Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
O livro aborda duas temáticas cada vez mais crescentes nos campos interdisciplinares: gênero -numa leitura dos feminismos interseccionais- e saúde mental, na perspectiva da reforma psiquiátrica. Apesar disso, são ainda muito escassos os artigos acadêmicos ou obras de diversos formatos que possibilitam o diálogo entre estes campos, apesar do crescente interesse de estudantes e profissionais nesta discussão e do surgimento de diversas disciplinas, em cursos de diferentes formações, sobre os feminismos interseccionais e o campo da saúde mental já ter importante relevância para um campo interdisciplinar amplo.
Temos em mãos uma obra que ilustra a potência do que podemos chamar de práxis feminista antimanicomial. Ao trazer a interseccionalidade para a Reforma Psiquiátrica Brasileira e desnudar a emergência de pensar saúde mental a partir das categorias sociais gênero, raça e classe, para além dos resultados de um curso de formação, somos convidadas ao pensamento crítico e à ação político-militante pela vida, pela liberdade, pelo direito ao autocuidado, à insurgência e à escuta - pelo bem viver de nós, mulheres.
O suicídio é morte trágica que avassala nosso coração e nosso jeito de ser. Para a pessoa em luto por suicídio, percorrer essa árdua travessia é, por si só, um ato de compreensão de que não podemos controlar o incontrolável nem explicar o inexplicável. Diante da morte, há urgência em reconsiderar as prioridades, as necessidades reais que ainda nos fazem sentido. Neste livro, Karina Okajima Fukumitsu apresenta sua trajetória profissional, com mais de 30 anos de experiência como psicóloga e pesquisadora de suicidologia, campo de saber destinado aos estudos de prevenção de processos autodestrutivos, luto por suicídio, posvenção e saúde existencial, refletindo a respeito das perdas e partidas e dos caminhos da dor perante o suicídio de uma pessoa amada. Conta, também, como encontrou firmeza existencial para realizar a travessia, chegando na outra margem. Suas palavras são prumo para quem se encontra em mar revolto.
Livro que destaca o legado da psiquiatria rebelde de Nise da Silveira (1905-1999). A obra é um desdobramento da premiada pesquisa de doutorado desenvolvida pelo antropólogo Felipe Magaldi no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGAS/MN/UFRJ). Ganhador do Prêmio Capes de Tese 2019, nas áreas Antropologia/Arqueologia, o autor apresenta aos leitores o que ele mesmo chama de Admirável Mundo Nise, mostrando a fascinante vida da psiquiatra alagoana e sua complexa relação com a luta antimanicomial no Brasil. O título aborda a trajetória e a memória da doutora Nise, com foco em seu trabalho no Rio de Janeiro, a partir da década de 1940 até os dias atuais, em que permanece inspirando novas políticas públicas e produções culturais. O livro revela como o trabalho da médica se destacou pelo combate às intervenções biomédicas violentas e pela defesa de atividades artísticas e expressivas como forma de tratamento em saúde mental. Magaldi destaca que, para se aprofundar no legado da psiquiatra, mergulhou nas produções bibliográfica, documental e memorialística preexistentes sobre o trabalho dela. Também realizei entrevistas com os seus colaboradores vivos e, principalmente, realizei um trabalho de campo, etnográfico, nas instituições vinculadas à memória e ao legado de Nise da Silveira, revela. Entre as instituições exploradas durante a pesquisa de Magaldi, destacam-se o Instituto Municipal de Assistência à Saúde Nise da Silveira, em Engenho de Dentro, no Rio de Janeiro, onde estão localizados o Museu de Imagens do Inconsciente e a ocupação artística Hotel da Loucura. A Casa das Palmeiras, no bairro de Botafogo, também é um desses importantes espaços do legado nisiano. Uma personagem que jamais se dobrou aos saberes hegemônicos Em sua imersão pelo mundo da médica alagoana, realizado na interseção entre antropologia e história, Felipe Magaldi busca analisar as ideias originais de Nise. Com o livro
A Série Atenção Primária à Saúde (APS) do Hospital Sírio-Libanês é uma iniciativa voltada a compartilhar e disseminar, de forma estruturada e ampla, o conhecimento em APS acumulado pela instituição e potencializar a atuação de excelência nesse campo de práticas em saúde. O presente volume segue os princípios da especialidade de Medicina de Família e Comunidade (MFC) como referência basilar para o cuidado em APS, abordando todas as estratégias da Prática Médica Contemporânea: Reforça a importância da promoção da saúde e prevenção de doenças (prevenção primária – P1), discute racionalmente a detecção precoce de doenças em pacientes assintomáticos (prevenção secundária – P2), contempla o tratamento adequado das condições mais prevalentes em APS (prevenção terciária – P3) e expõe, com destaque, um importante desafio à medicina contemporânea, a prevenção de danos à saúde causados por excessos da própria prática médica, como exames, tratamentos e procedimentos desnecessários (prevenção quaternária – P4).
Este manual oferece um passo a passo para administrar clínicas e hospitais de maneira sistêmica, integrada e coerente. Aqui, reúnem-se todos os desafios gerenciais com os quais o administrador de um serviço de saúde poderá se defrontar. O conteúdo do livro divide-se em duas partes: a primeira traz a base teórica do modelo de gestão; a segunda transforma os conceitos apresentados em questões objetivas, construindo um roteiro de 001 avaliação e implementação do sistema proposto.
'Manual de Práticas de Atenção Básica - Saúde Ampliada e Compartilhada' é uma obra coletiva, desenvolvida simultaneamente com um processo de formação de pessoas que trabalham na atenção básica de diversos lugares do Brasil. Trata-se de um trabalho de reflexão e ação sobre os processos de formação de pessoas para a atenção básica.
Este livro é um guia para as Equipes de Saúde Mental. Cada profissional que constitui a Equipe (psiquiatra, psicológo, assistente social, terapeuta ocupacional) encontrará aqui por vezes informações óbvias já bem conhecidas no setor a que individualmente pertence. Mas se deparará também com um conjunto de conhecimentos diferentes e pontos de vista singulares que contribuirão para que a Equipe consiga um ponto de vista unitário. Embora cada profissional conheça sua parte, a corrente intervenção psiquiátrica é mais que a soma das partes independentes, é a resultante de contribuições diversas coordenadas e integradas.
Em meio aos muitos desafios causados pela pandemia de Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, ao longo do ano de 2020, que as fake news e a desinformação se propagam de forma tão rápida e tão perigosa como o vírus. Dessa forma, a divulgação da ciência ganhou, portanto, um papel essencial no enfrentamento à doença. A obra destaca também a importância da avaliação de projetos de divulgação científica, seja enquanto essas iniciativas ainda estão ocorrendo ou após terem sido finalizadas. Verificar se os objetivos desejados foram ou não atingidos é fundamental para uma visão ampliada de cada projeto e para obter resultados cada vez mais positivos.
As lutas pela produção de modos de ser intensificam-se no mundo contemporâneo em jogos cada vez mais complexos e ambíguos, difíceis de serem apreendidos. Neste contexto, múltiplas pressões têm sido exercidas sobre as organizações de saúde cujas repercussões nas vidas das pessoas são incontestes. Diferentemente de simples arranjo parcelar e burocrático, as mudanças que são requeridas devem abrir as organizações de saúde para além das fronteiras tradicionais.
“Estaríamos ficando cada vez mais doentes? Ou estaríamos a cada dia ficando mais saudáveis, já que gastamos mais com saúde?” Os autores partem desse questionamento para discutir a problemática da medicalização, sobretudo no que se refere ao sofrimento psíquico. Eles chamam atenção para o fato de que experiências comuns e naturais da nossa existência têm sido consideradas passíveis de serem 'tratadas' e 'resolvidas' com medicamentos. As consequências individuais e sociais desse problema são analisadas pelos autores, que também fazem um alerta sobre os prejuízos causados por uma nefasta aliança entre a psiquiatria e a indústria farmacêutica. Com linguagem acessível, esta obra objetiva ampliar o debate sobre a medicalização do sofrimento psíquico, incluindo, em especial, aqueles que sofrem com ela.
Uma das particularidades da área da saúde é pertencer tanto à esfera social quanto à industrial, característica que representa oportunidades e grandes desafios. O livro Medicamentos no Brasil: inovação e acesso tem o objetivo de fomentar o desenvolvimento tecnológico e fortalecer a produção nacional, além de garantir que o conhecimento desses avanços beneficie a população brasileira. Como afirma o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, no prefácio: “...inovação não pode estar desligada da ideia de acesso”. Reunindo os pontos de vista da academia, governo e setor produtivo público e privado, com abordagens que privilegiam o contexto nacional e refletem sobre a posição brasileira no cenário internacional, a obra apresenta um diagnóstico da área de medicamentos no país, avalia seus problemas e potencialidades e faz recomendações concretas para superação dos obstáculos e aproveitamento das oportunidades. Cabe destacar que é o segundo volume de uma série sobre pesquisa, desenvolvimento e inovação nos segmentos industriais da saúde, do Projeto Inovação em Saúde (presidência/Fiocruz), cujo primeiro livro é Vacinas, Soros e Imunizações no Brasil.
Medicina e sociedade, incide, sobretudo, em aspectos diretamente relevantes às modalidades do trabalho médico, entendidas aqui como as formas pelas quais o médico, enquanto trabalhador especializado, participa do mercado e se relaciona com o conjunto de meios de produção de serviços de saúde. Daí decorre maior ênfase na heterogeneidade da categoria ocupacional, em termos dos tipos de oportunidade de trabalho a que tem acesso os profissionais, do que em sua homogeneidade, resultante da sujeição a processos comuns de formação nos aspectos técnico-científicos e éticos que compõem o núcleo da medicina como profissão. Composto de três capítulos, o livro inicia-se com uma análise das relações entre Estado e assistência médica; o segundo capítulo dedica-se ao estudo do médico no mercado de trabalho e o terceiro capítulo versa sobre a profissão médica e mercado de trabalho- as ideologias ocupacionais. Muitos são os destaques que podem ser dados ao livro de Cecília; a abordagem teórica, a pesquisa empírica, forma de narrar e a visão das possibilidades que se abriam para o campo das ciências sociais na busca de compreensão da profissão e do processo de profissionalização médica.
Relatório Dawson, Reino Unido, 1920. É lançada a divisão dos sistemas de saúde: atenção primária, secundária e terciária. Durante a primeira metade do século XX, essa doutrina vai se fortalecendo, e o que chama atenção nos melhores modelos de saúde é o fortalecimento da atenção primária. Conferência Mundial de Saúde, Alma-Ata, Cazaquistão, 1978. Estabelece-se a atenção primária como núcleo e principio central de todos os sistemas de saúde. A atenção primária é, na realidade, a verdadeira porta de entrada para qualquer serviço de saúde. Alinhada a esse princípio, criou-se uma nova especialidade médica, a Medicina de Família, ou seja, o médico de Família, que atende o indivíduo e sua Família, independentemente de idade, sexo ou tipo de alteração de saúde. À luz desses fatos, lança-se este livro, Medicina de Família e Comunidade - Fundamentos e Prática. Seu objetivo é transmitir conhecimentos especializados, inseridos nessa nova especialidade de Medicina. O livro tem sua equipe autoral formada por grupo de conceituados especialistas, apresenta 3 Editores, 99 Colaboradores, 9 Seções, 50 Capítulos, num total de 664 Páginas. Seu público-leitor é formado por Médicos de Família, e todos os que pelo tema se interessam: Clínicos, Residentes, Internos
ANAHP - Associação Nacional de Hospitais Privados - criou um grupo de Gestão de Pessoas com o intuito de tratar de temas cujo foco é o impacto da Gestão de Pessoas nos resultados das instituições hospitalares. O livro "Melhores Práticas em Gestão de Pessoas - Experiências dos Hospitais ANAHP" contou com a contribuição de vários gestores dos hospitais associados, que se dedicaram com afinco a escrever as experiências vivenciadas em suas organizações e não mediram esforços para compartilhar seus conhecimentos.
“Mentes, corpos e comportamentos” reúne recentes investigações produzidas no campo historiográfico sobre os saberes psi, destacando as diferentes propostas teórico metodológicas, bem como a diversidade de fontes documentais, recortes temáticos, temporais e regionais presentes nos estudos dedicados a perscrutar as vozes e os silenciamentos que pulsam na história da psiquiatria e da saúde mental brasileira. Dividido em três partes, os textos que compõem o livro revelam a diversidade de perspectivas e interpretações históricas sobre seus singulares objetos de estudo. No entanto, em seu conjunto, tais trabalhos evidenciam uma característica comum: todos e cada um deles lançam luz sobre os indivíduos que foram objeto de teorias e intervenções diversas dos saberes psi no Brasil entre os séculos XIX e XX e buscam dar voz às suas contingências e formas de existir e resistir.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.