Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
No cenário do espaço urbano quais grupos deixaram de ser visíveis e passaram a ser invisíveis? Os autores deste livro olharam, viram e não aceitaram passivamente a cegueira social a determinados grupos. Descruzaram os braços e escreveram os capítulos que compõem a presente obra. A partir de suas pesquisas intentam ampliar nossa observação para além de nossos próprios interesses, e diminuir nossa insensibilidade social. Não se pretendeu esgotar a discussão relativa ao tema do livro, nem seria possível, mas é chegada a hora de responder ao nosso questionamento inicial, esperamos contribuir para a sensibilização dos leitores e grupos em vulnerabilidade social. Eles existem, estão em cenas no espaço urbano e precisam ser vistos e reparados. A invisibilidade e nossa indiferença só faz aumentar as desigualdades com o restante da população e restringir suas oportunidades de mudança.
A história vem se aproximando nos últimos anos da saúde coletiva, integrando o que se conhece como uma de suas áreas construtoras, a chamada ciências sociais e humanas. A obra aqui apresentada traz uma reunião de propósitos: por um lado, atenta para as metodologias que a historiografia recente vem produzindo para contribuir com as investigações que necessitam buscar dimensões temporais e, por outro lado, indica questões e temas considerados fundamentais na compreensão da saúde coletiva e medicina, ganhando interpretações recentes, resultando numa obra inédita que traduz os anseios dessa área de estudos e práticas.
Nos últimos anos, os historiadores brasileiros das ciências médicas e da medicina de seu país têm produzido alguns dos estudos mais inovadores, sugestivos e provocadores nos campos da história urbana, cultural e social da América Latina. Entretanto, a maior parte desses estudos ainda se concentra na análise de instituições, períodos ou personagens es- pecíficos. Sendo assim, uma das principais virtudes do presente livro é oferecer uma clara e sólida visão de conjunto do complexo de- senvolvimento da história da saúde no Brasil, desde o fascinante período colonial até o revolucionário movimento das reformas sa- nitárias do século XX. Outra característica fundamental da obra é que os textos não só contextualizam os principais acontecimentos ocorridos em pe- ríodos-chave, prestando atenção às intera- ções transnacionais entre o Brasil e outros países, mas também apresentam o estado da arte sobre suas interpretações, assim como uma perspicaz reflexão sobre as fontes arqui- vísticas e as principais referências bibliográ- ficas que existem para conhecê-las. Não menos importante, e grande dife- rencial deste livro, é a apresentação de pers- pectivas panorâmicas acessíveis, profundas e concatenadas, além de atualizadas com os marcos teóricos e as temáticas da historiogra- fia internacional. Há que se destacar ainda o fato de que os editores e autores sejam autoridades reconhe- cidas na área abordada pela obra, com vasta experiência não só como pesquisadores, mas também como docentes, ou seja, comunica- dores dos resultados das melhores pesquisas. Por todos os elementos resenhados, este livro constitui uma referência obrigatória para os estudiosos da História da Saúde bra- sileira, uma ferramenta imprescindível para pesquisadores e uma leitura estimulante para todos os interessados em reconhecer a diver- sidade e a riqueza da cultura do Brasil.
O livro parte de um problema específico, que se situa no confronto entre a política mundial de guerra às drogas e o direito universal preconizado pelo SUS. Ao longo do livro analisou-se esse confronto a partir da tensão entre dois paradigmas: o paradigma da Abstinência e o paradigma da Redução de Danos. Os dois conceitos travam batalha ao longo do livro, ora no subsolo por meio dos problemas que os fundamentam, ora na superfície pelas redes que os sustentam. O problema específico entre o campo da saúde e a política de guerra as drogas se apoia num problema mais amplo e geral: de que forma o problema posto à vida dos usuários de drogas diz respeito a uma problemática mais geral das tecnologias de governo da vida? Situar, historicamente, a emergência do “dispositivo drogas” se tornou a estratégia para confrontar a racionalidade neoliberal a perspectiva dos territórios marginais, junto à população em situação de rua, ali onde o direito universal se confronta com toda violência da guerra às drogas.
Este dicionário contempla cinquenta e nove verbetes ligados a conceitos ou categorias que permitem entender o fenômeno da financeirização e/ou que representam mediações que ajudam a examinar o desenvolvimento da dominância financeira e a inserção neste regime de empresas e grupos empresariais do setor saúde.
Saúde e previdência: estudos de política social é um trabalho de pesquisa acerca de uma importante área do desenvolvimento social no Brasil, analisada em sua evolução histórica, desde os anos trinta até o presente momento, em que a capitalização de medicina e o sistema previdenciário surgem como grandes temas no debate nacional.
Leitura obrigatória para se compreender a complexidade da exploração sexual e seus modos de enfrentamento. O livro contribui para o debate das ciências sociais com a análise sobre os modos de conceituar o problema, suas ambiguidades e deslizamentos morais. Apresenta também a diversidade de experiências de enfrentamento em distintos territórios ? cidades de fronteiras, da região amazônica, turísticas, ligadas à exploração do petróleo e rodovias.
As mudanças ocorridas durante a década de noventa decorrentes da crise dos sistemas de proteção social em todo o mundo pautaram os governos dos Estados nacionais para repensar a forma de gestão dos serviços sociais com vistas à redução dos investimentos. Métodos gerenciais que indicavam o enxugamento dos custos com as políticas de proteção social foram apontados como alternativa em países que vivenciaram o Welfare state em estágio avançado, e o Brasil não foi indiferente a isto. No campo das políticas de saúde, as organizações sociais foram alternativas aplicadas como forma de gestão aos equipamentos públicos de saúde. No ápice do período neoliberal brtasileiro as organizações sociais de saúde multiplicaram-se. Decorrente de uma reforma do aparelho do Estado, os serviços de saúde foram os primeiros a implantar tal alternativa como método de gestão. Neste livro, analisamos, sob a perspectiva da saúde, os custos para o setor público da saúde, após mais de duas décadas de implantação das organizações sociais de saúde no Brasil. Sob uma perspectiva histórica, a partir da conquista dos direitos sociais, apresentamos análises derivadas de estudos e pesquisas sobre a gestão do sistema de saúde brasileiro.
Eis um livro reflexivo que busca compreender o caráter do trabalho médico na atenção primária do SUS. A autora partiu do conceito marxiano de alienação e o desdobrou em outras abordagens, que tornam a alienação dinâmica, como expressão de várias modalidades de existir em sociedade. O objetivo é o trabalho médico e suas formas de envolvimento e afastamento (alienação) com os componentes do trabalho em saúde.
Vários dos achados nesse livro comprovam que o trabalho no setor da saúde vem sendo caracterizado por situações de muitas tensão, provocando frequantes repercussões psicossociais sobre os trabalhadores do setor. Nota-se, ..., que os trabalhadores do SUS municipal vêm padecendo de sofrimento físico-mental diante das condições de precarização e intensidade do trabalho. O mais importante de tudo isso é que os autores não deixam, em nenhum momento, de articular muito bem essa degradante situação do trabalho em saúde com as transformações contemporâneas do modo de produção capitalista e de suas relações com a forma Estado no nosso país. Sem dúvida, trata-se de obra essencial para ampliar o horizonte daqueles ... preocupados com o campo do trabalho em saúde e não ficarem restritos a uma análise dissociada do perverso movimento totalizante do capital.
A leitura desta obra oferece elementos para duas grandes reflexões. A primeira indica que as lutas em defesa do SUS precisam ultrapassar o âmbito setorial, centrando-se na defesa e na radicalização da democracia, na construção contra-hegemônica de um novo projeto de Nação e na articulação de distintas gerações de direitos. A segunda aponta que a crise econômica internacional tem gerado agenda regressiva em diversos países, requerendo a construção de unidade entre as forças democráticas, populares e socialistas, com a reinvenção das esquerdas, para reverter a ampliação das desigualdades sociais, preconceitos, xenofobia, conservadorismo, intolerância, ressentimento e ódio, que ompõem um solo fértil para o fascismo social, com possível passagem para o fascismo político.
Eis aqui uma Extraordinária provocação: narrar uma experimentação inscrita no vigor da materialidade de um “comum”. A de processos de trabalho coletivos e suas vicissitudes, na área da saúde, realizados entre os campos da extensão, pesquisa e ensino, na Universidade Federal Fluminense em Niterói/Brasil. A Intenção é flagrar algumas paragens desses processos de trabalho institucional, aquelas que se diferem exatamente por se fazerem singulares, retidas na memória. Dar visibilidade a dimensões dessa processualidade atravessadas por uma aguda implicação – com a criação, com as questões sócias e culturais, globais e locais, com as exigências de um tempo presente, com a construção absolutamente necessária de um olhar transdisciplinar ante o mundo, com a impermanência, com a alteridade e a diferença em si mesma como dispositivos próprios à vida, em sua forma inventiva e potente. Privilegiar as práticas do cuidado em saúde. Aproximar a fazer dialogar as práticas da assistência e da academia, de modo que as tornasse campos intercessores. Singulares e hibridas experimentações gestadas ao longo de nove anos e inscritas na memória coletiva de onde, nesse momento, extraímos outras necessidades. Outros encontros, heterogênios e incomuns, a gestar, por contágio, outras séries, outras intercessões, a perspectivarem “novas buscas voluntárias do problemático”, reafirmando a abertura do próprio campo social da clínica a um fora dela mesma. E, nessa abertura, inventando novas conexões que põem em variação a qualidade e a intensidade das próprias hibridações, que, agora, agenciam outras séries, conceituais e afectivas: Filosofia, Arte, Saúde e educação. Intercessões que, desta vez, se materializam, já nesse livro, numa cooperação acadêmica internacional, em construção, com a Universidade do Porto/Portugal.
A complexidade que envolve os aspectos sociais, ambientais e de saúde do Território de Manguinhos transforma a Rede PDTSP-Teias em exemplo programático de gestão eficiente de recursos financeiros e humanos voltados para a excelência no desenvolvimento de pesquisas de modo colaborativo entre gestores públicos, sociedade civil e academia. Os relatos das pesquisas apresentadas neste livro são apenas parte de uma gama extensa e resultados alcançados pelos pesquisadores e pela gestão da rede em uma longa e árdua caminhada no processo de desenvolvimento de todo o trabalho.
Da primeira revolução psiquiátrica a pineliana de 1793 -, que substituiu a metáfora possessão pela metáfora doença passando pela segunda, a das comunidades terapêuticas dos anos 1930, e pela terceira, a da psiquiatria comunitária ou psicofarmacologia do Pós-Guerra, talvez estejamos vivendo a quarta revolução da psiquiatria, quando a metáfora doença vai sendo substituída por outra igualmente complexa identidade. Já não está em relevo a exuberância dos sinais e sintomas equacionados pelas neurociências, mas os modos de viver a vida de pessoas doente sim, com limitações que muitas vezes, entretanto, seguem com seus contratos afetivos e sociais a cumprir. Este livro fala da reabilitação Psicossocial, à brasileira, como um novo tratado ético-estético que negocia uma clínica cuidadosa com inúmeras iniciativas de convívio, lazer, moradia e trabalho que favorecem trocas intersubjetivas e são também espaços de exercícios de cidadania ativa.
Este livro reúne produções sobre Formação e Educação Permanente em Saúde. Os textos retratam processos e produtos gerados e aplicados no cotidiano do SUS e oferecem possíveis estratégicas e ferramentas para abordagem de coletivos nos diferentes níveis de atenção à saúde.
Esta coletânea reúne textos de autores especialistas no tema Envelhecimento. Os capítulos procuram ampliar os estudos e debates sobre o processo do envelhecimento humano, tendo como ponto de partida o olhar interdisciplinar no processo de cuidar. Um trabalho de interesse para profissionais e estudiosos nas áreas da Medicina, Fisioterapia, Nutrição e Enfermagem, entre os vários campos do cuidar.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.