Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
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Ao longo do século XIX, em diferentes partes do mundo, abriu-se um limitado, mas inédito espaço de ascensão social para quem vivia às margens da sociedade, como negros e judeus. Neste livro singular e emocionante, o historiador Leo Spitzer estuda as experiências das famílias Rebouças, May e Zweig, a primeira, afro-brasileira no Brasil escravista; a segunda, africana na Serra Leoa ocupada pelos ingleses; a terceira, judaica em uma região da Europa marcada pelo antijudaísmo.
Relato tocante e surpreendente que costura depoimento pessoal, imaginação sociológica e narrativa biográfica, Submundo é um livro único. Abdias ora narra, ora cede a palavra aos companheiros de cárcere; ouve confissões, pergunta, pondera, se compadece. Entremeado na história, o autor faz uma rara e preciosa reconstrução da gênese do Teatro do Sentenciado, antecessor do TEN (Teatro Experimental do Negro), que viria a se tornar um marco na história da dramaturgia brasileira.
Nesse livro, Elisabeth Roudinesco abandona sua abordagem acadêmica habitual para dar livre curso a encadeamentos inéditos. Em vez de conceitos, atores ou países, o leitor encontra temas, palavras, ficções e territórios reunidos de modo arbitrário e pessoal, além de citações, remissões e um índice onomástico. Algo como uma aventura do imaginário urdida no correr da pena, um percurso sem destino, um roteiro afetivo com verbetes inesperados que podem ser lidos em sequência ou não.
Está mais do que na hora de pessoas bem-sucedidas falarem abertamente sobre o uso recreativo de drogas, é o que defende o neurocientista Carl Hart neste livro corajoso e polêmico. Sem esconder sua condição de usuário, em total equilíbrio com uma vida plena e produtiva, ele ilustra os inúmeros benefícios do uso responsável por adultos e argumenta que o maior dano das drogas decorre de sua ilegalidade. Sua demonização e criminalização em países como os Estados Unidos e o Brasil têm sido um flagelo imenso, contribuindo para a discriminação racial, marginalização e mortes.
Neste livro que já se tornou uma obra de referência, o autor apresenta uma introdução contundente à teologia negra, cuja origem remonta à década de 1960, na África, nos Estados Unidos e no Caribe. Vinculada às lutas antirracistas e à segregação racial, é uma resposta do povo negro a uma teologia imposta como única e universal. Enraizada na narrativa histórica do Êxodo, é interpretada não apenas como um evento de libertação física, mas também como uma metáfora holística para a libertação espiritual e social.
Das primeiras sociedades humanas até hoje, a desigualdade econômica só diminuiu de forma significativa com rupturas violentas de larga escala. Sem guerras em massa, revoluções transformadoras, falência do Estado ou epidemias catastróficas nunca houve nivelamento real de renda ou riqueza ― os ricos continuaram ricos ou, como nas últimas décadas, ficaram ainda mais ricos, uma vez que sempre resistiram a mudanças profundas alcançadas pacificamente. Com argumentos sólidos, fundamentados por pesquisa detalhada e apresentada com fartura de dados, Walter Scheidel, historiador da Universidade Stanford, chega a uma conclusão ainda mais perturbadora: se atualmente os eventos de violência cataclísmica não parecem ser tão ameaçadores quanto antes, por outro lado as propostas econômicas para reduzir a desigualdade não estão surtindo efeito, e o desequilíbrio econômico e social só tende a aumentar.
Um guia claro e acessível para entender o que podemos fazer para redução da violência. Segurança é um assunto que há muito preocupa a todos nós. Não é de hoje que o Brasil está imerso em uma crise que parece não ter fim. Os níveis de criminalidade só aumentam, assim como nossa percepção de insegurança. Para não sermos enganados com supostas soluções mágicas e promessas falsas a cada ciclo eleitoral, antes de fazermos escolhas determinantes para o futuro do país, estarmos bem informados é o primeiro passo para revertermos esse cenário. Escrito por duas grandes especialistas no tema, Ilona Szabó e Melina Risso, este livro traz um panorama muito claro do sistema da segurança pública e justiça criminal no Brasil. Por que o Estado não consegue proteger seus cidadãos? Que fatores potencializam essa trágica realidade? Qual o papel das polícias? Por que é tão importante regular armas e munições? Respondendo de forma equilibrada e embasada às principais perguntas no debate público, as autoras mostram que, com prevenção, inteligência e investigação, há soluções possíveis e efetivas para tornar nossas cidades mais seguras. Numa linguagem compreensível, sem jargões, Segurança pública para virar o jogo reúne exemplos de sucesso no Brasil e no mundo, dados, pesquisa, opinião e propostas para entendermos o que funciona e o que não funciona quando o assunto é a redução de violência.
No primeiro volume de sua trilogia O país dos privilégios , Bruno Carazza enfrenta os meandros do corporativismo estatal para desnudar as regalias e benesses no topo das carreiras do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. A partir da análise das folhas de pagamento de tribunais, ministérios, parlamentos e Forças Armadas, entre outras instituições do Estado brasileiro, o autor revela as estratégias mobilizadas na defesa e promoção de interesses privados destoantes da realidade socioeconômica do país. A despeito das frequentes polêmicas na mídia e na Justiça, a força política dos verdadeiros “donos do poder” continua sendo o principal obstáculo para a implementação de uma reforma administrativa capaz de acabar com os inúmeros benefícios do serviço público. Baseado em sólida pesquisa e dados abrangentes, Carazza narra muitas histórias de quem conhece os bastidores do poder e apresenta possíveis soluções para as distorções entre remuneração e produtividade nos altos escalões do Estado.
Zygmunt Bauman cumpre aqui sua missão de sociólogo, esclarecendo como se deu a transição da modernidade e nos auxiliando a repensar os conceitos e esquemas cognitivos usados para descrever a experiência individual humana e sua história conjunta. É a essa tarefa que se dedica este livro. Analisando cinco conceitos básicos que organizam a vida em sociedade ― emancipação, individualidade, tempo/espaço, trabalho e comunidade ―, Bauman traça suas sucessivas formas e mudanças de significado. Modernidade líquida complementa e conclui a análise realizada pelo autor em Globalização: As consequências humanas e Em busca da política. Juntos, esses três volumes formam uma análise brilhante das condições cambiantes da vida social e política.
Nesta detalhada história da globalização, Zygmunt Bauman mostra que, embora as ações humanas agora se deem em escala global, não somos capazes de ditar os acontecimentos; podemos apenas observar fronteiras, instituições e princípios deslocando-se de forma veloz e imprevisível. Numa análise instigante, o autor sustenta que a globalização tanto divide quanto une, abrindo um fosso cada vez maior entre os que têm e os que não têm. Explorando as dimensões de um mundo no qual ― através das novas tecnologias ― o tempo é acelerado e o espaço é comprimido, Bauman evidencia que os reflexos dessa nova condição são radicalmente desiguais.
Em 2017, Vera Iaconelli aceitou o desafio de traduzir o cotidiano a partir do referencial psicanalítico. Desde então, os artigos publicados periodicamente na Folha de S.Paulo exploram diversas camadas da sociedade contemporânea através de temas como relações afetivas, feminismo, masculinidade, educação, sexo e política, além, claro, de parentalidade. Uma abordagem fluida e consistente que foi inevitavelmente marcada por dois eventos de grande impacto social: o fortalecimento de tendências autoritárias, com a ascensão de Bolsonaro, e a eclosão de uma pandemia global. Seguindo o fio dos acontecimentos que marcaram ―e marcam ―nossa época, esta coletânea reúne algumas das reflexões relacionadas àpremissa de que o sofrimento ordinário épermeado de felicidade ordinária, episódica e fugaz. Em uma alentada introdução inédita, a autora reflete sobre as contribuições singulares da psicanálise para o enfrentamento das questões contemporâneas que marcam nosso dia a dia.
Em Estado e democracia: Uma introdução ao estudo da política , misto de guia para iniciantes e ensaio de interpretação do presente, os professores André Singer e Cicero Araujo e o pesquisador Leonardo Belinelli combinam a sua longa experiência de ensino da disciplina na Universidade de São Paulo e a investigação teórica. Entre o nascimento da política na Antiguidade clássica e o fantasma de um “totalitarismo neoliberal” nos dias correntes, os autores apresentam a origem do Estado moderno, o impacto do temido Leviatã, o clarão renovador das revoluções democráticas, o horror do regime totalitário dos anos 1930 e o igualitarismo do pós-guerra. Hoje, quando espectros regressivos voltam a apertar corações e mentes ao redor do mundo, é necessário concentração para pensar e discernimento para agir politicamente de modo a afastar os perigos que rondam ― e retomar o caminho da liberdade, da igualdade e da fraternidade, apontado mais de duzentos anos atrás.
Recém-formado, em 1953 Frantz Fanon deixa a França para chefiar a ala psiquiátrica de um hospital na Argélia, encontrando um país em combustão social. No ano seguinte, eclode a guerra pela independência. Mergulhado na situação dramática vivida pelo povo argelino e africano em geral, ele adere ao movimento revolucionário como intelectual e militante da Frente de Libertação Nacional.
Neste premiado livro de estreia, a aclamada jornalista Rachel Aviv levanta questões fundamentais sobre como nos entendemos em momentos de crise e angústia. Movida por um profundo senso de empatia e por sua própria experiência de viver em uma ala hospitalar aos seis anos de idade, diagnosticada com anorexia, ela recupera a trajetória de pessoas que se depararam com os limites das explicações psiquiátricas sobre quem são.
O livro aborda a diferenciação entre gestar, assumir o parentesco e cuidar de uma vida, e, sem homogeneizar a categoria “mulher”, reconhece que a experiência da parentalidade é determinada por fatores como raça, classe, gênero e faixa etária. Para Iaconelli, os embates sobre o cuidado e a reprodução da vida são embates políticos e a psicanálise é uma arma da qual não podemos abrir mão.
O contrato racial é uma das obras pioneiras , e mais importantes, de um vasto campo de pesquisas e produção intelectual que vem se consolidando sob a rubrica de teoria racial crítica (critical race theory). De forma ágil e precisa, Mills analisa um seleto grupo de expoentes da teoria do contrato social clássico (Hobbes, Locke, Rousseau e Kant) a fim de demonstrar que o Iluminismo, bússola moral e cognitiva da modernidade ocidental, é a face filosófica de uma política identitária branca. Lançada originalmente em 1997, a obra tem desde então ensejado uma profunda revisão nos modos de se conceber o surgimento do Estado, da democracia e da esfera pública nas sociedades modernas. Não por acaso, as teses de Mills influenciaram decisivamente intelectuais como Sueli Carneiro, Lia Vainer Schucman e Denise Ferreira da Silva, cujas obras têm possibilitado a construção de um novo marco interpretativo acerca do lugar das relações raciais na formação do Brasil.
As diferenças entre os sexos nos animais e nos humanos suscitam questões que estão no cerne de quase todos os debates sobre gênero na nossa espécie. O comportamento de homens e mulheres difere de maneira natural ou socialmente construída? E quanto ele é realmente diverso? Em Diferentes, Frans de Waal baseia-se em décadas de estudo do comportamento de grandes primatas para defender que, apesar da ligação entre gênero e sexo biológico, a biologia não sustenta automaticamente os papéis tradicionais de gênero nas sociedades humanas. A partir da observação de chimpanzés e bonobos, parentes geneticamente muito próximos de nós, De Waal analisa nossa história evolutiva comparada à deles e desafia crenças amplamente aceitas sobre masculinidade e feminilidade, além de suposições comuns sobre autoridade, cooperação, competição e laços parentais. Ele abrange também temas que vão do comportamento materno e paterno à orientação sexual, passando pela identidade de gênero e pelas limitações do binarismo, sempre ilustrando seus argumentos com exemplos irresistíveis das personalidades e ações dos animais que acompanhou de perto.
Quase duas décadas após ter sido defendida na Faculdade de Educação da USP, a tese de doutorado de Sueli Carneiro chega na forma de livro com grande atualidade. Nele, a autora aplica os conceitos de dispositivo e de biopoder de Michel Foucault ao domínio das relações raciais, forjando o que chama de dispositivo de racialidade — que produz uma dualidade entre positivo e negativo, tendo na cor da pele o fator de identificação do normal, representado pela brancura. Especulando com Foucault e amparada na teoria do contrato racial do afro-jamaicano Charles Mills, ela demonstra como este dispositivo se constitui em um contrato que não é firmado entre todos, e sim entre brancos, e funda-se na cumplicidade em relação à subordinação social e na eliminação de pessoas negras. Ele também se efetiva pelo epistemicídio, cujo objetivo é inferiorizar o negro intelectualmente e anulá-lo como sujeito de conhecimento. Contudo, todo dispositivo de poder produz a sua própria resistência, e é nesse contexto que a filósofa traz à obra a voz de quatro insurgentes. Seus testemunhos revelam que é da força da autoestima, da conquista da memória e da ação conjunta que se extrai a seiva da resistência.
A obra-prima do mais importante pensador da luta antirracista e anticolonial. Os condenados da terra é o ponto culminante de uma obra radical e incontornável abreviada pela morte precoce do psiquiatra martinicano Frantz Fanon, um dos pensadores mais revolucionários do século XX. Ao analisar a situação colonial, Fanon tensiona política, sociedade e indivíduo, demonstrando de forma clara as estratégias e efeitos do poder dominante — o resultado da opressão é raiva, dor e loucura. Com isso, o autor desmonta a lógica colonial europeia — branca, brutal e racista —, e propõe uma “descolonização do ser”, afirmando: “É preciso mudar completamente, desenvolver um pensamento novo, tentar criar um homem novo.” Só assim é possível criar um mundo realmente humano, onde a massa deserdada de homens e mulheres dos países colonizados e pobres — os condenados da terra — sejam os inventores de sua própria vida. Publicado em 1961, ano da morte de Fanon, que o escreveu doente e sabendo que o tempo era escasso, o livro é considerado um clássico absoluto, suma de seu pensamento e um tratado magistral sobre as relações entre colonialismo, racismo e insubmissão. Esta edição traz apresentação de Thula Pires, Wanderson Flor do Nascimento e Marcos Queiroz, além do prefácio de Jean-Paul Sartre à edição original de 1961 e texto de Cornel West.
Escrito por uma das principais jornalistas da América Latina, um manifesto corajoso, livre de doutrinas, para que possamos cada vez mais pensar (e viver) o feminismo em toda a sua diversidade. Alma Guillermoprieto dedicou grande parte de sua carreira a cobrir conflitos e movimentos sociais por toda a América Latina. Ao longo de sua trajetória retratou em crônicas e reportagens a história de mulheres comuns, sobreviventes dos mais diversos tipos de violência. Neste livro, ela reflete sobre sua própria posição como mulher e se questiona: Será que sou feminista? Sem a pretensão de ter todas as respostas, ela relata suas memórias quando jovem na machista sociedade mexicana e suas referências feministas; relembra encontros com líderes e ativistas; expõe sua visão da estrutura machista, racista e homofóbica que assassinou Marielle Franco; e tece ainda considerações a respeito do movimento #MeToo. Ao mesmo tempo em que evoca experiências pessoais, Guillermoprieto faz uma releitura das lutas históricas das mulheres, destacando avanços tão significativos quanto a pílula anticoncepcional e o direito ao voto, sem nos deixar esquecer do caminho árido que ainda há pela frente.
O estudo mais abrangente sobre o papel determinante do racismo na desigualdade brasileira, por um dos mais importantes economistas negros em atividade. “Violenta, autoritária, elitista e medíocre. Essa é a sociedade desigual.” Com inovadora abordagem, o economista e professor Mário Theodoro demonstra a centralidade da questão racial na construção e desenvolvimento da sociedade brasileira, explicando de que modo o racismo funcionou e segue funcionando como motor e elemento organizador da desigualdade no Brasil. Em suas diversas formas e manifestações, a violência opera como avalista da manutenção das desigualdades, na relação complementar entre a ação da polícia e da Justiça, nas condições de moradia, transporte público, sistemas de saúde e de educação e na precarização do trabalho. Em cada uma delas, o elemento racial é o fator explicativo, e esse conjunto de violências sustenta e preserva a sociedade desigual, impedindo mudanças estruturais significativas. Mário Theodoro aponta também a incapacidade dos estudiosos e das principais teorias econômicas de produzir até hoje um modelo de estudo que leve em conta — em um país de maioria negra — a preponderância do racismo na desigualdade da sociedade brasileira, e, como escreve o autor, “o racismo mata, prende, exclui, limita, enlouquece”. Para ele, a grande força de transformação virá justamente do segmento mais afetado pela desigualdade: a população negra.
“Leiam Lélia Gonzalez!”, convocou a filósofa americana Angela Davis em recente passagem pelo país. Filósofa, antropóloga, professora, escritora, militante do movimento negro e feminista precursora, Lélia Gonzalez foi uma das mais importantes intelectuais brasileiras do século XX, com atuação decisiva na luta contra o racismo estrutural e na articulação das relações entre gênero e raça em nossa sociedade. Com organização de Flavia Rios e Márcia Lima, Por um feminismo afro-latino-americano reúne em um só volume um panorama amplo da obra desta pensadora tão múltipla quanto engajada. São textos produzidos durante um período efervescente que compreende quase duas décadas de história — de 1979 a 1994 — e que marca os anseios democráticos do Brasil e de outros países da América Latina e do Caribe. Além dos ensaios já consagrados, fazem parte desse legado artigos de Lélia que saíram na imprensa, entrevistas antológicas, traduções inéditas e escritos dispersos, como a carta endereçada a Chacrinha, o Velho Guerreiro. O livro traz ainda uma introdução crítica e cronologia de vida e obra da autora. Irreverente, interseccional, decolonial, polifônica, erudita e ao mesmo tempo popular, Lélia Gonzalez transitava da filosofia às ciências sociais, da psicanálise ao samba e aos terreiros de candomblé. Deu voz ao pretuguês, cunhou a categoria de amefricanidade, universalizou-se. Tornou-se um ícone para o feminismo negro. Axé, Lélia Gonzalez! “É Lélia quem cria para mim essa identidade, essa terceira figura política, essa terceira identidade que compartilha das outras duas (ser mulher e ser negro), mas que tem um horizonte próprio de luta. Com Lélia Gonzalez, me defini politicamente para militar na questão da mulher negra.” — Sueli Carneiro, filósofa, pedagoga, escritora e fundadora do Geledés “Eu sinto que estou sendo escolhida para representar o feminismo negro. E por que aqui no Brasil vocês precisam buscar essa referência nos Estados Unidos? Acho que aprendi mais com Lélia Gonzalez do que vocês aprenderão comigo.” — Angela Davis, filósofa norte-americana
É preciso soar o alarme: à medida que as democracias retrocedem e os cidadãos se tornam mais polarizados, as guerras civis se tornarão ainda mais generalizadas e durarão mais do que no passado. Uma milícia de extrema direita planeja sequestrar a governadora de Michigan e julgá-la por traição. Uma multidão armada de apoiadores de Trump e teóricos da conspiração invade o Capitólio dos Estados Unidos. São incidentes isolados? Ou é o começo de algo maior? Em Como as guerras civis começam , Barbara F. Walter, uma das maiores autoridades no mundo em violência política e terrorismo, examina o dramático aumento do extremismo global e soa o alarme ao argumentar que as guerras civis proliferam e são hoje o maior perigo para a paz mundial. “O equivalente de Como as democracias morrem para a guerra civil.” — The Washington Post “O argumento de Barbara Walter é assustador: muitas das condições que comumente precedem as guerras civis estão presentes hoje em lugares que nunca imaginaríamos.” — Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, autores de Como as democracias morrem “Como aqueles que alertaram sobre os perigos do aquecimento global décadas atrás, Walter tem uma mensagem grave que ignoramos por nossa conta e risco.” — David Remnick, The New Yorker
Um manifesto cáustico e subversivo que busca derrubar todas as restrições e preconceitos sobre o que pode ou não ser feito com o corpo e para o corpo. Defesa radical da liberdade dos corpos, Manifesto contrassexual põe abaixo todas as noções estereotipadas de sexo, gênero e desejo. Com a verve demolidora e o rigor teórico que o tornaram um dos pensadores essenciais da atualidade, Paul B. Preciado analisa e desmonta as construções socioculturais que definiram e normatizaram a sexualidade. Combinando linguagens diversas que vão da arte performática ao dadaísmo e inspirado pelo pensamento de Michel Foucault, Gilles Deleuze, Judith Butler e Jacques Derrida, o filósofo espanhol propõe a contrassexualidade como antídoto à política conservadora de controle sexual: uma teoria do corpo que se situa fora das oposições homem/mulher, masculino/feminino, heterossexualidade/homossexualidade.
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