Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
À medida que a democracia brasileira enfrenta uma crise de legitimidade, crescem as divisões políticas entre cidadãos católicos, evangélicos e não religiosos. O que causou a polarização religiosa na política brasileira? A política religiosa fortalece ou enfraquece a democracia? Religião e a democracia brasileira – Dos bancos das igrejas para as urnas usa anedotas envolventes e se baseia em uma riqueza de dados de pesquisas e experimentos de pesquisa com clérigos, cidadãos e legisladores, para explicar as causas e consequências das “guerras culturais” do Brasil. Embora os partidos políticos criem conflitos de guerra cultural em democracias estabelecidas, no fraco sistema partidário do Brasil, os líderes religiosos, em vez disso, geram divisões. O clero alavanca a política legislativa e eleitoral estrategicamente para promover seus próprios objetivos teológicos e ajudar seus grupos religiosos a competir. No processo, eles geralmente lideram políticos e congregados. Em última análise, a política religiosa empurra a política brasileira para a direita e fragmenta ainda mais os partidos. No entanto, Religião e a democracia brasileira também demonstra que a política liderada pelo clero estabiliza a democracia brasileira e aumenta a representação.
A proposta deste livro, contudo, não é apresentar respostas definitivas; afinal, não existe só uma forma de fazer etnografia – trata-se de um método reconhecido por sua flexibilidade e capacidade criativa diante de situações que exigem uma constante atualização. Mas, ao revisitar conceitos e abordagens clássicas e contemporâneas, descrever procedimentos e estratégias de pesquisa “de perto e de dentro” e apresentar algumas experiências realizadas dentro e fora dos muros das universidades esperamos instigar pesquisadores/ as e estudantes, de diferentes áreas e disciplinas, a desenvolver novos experimentos etnográficos.
Este livro é um guia prático e acessível para a coleta de dados qualitativos que vai além do foco tradicional em entrevistas presenciais. Enfatiza uma série de métodos textuais, midiáticos e virtuais que permitem interessantes mudanças nos métodos estabelecidos e requerem recursos menos intensos, oferecendo assim ao pesquisador técnicas alternativas para a coleta de dados. Dividido em três partes textual, midiática e virtual, o livro apresenta uma orientação gradual sobre métodos subutilizados na pesquisa qualitativa e oferece pontos de vista novos e interessantes para técnicas amplamente usadas.
Vivemos, hoje, em um mundo interconectado, com muitas tecnologias de comunicação e informação, onde os seres humanos desenvolvem não apenas a sua existência concreta e cotidiana, mas também uma vida virtual oferecida pela Internet e outros recursos. Chegamos a este fascinante e complexo mundo – cujas paisagens mais recorrentes são habitadas por computadores, celulares, dispositivos eletrônicos e intermináveis fluxos de informação e comunicação– através de uma revolução digital que ocorreu há algumas décadas e que mostra a sua continuidade através de uma sempre acelerada renovação tecnológica. Como a Sociedade Digital interage com a História, seja esta compreendida como o próprio fluxo de processos e acontecimentos, seja esta a História elaborada pelos historiadores? Quais os novos desafios dos historiadores que vivem na sociedade digital e que precisam interagir com ela, valendo-se dos novos dispositivos e produzindo pesquisas históricas que serão lidas ou apreendidas audiovisualmente por vários tipos de públicos? Quais as novas tarefas sociais para os historiadores que convivem com esta sociedade que é ao mesmo tempo de informação e desinformação? Como lidar com as novas fontes e objetos históricos oferecidos pelo ciberespaço e pelas diversas redes sociais, ou com os novos meios de expressão proporcionados por plataformas como a do YouTube? Como utilizar, de maneira produtiva e séria, recursos como a Wikipédia? Como incorporar, por fim, novos aplicativos para aprimorar a pesquisa historiográfica? Este livro discute possíveis respostas para estas perguntas e muitas outras, esclarecendo as diversas relações possíveis entre a História e a Sociedade Digital.
A hora é agora. As questões climáticas, sociais e culturais que nos cercam pedem urgência na cocriação de novas narrativas, que resgatem a origem coletiva de ser humano e que nos reconectem com o mundo natural e demais seres que nos rodeiam. Somente a partir do entendimento de como funcionam as estruturas que nos aprisionam em um modo de vida insustentável poderemos, de fato, começar a pensar em novos presentes: mais livres e, ainda assim, sustentáveis.
Este livro apresenta as técnicas que facilitam e promovem a produção e a defesa de um trabalho científico. Mostra a construção de um projeto de pesquisa com diversas explicações práticas, seguida por um estudo dos demais modelos de trabalhos científicos em suas especificidades: o resumo e a resenha, o artigo científico, a monografia, a dissertação ou uma tese. Além disso, trata da maneira de se fazer as citações e as referências bibliográficas e de se divulgar um trabalho científico em eventos acadêmicos.
Estamos perdendo nossa capacidade de não fazer nada. Nossa existência é completamente absorvida pela atividade e, portanto, totalmente explorada. Como só percebemos a vida em termos de desempenho, tendemos a interpretar a inatividade como um déficit, uma negação ou uma mera ausência de atividade quando, muito pelo contrário, é uma capacidade independente interessante. Byung-Chul Han investiga os benefícios, o esplendor e a magia do ócio, projetando um novo modo de vida – que inclui momentos contemplativos – para enfrentar a atual crise de nossa sociedade e impedir nossa própria exploração e destruição da natureza.
O presente livro dá continuidade à obra “O pescador ambicioso e o peixe encantado – A busca pela justa medida”. Ele faz uma severa crítica à nossa civilização planetizada, urdida pelo excesso em todos os âmbitos, a ponto de desequilibrar perigosamente todo o planeta. Mas, ao mesmo tempo, sustenta a esperança de que a justa medida poderá nos salvar. A característica principal da justa medida reside no autocontrole, no autolimite, no equilíbrio dinâmico e na temperança.
Este livro oferece um projeto sistêmico que considera as instituições educacionais como um todo, do ensino fundamental ao ensino superior, e não separa a transformação da educação da sociedade como um todo. Sua ambição é traçar os traços fundamentais de uma educação democrática ainda por vir, e incluí-la plenamente em uma sociedade unida, ecológica e igualitária.
Este livro oferece uma compreensão geral sobre o método de estudo de caso, assim como sobre ferramentas específicas para sua implementação bem-sucedida. Essas ferramentas são aplicáveis a uma variedade de campos, incluindo a Antropologia, os Negócios e Administração, Comunicações, Economia, Educação, Medicina, Ciência Política, Psicologia, Assistência Social e Sociologia. Os tópicos incluem: uma sondagem de abordagens sobre estudo de caso; uma definição metodologicamente tratável sobre “estudos de caso”; estratégias para a seleção de caso, incluindo amostragem aleatória e outras abordagens algorítmicas; modos quantitativo e qualitativo de análise de estudo de caso; e problemas de validade interna e externa. A nova edição deste manual essencial pretende ser acessível a leitores novos no tema e é completamente revisada e atualizada, incorporando a pesquisa recente.
O livro discute os saberes que servem de base aos professores para realizarem seu trabalho em sala de aula. São criticados os enfoques anglo-americanos que reduzem o saber dos professores a processos psicológicos, assim como certas visões européias tecnicistas que alimentam atualmente as abordagens por competência e também se posiciona de forma crítica em relação às concepções sociológicas tradicionais que associam os professores a agentes de reprodução das estruturas sociais dominantes.
Em essência, o trabalho da Ética é permitir ao leitor compreender a ordem e a conexão das coisas da natureza e ordenar e concatenar tudo quanto pensa de tal forma que, ciente das coisas como são e de si mesmo como é, possa diferenciar-se e singularizar-se, tornando-se cada vez mais apto a uma pluralidade de encontros que aumentem sua potência de existir. Tem razão, portanto, a psiquiatra brasileira Nise da Silveira que em uma das cartas extemporâneas que redigiu a Espinosa enfatizou como, em favor dos seres humanos, o filósofo se empenhou “através de toda Ética para ajudá-los a se diferenciarem de maneira especial, reformando o entendimento, trabalhando ideias confusas, a fim de torná-las claras”, de modo a indicar “o caminho para libertarem-se da escravidão das paixões e mesmo atingirem a beatitude”. [...] (da apresentação de Fernando Bonadia de Oliveira)
Em meio ao turbilhão de mudanças do mundo global, o racismo permanece intacto e culturalmente irresolúvel. A sua aparente universalização não deixa evidente que são diversos os seus modos de incidência nas diferentes regiões do mundo. O foco de O fascismo da cor é o racismo brasileiro pós-abolicionista, que Muniz Sodré faz coincidir com a emergência do fascismo europeu e com a vigência de uma “forma social escravista” nativa, em que status e brancura tomam o lugar das antigas formas de segregação. Com nova perspectiva dentro da luta antirracista, este é um livro de leitura incontornável.
A metodologia não deve ser vista como uma disciplina cuja ênfase é o ensino de métodos e técnicas para planejar, conduzir e apresentar uma pesquisa científica, mas sim como uma disciplina para elucidar o que são essas técnicas, a quais métodos da ciência atendem e em que bases epistemológicas se fundamentam. A autora apresenta uma metodologia tríplice: acadêmica, da ciência e da pesquisa.
Propiciar ao leitor uma compreensão do que é o mundo acadêmico e saber como elaborar trabalhos científicos é o intuito desta obra. Ela traz, em volume único, de forma objetiva, recheada de exemplos e atividades complementares, as normas e técnicas estabelecidas pela ABNT e pela vida acadêmica. Dividida em duas partes, apresenta na primeira, orientações relacionadas à organização da vida acadêmica, tais como técnicas de leitura, de sublinhar, de fichar, de resumir, de fazer citações e referências. E na segunda parte orienta como devem ser produzidos os trabalhos disciplinares e/ou interdisciplinares, projetos de pesquisa, monografias e artigos.
Nos dias atuais não há mote que domine mais o discurso público do que o tema da transparência. Ele é evocado enfaticamente e conjugado sobretudo com o tema da liberdade de informação. A sociedade da transparência é uma sociedade da desconfiança (Misstrauen) e da suspeita (Verdacht), que se baseia no controle em virtude do desaparecimento da confiança. A forte e intensa exigência por transparência aponta justamente para o fato de que o fundamento moral da sociedade se tornou frágil, que valores morais como sinceridade ou honestidade estão perdendo cada vez mais significado.
Nesta obra, nossa intenção é oferecer "ferramentas" para que estudantes de graduação e pós-graduação possam aprimorar suas habilidades de aprendizado. A preocupação não é exclusivamente acadêmica, pois ao conceber a investigação científica como uma das estratégias de raciocínio para responder a problemas ou perguntas previamente identificados, o estudante terá condições de desenvolver sua autonomia intelectual, requisito fundamental para qualificação profissional.
As pesquisas e práticas pedagógicas abordadas neste livro revelam o desafio e a urgência teórica e política de construirmos práticas pedagógicas e metodologias que possibilitem às crianças falarem de si, sobre a sua relação com o outro e sejam protagonistas das suas próprias vidas. As crianças sabem de si, principalmente as pobres, as negras e aquelas em situação de maior vulnerabilidade e desigualdade, cujas infâncias são roubadas pela pobreza e pelas desigualdades. E é isso que o olhar adulto tem dificuldade de admitir. A raça atravessa e participa da formação das infâncias e dos seus sujeitos. Infelizmente, nem sempre ela é entendida como parte do fascinante processo da diversidade humana, mas como um peso, uma marca de inferioridade. E é isso que precisamos superar. A educação de maneira geral e a Educação Infantil e das infâncias, em específico, ao assumirem o compromisso com a emancipação social e racial, têm um papel relevante na reversão desse processo. E podem contribuir para que as crianças brasileiras – em especial as pobres, as negras, as quilombolas, as indígenas e as do campo – tenham uma existência mais digna.
Um manual prático que dá uma introdução completa e acessível a uma vasta gama de métodos de pesquisa com o objetivo de esclarecer procedimentos, boa prática e responsabilidade pública. Um referencial claro, coerente, seguro, abrangente e amadurecido para quem trabalha com métodos qualitativos.
Apesar da retomada dos investimentos em saneamento e habitação, pelo Governo Federal, a partir de 2003, e apesar da febre participativista decorrente da criação de mais de 10.000 conselhos de políticas públicas a herança do período neoliberal - ajuste fiscal, baixo crescimento econômico, recuo nas políticas sociais - e o impasse na política urbana decorrente especialmente da manutenção persistente do padrão fundiário excludente, a vida nas cidades brasileiras continua a piorar.
Este livro resume a pesquisa "BRASIL: NUNCA MAIS" iniciada em março de 1979 como uma investigação sigilosa no campo dos Direitos Humanos sob a Ditadura. É uma radiografia inédita da repressão política que se abateu sobre milhares de brasileiros considerados pelos militares como adversários do regime inaugurado em abril de 1964. É também a anatomia da resistência.
A crise ambiental emerge do fundo do total esquecimento da natureza. As fendas da geosfera, o grito da terra, a voz da Pachamama, os conflitos ambientais e os direitos dos povos têm sacudido o edifício da ciência, questionando as certezas de suas verdades objetivas e provocando as ciências sociais com novas indagações sobre os modos da existência humana e a sustentabilidade da vida. Este livro surge dessa falha do saber que se reflete em um estranhamento: o fato de o pensamento humano ter-se afastado da iminência e do sentido da vida, submetendo-se aos desígnios de uma vontade de poder que tem sido exercida em forma de domínio da natureza e vem conduzindo à morte entrópica do planeta.
Este livro gira em torno de coisas e não-coisas. Desenvolve tanto uma filosofia do smartphone quanto uma crítica da inteligência artificial a partir de uma nova perspectiva. Ao mesmo tempo, recupera a magia do sólido e do tangível e reflete sobre o silêncio que se perde no ruído da informação.
Junho de 2013 representa uma ruptura e a data transformou-se em um marco de mudança do paradigma da participação social até então vigente. A multidão tomou as ruas e novíssimos atores entraram em cena, como o MPL – Movimento Passe Livre. A democracia passou a ser tensionada e os órgãos institucionais e partidários questionados. Desde então a política toma as ruas via o ativismo digital, que convoca e organiza grandes manifestações. O tema da participação social tem dupla dimensão de abrangência: na sociedade civil e na sociedade política/estatal. O livro faz um mapeamento dos grupos e movimentos que atuam no cenário brasileiro desde a década de 1960, com destaque para 1968 e os movimentos populares na década de 1970 e início dos anos de 1980. Após o período de redemocratização e a implementação da Carta Constitucional de 1988 analisam-se as políticas e espaços participativos institucionais, o crescimento dos movimentos identitários no espaço urbano, em questões de gênero, etnia e raça, e a proliferação de movimentos rurais.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.