Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
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Neste 13º título da Coleção Feminismos Plurais, a promotora de justiça Lívia Sant’Anna Vaz apresenta um estudo das cotas raciais no Brasil e do seu impacto no ensino superior e nos concursos públicos ao longo dos dez anos da legislação. A obra rememora o histórico de restrições impostas a pessoas negras no acesso à educação formal e promove a compreensão histórica do racismo e da resistência jurídica de reconhecê-lo como um dos elementos que estrutura as desigualdades brasileiras. Para além de apresentar os desafios para o aprimoramento das cotas raciais e os seus limites na concretização de justiça racial, a autora também salienta a importância dos mecanismos de controle para a garantia da eficácia dessa importante ação afirmativa para o povo negro.
De que forma a pandemia agravou as já abissais desigualdades sociais no Brasil, na América Latina e no mundo? Como o capital se comporta diante de uma crise sanitária dessa magnitude? É possível afirmar que a brutal expansão da covid-19 tem preferência de classe, gênero, raça e etnia? Nesta obra, o professor de sociologia do trabalho Ricardo Antunes apresenta diversos textos escritos nos últimos anos que conceituam o atual estágio do desenvolvimento capitalista, em especial no que se refere aos novos modos de sujeição do trabalho. Seu foco principal é interpretar de que forma a pandemia e a gestão Jair Bolsonaro vêm determinar um capitalismo já em crise. Antunes destrincha diversos temas como a relação da pandemia com as reformas trabalhistas feitas nas últimas décadas, o aumento do desemprego, a constante precarização do trabalho e o afrouxamento dos vínculos empregatícios. Retomando o léxico e uma série de descobertas expostos em seus livros anteriores, o autor nos oferece uma análise da conjuntura em que nos encontramos, com seus vieses de raça, classe, gênero etc., sob o pano de fundo de uma análise marxista dos rumos do capitalismo contemporâneo. Escrito sob o calor dos fatos narrados, sem esconder a indignação crítica de que se alimenta, este livro é uma oportunidade de conhecer as grandes linhas do pensamento de um de nossos maiores intérpretes do mundo do trabalho, aplicado quase em tempo real a nosso sombrio dia a dia. No melhor estilo da prosa dialética, comparecem aqui os terríveis suplícios a que é submetida a classe trabalhadora contemporânea, mas também a visão de um futuro melhor que só pelas mãos dela pode ser construído.
A revista Jacobin é uma voz destacada da esquerda mundial. Agora, em português, oferece um ponto de vista socialista sobre política, economia e cultura. Você pode adquirir o exemplar avulso ou dentro do nosso pacote de assinaturas com esta edição inclusa e a próxima que será lançada no primeiro semestre de 2022. “O ser humano vive da natureza. Isto significa que a natureza é seu corpo, com o qual ele precisa estar em processo contínuo para não morrer. Que a vida física e espiritual do ser humano está associada à natureza não tem outro sentido do que afirmar que a natureza está associada a si mesma, pois o ser humano é parte da natureza.” — KARL MARX
A crise global não afeta a todos da mesma forma. As mutações do mundo do trabalho e as subjetividades dispostas a participar de novas formas de produção e consumo redesenham nosso presente. O que significa, então, repensar a possibilidade de um mundo liberado do capitalismo? No contexto de uma crise que marca os limites do pensamento neoliberal, os novos movimentos sociais – os excluídos, sem documentos, sem empregos, sem moradia, migrantes, indígenas – propõem iniciativas de baixo para cima. Baschet explicita as características mais complexas do capitalismo financeirizado e explora caminhos alternativos para a elaboração prática de novas formas de vida. Sem estabelecer um modelo universal para as experiências de autogestão, nem construir uma grande história para o futuro, o autor condena-as a se dissolverem em algo novo, reabrindo o horizonte de outros mundos possíveis.
Sexualidade e socialismo traz uma análise incrivelmente acessível das questões mais desafiadoras para os que estão preocupados com a luta pela igualdade para lésbicas, gays, bissexuais e travestis, mulheres transexuais e homens trans (LGBT). O livro contém artigos sobre as raízes da opressão LGBT, a construção das identidades sexuais e de gênero, a história do movimento gay e sobre como unir os oprimidos e explorados para conquistar a libertação sexual para todos. Sherry Wolf analisa diferentes teorias sobre opressão – incluindo as marxistas, pós-modernistas, as políticas de identidade e a teoria queer – e contesta mitos sobre genes, gênero e sexualidade.
As chamadas “revoltas da indignação” que eclodiram pelo mundo na década de 2010 são marcos incontornáveis para se buscar compreender os dilemas dos sistemas democráticos na atualidade. Muito esforço de investigação e análise ainda precisa ser feito para identificar suas origens, dinâmicas e consequências históricas. Um fato, contudo, parece evidente: a dispersão dos movimentos que protagonizaram esses acontecimentos, mais do que a sua institucionalização, é o que se observa nos diferentes países que sentiram o chão tremer com as multidões nas ruas. O trabalho de Juliano Medeiros contém essa premissa e de forma arrojada joga luz sobre a excepcionalidade dos processos de institucionalização política decorrentes das revoltas, fazendo uma escolha dedicada à formulação das esquerdas e sua reorganização na América Latina. Uma nova esquerda teria surgido dessa experiência de contestação social perante a explosão da desigualdade, do desemprego e da violência de Estado no pós-2008, quando uma nova fase do capitalismo produziu uma profunda crise cujos prejuízos foram integralmente transferidos para as maiorias alijadas do poder.
O livro é composto por trabalhos que afirmam a importância da luta quilombola e apresentam reflexões sobre o contexto educacional brasileiro e a luta territorial, tópico de constantes disputas. As epistemologias quilombolas apresentadas evidenciam as existências múltiplas que lutam por respeito e direitos que deveriam ser básicos. Os textos são fruto da I Jornada Nacional Virtual de Educação Quilombola, evento que foi uma parceria entre a Universidade de Brasília (UnB) e a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), sendo o primeiro evento organizado pelo Coletivo Nacional de Educação.
A intenção da coleção Feminismos Plurais é trazer para o grande público questões importantes referentes aos mais diversos feminismos de forma didática e acessível. Neste volume, a autora Carla Akotirene discute o conceito de interseccionalidade como forma de abarcar as interseções a que está submetida uma pessoa, em especial a mulher negra. O termo define um posicionamento do feminismo negro frente às opressões da nossa sociedade cishetero patriarcal branca, desfazendo a ideia de um feminismo global e hegemônico como diretriz única para definir as pautas de luta e resistência. (edição revista em parceria com a Pólen Livros)
Letícia Nascimento, em Transfeminismo, através de uma linguagem acessível e didática, traz ao público geral explicações necessárias sobre os conceitos de gênero, transgeneridade, mulheridade, feminilidade e feminismo. Mostra como cada vez mais é necessário que as pessoas estejam abertas às diversas existências que não necessariamente se encaixam no organização binária e cisgênera do mundo. Um primeiro passo nesse sentido é conhecer as experiências de quem faz parte desses grupos e esse livro, escrito por uma mulher travesti, negra e gorda, que está presente nos meios acadêmicos e é inspiração para outras mulheres transexuais e travestis, apresenta essas vivências, traz conceituações históricas e situa o transfeminismo dentro dos demais feminismos existentes.
A partir de uma pesquisa bibliográfica aprofundada e de entrevistas e relatos de mulheres de diferentes idades e origens que exercem a profissão de trabalhadoras domésticas, este 11º volume da Coleção Feminismos Plurais traça um painel histórico e social do trabalho doméstico no Brasil. A autora Juliana Teixeira uniu sua experiência pessoal como filha de uma trabalhadora doméstica com sua pesquisa de doutorado em Administração apresentado ao Centro de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais - CEPEAD/UFMG para traçar as origens históricas escravocratas da condição atual da mulher trabalhadora doméstica e discutir a importância da regulamentação dessa atividade, além das interseccionalidades de entre gênero, raça e classe desse grupo, assim como o racismo estrutural e o papel da branquitude no assunto, seja por meio de suas ações ou dos silenciamentos que promove. Trabalho Doméstico apresenta uma discussão indispensável, escancarando as desigualdades e opressões sofridas pela categoria e enfatizando a presença da nossa herança colonial escravista ainda na sociedade atual.
Discutir os múltiplos fatores que envolvem os acidentes e problemas de saúde causados por animais peçonhentos, especialmente entre as populações mais vulneráveis. Com esse objetivo, a Editora Fiocruz lança Os Animais Peçonhentos na Saúde Pública , título que integra a coleção Temas em saúde. Segundo os autores, o livro começou a ser pensado durante suas andanças pelo interior do estado do Rio de Janeiro, estudando o aumento dos casos de picadas por escorpiões. "Essas experiencias no território reforçaram duas preocupações: a necessidade de apropriação pelas políticas públicas dos saberes e modos de viver das populações expostas ao risco de acidentes e a necessidade de reorganização das estratégias e ações voltadas para esses problemas de saúde", afirma o biólogo Claudio Maurício.
Segundo romance da ganhadora do prêmio Jabuti Natalia Borges Polesso, A extinção das abelhas é uma exploração profunda sobre a solidão. Uma história brutal sobre uma mulher, um gato e um mundo em colapso. “As pessoas vão embora, e isso é uma realidade.” Assim começa A extinção das abelhas , novo livro de Natalia Borges Polesso. Nele, conhecemos a história de Regina: depois de ser abandonada pela mãe, ela foi criada apenas pelo pai, que faleceu quando a garota começava a entrar na vida adulta. As vizinhas, Eugênia e Denise, cuidam dela como podem, oferecendo afeto, dinheiro e uma vida em família que lhe faz falta. O círculo se completa com Aline, filha do casal e amiga-irmã de Regina. Sua perspectiva de mudar de vida é diminuta. Ao ver um anúncio na internet sobre camgirls , Regina decide tentar a sorte. Então cobre a cabeça com uma máscara de gorila e encarna um lado seu que não conhecia. Ao se expor para desconhecidos na câmera e revolver os desejos e vergonhas desses homens, ela se defronta com os próprios sentimentos, fantasmas há muito enterrados em seu inconsciente.
Obra pioneira, Além do carnaval examina a realidade social e cultural da homossexualidade masculina no Brasil ao longo do século XX. James Green questiona a visão estereotipada de que a expressão desinibida e licenciosa do comportamento homossexual durante o carnaval comprova a asserção de que a sociedade brasileira tolera a homossexualidade e a bissexualidade na vida cotidiana. Sustentado por ampla pesquisa e sólida erudição, esta obra traz uma contribuição inestimável a uma área negligenciada da história social brasileira. Esta terceira edição, revista e ampliada, atualiza e aprofunda as análises das edições anteriores, cobrindo as últimas décadas do século XX, pródigas em lutas, conquistas, mas ainda repletas de desafios.
O conjunto de textos aqui reunidos vem nos alertar que a patologização e medicalização da vida se trata de uma invasão nos nossos cotidianos, inescapável. A saída lucrativa da química salvadora que dociliza os corpos e mentes mediante o uso orquestrado dos fármacos se faz presente, a indústria farmacêutica e seus postos de distribuição que mais crescem nessa nova onda neoliberal do capital que tanto sofrimento constrói, diante de um Estado intolerante ou omisso.
Este livro tem como objetivo demarcar que o processo brasileiro de Reforma Psiquiátrica não é uma simples transformação do modelo assistencial, em que pese a enorme importância desta. Trata-se de uma transformação de mentalidades, de culturas, de referências científicas, de relações sociais, de formas de ver e estar no mundo.
Walter Praxedes e Nelson Piletti expõem de maneira didática o tratamento que pensadores fundamentais dispensam aos temas clássicos e contemporâneos relevantes para a disciplina de Sociologia da Educação. Os autores fazem um levantamento das múltiplas abordagens teóricas da área a partir de grandes nomes, como Auguste Comte, Émile Durkheim, Max Weber, Karl Marx, Fernando de Azevedo, Antonio Gramsci, Michel Foucault, Jürgen Habermas, Pierre Bourdieu, Florestan Fernandes, problematizando o tratamento sociológico conferido à temática educacional e indicando a necessidade de formulação de novos pontos de investigação. No final de cada capítulo, incluem um texto de referência para ilustração e aprofundamento do tema tratado, propondo questões para análise e interpretação dos conteúdos. Voltado a estudantes de graduação em Pedagogia, Ciências Sociais e licenciaturas.
O simples fato de vivermos no século XXI já nos faz beneficiários da ciência e dos seus frutos, mesmo que a gente não se dê conta dessa verdade. Os objetos que nos dão conforto, que nos dão prazer, que nos transportam, que nos emocionam, que nos informam (até este livro) só existem da forma como existem por conta dos conhecimentos científicos. O cidadão que ignora fatos científicos básicos pode se tornar presa fácil de curandeiros e charlatões, gente que mente para os outros e, não raro, para si mesma. Ganhador do Prêmio Jabuti na categoria Não Ficção – Ciências - 2021
Somos um país urbano: 84% da população brasileira concentra-se em cidades e ao menos metade vive em municípios com mais de 100 mil habitantes. Mas a vida urbana não traz apenas novas oportunidades. Ela propicia doenças provocadas por falta de saneamento, picadas de mosquitos, poluição, violência, ritmo frenético... E tudo isso não ocorre mais apenas nas grandes cidades, mas também nas médias e mesmo pequenas, quase sempre negligenciadas pelo poder público e pelos próprios cidadãos. Mas, afinal, o que fazer para ter boa qualidade de vida nas cidades? Assim como o médico deve pensar na saúde dos seus pacientes – e não apenas em tratar determinada doença –, uma cidade saudável é aquela em que seus cidadãos têm boa qualidade de vida.
Queremos todos viver com saúde. Mas será que nosso cotidiano é, de fato, saudável? Abusamos do álcool? Somos excessivamente estressados? Não dispensamos o cigarro? Como está nossa alimentação e o sono? Qual nossa relação com vacinas e remédios? E o que dizer de check-ups e vitaminas? Costumamos nos exercitar? O clínico geral Arnaldo Lichtenstein, do Hospital das Clínicas da USP, aborda todas essas questões com muita informação, bom senso e uma dose generosa de bom humor. “Neste livro, existem dúvidas e soluções dadas pela Medicina que poderão fazer com que você viva mais e melhor. Afinal, a saúde permeia todas as nossas atitudes diárias.” “Tabagismo é uma doença, uma pandemia e a maior causa de mortes e adoecimento evitável do mundo. Metade dos tabagistas morrerá devido ao cigarro.” “Poucas ações na História tiveram tanto impacto para reduzir mortalidade quanto a vacinação. Seu custo-benefício é fantástico.” “Comemos muito mais do que precisamos,além de comer errado.
Durante dezenas de milhares de anos os seres humanos viveram, em média, apenas 30 anos. O grande aumento de nossa expectativa de vida começou somente lá por 1750, no Ocidente. Água potável, saneamento básico, melhora na alimentação tiveram um impacto notável. Depois, vieram as vacinas. Em dois séculos nossa longevidade duplicou. De 1950 para cá, avanços na área médica e farmacêutica propiciaram um ganho médio de mais 25 anos de vida. Há quem ache que viveremos cada vez mais e melhor. Será? Problemas ambientais e comportamentais já estão causando doenças crônicas e provocam retrocessos na saúde humana. A pandemia de covid-19 não é resultado do acaso, mas uma ilustração das disfunções das sociedades humanas, principalmente de sua relação com o meio ambiente. Conhecer a trajetória da saúde humana e entender os atuais desafios é urgente para pensarmos o mundo que deixaremos às futuras gerações.
Desde o fim do século XX, o sistema capitalista tem reiterado incessantemente o discurso sobre a necessidade de “adaptações” e “mudanças” nas relações de trabalho. Em “É tudo novo”, de novo, o professor de economia Vitor Filgueiras analisa essa narrativa das “grandes transformações”, tão repetida no capitalismo contemporâneo, apresentando seus argumentos e suas contradições, de modo a desnudar seus verdadeiros objetivos: a legitimação da destruição de direitos trabalhistas e o aprofundamento da assimetria entre capital e trabalho. Os argumentos empresariais em torno da inovação defendem que o padrão atual de políticas públicas e ações coletivas relacionadas ao trabalho é inexoravelmente anacrônico e, para evitar um desastre no mercado de trabalho, seria preciso “flexibilizar” e “modernizar” os trabalhadores e as legislações trabalhistas. Embora predatórias, essas narrativas são tão poderosas que acabam sendo assimiladas por parcela importante de trabalhadores e instituições, ajudando a criar uma espécie de “profecia autorrealizável” à medida que são reproduzidas. Em uma linguagem acessível, o livro enfatiza a importância de não assumirmos como verdadeira a retórica capitalista dominante, o que possibilita que as forças do trabalho abram espaço para a criação de alternativas à pauta do capital.
No final de fevereiro de 1848, foi publicado em Londres um pequeno panfleto que acabaria por se tornar o documento político mais importante de todos os tempos: o Manifesto Comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels. Passado mais de um século e meio, a atualidade e o vigor deste texto continuam reconhecidos por intelectuais das mais diversas correntes de pensamento. A Boitempo Editorial utilizou, com alguns ajustes ortográficos, a tradução feita por Álvaro Pina a partir da edição alemã de 1890, prefaciada e anotada por Engels. O cotejo foi feito de forma minuciosa com as principais edições inglesa, francesa e italiana, confrontadas com duas edições brasileiras anteriores. Além do Manifesto Comunista em si, o volume traz ainda a reflexão de seis especialistas sobre as múltiplas facetas desta que é, ainda hoje, a obra política mais lida e difundida em todo o mundo. Com organização de Osvaldo Coggiola, o livro tem ensaios de Antonio Labriola, Jean Jaurès, Leon Trotsky, Harold Laski, Lucien Martin e James Petras. A edição compila ainda sete prefácios de Marx e Engels à obra, feitos em diferentes períodos.
O que aconteceria se 30 pensadoras e pensadores das quebradas de São Paulo se reunissem para refletir sobre o atual momento e pensar propostas? O resultado é o livro “Reflexões Periféricas: propostas em movimento para a reinvenção das quebradas”. Fruto de uma longa pesquisa, o livro se divide em dez temáticas: cultura; gênero; habitação; participação popular; transporte; educação; infâncias; saúde; trabalho; violência, genocídio e racismo. Ao final, o texto nos apresenta um amplo painel dos dilemas e das potências das periferias, vividas, refletidas e escritas por quem está com os pés no chão e busca propostas concretas para nossa reinvenção.
O manicômio, com sua função de exclusão, aniquilação de subjetividades e de vidas, foi considerado o lugar de destino e disciplina de todos os tipos de indesejados que não se ajustavam às normas. No Brasil, todavia, a intensa luta política por parte dos militantes do Movimento de Luta Antimanicomial, os avanços do progresso técnico, com a implementação de serviços substitutivos e novas forma de controle, tornou sua existência, enquanto estrutura material, obsoleta. Mas isso não significou a superação dos desejos de manicômio, expressadas nas “novas cronicidades” dos serviços de saúde mental do país.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.