Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Nos últimos anos, os historiadores brasileiros das ciências médicas e da medicina de seu país têm produzido alguns dos estudos mais inovadores, sugestivos e provocadores nos campos da história urbana, cultural e social da América Latina. Entretanto, a maior parte desses estudos ainda se concentra na análise de instituições, períodos ou personagens es- pecíficos. Sendo assim, uma das principais virtudes do presente livro é oferecer uma clara e sólida visão de conjunto do complexo de- senvolvimento da história da saúde no Brasil, desde o fascinante período colonial até o revolucionário movimento das reformas sa- nitárias do século XX. Outra característica fundamental da obra é que os textos não só contextualizam os principais acontecimentos ocorridos em pe- ríodos-chave, prestando atenção às intera- ções transnacionais entre o Brasil e outros países, mas também apresentam o estado da arte sobre suas interpretações, assim como uma perspicaz reflexão sobre as fontes arqui- vísticas e as principais referências bibliográ- ficas que existem para conhecê-las. Não menos importante, e grande dife- rencial deste livro, é a apresentação de pers- pectivas panorâmicas acessíveis, profundas e concatenadas, além de atualizadas com os marcos teóricos e as temáticas da historiogra- fia internacional. Há que se destacar ainda o fato de que os editores e autores sejam autoridades reconhe- cidas na área abordada pela obra, com vasta experiência não só como pesquisadores, mas também como docentes, ou seja, comunica- dores dos resultados das melhores pesquisas. Por todos os elementos resenhados, este livro constitui uma referência obrigatória para os estudiosos da História da Saúde bra- sileira, uma ferramenta imprescindível para pesquisadores e uma leitura estimulante para todos os interessados em reconhecer a diver- sidade e a riqueza da cultura do Brasil.
A coletânea História da Saúde: diálogos para o século XXI apresenta abordagens e perspectivas que estão na pauta do dia da pesquisa histórica sobre saúde, medicina e doenças. Com temáticas diversificadas, o livro traz um panorama bastante interessante para quem deseja iniciar os estudos e pesquisas no campo da História da Saúde, bem como sistematiza discussões que interessam a pessoas já participantes desse segmento da disciplina histórica. Apostando em diálogos interdisciplinares com outras Ciências Sociais, a Ecologia, os Estudos Sociais das Ciências e áreas variadas da História, esta coletânea discute também como historiadoras e historiadores podem investigar uma área tão complexa e multidimensional como a saúde, a um só tempo campo, conceito e objeto de análise.
A oposição entre convivência e isolamento é intensificada pelo papel das novas tecnologias de comunicação e das redes sociais. Mas esse fenômeno é apenas o ponto de chegada de uma longa história que começa na Antiguidade, quando os pensadores já haviam posto a alternativa em seus termos: o homem é um “animal social”, mas não deixa de ser amante dos encantos bucólicos do isolamento. Solidão física e psicológica, solidão voluntária e aplicada como pena criminal, refúgio e maldição: este livro retraça em detalhe a história da dubiedade dessa condição humana.
A História das Ciências e da Saúde tem sido cada vez mais requisitada por diferentes sociedades para explicar as causas de determinados fenômenos vividos coletivamente (desastres ambientais, epidemias, discursos sociais que se alimentam de negacionismos e geram desinformação), assim como para auxiliar nas escolhas realizadas no presente e que indiquem um futuro melhor. Como tem sido produzido o conhecimento em História das Ciências e da Saúde que nos possibilita responder aos questionamentos provenientes desses anseios sociais? Quais temas estão em evidência? O que já foi escrito sobre esses assuntos? Quais fontes podem ser utilizadas? Respostas para essas e outras questões correlatas podem ser encontradas nesta obra.
Resultado de um cruzamento de olhares sobre o tema abrangente da infância na história brasileira, reúne historiadores, sociólogos e educadores sensíveis à consciência que vem aflorando sobre a condição das crianças e, sobretudo, atentos ao legado do passado na situação atual. Tais pesquisadores empenham-se em transformar as crianças em sujeitos históricos neste livro que trata dos pequenos viajantes nas embarcações do século XVI, dos curumins catequizados pelos jesuítas, das crianças escravas, da infância de ricos e pobres, dos garotos participantes da guerra do Paraguai, dos pequenos operários, dos menores criminosos dos primórdios da industrialização, de doces memórias da infância de brincadeiras, de crianças carentes e exploradas como mão-de-obra barata. Todos personagens que iluminam a história e constroem o presente.
Da Antiguidade até os dias de hoje, as epidemias assombram o ser humano. Chegam sorrateiras e se instalam causando pânico e destruição. A desinformação impera e, não raro, demora-se a descobrir como a doença se propaga e o que fazer para dominá-la. A famosa peste negra matou cerca de um terço da população europeia na Idade Média. De lá para cá, muita coisa mudou. Se por um lado a Medicina evoluiu, por outro, vivemos cada vez mais aglomerados em grandes cidades, viajando muito mais pelo planeta, o que torna a situação mais dramática e difícil de controlar. O infectologista Stefan Cunha Ujvari trata, neste livro fascinante e atualíssimo, das epidemias e pandemias mais marcantes da nossa história. Como a humanidade conviveu com essas doenças? Qual a importância das primeiras vacinas e como elas surgiram? Partindo da Grécia Antiga e chegando até os nossos dias, o livro aborda doenças como peste negra, sífilis, gripe, ebola. Dedica um capítulo para a covid-19 e mostra por que, afinal, essa doença parou o mundo.
Conta a trajetória das mulheres, do Brasil colonial a nossos dias, voltando-se a todos os tipos de leitores e leitoras: adultos e jovens, especialistas e curiosos, estudantes e professores, arrastando-os numa viagem através dos tempos. Obra organizada por Mary Del Priore - da qual participam duas dezenas de historiadores além da consagrada escritora Lygia Fagundes Telles - mostra como nasciam, viviam e morriam as brasileiras no passado e o mundo material e simbólico que as cercavam. Percebendo a história das mulheres como algo que envolve também a história das famílias, do trabalho, da mídia, da literatura, da sexualidade, da violência, dos sentimentos e das representações, o livro abarca os mais diferentes espaços (campo e cidade, norte e sul do país) e extratos sociais (escravas, operárias, sinhazinhas, burguesas, donas de casa, professoras, bóias-frias). Também não se contenta em apenas de separar as vitórias e as derrotas das mulheres, mas derruba mitos, encoraja debates, estimula a reflexão e coloca a questão feminina na ordem do dia. Sucesso de público e de crítica, HISTÓRIA DAS MULHERES NO BRASIL já chegou a 20 mil exemplares vendidos, além de ter ganho os prestigiados prêmios Jabuti e Casa Grande e Senzala.
História das relações de gênero é uma exploração fascinante do que ocorre com as ideias estabelecidas sobre homens e mulheres quando sistemas culturais distintos entram em contato. Valendo-se de uma grande variedade de exemplos, da pré-história ao século XXI, e abarcando diferentes sociedades, da China às Américas, da África ao norte da Europa, passando por Oriente Médio, Rússia, Japão e Austrália, o historiador Peter N. Stearns delineia o quadro dos encontros culturais internacionais mais significativos e seus efeitos sobre as relações de gênero. O impacto do islamismo e das práticas de gênero do Oriente Médio na Índia e na África subsaariana; o resultado dos contatos da China com a condição feminina entre japoneses e mongóis; a influência colonial européia na América, Índia, África e Oceania; o impacto das ações internacionais no Oriente Médio; e os efeitos da atuação de organizações internacionais e do consumismo global são alguns dos assuntos discutidos neste livro.
Vivemos, hoje, em um mundo interconectado, com muitas tecnologias de comunicação e informação, onde os seres humanos desenvolvem não apenas a sua existência concreta e cotidiana, mas também uma vida virtual oferecida pela Internet e outros recursos. Chegamos a este fascinante e complexo mundo – cujas paisagens mais recorrentes são habitadas por computadores, celulares, dispositivos eletrônicos e intermináveis fluxos de informação e comunicação– através de uma revolução digital que ocorreu há algumas décadas e que mostra a sua continuidade através de uma sempre acelerada renovação tecnológica. Como a Sociedade Digital interage com a História, seja esta compreendida como o próprio fluxo de processos e acontecimentos, seja esta a História elaborada pelos historiadores? Quais os novos desafios dos historiadores que vivem na sociedade digital e que precisam interagir com ela, valendo-se dos novos dispositivos e produzindo pesquisas históricas que serão lidas ou apreendidas audiovisualmente por vários tipos de públicos? Quais as novas tarefas sociais para os historiadores que convivem com esta sociedade que é ao mesmo tempo de informação e desinformação? Como lidar com as novas fontes e objetos históricos oferecidos pelo ciberespaço e pelas diversas redes sociais, ou com os novos meios de expressão proporcionados por plataformas como a do YouTube? Como utilizar, de maneira produtiva e séria, recursos como a Wikipédia? Como incorporar, por fim, novos aplicativos para aprimorar a pesquisa historiográfica? Este livro discute possíveis respostas para estas perguntas e muitas outras, esclarecendo as diversas relações possíveis entre a História e a Sociedade Digital.
A atitude descrente é um componente fundamental, original, necessário e, portanto, inevitável em qualquer sociedade. Por isso tem obrigatoriamente um conteúdo positivo, e não se reduz unicamente à não crença. [...] É uma posição que acarreta escolhas práticas e especulativas autônomas, que tem portanto sua especificidade e sua história.
Este livro reúne uma ampla gama de textos sobre a história do câncer no Brasil, apresentando contribuições que discutem desde a história das políticas públicas de saúde até o processo de especialização médica relacionado ao câncer. Assim, apresenta ao público acadêmico e não-especializado diferentes aspectos da história de conhecimentos, práticas e políticas desenvolvidos com o intuito de diminuir o impacto do câncer na população brasileira. — Luiz Antonio Teixeira e Luiz Alves Araújo Neto Nas últimas décadas, o câncer tem ocupado um lugar mais importante na agenda da medicina e da saúde pública brasileira, sobretudo devido aos desafios representados por esse conjunto de doenças. A parceria entre a Casa de Oswaldo Cruz/FIOCRUZ e o Instituto Nacional de Câncer (INCA) resultou em uma série de trabalhos que buscaram investigar a história dos conhecimentos, práticas e políticas referentes ao controle do câncer no Brasil no século XX. Em um primeiro momento dedicado à história institucional do INCA e à trajetória das políticas públicas na área oncológica, a agenda de pesquisa foi diversificada para estudos sobre câncer e gênero, tecnologias médicas e especialização em câncer, organizações locais para o combate à doença, entre outros pontos. Neste livro, reunimos alguns dos trabalhos desenvolvidos por pesquisadores e pesquisadoras nos últimos quinze anos, apresentando um balanço geral da produção sobre história do câncer no Brasil e indicando caminhos para pesquisas futuras.
Nesta obra, Vigotski coloca o problema geral do desenvolvimento mental da criança no contexto das relações entre os processos biológicos e sociais, naturais e históricos, inatos e culturais, isto é, no contexto em que, mesmo atualmente, os vários problemas permanecem não resolvidos definitivamente. Nessa colocação sobre o problema, Vigotski não o vê como um aspecto especial no estudo do problema do desenvolvimento mental da criança, mas como objeto geral da pesquisa, o estudo das funções mentais superiores. Pode-se dizer que os processos biológicos, naturais, inatos, verdadeiros pertencem às funções mentais inferiores e que os processos culturais, históricos, sociais pertencem aos processos mentais superiores.
A historiografia tradicional sobre a parte meridional da América lusa tinha como seu viés explicativo predominante a história militar e a história política tradicional, centrada nos homens ilustres e seus grandes feitos. Nesse contexto, pouca atenção era dada para a configuração da sociedade que surgiu com o avanço colonial dos séculos XVII e XVIII, fortemente marcado pelo escravismo e pela presença das populações indígenas. O conjunto de textos que compõem este livro pretende apresentar as contribuições mais representativas dos novos estudos realizados sobre o que aqui denominamos de Extremo Sul, conceito que abrange o atual território do Rio Grande do Sul, mas também a Colônia do Sacramento e Santa Catarina, durante a época moderna, anterior à formação dos Estados nacionais na América ibérica. Nos doze textos reunidos nesta obra, abriu-se espaço para a ação de sujeitos outrora pouco representados na escrita da história da América meridional. Neste livro, destacamos a participação de indígenas, africanos e seus descendentes escravizados, traficantes e contrabandistas, conquistadores e povoadores, lavradores e pequenos posseiros na construção dessa fronteira meridional.
"O longo processo de transição política desde a ditadura no Brasil, foi marcado por uma crescente busca de visibilidade e cidadania. Desde então, passaram-se 40 anos de lutas e de história. O movimento homossexual tornou-se LGBT. Proliferaram-se os coletivos e grupos organizados, diversificaram- se as identidades, multiplicaram-se as formas de luta, conquistaram-se direitos e reconhecimento, construíram-se políticas públicas, realizaram-se os maiores atos de rua desde as ""Diretas Já"" com as Paradas do Orgulho LGBT e ocuparam-se as redes sociais e as tecnologias com novos ativismos. O livro ""História do Movimento LGBT no Brasil"" busca reconstruir alguns temas e momentos privilegiados da história de quatro décadas deste importante ator político do Brasil contemporâneo, atentando para a diversidade de sua composição e de perspectivas no interior do movimento. Pretende-se, assim, contribuir para traçar um panorama interdisciplinar dos 40 anos do movimento LGBT brasileiro."
Nas célebres análises de Michel Vovelle, François Lebrun, Pierre Chaunu, Philippe Ariès, John MacManners, dentre outros, sobre a morte nos tempos de outrora, existe uma grande ausência: a morte voluntária. No presente livro, Georges Minois realiza um voo de amplo alcance, debruçando-se sobre farta documentação, para tentar ampliar nosso arsenal argumentativo sobre um dos últimos tabus do nosso tempo.
Em História dos jovens no Brasil os autores dirigem seu olhar para o passado para melhor compreender nosso tempo e a sociedade de que somos parte, produto e testemunho. E nosso passado é fundamental: raízes, heranças e permanência estão lá. Não se pode imaginar que escravidão, repressão, ditadura, cultura de massas não tenham nada a ver com a contemporaneidade. Pelo contrário: eles demonstram que nossa “modernidade” é habitada pela recorrência não apenas de problemas e diagnósticos, mas também de soluções que nos foram legadas. Para entender e caminhar ao lado dos jovens de hoje, História dos jovens no Brasil propõe que ouçamos os jovens do passado.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.