Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Nesta nova coleção de textos, Ailton Krenak nos provoca com a radicalidade de seu pensamento insurgente, que demove o senso comum e invoca o maravilhamento. A ideia de futuro por vezes nos assombra com cenários apocalípticos. Por outras, ela se apresenta como possibilidade de redenção, como se todos os problemas do presente pudessem ser magicamente resolvidos depois. Em ambos os casos, as ilusões nos afastam do que está ao nosso redor. Nesta nova coleção de textos, produzidos entre 2020 e 2021, Ailton Krenak nos provoca com a radicalidade de seu pensamento insurgente, que demove o senso comum e invoca o maravilhamento. Diz ele: “Os rios, esses seres que sempre habitaram os mundos em diferentes formas, são quem me sugerem que, se há futuro a ser cogitado, esse futuro é ancestral, porque já estava aqui.” “Ailton Krenak é um filósofo originário: desentranha do pensamento indígena uma forma que os ocidentais se habituaram a reconhecer como filosofia’ e a confronta, à medida que também a aproxima, com os modos especulativos europeus e outras cosmovisões tradicionais.” — Muniz Sodré
Este livro é resultado de uma mobilização intensa da sociedade civil organizada, em resposta às tentativas do parlamento brasileiro de liberar atividades econômicas na Amazônia sem consulta prévia à sociedade e aos povos afetados, violando, assim, direitos constitucionais e acordos internacionais. Com a participação de pesquisadores, professores universitários, juristas, representantes do Ministério Público Federal, de organizações da sociedade civil de interesse público e organizações não governamentais, assim como de lideranças indígenas e comunitárias, buscou-se sistematizar diferentes olhares acerca das consequências reais e potenciais de projetos de lei em tramitação no congresso nacional sobre a saúde das populações do campo, da floresta e das águas e sobre o ecossistema amazônico. Visando compartilhar com a sociedade nacional evidências que revelam a gravidade dos impactos provocados à saúde e à organização social das populações tradicionais que vivem na Amazônia, bem como os danos provocados pela expansão econômica desenfreada sobre a região e suas consequências para a manutenção da vida no planeta, o grupo de pesquisa "Ambiente, Diversidade e Saúde" da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) organizou esta coletânea chamando atenção para as ameaças que pairam sobre as futuras gerações no Brasil e no mundo.
Se durante muito tempo certa fixidez normativa entre sexo, gênero e parentalidade permaneceu inquestionada, a partir da leitura deste livro, a potência de uma análise plural, interseccional e implicada sobre a temática ganha novo fôlego. Apoiados tanto em uma leitura rigorosa da subversão que marca a psicanálise quanto nos desafios impostos pela tensão entre estrutura, história e poder, os textos que compõem este volume têm o mérito de encontrar sua unidade na produção teórica, clínica e ética de suas diferenças.
De Que Maneira O Feminismo Mudou A Ciêncian A Produção Científica Permanece Sendo Uma Área Essencialmente Masculinan Este Livro Reflete Estas Questões, Preocupando-Se Com A “Feminização” Da Ciência Nas Academias Brasileiras. A Obra Apresenta Artigos De Várias Pesquisadoras Interessadas Em Ciências Humanas E No Feminismo, Que Tratam De Temas Como A Exclusão Das Mulheres Na Medicina, A Trajetória Profissional Feminina Na Matemática E Um Enfoque Interseccional Sobre O Perfil Dos(As) Estudantes Dos Cursos De Medicina No Nordeste E No Sul Do Brasil.
Este livro tem o caráter de "introdução aos estudos de gênero". Apresenta conceitos e teorias recentes no campo dos estudos feministas e suas relações com a educação. Estuda as relações do gênero com a sexualidade, as redes do poder, raça, classe, a busca de diferenciação e identificação pessoal e suas implicações com as práticas educativas atuais. Tanto serve de material para estudantes como para professoras/es, como incentivo amplo à iniciativa feminista e de outros grupos.
Uma criança que nasce cega não se sabe cega. Ela sente, interage, aprecia o mundo e (res)significa-o por meio dos outros sentidos que a constituem. É apenas no contato com o outro, ao se encontrar imersa na cultura visiocêntrica, que ela apreende a noção de falta. Uma falta que se apresenta na sociedade, pouco capaz (ainda) de proporcionar acesso e acessibilidade a todas as pessoas. A falta é social. A inclusão é urgente. No contexto escolar, em uma perspectiva de educação para todos, cabe à escola e ao professor compreenderem as demandas e potencialidades dos alunos, a fim de empreenderem ações que contribuam para um ambiente e um processo de ensino e aprendizagem que propiciem o desenvolvimento dos estudantes. Em se tratando do ensino de Língua Portuguesa, é preciso ampliar as experiências com práticas de linguagens, trabalhando-se com a diversidade de gêneros textuais que circulam socialmente, eliminando-se as barreiras comunicacionais no que tange à pessoa com deficiência visual. Nesse sentido, este livro se propõe a compartilhar saberes e práticas docentes constituídos a partir da pesquisa e de vivências no ensino para estudantes cegos e com baixa visão no âmbito da leitura e produção textual.
Em "Gênero e desigualdades", a cientista política Flávia Biroli, professora do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília, apresenta as muitas transformações nas relações de gênero ocorridas nas décadas recentes. Os grandes temas do feminismo pós-1970 aparecem, em cada capítulo, com os diversos cenários históricos mundiais e nacionais que os moldaram, frearam ou impulsionaram as lutas das mulheres. Situada no contexto brasileiro, a obra ilumina as discussões sobre desigualdade entre homens e mulheres com o objetivo de compreender os impasses que se apresentam na construção de relações de gênero mais justas. Para responder a esse desafio, a autora examina temas fundamentais dos direitos das mulheres, do feminismo e da democracia brasileira. Com linguagem refinada, precisa e clara, a pesquisadora analisa diferentes dimensões - divisão sexual do trabalho; cuidado e responsabilidades; família e maternidade; aborto, sexualidade e autonomia; feminismos e atuação política - que permitem ver como, apesar de alterações significativas, o lugar das mulheres permanece subalterno, interpelando os limites da democracia. A partir do diálogo sistemático com o debate teórico internacional contemporâneo e incorporando elementos empíricos e contextuais, Flávia Biroli encerra o livro com uma análise de fôlego sobre a investida reacionária à agenda de gênero na América Latina. A orelha é de Céli Pinto e a quarta capa, de Albertina de Oliveira Costa.
Este Livro Nasce De Um Truco. O Autor, Chris Van Tulleken, Duvidou Da Hipótese Formulada Pelo Brasileiro Carlos Monteiro. O Médico Britânico Entendia Ser Inviável Que Um Grupo Específico De Produtos Alimentícios Os Ultraprocessados Pudesse Ser Responsabilizado Pela Explosão Global Dos Índices De Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Gente Ultraprocessada É, Então, A História De Um Fracasso Pessoal Que Van Tulleken Compartilha Conosco, Com Transparência E Sem Mágoa.
O Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS), localizado no município de Ipojuca PE apresenta uma variedade de atividades capazes de interferir na sanidade dos corpos aquáticos receptores e de seus sedimentos ativos. O monitoramento das atividades portuárias, industriais e de infra-estrutura pode ser elaborado através do estudo da qualidade dos sedimentos dos corpos aquáticos próximos, como o Rio Tatuoca, cuja bacia hidrográfica está incluída nos limites da zona industrial do CIPS, podendo desta forma indicar a distribuição dos metais ali depositados e seus eventuais impactos.
A necessidade de debates qualificados sobre as articulações entre gênero e saúde se impõe como tarefa cada vez mais urgente diante das muitas desigualdades sociais em saúde que se evidenciaram no contexto da pandemia de Covid-19. Em meio a esse desafio, a Editora Fiocruz lança Gênero e Saúde: uma articulação necessária , título que integra a coleção Temas em Saúde. Escrito por Elaine Reis Brandão e Fernanda de Carvalho Vecchi Alzuguir, o livro reúne reflexões acumuladas pelas autoras em suas experiências de ensino, pesquisa e extensão sobre a temática de gênero, na área da saúde coletiva. "Nós apresentamos a problemática de gênero como modo de organização da vida social e enfocamos seu impacto sobre os processos de saúde e doença em diversos grupos sociais", resume Fernanda Vecchi. Para abordar o tema, as pesquisadoras citam implicações do gênero na saúde que a pandemia tornou ainda mais explícitas. Uma das principais é a sobrecarga feminina sem precedentes em relação à questão do cuidado, gerando esgotamento físico, mental, abandono de postos de trabalho, desemprego e adoecimento. Dessa forma, o volume se propõe a dialogar com pesquisadores, estudantes, profissionais de saúde, gestores públicos, ativistas de movimentos sociais organizados e com o público em geral interessado no debate sobre gênero e saúde. Em cinco capítulos, a obra se desenvolve apresentando "os íntimos entrelaçamentos entre os estudos históricos, sociológicos e antropológicos sobre gênero, os estudos sociais da ciência e tecnologia e o campo da saúde, que foram se consolidando ao longo da segunda metade do século XX até o presente", conforme afirmam as professoras.
Quando Geografia da fome foi publicado pela primeira vez, em 1946, o país passava pelo processo de redemocratização e tentava enfrentar suas fraturas mais evidentes. Decorridos mais de setenta anos, é doloroso notar como elas se aprofundaram. O autor denuncia a fome coletiva como um fenômeno social presente em todos os continentes, com foco no Brasil. E defende que ela é decorrente dos sistemas econômicos e sociais, não de condições climáticas.
A urgência de uma Geografia crítica e radical advém tanto das necessidades concretas impostas pela crise do mundo moderno, quanto de uma crise teórica que se restringe a um pensamento que simplifica a compreensão da realidade.Esta obra espelha a produção de um conhecimento a partir da Geografia do urbano: é um dos resultados da construção coletiva de um método alcançado pela reflexão de um grupo de estudiosos que se propõe a pensar a realidade a partir do espaço socialmente produzido. Ao rejeitar modelos simplistas, os autores apresentam um retorno ao pensamento crítico que busca compreender a complexidade do real em sua totalidade.Esta obra se opõe, assim, às estéreis padronizações do pensamento e à repetição infindável de fórmulas preconcebidas, alimentando e incentivando o debate coletivo, para além dos muros da academia.
A ideia principal desta publicação é a de fazer com que os leitores, de qualquer idade, tenham um envelhecimento com autonomia, independente, sem incapacidades e com uma boa saúde física e mental. Estou muito honrado em fazer a apresentação deste livro escrito pelo meu mestre, exemplo de integridade acadêmica e profissional, que, aos 88 anos de idade, coloca à disposição da comunidade brasileira todo seu conhecimento, colaborando para que a população consiga uma velhice mais útil, mais feliz, com mais esperança e vontade de viver. Prof. Newton Luiz Terra Diretor do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS
"O técnico ambiental tem que ser fortalecido em informação e conhecimento. A questão ambiental é extremamente dinâmica e diversa no que diz respeito à regulação e fiscalização, um dos vários motivos para merecer atenção especial, principalmente hoje em dia. "Os tempos são difíceis, confusos. Mas nós evoluímos muito nos instrumentos de controle ambiental. Não podemos perder espaço, perder credibilidade".
Elaborado com o objetivo de discutir a escassez e a má qualidade em quase todas as águas interiores do planeta, bem como auxiliar na busca de soluções, esta obra inicia abordando a importância ambiental das reservas de água doce e resume os principais problemas por elas enfrentados. A seguir, são discutidas alternativas para superar a atual crise das águas – com destaque para as vertentes educação, ciência, tecnologia e governança –, encerrando com um alerta sobre como seria nosso futuro sem o equilíbrio e a abundância de recursos que tivemos nas últimas décadas. Concebido para ser um instrumento de motivação voltado à mudança de comportamento de amplos segmentos da sociedade, esta obra será útil a estudantes universitários, tomadores de decisão locais ou regionais, docentes do ensino médio e superior, empresários e gestores ambientais de empresas e organizações não governamentais preocupados com a melhor gestão de nossos recursos hídricos.
Este livro surgiu do reconhecimento desse fenômeno e da tentativa de examiná-la mediante estudos caso que, contudo, fossem pensados em um quadro não casual e não casuístico. Temos aqui quatro artigos, sobre Nepal, Zimbábue, Polônia e Brasil. Quatro países, em quatro continentes.
Visa contribuir com a epistemologia cívica para o amadurecimento da democracia participativa brasileira, caminho único e necessário para a governança climática, perspectiva intrínseca ao Estado Democrático de Direito Ambiental.
Como o Estado administra não só a vida como também a morte de determinados cidadãos? De que maneira o desaparecimento de pessoas e corpos se constitui como um mecanismo em contínuo funcionamento? De quem são os cadáveres que o Estado não quer nomear? Essas são algumas das questões que o filósofo e psicanalista Fábio Luís Franco levanta ao desenvolver uma análise do processo de produção, normatização e apagamento sistemáticos da morte, com foco na atuação de forças do Estado. Tendo como base o conceito do filósofo camaronês Achile Mbembe de necropolítica, Franco recupera nas guerras coloniais os mecanismos de contrainsurreição que foram legados aos generais das ditaduras latinoamericanas e fizeram do desaparecimento um método de repressão. Mas esse não é um fenômeno de "exceção" durante a ditadura, ao contrário, como mostra Franco, ele está entranhado na estrutura governamental do Brasil, presente nas mais diversas estratégias que tornam o desaparecimento um modo de governar.
Compreender, a partir de abordagem respeitosa, os elementos que cercam o fenômeno da gestação adolescente no Brasil, desvinculando o tema de discursos moralizantes ou que culpabilizem as mulheres. É com esse intuito que a Editora Fiocruz lança Gravidez na Adolescência: entre fatos e estereótipos, livro que integra a coleção Temas em Saúde.
A obra conta a história de Sônia Guajajara, indígena nascida no estado do Maranhão, que se destaca por sua luta contra a destruição do meio ambiente, o massacre dos povos indígenas, as injustiças sociais no mundo contemporâneo e o machismo.
O relato de como um jovem nascido na periferia de São Paulo superou o racismo e a homofobia para lutar pelos próprios direitos — e de muitos outros como ele —, acompanhado de diversas entrevistas com personalidades LGBTQIA+. Samuel Gomes teve uma infância parecida com a de vários outros meninos nascidos na periferia das grandes cidades brasileiras: dividia o quintal de sua casa com muitos parentes, estudava em uma escola do bairro e via seus pais batalharem para dar um futuro melhor a ele e à sua irmã. Porém, logo começou a perceber que era diferente daqueles que o cercavam: ele sentia atração por outros meninos. Assim, o medo de ser quem é foi um fio condutor do seu amadurecimento, ainda mais por ser negro e fazer parte de uma família extremamente evangélica. Além das várias situações de racismo e discriminação que teve que enfrentar, tinha a Igreja, que não era apenas um lugar que frequentava aos domingos com sua família, mas sim uma instância onipresente em sua vida, que ditava seu modo de vestir, de se comportar, de pensar e de viver. Foram longos anos até que pudesse entender que a vida não precisava se resumir à realidade em que nasceu, e que o que sentia não era errado nem “anormal”. Sua luta por estudo, autodescoberta e autoaceitação é narrada neste livro, junto a reflexões que ele tece sobre ser um homem negro e homossexual no Brasil. Além da história de Samuca, o livro conta com entrevistas que ele fez com personalidades LGBTQIA+ brasileiras, que abriram seus armários e compartilharam suas trajetórias para fora deles. "Samuel Gomes contém em si multidões. Neste livro, o escritor desnuda todos as camadas do que significa ser um homem negro, gay, de família evangélica no Brasil de hoje. Samuel nos permite, por meio de sua história contada em primeira pessoa, conhecer o humano por trás de tudo que ele guardou em seu armário. Engana-se quem espera deste livro uma história ou de uma vítima, ou de um herói: Samuel humaniza a si e a tantos outros e outras que entrevista neste livro ao contar a história mais comum de todas: a luta para ser feliz. Amor, família, autoaceitação, ativismo, risos e choros: estão todos aqui. Samuel nos lembra, por meio deste livro, que não estamos sós. Nunca estivemos." — Thiago Amparo
A Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) é um tema que vem obtendo destaque no debate nacional. Várias iniciativas, governamentais e não governamentais, vêm sendo colocadas em prática para promover a garantia do direito humano à alimentação e da soberania alimentar dos brasileiros. Essas iniciativas contribuíram para que o país deixasse de participar do mapa da fome da Organização das Nações Unidas, fato inédito que orgulha a todos os que estudam e militam nessa área. Porém, a sociedade brasileira ainda não está livre de situações que vulnerabilizam seus cidadãos, colocando-os em situação de insegurança alimentar e nutricional. Dentro desse contexto, o Guia de Segurança Alimentar e Nutricional constitui um instrumento que auxilia os leitores a desenvolver atividades educativas. Inclui aspectos teóricos e práticos, orientando o desenvolvimento de ações de forma participativa. Embora o livro apresente exemplos desenvolvidos em comunidades com vulnerabilidade social, seu conteúdo não se restringe a esse ambiente/território, podendo ser aplicado em outras situações e contextos em que se deseja desenvolver ações com os mesmos objetivos.
É preciso garantir o direito. É preciso cuidar das pessoas. das etnias, dos mais vulneráveis e que o desenvolvimento não se traduza em impacto negativo na saúde das populações atingidas por esses empreendimentos. Alertamos que, diante de tão graves ameaças à vida na Amazônia, é necessário amplificar o debate: cancelar todos os projetos hidrelétricos para a Amazônia; diversificar a matriz energética brasileira aumentando investimentos em outras formas de energia, como as energias renováveis (eólica, solar e biomassa) para responder às demandas da sociedade; preservar os rios da Amazônia mantendo seus fluxos, para as populações ribeirinhas e para as atuais e futuras gerações; explorar racionalmente os recursos naturais; manter a floresta em pé e proteger os povos indígenas, ribeirinhos, quilombolas e comunidades rurais, garantindo seus direitos.
Uma visão lúcida e crítica da noção de lixo como uma invenção social, seus significados culturais e políticos e as contradições em que costumam cair os discursos sobre ele. Este trabalho propõe uma reflexão sobre o significado social do lixo. Assunto geralmente reservado aos “técnicos” - urbanistas, médicos, engenheiros, administradores – esse tema singular raramente chama a atenção de cientistas sociais. No entanto, a leitura desta obra mostra que esse assunto é menos ligado à higiene do que se crê, além de questionar a aparente neutralidade política da questão e evidencia o contexto paradoxal em que se dão os debates ecológicos contemporâneos. Em linguagem fluente e clara, amplamente acessível, o autor mostra como puderam emergir historicamente as mentalidades e sensibilidades que inventaram a noção de “lixo” — muito mais recente do que parece.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.