida, a debater a maneira como identidades e redes de sociabilidade são percebidas e negociadas. O segundo volume, Sociedades e suas Imagens, apresenta artigos que enfocam as produções artísticas e culturais e a sua relação com a teoria social, em uma perspectiva que propõe pensar arte e cultura como objeto e sujeito. Os trabalhos recuperam, também, autores e debates representativos do pensamento social e político no Brasil, na América Latina e na Europa, a partir de um contexto sociopolítico e intelectual que transcende as fronteiras nacionais.
Este livro pretende apresentar - uma compreensão de processos históricos, e socioantropológicos, de produção de conhecimentos científicos e de artefatos tecnológicos pelas pesquisas biomédicas, voltados para à saúde pública, e resultantes do uso de animai
Apaixonada por cinema, bell hooks dedicou parte considerável da vida a assistir, debater e escrever sobre filmes, analisando o que via nas telas a partir de um olhar aguçado para questões de raça, classe e gênero. A energia que dedicou à crítica cinematográfica se explica pelo poder que conferia à narrativa audiovisual: “O cinema produz magia. Modifica as coisas. Pega a realidade e a transforma em algo diferente bem diante dos nossos olhos”. Daí que tenha mantido sob permanente escrutínio o trabalho de inúmeras diretoras e diretores, sobretudo daqueles que optaram por retratar a vida e o drama de pessoas negras. Com sensibilidade e tenacidade, bell hooks interpretou os principais filmes de seu tempo, fossem produções independentes ou hollywoodianas. Neste livro, encontramos críticas essenciais a obras de Quentin Tarantino, Mike Figgis, John Singleton, Julie Dash e, claro, Spike Lee — sem dúvida, o cineasta que mais chamou a atenção da autora ao longo dos anos. Encerram o volume entrevistas com os realizadores Wayne Wang, Camille Billops, Charles Burnett e Arthur Jafa. Assim, de acordo com a própria bell hooks, Cinema vivido “questiona e ao mesmo tempo celebra a capacidade do cinema de abrir caminho para uma nova consciência e de transformar a cultura”.
Neste livro, Vladimir Safatle oferece uma interpretação original desse fenômeno de “estabilização na decomposição”. O filósofo propõe tirar as consequências da ideia de que nossas sociedades capitalistas avançadas conseguiram organizar-se a partir de uma racionalidade cínica. O resultado é uma obra que repensa as bases do que significa fazer crítica no século XXI. Afinal, se “cinismo” é o nome da decomposição de valores e critérios normativos que pareciam ser o saldo mais valioso de nossas expectativas modernas de racionalização social, então ele traz necessariamente consigo a falência de certa forma de crítica.
O conceito de civilização tem ocupado um papel crucial na modernidade, tanto em termos analíticos quanto em ideológicos. No primeiro caso, tem sido usado como ferramenta para distinguir diferentes estruturas e formas de mundos sociais de larga escala. No segundo, costuma ser associado a sentimentos de distinção e superioridade, justificando invasões, dominações, explorações, destruição de ecossistemas e culturas e até massacres humanos. Trata-se da perspectiva do civilizado em relação ao outro , ao bárbaro . Ao vincular diferentes áreas do campo das ciências humanas e apresentar variadas abordagens teórico-metodológicas, este livro não pretende discutir exaustivamente o conceito de civilização a partir de uma única perspectiva teórica ou analítica. Ao contrário, seu objetivo é mostrar uma diversidade de investigações possíveis por meio de um profícuo diálogo interdisciplinar. Com análises que exploram verbetes históricos de dicionários, percorrem teorias da psicanálise freudiana, analisam produções cinematográficas de Portugal e Brasil e abordam clássicos do pensamento sociológico, os textos desta coletânean ajudarão a trilhar o caminho certo na tentativa de civilizar a ideia de civilização
Valla nos levará até as formas e as condições de vida da população pobre nas cidades. Vida-saúde-pobreza instigaram suas formas de pensar e agir como educador.
"Doença de Chagas. História de uma Calamidade Continental", faz uma reconstrução detalhada, cuidadosa e bem documentada da história do descobrimento da doença de Chagas. Esse período e esse processo estão particularmente relevantes para o Brasil, pois se
A resolução para estabelecer uma Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE) surgiu de uma reconhecida necessidade para descrever os fenômenos do paciente pelos quais os enfermeiros são responsáveis e as intervenções específicas de enfermagem, com os respectivos resultados.
Fruto dos primeiros anos de trabalho cooperativo no âmbito da Rede Ibero-americana de Pesquisa em Ambiente e Sociedade, este livro aborda o tema das mudanças ambientais e climáticas em áreas protegidas e vulneráveis a partir de um amplo grupo de pesquisadores de diferentes países. Lançado por ocasião do cinquentenário da Unicamp, as contribuições aqui trazidas buscam refletir sobre questões-chave da vida contemporânea: por que, afinal, continuamos atrelados a um modelo de desenvolvimento baseado na emissão de carbono se já há evidência suficiente de que isso contribui para ameaçar os sistemas sociais e ecológicos? Por que, diante de tais evidências, as políticas públicas de enfrentamento do problema não surtem o efeito esperado nos diferentes países?
No desafio de formar profissionais de saúde implicados com a atenção integral e uma clínica comum, este livro apresenta alguns itinerários. Trata-se da experiência de formação -que denominamos "entreprofissional"- do eixo Trabalho em Saúde, um dos eixos c
Clínica comum é uma produção coletiva. Após dez anos de atividades de ensino e cuidado, 38 autores, entre professores, estudantes e trabalhadores, que participam da proposta pedagógica do módulo Clínica integrada: produção do cuidado, oferecido pelo eixo comum Trabalho em Saúde do campus Baixada Santista da Unifesp se dedicaram a escrever acerca desta experiência. Desde 2006, quando o campus Baixada Santista da Unifesp começou suas atividades com as graduações de Educação Física, Fisoterapia, Nutrição, Psicologia e Terapia Ocupacional, um determinado modo de formação em saúde foi sendo construído. O eixo Trabalho em Saúde, comum a esses cursos, optou por um aprendizado na experiência, em que conhecimento e intervenção estivessem imbricados em ato e a experimentação fosse constante. No livro Clínica comum: itinerários de uma formação em saúde (2013), tratamos do ideário e das primeiras análises desta proposta formação que denominamos entreprofissional. Agora, passada a primeira década, apresentamos outro decantado deste percurso. Quisemos compartilhar, com este livro, algumas cenas desta clínica comum vivida por estudantes, docentes, equipes dos serviços e usuários, no mister de inventar e apoiar possibilidades de vida menos restritivas e mais prazerosas. Cenas de formação e cuidado envolvidas em inquietudes, precariedades, questões e tentativas de elaboração: companhias de nosso ensinar e aprender. A heterogeineidade dos textos se fez à semelhança dos seus autores de diversas áreas da saúde. Todes buscando pôr em debate esta experiência inovadora e desafiante, escrita a dezenas de mãos, olhos, ouvidos e pés; muitos corpos que percorrem os caminhos do cuidado e da formação em saúde.
Este volume da série trata da clínica praticada fora dos settings tradicionais como hospitais psiquiátricos ou consultórios com pessoas que não se adaptam a protocolos convencionais. Os ensaios que o compõem narram e problematizam experiências ocorridas na fronteira entre a dependência e a morte, entre a loucura e a cidadania, entre o exílio e o comunismo múltiplo e micropolítico ativado em práticas de saúde.
Coedição da PUC-Rio e Editora Fiocruz, o livro é resultado de anos de trabalho, estudos e da tese de doutorado de Pedro Muñoz. Esta obra original traz uma importante contribuição para o entendimento das relações entre os dois países numa perspectiva histórica transnacional, que tem como foco os entrelaçamentos e a circulação do conhecimento. Enriquecido por material levantado de fontes primárias no Brasil e na Alemanha, o estudo investigou as relações no campo da psiquiatria no período de 1900 a 1942, interrompidas pela Segunda Guerra Mundial. Neste período, circularam no Brasil os conceitos da psiquiatria, da neurologia e da psiquiatria genética alemãs – e o estudo mostra como e por quem foram apropriados. Ao enfocar o trânsito e a circulação dos cientistas em redes construídas em viagens, congressos, cursos e publicações, o autor inova, como descreve Cristiana Facchinetti na apresentação da obra. “A narrativa apresenta novos lances, outras perspectivas de leitura para uma história da psiquiatria, que ganha maior densidade ao discutir o crescimento do nazismo na Alemanha, a hegemonia das teorias degeneracionistas, biodeterministas e racialistas na medicina mental e suas repercussões e impasses para a psiquiatria brasileira”, afirma.
Este livro parte do pressuposto do esgotamento da reforma psiquiátrica e a integração de suas realizações na sociedade dos mercados, onde a saúde e os benefícios de segurança social são regidos pelo lucro privado e não pela solidariedade. Parte da necessidade, portanto, de uma reforma da Reforma Psiquiátrica, que já não poderá ser um processo deliberado no âmbito de um Estado do bem-estar, mas uma tarefa na contracorrente no horizonte de uma Sociedade do bem-estar.
O livro Legislação do SUS e Saúde Pública é o quinto volume da coleção Manuais para Provas e Concursos em Enfermagem. Trata-se do melhor e mais completo conjunto de obras voltado para a aprovação de enfermeiros nos concursos públicos do Brasil. Elaborada a partir de uma metodologia que julgamos ser a mais apropriada ao estudo direcionado para as provas em enfermagem
Este livro é um guia prático e acessível para a coleta de dados qualitativos que vai além do foco tradicional em entrevistas presenciais. Enfatiza uma série de métodos textuais, midiáticos e virtuais que permitem interessantes mudanças nos métodos estabelecidos e requerem recursos menos intensos, oferecendo assim ao pesquisador técnicas alternativas para a coleta de dados. Dividido em três partes textual, midiática e virtual, o livro apresenta uma orientação gradual sobre métodos subutilizados na pesquisa qualitativa e oferece pontos de vista novos e interessantes para técnicas amplamente usadas.
Colorismo, de Alessandra Devulsky, trata de um tema premente para entendermos a construção da sociedade brasileira e a dinâmica das suas relações. No decorrer do livro, a autora aborda desde os aspectos internos do colorismo, sua introjeção, até seu caráter estrutural, tão presente em nossa sociedade quanto o racismo. As implicações do colorismo no mundo do trabalho e na dinâmica das relações de poder também são investigadas a fundo, a fim de deixar nítido que a mestiçagem e sua origem violenta continuam repercutindo e exercendo forte papel no país. A distinção entre negros claros e retintos, capaz de desmobilizar o reconhecimento e a união entre os sujeitos com traços de africanidade, e enfraquecer a luta antirracista, é dissecado pela autora, que conclama a força política mobilizadora que pode advir do questionamento do colorismo, que estratifica os negros a partir de um olhar forjado no seio da supremacia branca. Não fica de lado, também, uma análise do colorismo a partir do feminismo negro, a fim de investigar sua repercussão tanto no aspecto afetivo quanto político de formação das mulheres negras.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.