Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Esta obra conta a trajetória de Conceição Evaristo, nascida e criada na favela do Pindura Saia, mulher, negra, que se tornou professora, doutora em Literatura e uma das grandes escritoras brasileiras. A coleção BLACK POWER apresenta biografias de personalidades negras que marcaram época e se tornaram inspiração e exemplo para as novas gerações. Os textos simples e as belas ilustrações levarão os pequenos leitores a uma viagem repleta de fatos históricos e personagens que se transformaram em símbolo de resistência e superação. Esse livro é voltado para crianças e adolescentes. A ideia é que elas percebam que podem ter representatividade negra desde a infância.
Uma coletânea de textos das autoras Ana Paula Viana e Fernanda Curado, alguns já publicados na internet e outros inéditos, a vida de mãe contada pelo olhar emocionante e descontraído de duas delas, mães de dois e três filhos, cada qual com sua realidade particular. Diferentes contextos e vivências, porém sensações tão semelhantes que costumam disparar identificação imediata com mulheres, mães desta e de outras gerações - mas as autoras juram que não instalaram uma câmera escondida na casa de ninguém, viu?
"Fica esperto, contra o fogo não pode haver afobação", aconselha Deja, o "frente" de um grupo de brigadistas voluntários, para um adolescente em seu primeiro combate contra o dragão, como alguns chamam os incêndios de grandes proporções — muitos causados por ações criminosas — que devoram a fauna, a flora e os rios da Chapada Diamantina, na Bahia. O grupo liderado por Deja é formado por gente como ele — moradores da região que arriscam a própria vida para deter o avanço descontrolado das chamas. Cunga, Zia, Trote, Jotão, Adobim, Firóso e Abner, mais o cachorro Mutuca, são alguns dos voluntários. Antes mesmo que as instâncias governamentais adotassem as políticas públicas necessárias, esses brigadistas se lançam a apartar a briga do fogo contra a terra com técnicas criadas instintivamente e sem equipamentos adequados. Sobretudo nos tempos de seca, que é quando se enfiam nas matas por dias e dias, sem descanso. Cada qual expande ao seu modo esse universo peculiar, mas é a visão do líder, narrador em primeira pessoa, que torna tudo complexo e vivo. Sua linguagem, concisa e marcada pela oralidade, reflete o homem que é: brusco, simples, mas muito sensível à vastidão e aos detalhes de seu mundo — um mundo em que a palavra falada é soberana.
“Crianças que não veem o sol” apresenta ao leitor o universo inimaginável de uma enfermaria pediátrica onde, meninas e meninos que sofrem condições crônicas complexas de saúde passam por longos períodos de internação. As páginas deste livro mostram o que é esse passar o tempo entre grades e paredes hospitalares. Ao mesmo tempo, ressalta o importante investimento humano, profissional e tecnológico que subsidia a existência e a qualidade de vida dessas crianças e o quanto esse cuidado transforma a vida de quem os cuida. Embora sejam apresentados casos que carregam muito sofrimento, o livro conta belas histórias de amor e superação e revela os avanços da biotecnologia que, atualmente, amplia as possibilidades de viver com dignidade. Esta obra, premiada como a melhor tese na área de saúde coletiva do ano de 2022 pela Fiocruz, é considerada pelas autoras como parte de sua missão de promover reflexões e ações relacionadas ao cuidado com tais crianças e seus familiares. Mas seu escopo é mais geral: destina-se a todos os profissionais e estudantes do campo da saúde e aos cidadãos que prezam por um atendimento do SUS que leve em conta o indivíduo em toda a sua plenitude, ainda que precise contar com cuidados intensos e longos e apoio tecnológico.
Quem se deslumbrou com a maestria narrativa, a sólida e delicada construção de personagens, a linguagem apurada e a temática brasileira de Torto arado, romance que converteu Itamar Vieira Junior em um dos nomes centrais da nossa literatura contemporânea, vai encontrar neste Doramar ou a odisseia ainda mais motivos para celebrar a ficção do autor. Num diálogo permanente com nossas questões sociais e a tradição literária brasileira, Itamar enfeixa um conjunto de histórias a um só tempo atuais e calcadas na multiplicidade de culturas que formam o país.
A mulher negra é a síntese de duas opressões, de duas contradições essenciais a opressão de gênero e a da raça. Isso resulta no tipo mais perverso de confinamento. Se a questão da mulher avança, o racismo vem e barra as negras. Se o racismo é burlado, geralmente quem se beneficia é o homem negro. Ser mulher negra é experimentar essa condição de asfixia social.
No ano do centenário de fundação do Partido Comunista Brasileiro (PCB) a Boitempo e a Fundação Astrojildo Pereira relançam um autor fundamental da nossa cultura: Astrojildo Pereira (1890-1965). Crítica impura é uma das cinco novas edições de obras lançadas em vida pelo fundador do PCB. Editado originalmente em 1963, Crítica impura foi o último livro publicado por Astrojildo. Seu conteúdo é uma reunião de textos publicados originalmente em diferentes jornais e revistas e selecionados para compor três eixos temáticos. A primeira parte é dedicada à literatura, com estudos sobre a vida e obra de autores como Machado de Assis, Eça de Queiroz, Monteiro Lobato, José Veríssimo e outros. Nesse momento, pode-se ver a produção que colocou Astrojildo entre os principais críticos literários brasileiros. A segunda aborda a China comunista na qual Astrojildo analisa uma série de relatos de viagens sobre o país asiático feitos durante os anos 1950 e 1960. Apresenta-se, então, um militante comunista atento ao processo revolucionário chinês que havia ocorrido há pouco. O último eixo tem como assunto comum as vinculações entre política e cultura, reunindo textos de intervenção pública que marcaram a trajetória política de Astrojildo em diversos debates centrais do Brasil da metade do século XX. A nova edição conta com uma nova padronização editorial e atualização gramatical. Foram incorporados novos textos buscando enriquecer a experiência de leitura. O prefácio é assinado pela jornalista Josélia Aguiar e a orelha pelo jornalista Paulo Roberto Pires. Tais especialistas conseguiram desvendar diversos aspectos fundamentais da relevância de Astrojildo para o mundo cultural brasileiro no século XX. Um texto de Leandro Konder (1936-2014) sobre a vida e a obra de Astrojildo Pereira foi incluído como anexo. Konder, que foi um amigo pessoal de Astrojildo, apresenta nesse raro texto, editado uma única vez, uma síntese da biografia do personagem, mas não só, destaca também aspectos de sua personalidade, demonstrando o conhecimento íntimo sobre seu objeto. Em outros termos, trata-se de um observador privilegiado.
Após o sucesso de vendas de Filhos - da gravidez aos 2 anos de idade, a Sociedade Brasileira de Pediatria apresenta este segundo volume da série Filhos. - Informações fundamentais e atualizadas para você cuidar de seus filhos da melhor maneira, seguindo as orientações dos pediatras da SBP - Dinâmico e interativo - Linguagem objetiva e de fácil compreensão - Ideal para consultas no dia a dia - Alertas das situações emergenciais - Orientações sobre cuidados, alimentação, segurança, educação e brincadeiras - Guia para pais e cuidadores de crianças com necessidades especiais - Dicas para a escolha de babás, creches e escolas - Calendário de vacinas para cada idade - Ilustrado delicadamente pela premiada artista plástica Suppa Este é um livro que todos os pais precisam ter!
Aquela branquela era muito bonita” reconheceu, um pouco contra- Ariado. Ele aprendera, com os gringos, a reconhecer a beleza do povo negro, a de sua mulher, dona Veridiana, a de sua filha Cecília, de suas netas Anete e a Galega, tudo gente linda, ainda que a feiura e a lindeza não escolhessem raça, reconheceu, enquanto a doutora o cumprimentava como se realmente estivesse contente em encontrá-lo. Reparou: a menina o encarava com dois olhos arregalados de coruja assustada, ainda que soubesse disfarçar sua atrapalhação, observou, vestida de branco, ela fingia segurança, também pudera, era doutora, médica, e os médicos costumam se achar parente próximo de Deus, pensou irônico. Depois de perguntar sobre os remédios, comida, sono, a doutora indicou que se assentasse na maca e tirasse a camisa. Enquanto ela auscultava seu pulmão e seu coração, ele voltou a pensar, sim, os médicos se julgavam acima do bem e do mal, igual ao que ele pensava antes, muito antes, na época quando descobriu a verdade brilhante e a explicação inteira para a condição humana, para tudo, na doutrina do partido comunista. Até que fora proveitoso, um preto pobre de maré-maré, da roça, e comunista. Mais de quarenta anos pra trás, mil novecentos e cinquenta e algo, os pregadores do partido pareciam profetas, que nem os evangélicos daquele fim de século, que nem sua netinha, a Galega. Os comunas de antigamente tinham o mesmo brilho nos olhos, o mesmo jeito confiante e brusco de lidar com os outros. . . Qualquer pessoa, todos, eram apenas alguém a ser convertida para a causa.
A obra homenageia a trajetória de Lélia Gonzalez, importante intelectual que muito contribuiu para o movimento negro no Brasil. Formada em História e Filosofia, pós-graduada em Comunicação e Antropologia, e estudiosa de Sociologia e Psicanálise, Lélia reúne em sua trajetória reflexões críticas sobre questões raciais, com destaque para os desafios enfrentados pelas mulheres negras.
A obra homenageia a trajetória de Lélia Gonzalez, importante intelectual que muito contribuiu para o movimento negro no Brasil. Formada em História e Filosofia, pós-graduada em Comunicação e Antropologia, e estudiosa de Sociologia e Psicanálise, Lélia reúne em sua trajetória reflexões críticas sobre questões raciais, com destaque para os desafios enfrentados pelas mulheres negras.
Um romance surpreendentemente atual e engenhoso sobre identidade, raça e sexualidade, vencedor do Booker Prize em 2019. Garota, mulher, outras é um verdadeiro marco da ficção britânica. O romance causou furor quando publicado: venceu o Booker Prize em 2019, foi aclamado por nomes como Barack Obama, Roxane Gay, Ali Smith e Tom Stoppard e incluído nas listas de melhores livros do ano por veículos como The Guardian, Time, The Washington Post e The New Yorker . A forma, por si só, não é nada convencional: trata-se de um gênero híbrido, composto de versos livres e sem pontos-finais. O resultado é uma dicção singular e envolvente, que prende o leitor da primeira à última página. O pano de fundo dessas histórias é uma Londres dividida e hostil, logo após a votação do Brexit: um lugar onde as pessoas lutam para sobreviver, muitas vezes sem esperança, sem que as suas necessidades sejam atendidas e sem que sejam ouvidas. Nesse ambiente opressor, as vozes de Garota, mulher, outras formam um coro e levantam reflexões poderosas sobre o machismo, o racismo e a estrutura da sociedade. “Brilhante, inventivo.” – Sunday Times “O livro mais envolvente que li o ano todo. (...) Este romance é uma aula sobre contar histórias. Absolutamente inesquecível.” – Roxane Gay “ Garota, mulher, outras mudou meu jeito de pensar.” – Tom Stoppard “Bernardine Evaristo pode tirar qualquer história de qualquer tempo e transformá-la em algo vibrante, com vida.” – Ali Smith MOSTRAR MENOS
A obra conta a história de Sônia Guajajara, indígena nascida no estado do Maranhão, que se destaca por sua luta contra a destruição do meio ambiente, o massacre dos povos indígenas, as injustiças sociais no mundo contemporâneo e o machismo.
Este livro narra a jornada de Hamilton Naki, pesquisador e professor sul-africano que desenvolveu técnicas cirúrgicas inovadoras. Com mãos hábeis e precisas, teve importante participação no primeiro transplante de coração bem-sucedido realizado no mundo em 1967. Um exemplo de superação e de enfrentamento das limitações impostas pela segregação racial durante o Apartheid.
Protagonista e narradora de Hibisco roxo, a adolescente Kambili mostra como a religiosidade extremamente “branca” e católica de seu pai, Eugene, famoso industrial nigeriano, inferniza e destrói lentamente a vida de toda a família. O pavor de Eugene às tradições primitivas do povo nigeriano é tamanho que ele chega a rejeitar o pai, contador de histórias encantador, e a irmã, professora universitária esclarecida, temendo o inferno. Mas, apesar de sua clara violência e opressão, Eugene é benfeitor dos pobres e, estranhamente, apoia o jornal mais progressista do país. Durante uma temporada na casa de sua tia, Kambili acaba se apaixonando por um padre que é obrigado a deixar a Nigéria, por falta de segurança e de perspectiva de futuro. Enquanto narra as aventuras e desventuras de Kambili e de sua família, o romance também apresenta um retrato contundente e original da Nigéria atual, mostrando os remanescentes invasivos da colonização tanto no próprio país, como, certamente, também no resto do continente.
É desconcertante a sinceridade com que Maura Lopes Cançado desfia suas lembranças. Sem nunca escorregar no sentimentalismo ou na autopiedade, este volume é um poderoso testemunho sobre a trajetória da autora, que viveu uma infância abastada no interior de Minas Gerais antes de passar por diversas internações em hospitais psiquiátricos em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. Leitora ávida, tida como revelação literária dos anos 1960, a escritora – que por décadas ficou relegada ao ostracismo – nos convida a refletir sobre os limites entre razão e loucura, ficção e memória, realidade e imaginação.
Em 1964, Paulo Freire foi preso duas vezes pelo 4o Exército. Na primeira, em 16 de junho (aniversário de sua esposa, Elza), foi levado de casa por dois soldados e permaneceu com paradeiro desconhecido por cerca de 24 horas. Oficiais chegaram a negar que Freire estivesse detido, mesmo com sua família tendo testemunhado a prisão. Depois, admitiram que ele estava encarcerado na Segunda Companhia da Guardas do Recife. […] Freire ficou preso por mais de setenta dias, entre junho e setembro de 1964, na Segunda Companhia da Guardas do Recife e na Cadeia de Olinda. Amargou o começo da prisão numa cela solitária, com apenas 60 centímetros de largura e 1,7 metro de comprimento, com “paredes de cimento áspero, [que] não dava para encostar o corpo” , como lembraria mais tarde. […]
O livro conta a história de João Cândido, marinheiro e líder da Revolta da Chibata. Ao seu comando, mais de três mil marinheiros tomaram o controle de quatro navios de guerra e ameaçaram bombardear a capital da República em um protesto contra os maus-tratos e a opressão.
A obra apresenta a trajetória de Júlio Emílio Braz, escritor brasileiro, nacional e internacionalmente premiado. Sua literatura, sobretudo infantojuvenil, discute importantes pautas da sociedade brasileira, em especial no que diz respeito à juventude negra. Ainda hoje, Júlio é escritor ativo e uma inspiração para todos aqueles que se aventuram no mundo da escrita.
O livro conta a história de Mário Juruna, líder indígena e político brasileiro. Ele lutou contra o Estatuto do Índio, que permitia que os indígenas fossem removidos de suas terras pelo governo, dedicando sua vida para proteger seu povo. Foi o primeiro indígena eleito Deputado Federal no país e pôde participar do pro- cesso de redemocratização, que colocou fim à Ditadura Militar. Como político, criou a Comissão Permanente do Índio.
O livro homenageia a trajetória de Davi Kopenawa Yanomami. Líder de um dos maiores povos indígenas do Brasil, Davi é reconhecido por seu espírito combativo na luta contra a invasão da terra Yanomami por garimpeiros ilegais na década de 1980. Ele dedicou a sua vida a defender os direitos dos povos indígenas, salvando a floresta de interesses gananciosos.
A obra conta a história de Ailton Krenak, nascido em território do povo Krenak, na região do vale do Rio Doce, tornou-se um dos maiores líderes políticos e intelectuais surgidos durante o grande despertar dos povos indígenas ocorrido no Brasil a partir do final dos anos 1970.
Reunião de escritos e reflexões sobre sonhos, drogas, religião, neurociência, política, meio ambiente e educação, do autor de O Oráculo da Noite. Neurocientista de carreira internacional, Sidarta Ribeiro nunca abriu mão de exercer seu papel de intelectual público. Por mais de uma década assinou uma coluna mensal na revista Mente e cérebro, além de contribu até hoje com diversos textos para jornais como Folha de S.Paulo e Estadão. Limiar reúne os 56 melhores artigos de Ribeiro e volta agora em edição revisada, com escritos recentes e uma introdução inédita.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.