Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Implementar a promoção da saúde é uma tarefa dessa obra. As dficuldades vão desde a formação de profissionais qualificados até as demandas socioculturais vigentes. Nesse cenário, a reflexão e a proposição de caminhos possíveis para o enfrentamento desses desafios se tornam imprescindíveis. A obra que você tem em mãos é uma resposta a essas dificuldades. Reunindo um conjunto de estudos diversificados e que permite uma visão ampliada das principais discussões da área, este livro é fruto do trabalho conjunto de cinco programas de pós-graduação stricto sensu em promoção da saúde: Unasp, Ulbra, UniCesumar, Unifran e Unisc. Com argumentações sólidas e análises perspicazes, "Cenários contemporâneos da promoção da saúde" é uma obra que vai contribuir para a construção de ações e reflexões inovadoras e criativas sempre pautadas em princípios éticos e valores fundamentais como solidariedade, humanização, integralidade, equidade, justiça e inclusão social.
Este livro é composto por documentos que fazem uma revisão do dossiê científico e técnico contra o Projeto de Lei do Veneno (PL 6.299/2002) e a favor do Projeto de Lei que institui a Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNARA) da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO) e da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA) publicado em julho de 2018. Na edição atual, incluiu um esforço colaborativo das editoras Expressão Popular, Hucitec, Abrasco e Rede Unida.
O direito humano à saúde relaciona-se à cidadania plena e à igualdade. É a partir dessa perspectiva ampla e inegociável da concepção de saúde, que serve à garantia do respeito às diferenças e da redução das desigualdades, que a Editora Fiocruz lança Direitos Humanos e Saúde: reflexões e possibilidades de intervenção, livro que integra a coleção Temas em Saúde.
A privatização dos sistemas públicos de saúde é um fenômeno universal. O livro estuda esse fenômeno no Brasil, demonstrando como a privatização é uma forma sutil de dificultar o direito de acesso a atenção integral no SUS. Analisa os vários planos prejudicados pela renúncia governamental em assegurar o caráter de gestão pública do SUS. A privatização compromete o financiamento do sistema, impede a construção de política e de pessoal e ainda permeia a gestão cotidiana do sistema. A privatização, na realidade, é uma forma incremental e perversa de desconstrução do direito universal à saúde.
O livro reúne um conjunto diverso de estudos sobre diversidade sexual e de gênero, com uma seleção abrangente e inédita de trabalhos que marcam o conhecimento que se produziu sobre gênero e sexualidade nos últimos 20 anos nas ciências humanas, incluindo saúde coletiva, ciências sociais, direito, educação, psicologia e serviços sociais. Diante dos enfrentamentos colocados pelo cenário atual, os textos convidam à releitura das primeiras duas décadas deste século e apresentam uma abordagem acessível de temas que atingiram grande refinamento conceitual e analítico.
O livro traz a contribuição original de geógrafos, epidemiologistas, economistas, historiadores e arquitetos sobre as relações entre condições ambientais e situação de saúde. Aqui é ressaltado o papel do território como mediador entre os processos econômicos e sociais e também suas externalidades, materializadas no espaço geográfico na forma de intensas mudanças nas condições ambientais e suas conseqüências sobre o processo de saúde e doença.
"A obra Ambiente Alimentar: Saúde e Nutrição foi elaborada com o propósito de reunir evidências científicas que embasam a relação do ambiente com as oportunidades ou condições que influenciam as escolhas alimentares dos indivíduos e populações, bem como explorar com mais profundidade cada tipo de ambiente alimentar e sua influência no contexto alimentar e nutricional."
Esta coletânea traduz a trajetória política e conceitual de Paulo Amarante em sua vida profissional, servindo como referência para muitas pessoas que atuam na área da saúde mental, usuários dos serviços, familiares, técnicos, professores, pesquisadores e ativistas de defesa dos direitos humanos e da cidadania. As reflexões do autor contribuem para o permanente avanço da reforma psiquiátrica no Brasil, a qual ele compreende como um processo social complexo de base tanto para a formação crítica dos profissionais que atuam na área quanto para a clínica. Todo seu esforço pressupõe o ideário de que as pessoas que precisam desses serviços e profissionais sejam mais bem cuidadas e consideradas em seus direitos e em sua cidadania.
Este livro parte do pressuposto do esgotamento da reforma psiquiátrica e a integração de suas realizações na sociedade dos mercados, onde a saúde e os benefícios de segurança social são regidos pelo lucro privado e não pela solidariedade. Parte da necessidade, portanto, de uma reforma da Reforma Psiquiátrica, que já não poderá ser um processo deliberado no âmbito de um Estado do bem-estar, mas uma tarefa na contracorrente no horizonte de uma Sociedade do bem-estar.
Este livro de Cristiane Lemos representa um grande esforço de crítica. Admite o encantamento inicial da autora com a proposta e com a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde cuja prática lhe despertou, todavia, questões. Estas transformaram-se em perguntas de pesquisa para a sua tese de doutorado que, revisada e atualizada, agora é publicada em livro que tenho a satisfação de prefaciar. Nesta obra constata-se a retomada do marxismo na Saúde Coletiva para o enfrentamento do capitalismo na saúde. Questiona o projeto histórico da saúde pública no Brasil, confrontando o Sistema Único de Saúde (projeto da RSB) em relação ao projeto mercantilista (neoliberal) que concebe a saúde como mercadoria. Desse modo, analisa a formação profissional em saúde na sua vin- culação dialética ao tempo e processo histórico.
As acadêmicas feministas desenvolveram um esquema interpretativo que lança bastante luz sobre duas questões históricas muito importantes: como explicar a execução de centenas de milhares de 'bruxas' no começo da Era Moderna, e por que o surgimento do capitalismo coincide com essa guerra contra as mulheres. Segundo esse esquema, a caça às bruxas buscou destruir o controle que as mulheres haviam exercido sobre sua própria função reprodutiva, e preparou o terreno para o desenvolvimento de um regime patriarcal mais opressor. Essa interpretação também defende que a caça às bruxas tinha raízes nas transformações sociais que acompanharam o surgimento do capitalismo. No entanto, as circunstâncias históricas específicas em que a perseguição às bruxas se desenvolveu — e as razões pelas quais o surgimento do capitalismo exigiu um ataque genocida contra as mulheres — ainda não tinham sido investigadas. Essa é a tarefa que empreendo em Calibã e a bruxa, começando pela análise da caça às bruxas no contexto das crises demográfica e econômica europeias dos séculos XVI e XVII e das políticas de terra e trabalho da época mercantilista. Meu esforço aqui é apenas um esboço da pesquisa que seria necessária para esclarecer as conexões mencionadas e, especialmente, a relação entre a caça às bruxas e o desenvolvimento contemporâneo de uma nova divisão sexual do trabalho que confinou as mulheres ao trabalho reprodutivo. No entanto, convém demonstrar que a perseguição às bruxas — assim como o tráfico de escravos e os cercamentos — constituiu um aspecto central da acumulação e da formação do proletariado moderno, tanto na Europa como no Novo Mundo.
O decênio decisivo reúne, com grande rigor científico, uma quantidade imensa de dados que estão na fronteira do conhecimento acerca dos impactos das mudanças climáticas sobre a vida na Terra, apontando o futuro excruciante que virá caso não rompamos com os pilares do capitalismo contemporâneo, e elencando as possibilidades de ação imediata para evitar que a catástrofe seja ainda maior. Da leitura, depreende-se que o momento presente é o mais crucial de nossa história como espécie, pois é agora que decidiremos, coletivamente, as chances de sobrevivência do projeto humano.
Este livro é um guia prático e acessível para a coleta de dados qualitativos que vai além do foco tradicional em entrevistas presenciais. Enfatiza uma série de métodos textuais, midiáticos e virtuais que permitem interessantes mudanças nos métodos estabelecidos e requerem recursos menos intensos, oferecendo assim ao pesquisador técnicas alternativas para a coleta de dados. Dividido em três partes textual, midiática e virtual, o livro apresenta uma orientação gradual sobre métodos subutilizados na pesquisa qualitativa e oferece pontos de vista novos e interessantes para técnicas amplamente usadas.
Este livro é resultado de uma mobilização intensa da sociedade civil organizada, em resposta às tentativas do parlamento brasileiro de liberar atividades econômicas na Amazônia sem consulta prévia à sociedade e aos povos afetados, violando, assim, direitos constitucionais e acordos internacionais. Com a participação de pesquisadores, professores universitários, juristas, representantes do Ministério Público Federal, de organizações da sociedade civil de interesse público e organizações não governamentais, assim como de lideranças indígenas e comunitárias, buscou-se sistematizar diferentes olhares acerca das consequências reais e potenciais de projetos de lei em tramitação no congresso nacional sobre a saúde das populações do campo, da floresta e das águas e sobre o ecossistema amazônico. Visando compartilhar com a sociedade nacional evidências que revelam a gravidade dos impactos provocados à saúde e à organização social das populações tradicionais que vivem na Amazônia, bem como os danos provocados pela expansão econômica desenfreada sobre a região e suas consequências para a manutenção da vida no planeta, o grupo de pesquisa "Ambiente, Diversidade e Saúde" da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) organizou esta coletânea chamando atenção para as ameaças que pairam sobre as futuras gerações no Brasil e no mundo.
Apresenta um panorama atualizado sobre o impacto da violência na saúde pública. Examinam-se as tendências das produções científicas sobre o assunto e busca-se conceituar o tema em seus aspectos filosóficos, teóricos, sociais e culturais. Analisam-se também a mortalidade por causas externas no Brasil, a morbidade por envenenamento e as diferentes formas de violência, assim como a relação entre drogas e violência e entre mídia e violência. Obra que traz contribuição tanto para os envolvidos com a saúde coletiva, a sociologia, a antropologia e a segurança pública como para os formuladores e gestores das políticas públicas.
O livro traz idéias que representam estudos desenvolvidos pelas autoras há algum tempo, no âmbito da área ‘trabalho e educação e as relações com a saúde. Tais idéias são analisadas tendo por base o contexto histórico e político brasileiro, com o propósito de situar o leitor quanto às políticas de educação profissional implementadas no Brasil, diante de sua inserção no modelo capitalista de produção. A partir da análise sobre a educação profissional em saúde no país, as autoras evidenciam a existência de uma disputa do caráter do processo educativo adotado nesse campo. De um lado, a concepção da formação como maneira de adaptação do trabalhador às condições existentes no sistema capitalista, de outro, um projeto contra-hegemônico que objetiva a formação dos trabalhadores de modo a utilizar os espaços gerados pelas contradições do sistema capitalista.
Nesta obra, as autoras debatem questões como as relações de poder, a prática comunicativa e os princípios do SUS. “Queremos que você leia o livro e desenvolva suas reflexões tendo em pauta dois grandes parâmetros para pensar o tema comunicação e saúde”, a
Este livro é produto do relatório final da Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde, que desenvolveu uma série de atividades voltadas para a produção de conhecimento e informação sobre os determinantes sociais da saúde no Brasil. A Comissão
Este livro é um relato de uma pesquisa que envolveu dois anos de trabalho, uma parceria muito intensa com a Secretaria Municipal de Saúde de Campinas/SP e com os trabalhadores dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Por tanto, apresenta este livro uma tarefa coletiva, de muitos, que enfrentaram o desafio de desenvolver uma pesquisa avaliativa.
A autora usou o direito à saúde para nos relatar uma história do Sistema Único de Saúde. Não se trata de uma narração de peripécias historiográficas. Ela não fez reconstituição sistemática de eventos. Nada disso. Falou-nos do modo concreto como diretrizes gerais inscritas na Constituição Brasileira vieram passando à prática. Demonstrou como distintos sujeitos coletivos reinterpretam as mesmas leis, segundo seus interesses e conveniências.
´Saúde e Sociedade, originalmente a tese denominada ´Medicina e estrutura social - o campo da emergência da medicina comunitária´, procurou desenvolver um quadro teórico mais preciso sobre a medicina comunitária, que deveria ser entendida como projeto de organização da prática médica, para uma modalidade particular de articulação entre as diferentes agências e instituições encarregadas das práticas de saúde, bem como com os grupos sociais aos quais as práticas de saúde são destinadas. Este livro compõe-se das partes - Medicina e estrutura social; Medicina Comunitária; Um novo objeto e uma nova estratégia.
É possível apreender cientificamente a discriminação? Que desafios complexos devem ser enfrentados nesta iniciativa? Para responder a estas perguntas, são necessárias estratégias metodológicas capazes de identificar e medir a discriminação. Apresentar as ferramentas disponíveis e discutir suas potencialidades e limitações são os objetivos deste livro. “Há vasta literatura que documenta a influência deletéria de processos discriminatórios na relação estabelecida entre profissionais de saúde e pacientes, na prescrição de tratamentos medicamentosos ou de outros procedimentos cirúrgicos e terapêuticos, assim como na própria satisfação dos usuários com o atendimento prestado”, afirmam os autores. Eles apresentam o tema em perspectiva histórica, desde antes da década de 1920 até os dias atuais. Também descrevem os principais métodos hoje utilizados para mensurar a discriminação, como experimentos laboratoriais; experimentos de campo; análises de dados observacionais e experimentos naturais; e análise de indicadores. Sublinham as peculiaridades do contexto brasileiro e chamam atenção, por exemplo, para casos em que os tratamentos injustos estão tão internalizados que discriminadores e discriminados não identificam aquelas situações como problemáticas, considerando-as normais e naturais.
Vencer o desafio de gerir o SUS de maneira compartilhada e organizar as regiões de saúde para que a descentralização não fragmente o sistema é o tema principal desta obra. A autora enfrentou esse desafio buscando garantir sustentação para a sua teoria de
Destaca a temática das identidades religiosas, relacionando-as a um panorama que engloba as diferentes classes sociais e suas representações, as formas de organização e mobilização social no campo e na cidade e a atuação das políticas públicas em áreas como a segurança e a saúde.
O livro Transversalidade Epistemologica da Saude Coletiva: Saberes e Praticas proporciona ao leitor a possibilidade de ampliar, de forma inovadora a analise de multiplos temas de reflexao e de pesquisa, a partir de variados e criativos enfoques epistemologicos, acerca do complexo campo da saude coletiva. Livro dividido em uma introducao e mais treze capitulos sendo que muitos deles sao frutos de teses e dissertacoes pautadas na abordagem teorica da fenomenologia e da hermeneutica.
Ao deslocar o foco da atenção do hospital para os serviços de abordagem comunitária, o movimento da Reforma Psiquiátrica tem proporcionado, desde a década de 1980, uma série de avanços, mas também muitos desafios. Superar o aparato manicomial exige a consolidação de outras formas de lidar com o sofrimento psíquico. Exige, portanto, que os profissionais de saúde mental estejam preparados para oferecer um tipo de cuidado diferenciado. Entre esses profissionais, destaca-se o trabalhador de nível médio, que desempenha um papel de ligação fundamental entre o serviço, o paciente, sua família e a comunidade. O objetivo desta coletânea é contribuir para a formação e a capacitação desses trabalhadores. Os transtornos mentais são abordados em uma dimensão ampla ao longo do livro, que aborda temas como políticas de saúde e de saúde mental no Brasil, saúde mental na atenção básica, estratégias de intervenção e terapêuticas.
A qualidade do espaço público é a espinha dorsal de uma cidade sustentável. Ruas maravilhosas, lugares nos quais você intuitivamente queira passar mais tempo, interação de escala humana entre os prédios e ruas, apropriação pelos usuários, placemaking e bons plinths (andares térreos ativos) e uma abordagem voltada para as pessoas, baseada nas experiências do usuário .
Em um momento de discussão sobre a maioridade penal no país, bem como de divulgação de dados do Ministério da Justiça mostrando que quase metade da população carcerária nem sequer foi julgada, um livro sobre a garantia do direito à saúde das pessoas privadas de liberdade torna-se bem-vindo. O livro é fruto de uma pesquisa avaliativa com variados segmentos da comunidade prisional – trabalhadores, administradores, visitantes e, inclusive, ex- presidiários – ao longo de mais de um ano, cujos resultados subsidiaram a formulação da atual Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional. O autor destaca o papel da proteção à saúde no SUS em um cenário marcado por superlotação e insalubridade, para além da prevenção de doenças ou mesmo da promoção e recuperação da saúde. Essa obra pioneira sobre saúde penitenciária no Brasil demonstra a importância da intersetorialidade na construção de políticas públicas.
A declaração da Assembleia Geral da ONU de 2010 denuncia grave violação de um direito humano essencial: grande parte da população do mundo vive em condições precárias de acesso a bens e serviços essenciais. Esse quadro poderia ser minimizado e até evitado se fosse possível oferecer saneamento básico a todos. Neste livro, quatro profissionais atuantes nas áreas de engenharia sanitária e saúde ambiental propõem um novo olhar sobre a tríade ‘desenvolvimento, ambiente e saúde’, com o objetivo de formular estratégias inovadoras para garantir o acesso mais amplo ao saneamento. Fatores como o modo de vida da população, as condições socioeconômicas e a cultura servem de base na busca por soluções capazes de combinar tecnologia e gestão sociocultural. “O modelo de gestão deve ser adequado à tecnologia utilizada e às características socioculturais da população. Não é mais aceitável, como tem sido corrente, a imposição de soluções que, por não considerarem a coerência com a cultura e as condições de habitabilidade das pessoas, geram ônus de manutenção para as mais pobres.”, destacam os autores no texto de apresentação do livro.
Essa obra foi elaborada com o intuito de transmitir aos que dela fizerem uso o conhecimento necessário para compreender a amplitude e a importância das ações das vigilâncias epidemiológica e sanitária, que, unidas, podem proporcionar grandes melhoria s à saúde da nossa população, além de despertar a necessidade de cada cidadão de exercer a cidadania por meio da própria fiscalização diária dos alimentos a serem ingeridos e de todos os produtos utilizados.
Um grande xamã e porta-voz dos Yanomami oferece neste livro um relato excepcional, ao mesmo tempo testemunho autobiográfico, manifesto xamânico e libelo contra a destruição da floresta Amazônica. Publicada originalmente em francês em 2010, na prestigiosa coleção Terre Humaine, esta história traz as meditações do xamã a respeito do contato predador com o homem branco, ameaça constante para seu povo desde os anos 1960. A queda do céu foi escrito a partir de suas palavras contadas a um etnólogo com quem nutre uma longa amizade - foram mais de trinta anos de convivência entre os signatários e quarenta anos de contato entre Bruce Albert, o etnólogo-escritor, e o povo de Davi Kopenawa, o xamã-narrador. A vocação de xamã desde a primeira infância, fruto de um saber cosmológico adquirido graças ao uso de potentes alucinógenos, é o primeiro dos três pilares que estruturam este livro. O segundo é o relato do avanço dos brancos pela floresta e seu cortejo de epidemias, violência e destruição. Por fim, os autores trazem a odisseia do líder indígena para denunciar a destruição de seu povo. Recheada de visões xamânicas e meditações etnográficas sobre os brancos, esta obra não é apenas uma porta de entrada para um universo complexo e revelador. É uma ferramenta crítica poderosa para questionar a noção de progresso e desenvolvimento defendida por aqueles que os Yanomami - com intuição profética e precisão sociológica - chamam de "povo da mercadoria"
Esta nova edição de "Pesquisa Social: teoria, método e criatividade" foi preparada em novo formato para integrar a série Manuais Acadêmicos, recém lançada pela Editora Vozes, com o intuito de continuar servindo de referência para os estudantes de graduação na construção de sua monografia e na sua introdução ao campo fascinante da pesquisa social e das abordagens qualitativas.
Um livro que "oferece um panorama das mudanças, tendências e desafios atuais para a gestão pública e para as políticas públicas. E mais: que identifica categorias de análise relevantes para se entender a configuração do Estado, a atuação do governo e suas consequências sobre a sociedade. Assim pode ser definida esta coletânea, cujos capítulos, apesar de suas singularidades, giram em torno de princípios comuns, como a reafirmação do Estado e de sua centralidade na produção de políticas públicas para o desenvolvimento, o bem-estar e a equidade. Outro tema comum, que perpassa todos os capítulos, é a necessidade de melhoria da gestão pública e de reestruturação das capacidades estatais. Entre elas, destaca-se a recuperação (ou construção) da capacidade regulatória e de coordenação dos diversos atores, públicos e privados, que participam da produção de serviços públicos, de modo a superar a fragmentação das ações públicas. Reunindo desde reflexões teóricas mais gerais até estudos empíricos e casos concretos, o livro demonstra como o campo das políticas públicas e o subcampo da gestão pública estão intrinsecamente conectados a desafios contemporâneos, como o enfrentamento da pobreza e da desigualdade, e a promoção de condições para o desenvolvimento sustentável.
Apresenta aspectos da sociedade contemporânea que influenciam o cuidado em saúde, questionando se é possível identificar a saúde com uma prática desumanizadora. Para analisar esta questão, o autor utiliza a categoria marxista de alienação, como a não correspondência entre o desenvolvimento das capacidades humanas do gênero humano e sua manifestação no plano dos indivíduos e coletividades concretas. Ele afirma que a humanização dos sujeitos resulta da sua inserção e ação transformadora sobre a realidade e, analisando criticamente os fenômenos de saúde-doença, entende que as práticas de saúde são simultaneamente humanizadoras e desumanizadoras. O livro convida a refletir sobre qual é o objeto do trabalho em saúde, se é a própria saúde, a doença ou a pessoa. Discute também a determinação social do processo saúde-doença e as manifestações da medicalização na sociedade. Aborda ainda o aumento de doenças entre os trabalhadores da saúde e sua inserção no capitalismo, a relação entre profissionais e usuários e o papel - por vezes contraditório - da tecnologia nos serviços.
A publicação pretende ser mais um meio de visibilizar as resistências que se tecem na relação entre grupos sociais e grupos acadêmicos para o enfrentamento de conflitos ambientais: existimos e resistimos, ao questionar epistemes, experimentar possibilidades outras na formação de pessoas e na construção de conhecimentos, e ao recriar a relação universidade-sociedade, alimentados por outros sentidos.
As mudanças ocorridas durante a década de noventa decorrentes da crise dos sistemas de proteção social em todo o mundo pautaram os governos dos Estados nacionais para repensar a forma de gestão dos serviços sociais com vistas à redução dos investimentos. Métodos gerenciais que indicavam o enxugamento dos custos com as políticas de proteção social foram apontados como alternativa em países que vivenciaram o Welfare state em estágio avançado, e o Brasil não foi indiferente a isto. No campo das políticas de saúde, as organizações sociais foram alternativas aplicadas como forma de gestão aos equipamentos públicos de saúde. No ápice do período neoliberal brtasileiro as organizações sociais de saúde multiplicaram-se. Decorrente de uma reforma do aparelho do Estado, os serviços de saúde foram os primeiros a implantar tal alternativa como método de gestão. Neste livro, analisamos, sob a perspectiva da saúde, os custos para o setor público da saúde, após mais de duas décadas de implantação das organizações sociais de saúde no Brasil. Sob uma perspectiva histórica, a partir da conquista dos direitos sociais, apresentamos análises derivadas de estudos e pesquisas sobre a gestão do sistema de saúde brasileiro.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.