Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Compreender, a partir de abordagem respeitosa, os elementos que cercam o fenômeno da gestação adolescente no Brasil, desvinculando o tema de discursos moralizantes ou que culpabilizem as mulheres. É com esse intuito que a Editora Fiocruz lança Gravidez na Adolescência: entre fatos e estereótipos, livro que integra a coleção Temas em Saúde.
Como viver uma experiência pandêmica no século XXI e quais são os contextos que informam e são informados por ela? Em sociedades globalizadas, mas ainda com impasses e oportunidades em dimensão nacional e local, abarcando sistemas de saúde, organização política, social e cultural, a pandemia de Covid-19 exige uma apreensão ampla e profunda desses significados, abarcando as diversas experiências do viver humano. Sobre a pandemia é uma obra aberta, voltada para um público de todas as gerações e formações. É um registro fundamental para se compreender, na voz de seus autores, as pistas deixadas pelo passado, as experiências vividas pelo presente e as expectativas depositadas sobre os tempos que virão. Sobre a pandemia é uma coletânea que objetiva reunir intelectuais de distintas áreas do pensamento científico, preocupados em traduzir as interações e tensões em torno da pandemia Covid-19. Ao enfrentar os mares revoltos desse tempo presente, em que a existência humana e não humana se defronta, as interpretações aqui elencadas jogam luz sobre as incertezas e os impasses, mas, igualmente, sobre as iniciativas e as retomadas de sentido diante do homem, suas formas de viver, adoecer e, na sua extensão, de sua própria morte. Tempos, pessoas e narrativas se entrecruzam no esforço de constituição possível da retomada da esperança e de um coletivo futuro possível, mesmo que esteja tatuado em nossas mentes o desafio que Hanna Arendt pressagiou para a sociedade que se inscrevia no século XX: Nossa herança nos foi deixada sem nenhum testamento.
Os ensaios deste livro trazem à cena o mefistofélico projeto neoliberal de saúde pobre para pobres. O subfinanciamento e a privatização do Estado social brasileiro colocaram dolosamente o Sistema Único de Saúde (SUS) numa situação de muita precariedade na atenção à saúde nesta pandemia. Mesmo antes do colapso do sistema de saúde brasileiro em face a doença Covid-19, a atenção de saúde pública já era carente de pessoal e de suporte de tecnologias de baixa densidade tecnológica.
Os muitos desafios e crises que marcam os tempos pandêmicos podem ser narrados por meio de recursos diversos. As figuras de linguagem (incluindo a ironia, a alusão, o paradoxo), as ambiguidades, o exercício da crítica e até mesmo o humor e o alívio cômico são alguns desses vários recursos presentes em Ensaios Fora do Tubo: a saúde e seus paradoxos. Luis Castiel reflete sobre as precarizações - econômica, social, sanitária, entre outras - e as muitas crises que nos afetam em meio ao que chama de pandemência.
Este livro descreve e compara as principais políticas públicas implementadas na Argentina e no Brasil no período 2003-2020, em diferentes áreas. Inclui uma análise das principais políticas de: educação, social, saúde, trabalhista, fiscal, cambial, industrial, inovação tecnológica, regulação, agrícola, energia e meio ambiente. Se identificam também os instrumentos políticos que ajudaram a resolver diferentes problemas em cada país e se alinham às experiências aprendidas. Além disso, são identificados os problemas ainda não resolvidos em cada área e os principais desafios de políticas públicas a serem enfrentados no futuro imediato.
Primeira publicação brasileira sobre biossegurança chega à segunda edição com novos capítulos e atualizações. Aborda desde a história das revoluções sanitárias, que levaram a Humanidade a enfrentar epidemias e desenvolver as noções de transmissão, contágio e prevenção de doenças, até questões das últimas descobertas científicas e tecnológicas. Aplicações da internet em biossegurança e acidentes em unidades de assistência médica estão entre os novos temas em debate. Discute, ainda, a criação de mapas de riscos, segurança em biotérios, ergonomia e biossegurança em laboratórios, política de biossegurança, biotecnologia e doenças emergentes.
Em uma conferência dada em Montreal logo após a publicação de Vigiar e punir, Michel Foucault responde a uma pergunta que lhe foi feita: Existem “alternativas” para a prisão? Foucault duvida que a crescente imposição de condições restritivas fora do recinto prisional seja um sinal de ruptura com o encarceramento; na verdade, parece que o progressismo criminoso e o desenvolvimento de técnicas de vigilância caminham lado a lado. Portanto, não se trata tanto de inventar “alternativas”, mas de saber se se deseja difundir ou diminuir o controle social.
A ética protestante e o espírito do capitalismo aborda um problema, geralmente, de difícil apreensão:o condicionamento do surgimento de uma“disposição econômica” – do “ethos” de uma forma econômica – por determinados conteúdos de fé religiosos, e isso a partir do exemplo das relações do ethos econômico moderno com a ética racional do protestantismo ascético. Nesta edição, busca-se com a inclusão das“Anticríticas” e dos demais escritos sobre o protestantismo contribuir para o entendimento das suas principais teses e também para uma reconstrução da história da sua recepção.
Byung-Chul Han mostra que a sociedade disciplinar e repressora do século XX descrita por Michel Foucault perde espaço para uma nova forma de organização coercitiva: a violência neuronal. As pessoas se cobram cada vez mais para apresentar resultados - tornando elas mesmas vigilantes e carrascas de suas ações. Em uma época onde poderíamos trabalhar menos e ganhar mais, a ideologia da positividade opera uma inversão perversa: nos submetemos a trabalhar mais e a receber menos. Essa onda do eu consigo e do yes, we can tem gerado um aumento significativo de doenças como depressão, transtornos de personalidade, síndromes como hiperatividade e burnout. Este livro transcende o campo filosófico e pode ajudar educadores, psicólogos e gestores a entender os novos
Entre as diversas crises emergidas no contexto da Covid-19, a saúde dos povos indígenas no Brasil foi uma das mais preocupantes e debatidas. "A pandemia tornou ainda mais evidentes as deficiências que permanecem na atenção à saúde indígena e a sua frágil articulação com os demais níveis de complexidade da rede SUS", destacam os organizadores e pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).
Fruto dos primeiros anos de trabalho cooperativo no âmbito da Rede Ibero-americana de Pesquisa em Ambiente e Sociedade, este livro aborda o tema das mudanças ambientais e climáticas em áreas protegidas e vulneráveis a partir de um amplo grupo de pesquisadores de diferentes países. Lançado por ocasião do cinquentenário da Unicamp, as contribuições aqui trazidas buscam refletir sobre questões-chave da vida contemporânea: por que, afinal, continuamos atrelados a um modelo de desenvolvimento baseado na emissão de carbono se já há evidência suficiente de que isso contribui para ameaçar os sistemas sociais e ecológicos? Por que, diante de tais evidências, as políticas públicas de enfrentamento do problema não surtem o efeito esperado nos diferentes países?
Para os estudiosos do mundo agrário, os temas da sustentabilidade e do desenvolvimento são desafios constantes nas análises sobre territórios rurais em diversos países. Compreender essas unidades espaciais, suas relações e dimensões não é tarefa fácil para as pessoas envolvidas na pesquisa do tema. Estudando casos no Equador, África do Sul, Gana, Índia, China e Indonésia, Scoones apresenta uma abordagem dos meios de vida em comunidades rurais ampliada pela economia política. Discute, entre outros temas, a desigualdade, pobreza, direitos, trabalho decente, qualidade de vida, bem estar, desenvolvimento humano, empoderamento e classes sociais, o autor aprofunda o debate teórico e traz novas perspectivas para os estudos das comunidades rurais no Brasil.
O livro reúne um conjunto diverso de estudos sobre diversidade sexual e de gênero, com uma seleção abrangente e inédita de trabalhos que marcam o conhecimento que se produziu sobre gênero e sexualidade nos últimos 20 anos nas ciências humanas, incluindo saúde coletiva, ciências sociais, direito, educação, psicologia e serviços sociais. Diante dos enfrentamentos colocados pelo cenário atual, os textos convidam à releitura das primeiras duas décadas deste século e apresentam uma abordagem acessível de temas que atingiram grande refinamento conceitual e analítico.
O enfraquecimento da crítica sistêmica da esquerda é hoje uma das principais fragilidades da luta contra o avanço do conservadorismo, do autoritarismo, do racismo, da xenofobia, da intolerância e do neofascismo. Valorizar horizontes utópicos de outras formas sociais não é irrealismo ou expressão de impotência política: é resgatar bússolas indispensáveis para direcionar e estimular lutas antigas e novas. No Brasil de Bolsonaro, o debate sobre Bem Viver, decrescimento, comuns, ecofeminismo, direitos da Mãe Terra e desglobalização, proposto neste livro, oferece oxigênio para uma esquerda que precisa se revigorar, e, principalmente, se reinventar.
O livro traz uma série de textos de profissionais da área da saúde materno-infantil. Oferece um panorama da atenção integrada às doenças prevalentes na infância, estratégia reconhecida pelo Ministério da Saúde. Na década de 90 foi criada e apresentada a profissionais que tinham envolvimento com a saúde materno-infantil em nosso país a estratégia AIDPI. desde então essa estratégia é preconizada pelo Ministério como prioritária para o atendimento à infância em âmbito nacional.
Em 2021, estamos sob tempos sombrios, de retrocessos sociais e políticos, e também na saúde mental. Este livro parte da análise da conjuntura, crua e dura, reconhecendo as perdas e riscos, mas não “está tudo dominado”. A realidade tem contradições e brechas para resistir e até mesmo avançar. Esse é o objeto desse livro, mostrando projetos inovadores em saúde mental e luta antimanicomial. Parte da Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência (“Disabilidades”) da ONU, que no Brasil tem o mesmo status da Constituição Federal; das novas diretrizes da ONU e da Organização Mundial de Saúde; e dos avanços dos movimentos de direitos humanos e de usuários(as) de outros países, com novas ideias e práticas de protagonismo e direitos de usuários(as) e familiares.
“Diário da Pandemia” reúne registros cotidianos de historiadores sobre a Covid-19 no Brasil e no exterior. Na forma de um diário coletivo, a crise sanitária planetária é analisada à luz da história. A coletânea procura demonstrar que não compreenderemos bem novas epidemias e pandemias sem trabalhos históricos, e, sobretudo, sem pesquisas transdisciplinares especialmente atentas às inter-relações entre sistemas naturais e sociais. As contribuições dos historiadores no livro também abordam hábitos de higiene; relações de gênero e étnico-raciais; biomedicina; saúde pública; meio ambiente; práticas de cuidados e cura; relações internacionais; os interesses dos diversos atores sociais; poder e política; economia e desigualdade; as interseções entre ciência e sociedade; medo, dor, sofrimento e defesa da vida. Há temas de maior interesse e urgência aos habitantes do mundo de hoje?
Este livro reúne trabalhos desenvolvidos sobre os temas relacionados às projeções do perfil epidemiológico do país e a organização e gestão dos serviços de saúde, com o objetivo de apoiar o planejamento e a prospecção estratégica do sistema de saúde em âmbito nacional. A abordagem de prospecção estratégica adotada pela iniciativa Brasil Saúde Amanhã pretende expandir a capacidade de compreensão em relação a temas e situações emergentes fundamentais para o planejamento em saúde de médio e longo prazo.
Em meio aos muitos desafios causados pela pandemia de Covid-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, ao longo do ano de 2020, que as fake news e a desinformação se propagam de forma tão rápida e tão perigosa como o vírus. Dessa forma, a divulgação da ciência ganhou, portanto, um papel essencial no enfrentamento à doença. A obra destaca também a importância da avaliação de projetos de divulgação científica, seja enquanto essas iniciativas ainda estão ocorrendo ou após terem sido finalizadas. Verificar se os objetivos desejados foram ou não atingidos é fundamental para uma visão ampliada de cada projeto e para obter resultados cada vez mais positivos.
"O cuidado e seus desafios para a formação profissional, na melhoria da qualidade nos serviços de saúde e na experiência relacional. Esses aspectos estão presentes nos 16 artigos da coletânea Organização do Cuidado e Práticas em Saúde: abordagens, pesquisas e experiências de ensino, da Editora Fiocruz, organizado por Marilene de Castilho Sá, Maria de Fátima Lobato Tavares e Marismary Horsth De Seta. Os textos apresentados trazem interessantes análises que deslocam o olhar organizativo clássico, disciplinador de corpos e racionalizador de recursos, para expor processos sociais que revelam sofrimentos e desigualdades dos indivíduos, das populações e também dos profissionais. "
Trabalhar na saúde engloba uma multiplicidade de atores e uma diversidade de processos nos serviços públicos, seja na Estratégia Saúde da Família, nos ambulatórios, nos hospitais ou nas emergências. Aos médicos e às equipes de enfermagem, somam-se os agentes comunitários de saúde.Uma análise, ao mesmo tempo, abrangente e detalhada sobre essa complexa realidade é o que oferece esta coletânea, que combina teoria e prática para lançar luz sobre uma série de questões polêmicas, como o sofrimento e o desgaste físico e psíquico vivenciados pelos trabalhadores da saúde; o paradoxo entre a missão de cuidar e a ausência de meios; e a necessidade de ‘invenções’ cotidianas para atender às expectativas dos usuários.
Com erudição e muita sensibilidade, o livro mostra como a fabricação de diferenças é parte constitutiva das relações de poder e explora densamente as polêmicas em torno de questões de gênero, desvelando a revolução que esse conceito empreendeu na área dos estudos sobre a mulher. Na contramão da vitimização ou da suposição de uma cultura de resistência ao patriarcado, a obra está ancorada no escrutínio das formas específicas que a dominação assume em diferentes contextos sociais. Tecendo os nexos entre as abordagens de cunho estrutural e as experiências como produtoras de sujeitos, temos aí um convite irrecusável para a revisão da ideia da mulher como pertencente a um grupo homogêneo e unitário e para as análises interessadas na pluralidade e na historicidade das experiências femininas.
Tornar-se negro foi pioneiro ao conectar a psicanálise com a questão racial. De forma inovadora e potente, a psiquiatra e psicanalista Neusa Santos Souza dedicou um estudo acadêmico à vida emocional de negros e negras, justificado pela absoluta ausência de um discurso nesse nível elaborado pelo negro acerca de si mesmo. Partindo da própria experiência de ser negra numa sociedade de hegemonia branca, Neusa analisa uma série de depoimentos dados a ela, assinalando neles as consequências brutais do racismo e da introjeção do padrão branco como o único caminho de mobilidade social para o negro. São histórias de vida de dez personagens que se autodefinem e falam das estratégias para a ascensão, cujo custo emocional é o da sujeição, negação e apagamento de suas identidades, sua cultura e seus corpos. Intelectual brilhante, Neusa Santos Souza deixou imensa contribuição para o movimento negro e a prática psicanalítica.
Potente e emblemático, Lugar de Negro traça um panorama sucinto de um dos problemas sociais mais candentes do nosso país. Passadas quatro décadas de sua publicação original, sua leitura permanece atual e obrigatória para entender as dinâmicas de raça e classe no Brasil. Lugar de negro reúne três textos de duas grandes referências nos estudos das relações entre desigualdade e raça — Lélia Gonzalez e Carlos Hasenbalg —, sintetizando pontos centrais da questão racial brasileira e contribuindo para fortalecer uma luta fundamental do movimento negro naquela época: descontruir o mito da democracia racial, incitado durante a ditadura.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.