Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Implementar a promoção da saúde é uma tarefa dessa obra. As dficuldades vão desde a formação de profissionais qualificados até as demandas socioculturais vigentes. Nesse cenário, a reflexão e a proposição de caminhos possíveis para o enfrentamento desses desafios se tornam imprescindíveis. A obra que você tem em mãos é uma resposta a essas dificuldades. Reunindo um conjunto de estudos diversificados e que permite uma visão ampliada das principais discussões da área, este livro é fruto do trabalho conjunto de cinco programas de pós-graduação stricto sensu em promoção da saúde: Unasp, Ulbra, UniCesumar, Unifran e Unisc. Com argumentações sólidas e análises perspicazes, "Cenários contemporâneos da promoção da saúde" é uma obra que vai contribuir para a construção de ações e reflexões inovadoras e criativas sempre pautadas em princípios éticos e valores fundamentais como solidariedade, humanização, integralidade, equidade, justiça e inclusão social.
Quisemos neste volume 10 da coleção trazer à tona os relatos vivos e encarnados de casos e causos, mostrar como e com quais referências as práticas contemporâneas vêm organizando-se na Rede de Atenção Psicossocial Brasileira (Raps). E pôr em evidência que essa rede é tecida de inúmeros dispositivos e serviços e alicerçada em bons repertórios teóricos. Optamos aqui pelo destaque dos serviços tipo Caps, em suas diferentes modalidades, dos leitos de Saúde Mental em Hospital Geral e de equipamentos e estratégias ligadas à Atenção Básica pela função intrínseca que a clínica tem em sua fundação e manutenção, sem com isso negar que diferentes perspectivas terapêuticas e de clínica(s) também podem produzir-se em outros pontos de atenção.
A publicação deste livro sobre doenças raras envolvendo narrativas, memórias e trajetórias de cuidado com familiares de crianças e adolescentes com doenças raras constitui um passo importante nas pesquisas que a socióloga e psicóloga Martha Moreira vem desenvolvendo sobre condições crônicas complexas em saúde no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, da Fundação Oswaldo Cruz. A pesquisa tem o mérito de penetrar na trama das doenças raras a partir de diversos enfoques que consideram tanto a definição do tema, como as memórias e trajetórias de familiares e as pesquisas ações de apoio em desenvolvimento. Dados da Global Genes, organização internacional sem fins lucrativos, demonstram que existe aproximadamente 350 milhões de indivíduos no planeta que manifestam algum dos sete mil distintos tipos de doenças raras. Tais informações confirmam a importância de estudos que organizem as informações sobre as condições de vida e de cuidados destes indivíduos.
Buscou-se, neste pequeno livro, tornar acessíveis os procedimentos mais utilizados para a realização da pesquisa qualitativa e, igualmente, fundamentá-los de forma a permitir aos aprendizes e usuários do método, uma segurança epistemológica qianto à cientificidade do processo e das operações. Em comparação com outros textos já publicados, neste existe uma novidade: a apresentação de um suftware, o webQDA, que facilita a codificação do material qualitativo e uma análise preliminar dos dados empíricos, o que precisa ser completado com uma reflexão de segunda ordem que contextualiza e coloca o objeto de estudo em interconexões com estudos semelhantes nacionais e internacionais.
A diversidade humana tem sido desculpa para discriminações, desigualdades e violências, mas, é também fonte de enriquecimento cultural e material, admiração mútua e emancipação dos preconceitos. A relação entre diversidade e poder é um tema central do presente livro e exige investigações de diferentes campos teóricos. Esse livro se coloca no debate e reúne importante pensadores brasileiros e estrangeiros.
O dia a dia da saúde é feito de encontros. Todos são profundos, significativos, de enorme simbolismo. Na Saúde somos seres que se tocam, se ouvem, se entrelaçam. Caminhos que se encontram. Produzimos estórias que nos relembram o que somos. O dizer e o ouvir nos espelham: somos com os outros, e somos os dizeres que ouvimos e dizemos. Somos as memórias que nos marcam. Mas, com frequência, no trabalho em saúde, ficamos perdidos: dentro de nós, no passado ou no futuro, na mágoa ou no preconceito. Perdemos oportunidades únicas de nos transformar, de produzir levezas, risadas, alegrias, cuidados. O Outro pode nos ensinar, reinventar, comover. Basta aguçar os sentidos, a intuição, a leveza e a ternura. Tarefa difícil que muito vale a pena. Este livro é mostra e faro disso. Ele traz percursos sensíveis de cinco profissionais da saúde. Cuidadores, poetas, educadores populares e, acima de tudo, abertos ao infinito do sentimento do mundo com apenas duas mãos. Navegue com eles.
O livro Corpo com deficiência em busca de reabilitação? A ótica das pessoas com deficiência física tem por objetivo principal discutir o que é Reabilitar. A reflexão sobre o tema considera os testemunhos de Nina, Sérgio e José Roberto, que ao relatarem suas histórias de vida e vivências nos serviços de reabilitação, nos provocam a questionar as premissas epistêmicas e éticas nas quais estão arquitetadas as práticas dessa área no campo da saúde. A proposta do texto é compreender o imaginário social que se tem sobre o corpo com deficiência na nossa sociedade, como a influência positivista e cartesiana se manifesta nas ações técnicas sobre o corpo com deficiência, na organização dos serviços e nos modelos assistenciais de reabilitação. Os depoimentos oferecem pistas valiosas para o rompimento com as propostas organicistas e reducionistas de reabilitação, apresentam sugestões na direção de abordagens que considerem o corpo com deficiência como dotado de desejo e de voz, que é afetado pelos bons e maus encontros, que está em relação com outros corpos e com o mundo de forma política, no sentido espinosano do termo. Trata-se de um livro para profissionais da saúde e da reabilitação, para educadores e para outras pessoas e profissionais que se interessem pelo tema.
Segundo estudo do Banco Mundial, o Brasil ocupa o 4.º lugar do ranking global de casamentos com menores de dezoito anos. Quando tomamos esse dado a partir das lentes de gênero, observamos que as meninas são as que mais sofrem com essa prática por pressões sociais e/ou culturais e pelo contexto de desigualdade em que se encontram. Ao explicitar e comprovar que o casamento infantil é, em todos os sentidos, uma violação aos direitos humanos, Luiza Sartori lança luz sobre uma questão que afeta profundamente a vida das crianças e contribui para que a sociedade se conscientize e atue, efetivamente, em prol da garantia de direitos e da proteção das crianças e das meninas. Para a Plan International Brasil, organização internacional que atua no Brasil desde 1997 e que há anos vem pautando a necessidade de olhar para essa questão, o livro é um forte aliado.
O livro é de leitura essencial para quem se propõem a analisar e compreender a complexidade dos processos que permeiam a formulação de políticas públicas no campo da saúde. A obra aborda o debate quanto ao papel dos atores chave nos processos de formulação de políticas, a importância da análise do contexto no qual determinada política é formulada e ainda apresenta a importância de que sejam consideradas as ideias e percepções que os autores chave imprimem ao desenho de uma nova política pública, no seu momento de formulação.
Este livro é um guia para as Equipes de Saúde Mental. Cada profissional que constitui a Equipe (psiquiatra, psicológo, assistente social, terapeuta ocupacional) encontrará aqui por vezes informações óbvias já bem conhecidas no setor a que individualmente pertence. Mas se deparará também com um conjunto de conhecimentos diferentes e pontos de vista singulares que contribuirão para que a Equipe consiga um ponto de vista unitário. Embora cada profissional conheça sua parte, a corrente intervenção psiquiátrica é mais que a soma das partes independentes, é a resultante de contribuições diversas coordenadas e integradas.
A história vem se aproximando nos últimos anos da saúde coletiva, integrando o que se conhece como uma de suas áreas construtoras, a chamada ciências sociais e humanas. A obra aqui apresentada traz uma reunião de propósitos: por um lado, atenta para as metodologias que a historiografia recente vem produzindo para contribuir com as investigações que necessitam buscar dimensões temporais e, por outro lado, indica questões e temas considerados fundamentais na compreensão da saúde coletiva e medicina, ganhando interpretações recentes, resultando numa obra inédita que traduz os anseios dessa área de estudos e práticas.
Nos últimos anos, os historiadores brasileiros das ciências médicas e da medicina de seu país têm produzido alguns dos estudos mais inovadores, sugestivos e provocadores nos campos da história urbana, cultural e social da América Latina. Entretanto, a maior parte desses estudos ainda se concentra na análise de instituições, períodos ou personagens es- pecíficos. Sendo assim, uma das principais virtudes do presente livro é oferecer uma clara e sólida visão de conjunto do complexo de- senvolvimento da história da saúde no Brasil, desde o fascinante período colonial até o revolucionário movimento das reformas sa- nitárias do século XX. Outra característica fundamental da obra é que os textos não só contextualizam os principais acontecimentos ocorridos em pe- ríodos-chave, prestando atenção às intera- ções transnacionais entre o Brasil e outros países, mas também apresentam o estado da arte sobre suas interpretações, assim como uma perspicaz reflexão sobre as fontes arqui- vísticas e as principais referências bibliográ- ficas que existem para conhecê-las. Não menos importante, e grande dife- rencial deste livro, é a apresentação de pers- pectivas panorâmicas acessíveis, profundas e concatenadas, além de atualizadas com os marcos teóricos e as temáticas da historiogra- fia internacional. Há que se destacar ainda o fato de que os editores e autores sejam autoridades reconhe- cidas na área abordada pela obra, com vasta experiência não só como pesquisadores, mas também como docentes, ou seja, comunica- dores dos resultados das melhores pesquisas. Por todos os elementos resenhados, este livro constitui uma referência obrigatória para os estudiosos da História da Saúde bra- sileira, uma ferramenta imprescindível para pesquisadores e uma leitura estimulante para todos os interessados em reconhecer a diver- sidade e a riqueza da cultura do Brasil.
A história da desigualdade de Pedro Ferreira de Souza é uma história dos ricos. Faz sentido olhar para o topo: uma parte imensa da renda está lá. Por essa razão, toda flutuação na renda dos ricos tem um peso desproporcional na evolução da distribuição total. Quando a concentração é muito alta, os ricos conduzem a dança. Conduzem, mas não ditam como deve ser o baile. Este livro encaixa uma peça importante no quebra-cabeças da história econômica brasileira. Com ele, aprendemos sobre quem ganhou mais e quem ganhou menos em quase um século de desenvolvimento. Trata-se do resultado de um trabalho cauteloso, que envolveu uma coleta de dados atenta, selecionou as informações mais precisas e usou as melhores ferramentas, a fim de apresentar a série histórica mais longa e completa sobre a desigualdade no Brasil.
No cenário do espaço urbano quais grupos deixaram de ser visíveis e passaram a ser invisíveis? Os autores deste livro olharam, viram e não aceitaram passivamente a cegueira social a determinados grupos. Descruzaram os braços e escreveram os capítulos que compõem a presente obra. A partir de suas pesquisas intentam ampliar nossa observação para além de nossos próprios interesses, e diminuir nossa insensibilidade social. Não se pretendeu esgotar a discussão relativa ao tema do livro, nem seria possível, mas é chegada a hora de responder ao nosso questionamento inicial, esperamos contribuir para a sensibilização dos leitores e grupos em vulnerabilidade social. Eles existem, estão em cenas no espaço urbano e precisam ser vistos e reparados. A invisibilidade e nossa indiferença só faz aumentar as desigualdades com o restante da população e restringir suas oportunidades de mudança.
Este dicionário contempla cinquenta e nove verbetes ligados a conceitos ou categorias que permitem entender o fenômeno da financeirização e/ou que representam mediações que ajudam a examinar o desenvolvimento da dominância financeira e a inserção neste regime de empresas e grupos empresariais do setor saúde.
O livro parte de um problema específico, que se situa no confronto entre a política mundial de guerra às drogas e o direito universal preconizado pelo SUS. Ao longo do livro analisou-se esse confronto a partir da tensão entre dois paradigmas: o paradigma da Abstinência e o paradigma da Redução de Danos. Os dois conceitos travam batalha ao longo do livro, ora no subsolo por meio dos problemas que os fundamentam, ora na superfície pelas redes que os sustentam. O problema específico entre o campo da saúde e a política de guerra as drogas se apoia num problema mais amplo e geral: de que forma o problema posto à vida dos usuários de drogas diz respeito a uma problemática mais geral das tecnologias de governo da vida? Situar, historicamente, a emergência do “dispositivo drogas” se tornou a estratégia para confrontar a racionalidade neoliberal a perspectiva dos territórios marginais, junto à população em situação de rua, ali onde o direito universal se confronta com toda violência da guerra às drogas.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.