Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Desde meados dos anos 80, o Brasil enfrentou, com sucesso ímpar, a construção de um dos maiores, e mais complexos, sistemas públicos e universais de saúde, o SUS, implementado ao longo de mais quinze anos. Um sistema nacional e simultaneamente descentralizado pelas unidades estaduais e municipais da Federação. Tal movimento de construção institucional não foi desafiante tão somente na sua realidade; desafia mais ainda, e até hoje, os estudiosos de políticas públicas que pretendem dar conta desta realidade. É esse o desafio que a autora enfrenta com inteligência e brilho neste livro.
O livro “Desse jeito não mais! Trabalho doente e sofrimento mental” trata de como a desregulamentação do trabalho contemporâneo afeta negativamente as relações pessoais e sociais. Demonstra como esse aumento exponencial da exploração, da precarização e do autoritarismo na gestão resulta também em sofrimento mental. Investiga a relação entre degradação do trabalho e enfermidades, entre as quais o suicídio. O livro relata, ainda, estratégias de resistência à demonização do trabalho e dos/as trabalhadores/as. Experiências locais, sindicais e intersetoriais que demonstram a possibilidade e a necessidade de se lutar contra a desigualdade, em defesa do meio ambiente e do trabalho saudável.
Este dicionário contempla cinquenta e nove verbetes ligados a conceitos ou categorias que permitem entender o fenômeno da financeirização e/ou que representam mediações que ajudam a examinar o desenvolvimento da dominância financeira e a inserção neste regime de empresas e grupos empresariais do setor saúde.
O uso de fármacos é um dos pilares da medicina. As drogas são produtos importantes não só pelos fins terapêuticos, mas também simbólicos basta pensarmos no surgimento da pílula ou dos remédios para disfunção erétil e, evidentemente, econômicos. Por trás do surgimento de cada remédio há uma história e também uma combinação de fatores: novas tecnologias, mudanças geopolíticas, questões culturais, sorte. É o caso, por exemplo, dos tranquilizantes: descobertos por acidente por um químico que investigava conservantes de penicilina, foram lançados comercialmente na década de 1950 e se tornaram moda em Hollywood, pavimentando o caminho para antidepressivos e outros fármacos. Thomas Hager parte do ópio, a planta da alegria usada pela primeira vez há 10 mil anos, para narrar o impacto que dez drogas exerceram e seguem exercendo no mundo. Assim, acompanhamos de perto a descoberta das vacinas, e como elas eliminaram a mais letal doença que já atingiu a humanidade (a varíola), passando também pelo primeiro remédio para sífilis, que causou uma verdadeira revolução nos costumes da época, e pelo desenvolvimento dos antipsicóticos, que esvaziaram hospitais psiquiátricos e transformaram nosso entendimento sobre a mente humana. A partir dessas dez drogas, o premiado autor coloca em perspectiva séculos de avanços científicos, ao mesmo tempo que conta uma história recheada de curiosidades sobre as substâncias que são parte de nossa vida.
Em nossos modernos CTIs, a morte, antes vista como acontecimento irrevogável, passa mais claramente à ordem dos processos, cuja duração, intensidade e conseqüências são administradas ou reguladas segundo critérios e valores muitas vezes não explicitados. Mediante um estudo de caso, a autora aborda a organização social dos centros de tratamento intensivo; os dramas éticos envolvendo profissionais da saúde, pacientes e familiares; e, finalmente, a emergência de um novo especialista, o intensivista.
Em 2013 a Associação Brasileira de Saúde Mental (abrasme) realizou o primeiro fórum de Direitos Humanos e Saúde Mental. A inversão dos termos foi uma tomada de posição importante e consciente, que ressignificou todo o campo e interface entre os temas dos Direitos Humanos e da Saúde Mental. Anteriormente se falava em Saúde Mental e Direitos Humanos, o que priorizava ou direcionava para o entendimento e a realização de ações como do cuidado e da atenção aos sujeitos, defendendo o direito à liberdade e à dignidade da vida, lutando contra as variadas formas de violência pelas quais as pessoas em situação de vulnerabilidade são submetidas.
Este é um trabalho colaborativo que, tendo envolvido professores, pesquisadores, profissionais de saúde e estudantes de pós-graduação das áreas de saúde coletiva e saúde da família e comunidade, resultou em nove artigos. Os autores partem de suas práticas de formação para refletir acerca da interface entre Educação e Saúde em suas múltiplas e complexas dimensões. Os artigos aqui apresentados nos aproximam de realidades em rápida transformação enquanto buscam analisar o cotidiano das práticas em saúde e as relações complexas que as condicionam e determinam. As interfaces entre Educação e Saúde visam estabelecer como meta a construção de sujeitos e de projetos transformadores da sociedade. Dessa forma, a educação produzida no âmbito da Atenção Primária, nos serviços de saúde e inserida no Sistema Único de Saúde (SUS), consolida práticas de educação dirigidas aos problemas reais da sociedade e suas instituições por meio de práticas inter-transdisciplinares articuladas em cenários interprofissionais e interculturais.
Este libro presenta una investigación sobre la boca humana, los órganos bucales vinculados al lenguaje, al placer y a la subsistencia. Este estudio pretende comprender el surgimiento y la estructuración de la disciplina que lo hegemoniza fuertemente, y a la cual estamos acostumbrados a demandar frente a las necesidades de reparación del desgaste que sufre en los actos, y por los actos, de la vida cotidiana.
Ao expor a natureza e a força da agenda articulada de empresas, empresários da saúde e de suas entidades representativas, com o propósito de influenciar a formulação de políticas públicas, esta obra de Ialê Falleiros é fundamental para compreender as relações entre público e privado no sistema de saúde no Brasil no século XXI. Trata-se de contribuição relevante para o debate esclarecido sobre impasses contemporâneos que ameaçam a consolidação do Sistema Único de Saúde. (Mário Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo)
O Hospital São Paulo foi fundado como hospital escola da EPM em 1936, como parte de uma Sociedade Civil sem fins lucrativos e de caráter filantrópico que recebia a população não protegida pela previdência social. O fio condutor deste livro foram os números, em busca das origens e dos caminhos dos recursos para o financiamento do Hospital e do ensino de clínicas da EPM, mas também se fez necessário observar os lugares da política paulista, seus diálogos com os diversos brasis, suas fabulações acerca da “singularidade” da história dos paulistas e as tensões evidentes nos espaços da Escola e do Hospital entre o que se chama de público e o que se considera privado, salientando-se os limites e articulações entre essas duas esferas no cotidiano das vidas de seus personagens. Neste livro, o financiamento das ações de saúde desenvolvidas por um hospital filantrópico, o Hospital São Paulo, gerido pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), é estudado de maneira a evidenciar que o conjunto das leis que vem legitimando e estruturando as práticas filantrópicas no Brasil do século XX criou distorções que incidem negativamente sobre hospitais, como HSP. que atendem, majoritariamente o público chamado de "indigente", antes da criação do SUS, e aos cuidados que utilizam o SUS após após a constituição de 1988. Entre a fundação da EPM em 1933, do seu Hospital escola em 1936, a federalização da Escola em 1956, a manutenção do Hospital como privado e filantrópico sob gestão da SPDM e responsável por acolher o ensino de clínicas da Escola, muitas trilhas históricas que permitem, também, discutir as escolhas políticas feitas em saúde pública no Brasil.
Ao apresentar sua política para atenção integral de usuários de álcool e outras drogas, alocando a questão das drogas como problema de saúde pública e indicando o paradigma da redução de danos nas ações de prevenção e tratamento, o Ministério da Saúde produziu uma fissura no saber estabelecido sobre o cuidado de usuários de álcool e outras drogas no Brasil. Essa fissura abriu uma via para novas práticas clínico-institucionais com usuários de drogas. Os textos presentes neste livro indicam o esforço de diversos profissionais em cuidar dessa clientela a partir do paradigma da atenção psicossocial, apesar das inúmeras “pedras” encontradas nesse caminho. Essas pedras se tornaram desafios que instigam ao trabalho e fomentaram elaborações sobre abordagens clínicas, a organização de serviços e da rede de cuidados, a formação de profissionais, o diálogo com a sociedade, entre outros temas tratados neste livro.
"Caminante no hay camino, se hace camino al andar. Al andar se hace camino y al volver la vista atrás se ve la senda que nunca se ha de volver a pisar" (Antonio Machado) E que seria dos caminhantes e andantes pelas trilhas da saúde mental, se não pudéssemos ter valises, apontamentos, sinais que nos ajudassem a escolher onde pisar? Escrevendo o impossível: cadernos de um psicanalista na saúde mental, de Ricardo Azevedo Pacheco, é uma contribuição corajosa, viva, das andanças de um psicanalista pelas trilhas da saúde mental: suas agruras, seus percalços, suas belezas. Sem prescrições, Ricardo reflete sobre seus próprios caminhos, compartilha emoções e reflexões. Acompanhamos suas andanças quase como uma dança: são dois pra cá, dois pra lá. Estético, ético e político, um texto urgente para não desistirmos de sonhar. - Rosana Onocko Campos
O livro analisa os tipos de cuidados que recebem os sofredores psíquicos e suas famílias, usuários de serviços de saúde mental de uma comunidade urbana: o modelo de atenção é padronizador, condicionando e determinando comportamentos e desconsiderando a autonomia e a liberdade como elementos de expressão do sofrimento.
— O que você está fazendo? — Você não está vendo? Estou quebrando pedra. E continuou irritado. Há vários séculos, um viajante chegou ao canteiro de obras da Catedral de Notre-Dame. Aproximou-se e ficou observando o duro trabalho dos operários. — O que você está fazendo? História antiga citada por Jean Yves Leloup no livro “Terapeutas do deserto”: Mais adiante, junto a outro trabalhador, também exausto, perguntou: Diante de um deles, bem exausto, perguntou: Quais caminhos levam a tão grande diferença na forma de encarar os desafios desta construção? — Estou construindo uma maravilhosa catedral. E continuou com a fisionomia cansada, mas sorridente. Por que, para muitos trabalhadores de saúde, o rigor e os desafios do trabalho no SUS são encarados como se estivessem construindo uma grande catedral?
Neste premiado livro de estreia, a aclamada jornalista Rachel Aviv levanta questões fundamentais sobre como nos entendemos em momentos de crise e angústia. Movida por um profundo senso de empatia e por sua própria experiência de viver em uma ala hospitalar aos seis anos de idade, diagnosticada com anorexia, ela recupera a trajetória de pessoas que se depararam com os limites das explicações psiquiátricas sobre quem são.
Em um momento no qual tanto se debate os efeitos - físicos, mentais e coletivos - a longo prazo da pandemia de Covid-19 no Brasil e no mundo, analisar as condições e adoecimentos de longa duração se mostra ainda mais pertinente. O livro analisa a construção social das experiências com a doença crônica, os seus sentidos e significados sociais e culturais. A coletânea reforça a importância do papel das experiências subjetivas. Porém, o livro procura não se ater somente à perspectiva subjetivista da experiência para entender o vivido cotidianamente em relação ao adoecimento e a outras situações.
A inclusão das ações de saúde mental na atenção básica é uma diretriz da política pública nacional de saúde mental e constitui-se numa estratégia para a consolidação da reforma na área. Frente a isto, buscou-se conhecer como se dá esta inclusão em um grande centro urbano. Para tal, este estudo teve como objetivos analisar as estratégias desenvolvidas na cidade do Rio de Janeiro para a inclusão das ações de saúde mental na atenção básica por meio do conhecimento dos impasses e facilitadores como parte da política pública no município do Rio de Janeiro; e a identificação das tecnologias decuidado em saúde mental oriundas da articulação entre esta e a atenção básica. Realizou-se um estudo de caso, configurando-se numa pesquisa descritiva exploratória, de abordagem qualitativa. Como cenário, contou-se com dois grupos de serviços do município do Rio de Janeiro: os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) II e III e Unidades Básicas de Saúde. Foram entrevistados os diretores dessas unidades, bem como um gestor da atenção básica e um da saúde mental. Foi realizada pesquisa de campo, com entrevistas semi estruturadas e os dados foram analisados sob o referencial da análise de conteúdo. Para a apresentação dos resultados optou-se por organizar os achados em eixos considerados fundamentais para ainclusão das ações de saúde mental na atenção básica, sendo estes: equidade, integralidade, acesso, território e trabalho em rede. Quanto à articulação entre saúde mental e atençãobásica no município do Rio de Janeiro, identificou-se que diferentes são os arranjos e práticas implantadas tanto pelos CAPS quanto pelas unidades de atenção básica para promoverem o cuidado no território, caminhando no sentido da promoção de outras práticas de cuidado em saúde mental.
Farmacêuticos em Oncologia - uma nova realidade chega em sua 3ª edição integralmente revisto atualizado dando continuidade à sua excelente linha didática ou seja orientar farmacêuticos que atuam na central de quimioterapia cujo objetivo e desenvolver e integrar a farmacologia oncologia a oncologia.
A farmacologia é uma ferramenta importante na Odontologia. Seu papel tem destaque no controle da dor, da inflamação, dos processos infecciosos e da ansiedade. O avanço das Ciências da Saúde e a exigência dos nossos pacientes na qualidade do atendimento nos impulsionam cada dia mais, a estarmos atualizados em todos os ramos da Odontologia e, de maneira especial, na Farmacologia. Devemos estar preparados para a abordagem holística de nossos pacientes. Pessoas que usam diferentes fármacos, em diferentes condições procuram à assistência odontológica. Interações farmacológicas e reações adversas podem ocorrer. Conhecimentos que nos orientam na conduta em tais situações estão contidos na Farmacologia Básica.
Trata-se de publicação de referência técnico-científica na área farmacêutica. A obra estabelece requisitos de qualidade e segurança através de métodos, especificações, limites e procedimentos para o controle de insumos estratégicos em saúde, especialmente os medicamentos.
Farmácia clínica e atenção farmacêutica - contexto atual exames laboratoriais e acompanhamento farmacoterapêutico 2ª edição revista atualizada e ampliada insere-se na recomendação da organização mundial de saúde - OMS como pratica indispensável na relação paciente medicamento (WHO 2000).
Este livro representa um avanço no que diz respeito à ampliação da difusão dos resultados de trabalhos produzidos, no âmbito da formação profissional, e à potencialização da capacidade de translação do conhecimento nos serviços e na gestão do sistema de saúde.
A avaliação do desempenho tem sido uma ferramenta necessária ao exercício da gestão em saúde, e este livro trata de seus aspectos conceituais e metodológicos e de sua aplicação nos estudos relacionados à vigilância em saúde e ao controle de endemias. Avaliação de Desempenho das Intervenções de Saúde, em sua primeira parte, sintetiza a produção acadêmica decorrente da aplicação do Modelo EGIPSS. A segunda parte apresenta estudos de avaliação relacionados à incorporação de tecnologias, à implementação de diretrizes clínicas e à produção do conhecimento, destinados ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.