Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Esse livro foi fruto do mestrado do autor, defendido em 1983, na Faculdade de Medicina da USP. O cenário do Brasil neste momento, era composto por muitos engajados na luta social contra a ditadura e tinham elegido a militância no campo da saúde pública, em São Paulo, como uma frente de ação política que apostava que uma nova sociedade era possível, centrada em práticas sociais organizadas de modos coletivos e na íntima relação entre as políticas de governo, sua gestão e os movimentos populares que agitavam o país. A nova reedição desse clássico contribui para se compreender a importância dos movimentos de luta social como protagonistas na formação das políticas públicas, por uma sociedade mais democrática e justa.
A partir de uma perspectiva antropológica, o livro explora as múltiplas relações entre os centros de poder e saber sobre o corpo e os processos de saúde e doença construídos e vividos por sujeitos, comunidades e instituições no Brasil. O conteúdo da obra expressa a pluralidade da antropologia do corpo e da saúde presente hoje no país e que tem diferentes interfaces: ciência, religião, Estado, biossociabilidades, conhecimentos tradicionais, entre outras.
Um tema relevante e pouco explorado, tratado sob o ponto de vista da saúde, é apresentado de maneira clara e didática. Além de conceitos teóricos, necessários para a compreensão adequada da sexualidade, dos problemas da saúde e da importância da educação para prevenção, são apresentados dados revelados por pesquisas sobre tópicos como homofobia, DST e HIV/Aids, que envolveram adolescentes. Uma abordagem ligada à produção de sentidos sobre as vivências e às experiências da vida, que torna essa obra uma leitura obrigatória para todos aqueles que constroem seu saber nas diversidades da vida, no respeito às diferenças e na escuta do outro.
A aposta na mudança da Clínica é central nessa pesquisa-intervenção que analisa modos de organizar as redes de atenção, buscando apresentar um conjunto de questões que dizem respeito às relações entre subjetividade e gestão em saúde. Ao mesmo tempo, revela os obstáculos à implementação de processos de mudança nas organizações, as dificuldades para se avançar na democratização do Sistema Único de Saúde (SUS).
A inclusão das ações de saúde mental na atenção básica é uma diretriz da política pública nacional de saúde mental e constitui-se numa estratégia para a consolidação da reforma na área. Frente a isto, buscou-se conhecer como se dá esta inclusão em um grande centro urbano. Para tal, este estudo teve como objetivos analisar as estratégias desenvolvidas na cidade do Rio de Janeiro para a inclusão das ações de saúde mental na atenção básica por meio do conhecimento dos impasses e facilitadores como parte da política pública no município do Rio de Janeiro; e a identificação das tecnologias decuidado em saúde mental oriundas da articulação entre esta e a atenção básica. Realizou-se um estudo de caso, configurando-se numa pesquisa descritiva exploratória, de abordagem qualitativa. Como cenário, contou-se com dois grupos de serviços do município do Rio de Janeiro: os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) II e III e Unidades Básicas de Saúde. Foram entrevistados os diretores dessas unidades, bem como um gestor da atenção básica e um da saúde mental. Foi realizada pesquisa de campo, com entrevistas semi estruturadas e os dados foram analisados sob o referencial da análise de conteúdo. Para a apresentação dos resultados optou-se por organizar os achados em eixos considerados fundamentais para ainclusão das ações de saúde mental na atenção básica, sendo estes: equidade, integralidade, acesso, território e trabalho em rede. Quanto à articulação entre saúde mental e atençãobásica no município do Rio de Janeiro, identificou-se que diferentes são os arranjos e práticas implantadas tanto pelos CAPS quanto pelas unidades de atenção básica para promoverem o cuidado no território, caminhando no sentido da promoção de outras práticas de cuidado em saúde mental.
Este livro examina a caminhada do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde – CEBES e propõe uma reflexão a respeito de ideias sanitárias e concepções políticas que o nortearam; apresenta a história da entidade e de seu periódico, a revista Saúde em Debate ao longo dos dez primeiros anos —1976 a 1986 (hoje no número 105). Na análise das suas fases, são discutidos os desafios e a complexa teia da formulação de um sistema único e descentralizado de Saúde. O estudo, na interseção da História Política com a Cultural, é referência indispensável para quem busca conhecer o Movimento da Reforma Sanitária Brasileira e olhar o seu futuro.
O movimento de Saúde da Zona Leste não ficou preso ao passado e sabe dele tirar seu vigor, modificando-se e trazendo à pauta novas questões que podem ajudá-lo a se renovar e se reinventar, nesse novo tempo. Nessa articulação com os demais novos sujeitos sociais ( já não tão novos) e com setores expressivos dos movimentos sindicais, dos governos progressistas que ajudou a eleger e dos novíssimos movimentos sociais e da juventude, está a possibilidade de construção daquilo que o Movimento de Saúde da Zona Leste aponta, desde os anos 1970, uma sociedade mais livre, justa, feliz, sadia e igualitária.
Este livro é resultado da dissertação defendida por Karine Lima Verde Pessoa no programa de mestradoacadêmico em saúde coletiva da Universidade Estadual do Ceará, tendo como orientadora a Professora Maria Salete Bessa Jorge. Resulta também (ou principalmente) das inquietações geradas na autora ao longo de seu percurso profissional. Foram muitos papeis, muitos cenários, muitos encontros e desencontros. Nãohá nesse texto qualquer pretensão de neutralidade, ao contrário, ele resulta de profunda implicação. não há tampoucoa intenção de chegar a uma verdade, apenas apresentar uma perspectiva, um certo modo de olhar, que talvez possa dialogar com outros olhares que percorrem o caminho de reconstrução da produção do cuidadoem saúde menta.
O livro nos põe em contato com valores preciosos da vida humana: ser criança, fazerparte de uma família, de uma comunidade escolar, ser cuidado, educado, sedesenvolver, brincar, viver... e também nos mostra quando o desenrolar da vida, o jeito próprio de ser criança e até o prazer intrínseco das relações é atravessado por um modo estigmatizado de se conceber o infante, de nomeá-lo e de colocá-lo entre parênteses. esse modo deixa de lado a própria criança e todo o seu potencial de vida, de construção de relacionamentos e coloca no centro mais perceptível de sua identidade um diagnódtico, um novo nome pelo qual passa a ser conhecida: criança hiperativa ou TDA/H. Tenho tido oportunidade de participar das reflexões advinhas da rica pesquisa que Cinthia empreendeu, e percebo que a mesma nos faz entrar em contato com o papel urgente de profissionais de saúde, pais e educadores diante do sequestro no qual se leva a criança e se deixa, em seu lugar, um diagnóstico.
A contrafissura é um sintona social contemporâneo que opera na mídia, na política, na clínica - na subjetividade contemporânea. Plasticidade psíquica refere as mutações subjetivas dos cuidadores que protagonizam experiências promissoras e as transformações que ocorrem nos usários da Rede de Atenção Psicossocial Brasileira.
O PROSPED-PUC/Campinas tem investido no desenvolvimento de trabalhos que contribuam para a superação de problemas que se manifestam de modo recorrente nos diversos contextos educativos, lançando mão dos conhecimentos teóricos e metodológicos da Psicologia Histórico-Cultural, em especial dos formulados por Vygotsky. Atuando na interface entre a pesquisa e a intervenção, tem buscado realizar trabalhos dentro das instituições educativas a fim de desencadear a reflexão entre as teorias sobre desenvolvimento e aprendizagem e sua aplicabilidade, visando demonstrar aos profissionais a contribuição que os conhecimentos da psicologia podem trazer para a educação, sobretudo no que concerne à compreensão do processo de apropriação de conhecimentos e da cultura por crianças e jovens. Este livro apresenta alguns trabalhos desenvolvidos por pesquisadores, sinalizando caminhos para a superação de problemas enfrentados no cotidiano dos espaços educativos, e serve de estímulo a todos os interessados em desenvolver atividades inovadoras utilizando-se da arte e de seu potencial transformador de concepções, pensamentos e ações.
Numa sociedade marcada pela presença de artefatos tecnológicos, é possível pensar nos mecanismos digitais como ferramentas para preencher as visíveis faltas das democracias representativas contemporâneas. Neste livro, são apresentados artigos de vários pesquisadores sobre as possibilidades de configuração daquilo que se tem chamado de democracia digital. São discutidos temas que se relacionam com a evolução da internet na participação política de organizações da sociedade civil e seu uso como uma potente ferramenta para suprir os déficits democráticos do nosso tempo.
Tendo o cuidado como categoria central de pesquisa e o adoecimento crônico infantil como foco de sua atenção, a autora deste livro estuda as relações entre crianças e adolescentes atendidos em hospitais, seus familiares e os profissionais da saúde. À luz dos princípios da humanização – acolhimento, protagonismo, corresponsabilidade e autonomia –, a pesquisa busca refletir criticamente não só sobre o cotidiano da assistência, mas também sobre as possibilidades de se produzir um projeto de vida com e apesar do adoecimento crônico, contribuindo para o entendimento dos elementos, desafios e potencialidades inscritos no cuidado dedicado a essas crianças e adolescentes. “Este livro trata de um tema que marca intimamente a vida de um grupo de sujeitos, mas não é demais lembrar que as condições crônicas de crianças e adolescentes referem-se a problemas que afetam toda a sociedade, o que demanda que o cuidado objeto do presente estudo seja integral, intersetorial e incorpore valores que afirmem a humanização das relações”, afirma a autora.
Esta coletânea reúne textos de autores especialistas no tema Envelhecimento. Os capítulos procuram ampliar os estudos e debates sobre o processo do envelhecimento humano, tendo como ponto de partida o olhar interdisciplinar no processo de cuidar. Um trabalho de interesse para profissionais e estudiosos nas áreas da Medicina, Fisioterapia, Nutrição e Enfermagem, entre os vários campos do cuidar.
Da primeira revolução psiquiátrica a pineliana de 1793 -, que substituiu a metáfora possessão pela metáfora doença passando pela segunda, a das comunidades terapêuticas dos anos 1930, e pela terceira, a da psiquiatria comunitária ou psicofarmacologia do Pós-Guerra, talvez estejamos vivendo a quarta revolução da psiquiatria, quando a metáfora doença vai sendo substituída por outra igualmente complexa identidade. Já não está em relevo a exuberância dos sinais e sintomas equacionados pelas neurociências, mas os modos de viver a vida de pessoas doente sim, com limitações que muitas vezes, entretanto, seguem com seus contratos afetivos e sociais a cumprir. Este livro fala da reabilitação Psicossocial, à brasileira, como um novo tratado ético-estético que negocia uma clínica cuidadosa com inúmeras iniciativas de convívio, lazer, moradia e trabalho que favorecem trocas intersubjetivas e são também espaços de exercícios de cidadania ativa.
Este livro reúne produções sobre Formação e Educação Permanente em Saúde. Os textos retratam processos e produtos gerados e aplicados no cotidiano do SUS e oferecem possíveis estratégicas e ferramentas para abordagem de coletivos nos diferentes níveis de atenção à saúde.
Este livro é um resultado parcial do Projeto “Reflexo das políticas industriais e tecnológicas de saúde brasileiras na produção local e no fornecimento ao Sistema Único de Saúde (SUS)” apresentado à chamada MCTI/CNPq/CT-Saúde/MS/SCTIE/Decit nº 41/2013 Rede Nacional de Pesquisas sobre Política de Saúde. O Projeto é executado pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ), sob a coordenação de Lia Hasenclever, do Grupo de Economia da Inovação do IE/UFRJ, em parceria com Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF) da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp)/Fiocruz e Área de Política do Instituto de Estudos de Saúde Coletiva (Iesc) da UFRJ.
Os diversos artigos que compõem essa coletânea revelam agentes, conflitos, hierarquias e competências próprias do campo ambiental, além de tomar posição no debate socioambiental a respeito dos interesses contrapostos e das relações assimétricas em torno do poder público, das comunidades socialmente vulneráveis, dos territórios tradicionais, das unidades de conservação e da biodiversidade. Os assuntos abordados ao longo desta obra vão desde o conflito do Quilombo Rio dos Macacos, em Simões Filho (BA), até a questão agrária e os assentamentos rurais do município de Irará (BA), passando por reflexões sobre o comportamento jurídico, percepções, ignorâncias e estereotipação sobre os direitos indígenas no contexto legal brasileiro.
A obra reúne diversos textos cujo principal objetivo é a apresentação de um olhar da odontologia para além da técnica, através, principalmente, da abordagem das políticas de saúde bucal estabelecidas no Brasil, a partir do século XX. Além de investigar as políticas de saúde bucal, o livro analisa as respostas sociais, por ação ou omissão, via Estado, sobre problemas de saúde e seus determinantes, bem como sobre a organização, produção, distribuição e regulação de bens e serviços na área odontológica.
Este livro pretende fornecer exemplos de estruturas que incentivem a atenção à multidimensionalidade e à complexidade da vulnerabilidade de desastres. O livro também pretende promover o debate no Brasil e em todas as Américas sobre a vulnerabilidade aos desastres, analisando suas dimensões sociais, econômicas, ambientais, políticas, técnicas e institucionais.
A democracia impedida: o Brasil no século XXI, obra do cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, traz uma análise das etapas do processo que culminou com o impedimento da presidente Dilma Rousseff. O livro foi escrito ao longo de 2016, ano em que se viu a polarização de opiniões entre os que acreditam na legalidade do impeachment da ex-presidente e aqueles que estão convencidos de ter havido um golpe de Estado, entre eles o autor. Entre os pontos que fazem parte da obra estão o exame do comportamento dos eleitores às vésperas das eleições de 2014; a reeleição da presidente, as heranças do seu governo anterior e as insatisfações políticas com medidas no novo mandato; as comparações e distinções entre os eventos de 1964 e 2016; a democracia representativa, o golpe constitucional e o golpe parlamentar. 'O tema de que trata está na essência do cotidiano do cidadão de hoje'.
O livro é o resultado de debates e reflexões teóricas de pesquisadores brasileiros e britânicos sobre a negritude e etnicidade no Brasil e em outros países latino-americanos. A coletânea de textos restaura questões presentes em torno dos conceitos que permeiam a discussão sobre raça e consciência étnica, dialogando com temas como o fenômeno da construção de diferenças, genética, racismo e ativismo negro.
Esse livro traz uma discussão sobre o que é a pesquisa qualitativa, a taxonomia, a concepção, o método, a etnografia, a taxonomia, as narrativas e etapas de análise, o que confere ao autor a condição de metodólogo brilhante.
Este livro nasceu da necessidade de oferecer aos estudantes a compreensão da estrutura do setor de saúde e da sua dinâmica de funcionamento, tanto no setor público como no privado, visando à adequada atuação do futuro profissional na sociedade - as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos Universitários da Área da Saúde. Para dar conta dessa tarefa, convidamos docentes experientes em cursos de graduação e pesquisadores da área da saúde público e saúde coletiva, que nos honraram com a sua aceitação e esforço de produzir os textos agora apresentados. Eles cobrem a discussão da inserção do sistema de saúde brasileiro na seguridade social, a compreensão da determinação da saúde e doença, a dinâmica da reforma sanitária brasileira e a criação do Sistema Único de Saúde, a população e a organização dos serviços de saúde, o problema dos custos, até o planejamento, a gestão e as políticas no setor. Ele está voltado para atender às necessidades do futuro profissional da área da saúde e pode ser utilizado integralmente ou seletivamente, de acordo com as peculiaridades de cada curso.
A surpreendente história da reforma psiquiátrica, é aqui contada na visão de um de seus mais importantes militantes, um líder nato com uma trajetória profundamente ligada ao movimento antimanicomial e aos direitos humanos no Brasil. Um livro que parece um filme. E vemos de camarote. Só para Loucos, Só para Raros!
O Registro histórico realizado por meio de pesquisa literária e documental nas instituições envolvidas no controle da malária, associado ao relato das vivências profissionais dos autores do livro, traz aos leitores desta publicação um conhecimento riquíssimo das características epidemiológicas e do controle da malária no Estado do Amazonas ao longo das últimas décadas. A experiência vivida intensamente pelos autores no cambate à Doença, tanto na campanha de erradicação da malária - CEM como posteriormente na Sucam, e mais recentemente na Fundação Nacional de Saúde - Funasa, mostra as dificuldades enfrentadas e como têm sido superadas.
Do encontro entre saúde e relações internacionais se originam os conceitos e práticas contemporâneos da saúde global e da diplomacia da saúde. Mas tal encontro só se estabeleceu em função do processo de globalização. A crise econômica sistêmica e global, expondo as brechas estruturais do capitalismo global, aprofundou as desigualdades preexistentes e, desde então, só vem se ampliando, com consequências sociais, econômicas e sanitárias gravíssimas, particularmente para os países pobres e para os pobres de todos os países. A crise abateu-se sobre os países da América Latina, e muitos progressos alcançados estão agora ameaçados, inclusive as conquistas no campo da saúde, que vem sendo profundamente afetada. Este livro procura explicar a saúde no cenário global; o que a molda social e economicamente; como o global dialoga com o regional e o local; como a governança global exerce impacto sobre a saúde; como transcorre a governança da saúde global; e que papel desempenha a diplomacia aplicada em prol de uma situação de saúde mais equitativa. A complexidade internacional tem colocado novos objetos e desafios sobre os quais os autores desta coletânea buscam refletir, na perspectiva da América Latina e Caribe: as desigualdades sociais e sanitárias profundas entre países e no interior destes; as crises humanitárias relacionadas com conflitos armados em diversas partes do mundo; as correntes migratórias na América Latina; as transformações nos padrões culturais que desafiam a visão do 'normal' em medicina e saúde pública; o comprometimento ambiental em escala planetária; e a proliferação de instituições multilaterais que incluem os problemas de saúde entre seus programas de cooperação, sem entretanto solucioná-los.
"Neste livro o leitor encontrará uma extensa revisão bibliográfica de 2.477 textos publicados entre 2001 e 2013 (artigos, dissertações e teses) sobre violência e saúde. [...] O trabalho acompanha a construção intelectual do tema no Brasil e no mundo e realça pontos convergentes, divergentes, continuidades, rupturas e lacunas. Nele o leitor encontrará uma leitura crítica sobre um objeto construído progressivamente dentro do campo da saúde. A obra dá continuidade a duas revisões anteriores realizadas pelo mesmo grupo. A primeira ocorreu em 1990; a segunda, em 2003. Esta terceira revisão se mostra a mais aprofundada, vasta, complexa e analítica."
A série 'Povos Indígenas no Brasil' é a mais completa coleção sobre a história e a situação contemporânea de todos os povos indígenas que vivem no território brasileiro, e completa 37 anos de existência em 2017. O novo volume, concentrado no período de 2011 a 2016, é a 12a. Edição e publica amplo conjunto de informações compiladas e sistematizadas pela equipe de monitoramento do ISA desde o início dos anos 1980 e que atualmente integram um complexo sistema de dados georreferenciados em formato digital, tornando-a única. A edição atual traz artigos produzidos por diversos colaboradores - indígenas e não indígenas - com temas como: direitos indígenas; políticas indigenistas, legislação, terras indígenas, protagonismo indígena e outros, apresentado em 18 capítulos regionais. Destaque para a seção "Palavras indígenas", que abre o livro com depoimentos de doze mulheres indígenas.
Vários dos achados nesse livro comprovam que o trabalho no setor da saúde vem sendo caracterizado por situações de muitas tensão, provocando frequantes repercussões psicossociais sobre os trabalhadores do setor. Nota-se, ..., que os trabalhadores do SUS municipal vêm padecendo de sofrimento físico-mental diante das condições de precarização e intensidade do trabalho. O mais importante de tudo isso é que os autores não deixam, em nenhum momento, de articular muito bem essa degradante situação do trabalho em saúde com as transformações contemporâneas do modo de produção capitalista e de suas relações com a forma Estado no nosso país. Sem dúvida, trata-se de obra essencial para ampliar o horizonte daqueles ... preocupados com o campo do trabalho em saúde e não ficarem restritos a uma análise dissociada do perverso movimento totalizante do capital.
A obra reúne alguns estudos, distribuídos em dez capítulos, sobre saúde, ambiente e trabalho, numa perspectiva qualitativa, trazendo para o centro da investigação a análise de narrativas dos sujeitos implicados no processo de trabalho. Os capítulos articulam a práxis social com a lógica causal das ciências biológicas, humanizadas pelos sentidos dos sujeitos envolvidos, além do diálogo com a análise ergonômica do trabalho, que adquire destaque no processo de adoecimento.
Este não é mais um livro sobre política, é sim um livro para pensar a política e nos fazer lembrar que somos indispensáveis para que ela funcione. O entendimento da política como característica da vida humana tem se desgastado e isso faz com que se entenda a política como algo a ser evitado.
Nessa obra partimos da hipótese de que associado à recuperação econômica da região metropolitana do Rio de Janeiro em meados da década de 1990 estaria ocorrendo um processo de reestruturação espacial, marcado pela ocorrência da dispersão metropolitana e da reconfiguração da centralidade metropolitana. Na região metropolitana do Rio de Janeiro, a reestruturação espacial se evidencia a partir de um ponto de ruptura nas tendências seculares de concentração econômica e populacional na metrópole.
Relatório Dawson, Reino Unido, 1920. É lançada a divisão dos sistemas de saúde: atenção primária, secundária e terciária. Durante a primeira metade do século XX, essa doutrina vai se fortalecendo, e o que chama atenção nos melhores modelos de saúde é o fortalecimento da atenção primária. Conferência Mundial de Saúde, Alma-Ata, Cazaquistão, 1978. Estabelece-se a atenção primária como núcleo e principio central de todos os sistemas de saúde. A atenção primária é, na realidade, a verdadeira porta de entrada para qualquer serviço de saúde. Alinhada a esse princípio, criou-se uma nova especialidade médica, a Medicina de Família, ou seja, o médico de Família, que atende o indivíduo e sua Família, independentemente de idade, sexo ou tipo de alteração de saúde. À luz desses fatos, lança-se este livro, Medicina de Família e Comunidade - Fundamentos e Prática. Seu objetivo é transmitir conhecimentos especializados, inseridos nessa nova especialidade de Medicina. O livro tem sua equipe autoral formada por grupo de conceituados especialistas, apresenta 3 Editores, 99 Colaboradores, 9 Seções, 50 Capítulos, num total de 664 Páginas. Seu público-leitor é formado por Médicos de Família, e todos os que pelo tema se interessam: Clínicos, Residentes, Internos
Ao expor a natureza e a força da agenda articulada de empresas, empresários da saúde e de suas entidades representativas, com o propósito de influenciar a formulação de políticas públicas, esta obra de Ialê Falleiros é fundamental para compreender as relações entre público e privado no sistema de saúde no Brasil no século XXI. Trata-se de contribuição relevante para o debate esclarecido sobre impasses contemporâneos que ameaçam a consolidação do Sistema Único de Saúde. (Mário Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo)
Coedição da PUC-Rio e Editora Fiocruz, o livro é resultado de anos de trabalho, estudos e da tese de doutorado de Pedro Muñoz. Esta obra original traz uma importante contribuição para o entendimento das relações entre os dois países numa perspectiva histórica transnacional, que tem como foco os entrelaçamentos e a circulação do conhecimento. Enriquecido por material levantado de fontes primárias no Brasil e na Alemanha, o estudo investigou as relações no campo da psiquiatria no período de 1900 a 1942, interrompidas pela Segunda Guerra Mundial. Neste período, circularam no Brasil os conceitos da psiquiatria, da neurologia e da psiquiatria genética alemãs – e o estudo mostra como e por quem foram apropriados. Ao enfocar o trânsito e a circulação dos cientistas em redes construídas em viagens, congressos, cursos e publicações, o autor inova, como descreve Cristiana Facchinetti na apresentação da obra. “A narrativa apresenta novos lances, outras perspectivas de leitura para uma história da psiquiatria, que ganha maior densidade ao discutir o crescimento do nazismo na Alemanha, a hegemonia das teorias degeneracionistas, biodeterministas e racialistas na medicina mental e suas repercussões e impasses para a psiquiatria brasileira”, afirma.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.