Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Judicialização da Saúde – Regime Jurídico do SUS e Intervenção na Administração Pública discute o grande desafio a ser vencido pela nossa sociedade. Isso, em razão de sua emergência, fator de desequilíbrio nos dois pratos da balança, um ao se apropriar de verbas, outro a disponibilizar essas verbas para a Saúde. Hoje, no Brasil, há cidadãos que buscam acesso de medidas judiciais a remédios e procedimentos caríssimos, alguns ainda nem aprovados pelas autoridades sanitárias. Suas ações são fomentadas por organizações escusas, que sob o manto da pretensa ilicitude praticada pelo Estado auferem lucros impensáveis. Esse é o prato da balança que produz o desequilíbrio. O outro é a óbvia carência de nossa população, à míngua de atendimentos médicos, muitas vezes emergenciais, e cujo necessário financiamento foi sequestrado pela judicialização. O livro é muito atual, pois bem reflete a iniciativa do CNJ – Conselho Nacional de Justiça –, que muito oportunamente criou um grupo para orientar e oferecer aos juízes informações técnicas de modo a dar consistência às suas sentenças. Judicialização da Saúde – Regime Jurídico do SUS e Intervenção na Administração Pública apresenta 1 Autor, 15 capítulos, num total de 236 páginas.
Neste livro, são analisados conceitos sobre a saúde global sempre levando-se em conta que o olhar histórico é fundamental para compreender os desafios das políticas de saúde. O termo saúde global costuma ser usado em resposta a eventos novos, como epidemias internacionais que atingem países ricos e pobres. Mas, afinal, saúde global e saúde internacional são ou não diferentes? O professor e pesquisador Marcos Cueto não se dedica a encerrar o debate, mas sim a estudar os termos saúde internacional e saúde global, investigando a trajetória de mudanças e continuidades das agências e programas internacionais envolvidos com a saúde da população durante o período de 1850 a 2010. Para ele, “este livro expressa a esperança de que o estudo da história da saúde global seja de utilidade para os encarregados da elaboração de políticas públicas e para os estudiosos dos sistemas de saúde em todos os países, auxiliando-os no controle das doenças alimentadas pela pobreza”.
Em um momento de discussão sobre a maioridade penal no país, bem como de divulgação de dados do Ministério da Justiça mostrando que quase metade da população carcerária nem sequer foi julgada, um livro sobre a garantia do direito à saúde das pessoas privadas de liberdade torna-se bem-vindo. O livro é fruto de uma pesquisa avaliativa com variados segmentos da comunidade prisional – trabalhadores, administradores, visitantes e, inclusive, ex- presidiários – ao longo de mais de um ano, cujos resultados subsidiaram a formulação da atual Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional. O autor destaca o papel da proteção à saúde no SUS em um cenário marcado por superlotação e insalubridade, para além da prevenção de doenças ou mesmo da promoção e recuperação da saúde. Essa obra pioneira sobre saúde penitenciária no Brasil demonstra a importância da intersetorialidade na construção de políticas públicas.
A obra apresenta a questão de homeopatia no Brasil, tendo como ponto central suas estratégias de legitimação político-institucional e as respectivas contra-estratégias desenvolvidas pela medicina ortodoxa para preservar seu domínio na esfera institucional e o monopólio no exercício da medicina. O tema e a abordagem da autora convidam a um contexto estimulante para se pensar sobre racionalidade, em relação à ciência oficial e a outros saberes entendidos como concorrentes numa conjuntura de crise de paradigma da ciência moderna, nomeadamente, da medicina ortodoxa.
A Coleção A Clínica da Psicose: Lacan e a psiquiatria traz para o leitor brasileiro um conjunto de textos, inéditos em português, representativos do trabalho psicanalitico com a psicose realizado em alguns serviços e instituições da França, tendo como referência principal a Escola Psicanalítica de Sainte-Anne, em Paris.
Relações raciais e educação. Juntos, os temas vibram e tornam-se pontos referenciais para entender os vínculos entre as politicas públicas e a desigualdade social. O autor examina a maneira pela qual leituras científicas sobre a sociedade definiam negros e carentes como deficientes e como essa concepção passou a influenciar as práticas educacionais.
Este livro reúne temas referentes às vigilâncias em saúde na busca de apresentar conceitos e perspectivas sobre as diversas áreas de atuação da vigilância no Brasil. Traz reflexões sobre a ação da vigilância no período da pandemia de Covid-19 e pistas sobre como elaborar e reelaborar as ações e políticas públicas regionais e locais para maior efetividade da vigilância. É direcionado a estudantes de graduação e pós-graduação da área de saúde, a gestores e profissionais da saúde e àqueles que desejam conhecer como o SUS realiza o processo de prevenção de doenças e promoção da saúde no Brasil por meio das vigilâncias em saúde.
A coletânea História da Saúde: diálogos para o século XXI apresenta abordagens e perspectivas que estão na pauta do dia da pesquisa histórica sobre saúde, medicina e doenças. Com temáticas diversificadas, o livro traz um panorama bastante interessante para quem deseja iniciar os estudos e pesquisas no campo da História da Saúde, bem como sistematiza discussões que interessam a pessoas já participantes desse segmento da disciplina histórica. Apostando em diálogos interdisciplinares com outras Ciências Sociais, a Ecologia, os Estudos Sociais das Ciências e áreas variadas da História, esta coletânea discute também como historiadoras e historiadores podem investigar uma área tão complexa e multidimensional como a saúde, a um só tempo campo, conceito e objeto de análise.
Temos em mãos uma obra que ilustra a potência do que podemos chamar de práxis feminista antimanicomial. Ao trazer a interseccionalidade para a Reforma Psiquiátrica Brasileira e desnudar a emergência de pensar saúde mental a partir das categorias sociais gênero, raça e classe, para além dos resultados de um curso de formação, somos convidadas ao pensamento crítico e à ação político-militante pela vida, pela liberdade, pelo direito ao autocuidado, à insurgência e à escuta - pelo bem viver de nós, mulheres.
O decênio decisivo reúne, com grande rigor científico, uma quantidade imensa de dados que estão na fronteira do conhecimento acerca dos impactos das mudanças climáticas sobre a vida na Terra, apontando o futuro excruciante que virá caso não rompamos com os pilares do capitalismo contemporâneo, e elencando as possibilidades de ação imediata para evitar que a catástrofe seja ainda maior. Da leitura, depreende-se que o momento presente é o mais crucial de nossa história como espécie, pois é agora que decidiremos, coletivamente, as chances de sobrevivência do projeto humano.
Rletir e aprender as lições deixadas pelas emer- Rgências em saúde pública que vivemos recentemente (e que, ao que tudo indica, poderão vir a se repetir no futuro), constitui um desao importante para os prossionais de saúde. Este livro apresenta considerações importantes sobre os dilemas presentes no acesso de crianças e adolescentes à saúde na atualidade. Partindo da compreensão de que a saúde é produto das condições de vida e trabalho das pessoas, a tônica deste livro repousa sobre o limite de ações pontuais para resolver questões de saúde que expressam desigualdades estruturais da sociedade brasileira e valoriza a construção de alternativas e estratégias, a partir da articulação entre pesquisa, educação e atenção à saúde. — Alessandra Gomes Mendes, Aline de Carvalho Martins & Dolores Lima da Costa Vidal. da Criança e do Adolescente IFF/FIOCRUZ
A presente coletânea foi construída no âmbito do Projeto “Vozes Indígenas na Produção do Conhecimento” coordenado por pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz, que, em 2019, formou um coletivo com cerca de 20 pesquisadores indígenas chamado “Vozes Indígenas na Saúde Coletiva” com o objetivo de aprofundar o diálogo com os estudantes de pós-graduação e pesquisadores indígenas que refletem sobre temas relacionados com a saúde e seus determinantes. Com vistas a dar maior visibilidade à produção conhecimento dos acadêmicos indígenas, o Coletivo se propôs a organizar uma publicação conjunta e para isso formou um Conselho Editorial Indígena que organizou uma chamada pública para primeiras autorias indígenas que refletissem temas que se relacionam com a área de saúde coletiva. A presente publicação é resultado dessa chamada pública e reúne 21 capítulos, organizados em 3 partes. A primeira parte, intitulada Indígenas mulheres e experiências de cuidado visibiliza o protagonismo das mulheres indígenas e as formas de cuidado a partir dos territórios indígenas. A segunda parte, chamada Saberes e memórias nos territórios e nas políticas traz contribuições que aprofundam memórias de luta nos territórios pelos direitos indígenas. Por fim, a seção Estratégias de enfrentamento e cuidado na pandemia da Covid-19 apresenta reflexões e experiências vividas pelos indígenas diante dos impactos da Covid-19 e suas estratégias de enfrentamento.
Com a publicação de A queda do céu, Davi Kopenawa e Bruce Albert empreenderam uma verdadeira revolução, cujo impacto pode ser sentido até hoje. Os autores tiveram também uma considerável contribuição nas grandes transformações do pensamento ecológico contemporâneo, que descontruiu o conceito de Natureza e já não mais distingue povos humanos e não humanos. Produzida entre 2000 e 2020 por ocasião de várias exposições realizadas em Paris pela Fundação Cartier, conjuntamente com os habitantes da casa coletiva yanomami de Watoriki (a serra do Vento), a presente coletânea reúne uma vasta trama de reflexões e diálogos que, a partir do saber xamânico dos Yanomami, evoca, sob diversas perspectivas, as imagens e os sons da floresta, a complexidade de sua biodiversidade e as implicações trágicas de sua destruição.
A metodologia não deve ser vista como uma disciplina cuja ênfase é o ensino de métodos e técnicas para planejar, conduzir e apresentar uma pesquisa científica, mas sim como uma disciplina para elucidar o que são essas técnicas, a quais métodos da ciência atendem e em que bases epistemológicas se fundamentam. A autora apresenta uma metodologia tríplice: acadêmica, da ciência e da pesquisa.
O livro apresenta o Samu, situando seu protagonismo como primeiro componente implantado da política de redes assistenciais, e discute seu funcionamento e abrangência nacional. “Foi, sem dúvidas, um componente que teve muita aceitabilidade por parte da população e dos gestores, mudando a forma de atender urgências no Brasil”, ressaltam as autoras. Esse atendimento pré-hospitalar foi ampliado com a criação das UPAs e das salas de estabilização. Segundo as médicas, a UPA foi um componente vital para a ampliação do acesso, mas sua implantação foi controversa: “A falta de planejamento gerou uma competição com a APS (Atenção Primária à Saúde) e com o próprio hospital, como ilustrado pelo desastroso fenômeno de internação na UPA”, explicam.
Este livro é uma festa! Não só porque fala de festas, mas principalmente por celebrar a vida. Festa é um rito social, partilhado entre um grupo de pessoas. E as pessoas que partilham esta festa é o que há de mais especial no livro. Toda festa tem um anfitrião, aquele que convida para a festa. Esta tem também, o Allan, que por coincidência é ainda o autor do livro que você segura, agora, nas suas mãos. E esta festa foi inspirada na vivência de Allan nos fluxos e nos bailes funks nas periferias de São Paulo; na sua proximidade com jovens da periferia e no seu hábito de ouvir funk durante a escrita da pesquisa que gerou este livro, bem como com o seu trabalho profissional como sanitarista - Marco Akerman
Este livro é resultado de um esforço para resgatar as ideias de Josué de Castro 75 anos depois da publicação de sua obra-prima, Geografia da fome, justamente num momento em que o país volta a enfrentar as formas mais graves da insegurança alimentar e nutricional. Em 26 artigos e uma linha do tempo, e em permanente diálogo com o intelectual pernambucano, Da fome à fome oferece um panorama multidisciplinar sobre esse flagelo na tentativa de responder a uma pergunta absurda: por que uma potência agropecuária mantém 33 milhões de pessoas sem comida na mesa enquanto exporta toneladas e mais toneladas de grãos e carnes todos os anos? Como se verá nestas páginas, a questão é essencialmente política. Por isso, Da fome à fome é leitura obrigatória para quem está estarrecido com a carestia brasileira do século xxi e deseja compreender o problema para além do discurso fácil e falacioso do agronegócio.
As transformações conjuntas do mundo estudantil e dos programas de pesquisa da sociologia fizeram crescer o número de estudantes que gostariam de realizar um trabalho de campo no nível da graduação, do mestrado ou do doutorado. Há nisso uma chance para uma etnografia sociológica que faça da explicitação das condições singulares da pesquisa uma exigência sistemática. Este Guia buscará mostrar a unidade da pesquisa de campo para além da diversidade de seus instrumentos. Ajudará a realizar uma pesquisa de campo passo a passo. Dará conselhos práticos e teóricos ao mesmo tempo, mobilizando uma série de exemplos tirados de pesquisas passadas ou em andamento.
A ideia central deste livro é que o cuidado em saúde será sempre coproduzido pelos usuários (os leigos) e pelos especialistas da saúde (profissionais da saúde). O trabalho foi concluído em duas fases. Na primeira, de caráter exploratório, foram realizadas entrevistas em profundidade com atores estratégicos e informantes-chave do sistema de saúde, em particular alguns de seus profissionais. Na segunda foram colhidas histórias de vida de usuários muito dependentes do serviço de saúde.
O Apoio Paideia & Suas Rodas, é o resultado do trabalho de diversos atores do campo da saúde coletiva, seja na gestão, no trabalho interprofissional, na clínica ou na formação em saúde. São contextos bastante heterogêneos, mas em todos eles mira-se o mesmo horizonte: fortalecer a capacidade de crítica e de reflexão dos sujeitos; possibilitar o diálogo e a explicitação de diferenças de interesse, de valores e de projetos.
"Aborda o encontro entre os discursos e práticas sobre a saúde e o envelhecimento oriundos da biomedicina, da epidemiologia e da promoção da saúde com a experiência que constitui uma “tia” no mundo do samba. Com esse intuito, apresenta e analisa vivências das mulheres integrantes da Ala dos Cabelos Brancos, do Grêmio Recreativo Escola de Samba Império Serrano, e de compositores e sambistas que integram esse universo cultural, além de dialogar com autores de diversos campos do pensamento. A partir desses depoimentos, a autora investiga como as senhoras do samba lidam com as representações e conceitos de vida saudável, e se elas demonstram algum tipo de resistência à medicalização da vida, entre outros aspectos. O conteúdo constrói um viés crítico sobre a produção e circulação de discursos e práticas ligados à medicalização da vida e sua promessa de saúde e longevidade calcada na adoção de um modo de viver baseado na hiperprevenção."
Com um enfoque atualizado e preciso sobre o tema, o título é "fruto da produção híbrida de uma migrante boliviana e trabalhadora do Sistema Único de Saúde e de uma pesquisadora de alto nível no fascinante campo da saúde global". As pesquisadoras abordam a situação atual da mobilidade humana no mundo e da imigração no Brasil, a saúde como um direito humano para as comunidades de migrantes e refugiados, além de resumos sobre as experiência realizadas na Secretaria de Saúde do município de São Paulo, que contemplou rodas de conversas e sensibilização entre gestores e trabalhadores da saúde em unidades com grande fluxo de migrantes internacionais.
Das 57 milhões de mortes ocorridas anualmente no mundo, cerca de 15 milhões (25%) são creditadas a doenças infecciosas, havendo complexidade em se determinar com precisão quantos desses óbitos, que atingem na maior parte crianças, são por doenças virais. Nesta obra, os autores procuram clarear o entendimento do que são e representam as viroses emergentes, em especial no Brasil, enfatizando que sua ocorrência e distribuição é um processo evolutivo constante, com especificidades próprias a cada época e lugar.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.