Bioética: O Imperativo da Interdisciplinaridade
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A constatação de que a Bioética, concebida como campo interdisciplinar do saber, trata de questões que a rigor lhe antecedem em nada desabona sua atualidade e originalidade, principalmente em virtude de a nossa época caracterizar-se pelo quase completo desacoplamento entre a imediaticidade do viver - conduzida pela satisfação, exaurida em si mesma, de necessidades que se reproduzem, de modo irresponsável, em um fluxo incessante, condicionado pelo ininterrupto progresso das tecnociências – e a perenidade da vida - em cujo encadeamento a geração atual e as vindouras possuem direitos idênticos à existência. Em síntese, diante da sujeição da vida ao viver, do esgotamento do devir no presente, a Bioética legitima-se, hoje mais do que nunca, como ciência que pleiteia a reconciliação entre as dimensões temporais do existir, a reaproximação, em torno da unidade do desígnio que define a prática humana, entre ética e técnica, ou seja, entre interação social não deturpada e relação consequente com o natural. Este é o desafio que concerne à contemporaneidade. Postergar o seu enfrentamento significaria um passo adiante na admissão da irreversibilidade do vigente.
A constatação de que a Bioética, concebida como campo interdisciplinar do saber, trata de questões que a rigor lhe antecedem em nada desabona sua atualidade e originalidade, principalmente em virtude de a nossa época caracterizar-se pelo quase completo desacoplamento entre a imediaticidade do viver - conduzida pela satisfação, exaurida em si mesma, de necessidades que se reproduzem, de modo irresponsável, em um fluxo incessante, condicionado pelo ininterrupto progresso das tecnociências – e a perenidade da vida - em cujo encadeamento a geração atual e as vindouras possuem direitos idênticos à existência. Em síntese, diante da sujeição da vida ao viver, do esgotamento do devir no presente, a Bioética legitima-se, hoje mais do que nunca, como ciência que pleiteia a reconciliação entre as dimensões temporais do existir, a reaproximação, em torno da unidade do desígnio que define a prática humana, entre ética e técnica, ou seja, entre interação social não deturpada e relação consequente com o natural. Este é o desafio que concerne à contemporaneidade. Postergar o seu enfrentamento significaria um passo adiante na admissão da irreversibilidade do vigente.
Ficha técnica
Autor | Paulo Fraga da Silva |
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Ano | 2020 |
País | BRASIL |
Idioma | Português |
Páginas | 198 |
Altura (cm) | 23 |
Largura (cm) | 16 |
Profundidade (cm) | 2 |
Peso (g) | 380 |
Co-edição | Não tem |
ISBN | 9786586123456 |