Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Para que, no futuro desejado, conforme-se no Brasil um sistema de saúde universal, integral e equânime, o Estado deve ter um papel decisivo na articulação das duas dimensões da saúde: a social e a econômica. É o que defendem os autores deste livro. Um Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS) frágil não atende às exigências de elevação da competitividade brasileira no cenário internacional. Mas não é só isso: essa fragilidade afeta sobremaneira a capacidade de resposta às necessidades sanitárias da população. Gostaríamos que esta publicação se configurasse, sobretudo, como um convite para o debate e para o fortalecimento deste campo científico, com um padrão de desenvolvimento que articule, ao mesmo tempo, o dinamismo econômico com os direitos sociais e a conformação de um Estado de bem-estar no Brasil, diz o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, coordenador do livro. A publicação apresenta a dinâmica dos investimentos no complexo produtivo da saúde, no mundo e no Brasil, analisando seus diferentes subsistemas: de base química e biotecnológica; de base mecânica, eletrônica e de materiais; e de serviços de saúde. Ao final, traz uma síntese analítica e discute políticas para o desenvolvimento do CEIS.
Este volume da série trata da clínica praticada fora dos settings tradicionais como hospitais psiquiátricos ou consultórios com pessoas que não se adaptam a protocolos convencionais. Os ensaios que o compõem narram e problematizam experiências ocorridas na fronteira entre a dependência e a morte, entre a loucura e a cidadania, entre o exílio e o comunismo múltiplo e micropolítico ativado em práticas de saúde.
Nota Prévia; Introdução - O objeto da história das ciências; I. Comemorações; O homem de Vesálio no mundo de Copérnico - 1543; Galileu - a significação da obra e a lição do homem; Fontenelle, filósofo e historiador das ciências; II. Interpretações; Auguste Comte; 1. A filosofia biológica de Auguste Comte e sua influência na França no século XIX; 2. A Escola de Montpellier julgada por Auguste Comte; 3. História das religiões e história das ciências na teoria do fetichismo em Auguste Comte; Charles Darwin; 1. Os conceitos de 'luta pela existência' e de 'seleção natural' em 1858 - Charles Darwin e Alfred Russel Wallace; 2. O homem e o animal do ponto de vista psicológico segundo Charles Darwin; Claude Bernard; 1. A ideia de medicina experimental segundo Claude Bernard; 2. Teoria e técnica da experimentação em Claude Bernard; 3. Claude Bernard e Bichat; Estudos de História e de Filosofia das Ciências - Georges Canguilhem; 4. A evolução do conceito de método de Claude Bernard a Gaston Bachelard; Gaston Bachelard; 1. A história das ciências na obra epistemológica de Gaston Bachelard; 2. Gaston Bachelard e os filósofos; 3. Dialética e filosofia do não em Gaston Bachelard ; III. Investigações; Biologia; 1. Do singular e da singularidade em epistemologia biológica; 2. A constituição da fisiologia como ciência; 3. Patologia e fisiologia da tiroide no século XIX; 4. O conceito de reflexo no século XIX; 5. Modelos e analogias na descoberta em biologia; 6. O todo e a parte no pensamento biológico; O novo conhecimento da vida; O conceito e a vida; Psicologia; O que é a psicologia?; Medicina; 1. Terapêutica, experimentação, responsabilidade; 2. Poder e limites da racionalidade em medicina; 3. O estatuto epistemológico da medicina.
Segundo a obra, saúde por seu conceito polissêmico somente poderá ser garantida mediante o encontro do profissional de saúde e do sujeito considerado na mesma dimensão da complexidade da vida humana, ou seja, se a compreensão de ambos, em especial a do pr
Este livro demonstra não somente a atualidade da Análise Institucional no terceiro milênio, bem como indica um modo para construção da reforma sanitária brasileira mediante a mobilização e protagonismo de suas bases. Por bases, entenda-se equipes de trabalhadores de saúde e os seus usuários.
Os belos sorrisos que estampam as propagandas não deixam entrever o quão complexas podem ser as relações da Odontologia com a sociedade contemporânea. A ciência e a clínica odontológica têm entre si e com a sociedade capitalista consumista relações biopol
Estigma é definido como um atributo negativo ou depreciativo, que torna o sujeito diferente, diminuído ou possuidor de uma desvantagem. Mas o problema vai além: o estigma é também um dos processos sociais que reduzem o acesso à saúde por parte dos indivíduos e grupos afetados. No caso da Aids e do sofrimento mental, o estigma é, reconhecidamente, um dos maiores empecilhos aos avanços das políticas e ações que buscam garantir os direitos de seus portadores à dignidade e à cidadania. Aprofundar a análise dessas questões é o objetivo desta coletânea, que reúne dez capítulos, assinados por autores brasileiros e norte-americanos. Eles fazem alertas sobre os meandros da estigmatização e as formas de eliminá-la, buscando conexões entre as pesquisas acadêmicas e as práticas dos serviços de saúde.
O livro apresenta vários estudos que falam sobre a adesão aos anti-hipertensivos e do questionamento sobre a realidade sócio econômica do brasileiro, o que dificulta a realização das medidas não farmacológicas no tratamento da hipertensão arterial. Aborda as comorbidades, relacionadas a hipertensão, que é um dos principais fatores de risco para o aparecimento das doenças cardiovasculares, tais como acidente vascular cerebral e infarto agudo miocárdio.
Os ensaios deste livro debatem sobre a reforma psiquiátrica e sua interlocução com o poder, os modelos assistenciais. As autoras discutem que a Reforma Psiquiátrica, como um serviço que pretende ter características antimanicomiais, com abordagem psicossocial, perpassa, principalmente, pela compreensão e transformação dos saberes e das práticas dos profissionais envolvidos neste processo.
O sociólogo Rudá Ricci vem se dedicando, há alguns anos, ao exame daquilo que ele mesmo denominou de lulismo. O que vem a ser isso, exatamente? Para o autor, entre outras observações pertinentes que faz, o lulismo pode ser caracterizado como uma submissão de um partido político – no caso, o Partido dos Trabalhadores – aos objetivos de uma liderança nacional, representada por Luiz Inácio Lula da Silva. No plano da configuração das classes sociais, o lulismo significaria, a seu juízo, a ascensão de novos setores das camadas médias da população ao poder central do país. Guiado por um poderoso espírito crítico e um método de análise rigoroso, o sociólogo Rudá Ricci se debruça sobre a trajetória de Lula da Silva desde os tempos das greves do ABC paulista e dos movimentos sociais, fatos que contribuíram de forma decisiva para a criação do PT, ainda no início da década de 80. Prosseguindo em sua análise, ele se interroga sobre o papel do Partido dos Trabalhadores na oposição institucional e, sobretudo, como força governamental, a partir de janeiro de 2003. Porém, destaca que foi no segundo mandato, a partir de 2007, que o lulismo despontou como fenômeno. Na realidade, um fenômeno que finca raízes na tradição autoritária brasileira, que tende a colocar a liderança política acima das classes sociais e das instituições democráticas. Mas esse caminho – ao mesmo tempo modernizador e conservador – tem limites claros, uma vez que o desenvolvimento em curso no Brasil pode impedir, nos próximos anos, a continuidade de tal processo. Este livro já nasce como obra de referência e merece constar das estantes de todo brasileiro preocupado com os rumos futuros do país.
'por uma crítica da promoção da saúde - contradições e potencialidades no contexto do sus', apresenta um debate teórico-prático sobre a perspectiva da promoção da saúde, especialmente no que se refere às divergências, contradições e fronteiras entre tal perspectiva e o ideário da rsb - reforma sanitária brasileira. essencialmente discute conceitos, concepções e práticas que envolvem o debate acerca da promoção da saúde e sua relação com a perspectiva da rsb, tomando como base as necessidades sentidas por profissionais da saúde e docentes com experiência em ubs - unidades básicas de saúde, particularmente em equipes de saúde da família.
Os ensaios reunidos neste livro articulam com evidente sucesso uma diversidade de abordagens disciplinares ao tema da representação do corpo humano em contextos históricos e geográficos plurais. O resultado da coleção é um convite explícito a uma revisão da relação pessoal e social com nossos corpos. Emergem da obra, nesse sentido, temas centrais como aqueles das relações de gênero, do controle social da sexualidade, do racismo, do papel da medicina moderna na reconstrução de nossa relação com o corpo, das associações com o poder, o sagrado e o profano, além de outros igualmente significativos e impactantes. E eles são tratados por um viés de profícuo cruzamento de saberes, disciplinas e pontos de vista, resultando em importante contribuição para os estudos sobre este veículo de experiências humanas no mundo e objeto das mais distintas representações, que é o corpo, em seus aspectos materiais, espirituais, psicológicos, históricos, visuais e literários. O olhar historiográfico dos autores, bem como as perspectivas atentas às mudanças que ocorreram ao longo da história no retrato de nós mesmos, revela neste livro um corpo dissecado muito distinto daquele do início da ciência moderna, objetivo, sem sujeito, morto para ter seus órgãos explorados pelos aprendizes da anatomia humana. Este corpo dissecado não existe senão pela operação do entendimento humano, sempre em mutação e dependente dos interesses, pressupostos e objetivos do observador.
A temática abordada demonstra sinais por todos os lados e incomoda a muita gente, confirmando que há ruídos, também por todos os lados. O trote violento permeado por jogos bizarros e práticas opressoras persiste, apesar deste incômodo manifestado por docentes, estudantes, pais e pela mídia.
Esta publicação aborda uma importante e atual temática, a qual retrata que a questão institucional vem antes de tudo, descrevendo como a sociedade brasileira identifica saúde com a presença ou ausência de doença. Neste cenário, as instituições estatais de Saúde se constituem como portadoras do discurso do saber (tecno-científico) e simultaneamente como agentes políticos no controle de doenças coletivas.
Estudar Saúde Pública é fundamental para qualquer profissional da área de Saúde. Tema frequente de provas e concursos, este livro traz uma série de questões conceituais comentadas, para ajudar no processo de fixação e aprendizagem dos principais tópicos desta disciplina. O livro pode ser usado para complementar seus estudos na preparação para bancas de concursos, provas, seleções ou até mesmo para fixar conteúdo da graduação. É recomendado para qualquer profissão que estude os conceitos dessa matéria fundamental: Medicina, Enfermagem, Farmácia, Odontologia, Fisioterapia, Terapia ocupacional, Biomedicina, Nutrição, entre outras.
O livro apresenta os múltiplos sentidos relacionados aos temas que envolvem o ensino/aprendizagem em saúde mental no cenário da Estratégia de Saúde da Família e também da formação nas instituições de ensino superior.
O objetivo da coletânea é possibilitar a difusão e a popularização da ciência e da tecnologia junto à sociedade, em geral, atividade fundamental para despertar o interesse por essa área, sobretudo dos jovens.
O objetivo da coletânea é possibilitar a difusão e a popularização da ciência e da tecnologia junto à sociedade, em geral, atividade fundamental para despertar o interesse por essa área, sobretudo dos jovens.
A grande maioria da população vive hoje nas cidades. Mas elas variam bastante entre si e há diferenças marcantes mesmo dentro de uma mesma cidade, o que tem impacto sobre as características da vida urbana e as condições de saúde da população. Compreender essa complexidade é essencial para a tomada de decisões sobre intervenções públicas nas cidades. Estudos e ensaios sobre o assunto estão reunidos neste livro, que não só traz reflexões teóricas, mas as coloca em diálogo com diferentes iniciativas para a melhoria da saúde das cidades. Municípios ou comunidades saudáveis dependem de uma prática contínua de aprimoramento do ambiente físico e social, por meio de estratégias que priorizem a saúde dos cidadãos dentro de uma lógica ampliada de qualidade de vida, com ações intersetoriais e garantia de participação social. Uma cidade saudável, destaca-se, é também uma cidade com justiça social, pois as iniquidades se destacam entre as causas de deterioração da saúde.
Coletânea que vem preencher uma lacuna importante no âmbito dos programas voltados para o controle dos processos endêmicos. Ela cumpre três objetivos principais: pensar o papel social da avaliação; discutir os problemas envolvidos na aproximação da teoria à ação no processo avaliativo; e colaborar com a prática de profissionais em avaliação no desenvolvimento de projetos ou planos de avaliação com foco na melhoria das ações. Os capítulos apresentam estudos sobre programas de dengue, sífilis congênita, vigilância em saúde, HIV e tuberculose. Embora os estudos avaliativos apresentados não possam extrapolar seus resultados para outras realidades, compartilham com elas conceitos, fundamentos e questões, bem como fatores que facilitam ou dificultam as ações em saúde. O livro tem a preocupação de articular o discurso com a prática, a teoria com a ação, de modo a aproximar a produção acadêmica dos serviços de assistência à saúde. Propõe processos avaliativos não para gerar informações de forma burocrática, mas para compreender como e por que aqueles resultados são produzidos, tornando-os cada vez mais relevantes para melhorar os serviços estudados. E isso requer avaliações que contemplem tanto as perspectivas técnicas e normativas quanto a visão dos usuários. Dessa forma, os achados de um processo avaliativo podem, de fato, contribuir para a tomada de decisões, os ajustes necessários nos programas ou a busca de novas alternativas.
Resultado de uma dissertação de mestrado junto ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina, o livro pretende abordar o tema Promoção da Saúde vinculada a uma experiência ocorrida na área continental da Ilha de Santa Catarina (Florianópolis). Nesta oportunidade podemos constatar nas entrevistas os conceitos de saúde e promoção de saúde e as transformações geradas por este grupo dentro desta comunidade. As análises feitas nos levam ao conceito de Promoção de Saúde onde o foco passa a ser a emancipação e a autonomia dos cidadãos, e a mudança comportamental se apresenta como conseqüência da transformação dos indivíduos.
No período de 2006-2009, a equipe do Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais em Desastres (NEPED), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), empreendeu, sob os auspícios do CNPq, o estudo sociológico Representações Sociais dos Abrigos Temporários no Brasil. Victor Marchezini, à época no mestrado do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar, foi um dos pesquisadores da equipe e se dedicou a analisar alguns aspectos desse complexo tema. De sua análise, resultou a dissertação de mestrado, ora transformada neste oportuno livro que vem a público. Nesta obra, o autor traz uma revisão bibliográfica da sociologia contemporânea e da sociologia dos desastres para enfatizar que, tal como ocorre nas demais esferas da vida social, as soluções técnicas se impõem cada vez mais e dominam resolutamente o campo de produção simbólica. Victor também salienta que os abrigos provisórios seriam um novo tipo de aglomerado de exclusão, isto é, espaço de abandono onde os grupos ali inseridos são tratados como massas e vivem em insegurança constante. Victor também dá destaque às tensões e conflitos sobre como estruturar as rotinas nesse território de exclusão. A ideia de campo de desabrigados é lançada pelo autor, para que o leitor possa compreender o que é viver por dias, semanas ou meses a fio sem privacidade, sem condições de exercitar as próprias regras que embasam a dinâmica familiar, numa convivência forçada com outras famílias, com terceiros e estranhos que se revestem de autoridade para lhe dizer a hora de comer, o tipo de alimentação disponível, a hora de tomar banho, a hora de recolher-se e de apagar a luz. Esperamos que o leitor se sinta devidamente elucidado acerca da estruturação e funcionamento dos campos de desabrigados, identificando-os como a expressão territorial de angústias, intranquilidades e sofrimentos físico e psíquico insistentes que perpassam a vida dos abrigados.
Desde meados dos anos 80, o Brasil enfrentou, com sucesso ímpar, a construção de um dos maiores, e mais complexos, sistemas públicos e universais de saúde, o SUS, implementado ao longo de mais quinze anos. Um sistema nacional e simultaneamente descentralizado pelas unidades estaduais e municipais da Federação. Tal movimento de construção institucional não foi desafiante tão somente na sua realidade; desafia mais ainda, e até hoje, os estudiosos de políticas públicas que pretendem dar conta desta realidade. É esse o desafio que a autora enfrenta com inteligência e brilho neste livro.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.