Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Se, no início dos anos 2000, a falta de acesso a medicamentos constituía um grande obstáculo à promoção da saúde, hoje, essa realidade já apresenta importantes sinais de mudança. Um exemplo é o expressivo aumento do número de pessoas com HIV/Aids que têm acesso aos medicamentos de que necessitam, resultado de iniciativas nacionais e internacionais. E, na construção desta nova realidade, o Brasil teve papel diferenciado e decisivo. É o que defendem os autores desta coletânea. Segundo eles, “ao lutar diuturnamente pela implementação de políticas de garantia do acesso universal a medicamentos no território nacional, o Brasil pôde demonstrar, com suas experiências exitosas, que países em desenvolvimento eram capazes de promover esse acesso”
A política brasileira de HIV/Aids é tida como um exemplo de política pública bem-sucedida e reconhecida em todo o mundo. Ativismo Patrocinado pelo Estado: burocratas e movimentos sociais no Brasil democrático ajuda a compreender esse fenômeno, incluindo suas etapas, lutas, resistências, mobilizações e desafios. Escrito pela cientista política norte-americana Jessica A. J. Rich, o título é uma tradução - feita por Maria Lucia de Oliveira - de State-Sponsored Activism: Bureaucrats and Social Movements in Democratic Brazil, publicado em 2019 pela Cambridge University Press.
Este livro se destina a profissionais, estudantes e pesquisadores que desejam realizar uma avaliação de políticas, programas ou práticas de saúde. O livro apresenta conceitos, abordagens e estratégias que resultam, em sua maioria, de métodos e técnicas testados pela autora e colaboradores ao longo dos últimos 20 anos em investigações avaliativas. Como o estudo da metodologia das avaliações não pode estar dissociado de investigações concretas, o livro traz variados exemplos, inclusive de articulação entre diferentes métodos: inquéritos populacionais, estudos ecológicos, estudos de caso, estimativas rápidas etc., além de técnicas de coleta de dados, como entrevistas estruturadas, entrevistas em profundidade, observação, análise documental etc.
Esta obra parte de uma crítica às teorias organizacionais e da busca por alternativas ao modelo dominante de organização do trabalho capitalista. O objeto de estudo é o empreendimento autogestionário representado pela cooperativa, abordando o problema da manutenção da cooperação com o aumento do número de membros e o crescimento econômico. A pesquisa empreendeu uma concepção sistêmica e complexa do fenômeno da cooperação e do seu objeto de estudo, desenvolvendo uma discussão qualitativa, interpretativa e reflexiva de conceitos e teorias que ajudam a compreender a realidade cooperativa, interpretando o objeto na sua história, no seu devir e na sua prática. Trata-se, portanto, de uma concepção teórica sobre as possibilidades e limites desse tipo de organização. Cooperativas, como organizações humanas, passam por um processo evolutivo, sofrendo os problemas da administração e manutenção da democracia. Para enfrentar o processo degenerativo é preciso repensar a gestão cooperativa com base em teorias sistêmicas, reforçantes da auto-organização cooperativa. A discussão termina por conduzir a uma perspectiva do papel central da cooperação para a vida em sociedade, o que explica o fato de empreendimentos autogestionários continuarem emergindo mesmo em meio ao ambiente hostil que, paradoxalmente, se configurou em bases utilitárias, competitivas e individualistas. Ao contrário do que se disseminou, não somos apenas competitivos, somos também cooperativos e nosso conhecimento precisa ser urgentemente reconstruído.
Este livro pretende facilitar aos profissionais que atuam na área da saúde pública, e que vivenciam o SUS no dia a dia a complexidade a ela inerente, o entendimento das questões relativas à gestão do Sistema Único de Saúde. O conteúdo do livro trata da explicitação dos conceitos econômicos, notadamente os referentes à microeconomia e de sua transcrição à luz da saúde.
"Avaliação em Saúde: Bases Conceituais e Operacionais" são sistematizados modelos e matrizes operacionais, explicitados nos pressupostos teóricos de sua concepção multidisciplinar, devidamente apoiados na literatura nacional e internacional, explorando as vantagens, desafios e limites de sua aplicação em diversas áreas da avaliação em saúde.
O estímulo inicial para este livro veio de nossas atividades de formação em avaliação junto a profissionais de saúde. Sentíamos falta de um material que apresentasse a prática e o conhecimento acumulado de avaliadores – fossem eles da academia ou dos serviços – em uma linguagem fluida e dialógica, permitindo maior apropriação do tema por parte dos que nele se iniciavam. Muitas vezes, o valor atribuído a modelos complexos de avaliação e o apego à rigidez metodológica nos livros e artigos científicos já publicados afastam ou desviam essas pessoas de aspectos essenciais à avaliação. Deixa-se, por exemplo, de aproveitar um momento oportuno para realizar um processo avaliativo – no qual ele teria maior chance de influenciar uma ação – porque determinado grupo-controle não pôde ser formado ou determinada fonte de dados acessada, o que, em nossa visão, representa uma perda. Consideramos a avaliação uma estratégia que pode efetivamente melhorar a qualidade da prestação de serviços, tornando as ações de saúde mais racionais, mais pertinentes, e devendo, portanto, ser amplamente disseminada. Ao solicitar dos autores um texto pautado em sua prática concreta, pensamos em ajudar o leitor a aproximar-se de processos avaliativos reais e a desenvolvê-los sem tanto medo de errar, sem a expectativa ou o compromisso de os concluir com verdades imutáveis. O livro propõe-se a apresentar distintas abordagens e formas de avaliação para que o interessado no tema possa consultá-las, possivelmente de forma não sequencial, e construir imagens sobre como utilizá-las em sua prática cotidiana, promovendo um processo contínuo de aprimoramento de escolhas em benefício do usuário do sistema de saúde.
Membros do Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Saúde da Universidade de Montreal, no Canadá, criaram um modelo para a avaliação das intervenções em saúde e o apresentaram pela primeira vez de forma completa em 2009, em um livro em francês. A publicação, dirigida especialmente a pesquisadores e gestores, foi traduzida para o português e lançada no Brasil pela Editora Fiocruz. O modelo de que trata o livro, desenvolvido há duas décadas, foi testado com sucesso em pesquisas avaliativas realizadas não só no Canadá, mas também em países da Europa, África e América do Sul, especialmente no Brasil. As indicações contidas no livro podem ser aplicadas para a avaliação de diferentes intervenções em saúde, como políticas, programas, organizações, tratamentos e tecnologias. Mas o modelo de avaliação proposto é suficientemente amplo e global para ser utilizado em outros campos tais como a educação, os serviços sociais ou a administração pública, para citar somente esses, sublinham os organizadores. Os capítulos detalham seis tipos de avaliação: análise estratégica; análise lógica; análise da produção; análise dos efeitos; análise econômica; e análise da implantação
Coletânea que vem preencher uma lacuna importante no âmbito dos programas voltados para o controle dos processos endêmicos. Ela cumpre três objetivos principais: pensar o papel social da avaliação; discutir os problemas envolvidos na aproximação da teoria à ação no processo avaliativo; e colaborar com a prática de profissionais em avaliação no desenvolvimento de projetos ou planos de avaliação com foco na melhoria das ações. Os capítulos apresentam estudos sobre programas de dengue, sífilis congênita, vigilância em saúde, HIV e tuberculose. Embora os estudos avaliativos apresentados não possam extrapolar seus resultados para outras realidades, compartilham com elas conceitos, fundamentos e questões, bem como fatores que facilitam ou dificultam as ações em saúde. O livro tem a preocupação de articular o discurso com a prática, a teoria com a ação, de modo a aproximar a produção acadêmica dos serviços de assistência à saúde. Propõe processos avaliativos não para gerar informações de forma burocrática, mas para compreender como e por que aqueles resultados são produzidos, tornando-os cada vez mais relevantes para melhorar os serviços estudados. E isso requer avaliações que contemplem tanto as perspectivas técnicas e normativas quanto a visão dos usuários. Dessa forma, os achados de um processo avaliativo podem, de fato, contribuir para a tomada de decisões, os ajustes necessários nos programas ou a busca de novas alternativas.
O livro “Bastidores. A articulação da Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”, do Juiz Federal e antigo aluno da Faculdade, Ricardo Nascimento, é registro importante, detalhado, fidedigno e apaixonado.
Este livro reúne trabalhos desenvolvidos sobre os temas relacionados às projeções do perfil epidemiológico do país e a organização e gestão dos serviços de saúde, com o objetivo de apoiar o planejamento e a prospecção estratégica do sistema de saúde em âmbito nacional. A abordagem de prospecção estratégica adotada pela iniciativa Brasil Saúde Amanhã pretende expandir a capacidade de compreensão em relação a temas e situações emergentes fundamentais para o planejamento em saúde de médio e longo prazo.
Este livro resume a pesquisa "BRASIL: NUNCA MAIS" iniciada em março de 1979 como uma investigação sigilosa no campo dos Direitos Humanos sob a Ditadura. É uma radiografia inédita da repressão política que se abateu sobre milhares de brasileiros considerados pelos militares como adversários do regime inaugurado em abril de 1964. É também a anatomia da resistência.
Este livro se destina, principalmente, a examinar o surgimento e o perecimento das teorias administrativas por meio do tempo, conforme as determinações econômico-sociais existentes. Com isto, se pretende estudar a Teoria Geral da Administração como ideologia, dentro do plano traçado e fundamentando-se em textos relevantes ao assunto.
Capitalismo em debate faz ao leitor o irrecusável convite de se juntar a uma conversa entre Nancy Fraser e Rahel Jaeggi. Construída de modo não ortodoxo, a obra se apresenta como um verdadeiro debate entre as filósofas em torno do contexto atual do capitalismo, levando em conta problemas econômicos, sociais, políticos e ambientais. Estruturada em quatro capítulos Conceitualizando o capitalismo, Historicizando o capitalismo, Criticando o capitalismo e, finalmente, Contestando o capitalismo
A crise do novo coronavírus foi, em muitos aspectos, sem precedentes. Não apenas pela rapidez com que uma doença foi capaz de se alastrar em escala planetária anunciando um futuro temerário para a época dos fluxos globais, mas sobretudo por conta das reações que suscitou. Assistimos a um bloqueio geral da economia mundial e à imposição de medidas de confinamento populacional em quase todo o planeta. Temendo por sua sobrevivência, o capitalismo global colocou-se em quarentena. Mas os acontecimentos atuais só podem ser compreendidos se inserirmos a crise do vírus no panorama mais amplo do processo de crise fundamental do capitalismo, sistema que agora se confronta com seus limites históricos, tanto internos (a desvalorização do valor) quanto externos (a ameaça de colapso ambiental). A quarentena autoimposta do capitalismo foi, para este, um mal necessário para continuar existindo. Mas esse remédio amargo pode ter um perigoso efeito colateral, tendo aumentado exponencialmente a montanha de dívidas impagáveis que ameaça desabar a qualquer instante. A avalanche nos arrastará, em sua queda abrupta? Ou teremos aprendido algo com o breve pause do sujeito automático?
Saúde para além da ausência de doenças contraria a ideia de que tudo é consumo, de que o mercado e suas filosofias são perspectiva para tudo: gestão pública, serviços de saúde e direitos sociais. O capitalismo em crise explora e mercantiliza os sistemas de saúde, suas políticas e sua porção humana — trabalhadores, trabalhadoras e a população. Este livro critica a economia política do capitalismo e suas implicações no sistema de saúde brasileiro. O Sistema Único de Saúde (SUS) e sua expansão é a garantia da saúde universal, integral e de qualidade; apesar da austeridade, panaceia de saída da crise estrutural do capitalismo financeirizado. O SUS é das poucas, mas mais eficazes, estratégias de defesa e inversão de jogo das quais dispomos. Este livro analisa o cenário corrente, as influências internacionais e abre caminhos críticos de defesa e expansão do maior sistema universal de saúde do mundo
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.