Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
O Hospital São Paulo foi fundado como hospital escola da EPM em 1936, como parte de uma Sociedade Civil sem fins lucrativos e de caráter filantrópico que recebia a população não protegida pela previdência social. O fio condutor deste livro foram os números, em busca das origens e dos caminhos dos recursos para o financiamento do Hospital e do ensino de clínicas da EPM, mas também se fez necessário observar os lugares da política paulista, seus diálogos com os diversos brasis, suas fabulações acerca da “singularidade” da história dos paulistas e as tensões evidentes nos espaços da Escola e do Hospital entre o que se chama de público e o que se considera privado, salientando-se os limites e articulações entre essas duas esferas no cotidiano das vidas de seus personagens. Neste livro, o financiamento das ações de saúde desenvolvidas por um hospital filantrópico, o Hospital São Paulo, gerido pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), é estudado de maneira a evidenciar que o conjunto das leis que vem legitimando e estruturando as práticas filantrópicas no Brasil do século XX criou distorções que incidem negativamente sobre hospitais, como HSP. que atendem, majoritariamente o público chamado de "indigente", antes da criação do SUS, e aos cuidados que utilizam o SUS após após a constituição de 1988. Entre a fundação da EPM em 1933, do seu Hospital escola em 1936, a federalização da Escola em 1956, a manutenção do Hospital como privado e filantrópico sob gestão da SPDM e responsável por acolher o ensino de clínicas da Escola, muitas trilhas históricas que permitem, também, discutir as escolhas políticas feitas em saúde pública no Brasil.
Em 2013 a Associação Brasileira de Saúde Mental (abrasme) realizou o primeiro fórum de Direitos Humanos e Saúde Mental. A inversão dos termos foi uma tomada de posição importante e consciente, que ressignificou todo o campo e interface entre os temas dos Direitos Humanos e da Saúde Mental. Anteriormente se falava em Saúde Mental e Direitos Humanos, o que priorizava ou direcionava para o entendimento e a realização de ações como do cuidado e da atenção aos sujeitos, defendendo o direito à liberdade e à dignidade da vida, lutando contra as variadas formas de violência pelas quais as pessoas em situação de vulnerabilidade são submetidas.
Aborda-se a especificidade da institucionalização das ciências sociais e saúde no Brasil no âmbito das escolas médicas, saúde pública / medicina social, os perfis de seus profissionais e o trabalho de seus intelectuais no ensino e na pesquisa, nas três últimas décadas do século XX.Assume-se que as ciências sociais e saúde não são um campo autônomo de conhecimento às ciências sociais e humanas, uma vez que incorpora os seus paradigmas para aproximar-se dos fenômenos saúde, doença, vida e morte. Tais fenômenos integram-se concomitantemente à experiência humana e aos processos sociais, políticos, econômicos e culturais, suscitando reflexões mais amplas. Na sociedade contemporânea eles se tornaram questão social, direto do cidadão e objetos das intervenções do Estado.
Este livro narra os movimentos de Eaprender e ensinar de profissionais, alunos e professores dos cursos de Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Medicina, Nutrição, Odontologia, Psicologia e Serviço Social proporcionados pelo Pet-Saúde/UFF. Uma construção de saberes elaborada no coletivo, tendo como cenário os serviços de saúde, e não apenas a grade de disciplinas e conhecimentos específicos de cada núcleo profissional. O desafio proposto consiste na experiência como campo privilegiado de conhecimento, incluindo como elemento pedagógico os conflitos e problemas do cotidiano, como dispositivos para a formação, além da aposta na possibilidade de construção de um trabalho pautado na necessidade do sujeito, no trabalho colaborativo, que escapa da formação centrada no núcleo de saber de um único profissional.
O livro destina-se a profissionais de serviços e instituições de saúde, principalmente da atenção primária, nas rotinas de cuidado dos expostos a substâncias, produtos e contaminantes químicos. Também, a estudantes de graduação dos cursos do campo da saúde — medicina, saúde coletiva, enfermagem, nutrição, psicologia, terapia ocupacional, entre outros —, bem como estudantes da engenharia ambiental, biologia, agronomia e ciências ambientais. O conteúdo estuda os conceitos e fundamentos da toxicologia e o modelo de atenção à saúde do SUS, perpassa pelo modelo econômico vigente, a consequente degradação ambiental e fontes de exposição humana, monitoramento, avaliação de risco e finaliza com os agrotóxicos: aspectos gerais e toxicológicos, efeitos à saúde humana da exposição, tratamento, e a vigilância e atenção à saúde dos expostos a agrotóxicos.
O corpo recusado é uma narrativa pessoal escrita em linguagem corajosa e direta. Aos 70 anos de idade, Luiz Cecilio revisita o duro caminho para assumir-se gay, tudo complicado por uma infecção pelo HIV no final da década de 1980. Ao desafiar o trocadilho “AIDS, essa porra mata” com seu grito de guerra “Não vou morrer dessa porra!”, ele se arma para travar as batalhas de um homem que, aos 40 anos, decidiu que ainda não era hora de morrer. A obra constrói um retrato dos seus encontros amorosos e sexuais com outros homens, num longo processo de “ocupação” do corpo recusado, o que tem se estendido até o envelhecimento.
“Entranhas” é aquela parte do corpo humano essencial para sustentação da vida, mas que não é visível. Exatamente como acontece com aqueles que trabalham em silêncio, sem fazer muito alarde, a não ser em situações de crise, mas que são desconsiderados pelo discurso dominante na mídia e na cultura da elite. Este livro busca conciliar as discussões políticas e técnicas que envolvem a Atenção Primária, sem perder de vista as experiências vividas pelos profissionais, naquilo que elas têm de mais visceral, indo além das recomendações ou dos protocolos.
Este livro deslinda o processo de medicalização que emerge como objeto de estudo no campo da Sociologia da Saúde, a partir segunda metade do século XX, e se desdobra nas vozes de Irving Zola, Ivan Illich, Peter Conrad e Michel Foucault; principais teóricos da crescente influência da medicina em territórios que até então não lhe pertenciam. No decorrer dos anos, o termo vem sendo apropriado por várias áreas e disciplinas da saúde e da educação, entre outras, de forma abrangente e imprecisa, tornando necessária a retomada da discussão conceitual de suas bases teóricas.
“Diário da Pandemia” reúne registros cotidianos de historiadores sobre a Covid-19 no Brasil e no exterior. Na forma de um diário coletivo, a crise sanitária planetária é analisada à luz da história. A coletânea procura demonstrar que não compreenderemos bem novas epidemias e pandemias sem trabalhos históricos, e, sobretudo, sem pesquisas transdisciplinares especialmente atentas às inter-relações entre sistemas naturais e sociais. As contribuições dos historiadores no livro também abordam hábitos de higiene; relações de gênero e étnico-raciais; biomedicina; saúde pública; meio ambiente; práticas de cuidados e cura; relações internacionais; os interesses dos diversos atores sociais; poder e política; economia e desigualdade; as interseções entre ciência e sociedade; medo, dor, sofrimento e defesa da vida. Há temas de maior interesse e urgência aos habitantes do mundo de hoje?
Este livro compartilha saberes de um grupo de pesquisadores de meio ambiente, políticas públicas e economia, que acreditam que o princípio de ciência-cidadã esteja aqui incorporado, não apenas com o objetivo restrito de divulgação científica, mas de transformar todas as pessoas. O livro reúne reflexões dos pesquisadores do Grupo de Economia do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (GEMA-IE/UFRJ)Trata das relações entre a pandemia, políticas públicas, com foco na economia e meio ambiente, e nossa dívida social.
Quem eram os traficantes de africanos escravizados? Como se dava a sua participação no negócio nefasto de compra e venda de seres humanos? Qual a sua inserção na sociedade? Depois das manifestações do Black Lives Matter após o assassinato de George Floyd, nos EUA, e da derrubada da estátua do traficante Edward Colston, em Bristol, na Inglaterra, em 2020, tais perguntas estão na ordem do dia. E sendo o Brasil a principal nação escravista das Américas, responsável pela importação de mais de cinco milhões de africanos em mais de 300 anos de tráfico, as respostas tornam-se ainda mais urgentes.
Em 2021, estamos sob tempos sombrios, de retrocessos sociais e políticos, e também na saúde mental. Este livro parte da análise da conjuntura, crua e dura, reconhecendo as perdas e riscos, mas não “está tudo dominado”. A realidade tem contradições e brechas para resistir e até mesmo avançar. Esse é o objeto desse livro, mostrando projetos inovadores em saúde mental e luta antimanicomial. Parte da Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência (“Disabilidades”) da ONU, que no Brasil tem o mesmo status da Constituição Federal; das novas diretrizes da ONU e da Organização Mundial de Saúde; e dos avanços dos movimentos de direitos humanos e de usuários(as) de outros países, com novas ideias e práticas de protagonismo e direitos de usuários(as) e familiares.
Velhices LGBT+, um coletivo de existências. Quem são essas pessoas, onde elas estão e como vivem? Quem tem direito às velhices LGBT+? Quando criamos o projeto deste livro, a proposta foi ouvir os relatos dessas pessoas “invisíveis”, na contramão do apagamento social imposto a elas. Entendemos que suas vivências vão muito além de histórias do passado. Elas são presentes e futuras.
Este livro sistematiza reflexões sobre o significado e as possibilidades de emancipação humana e social diante das crises contemporâneas em suas várias dimensões — social, sanitária, ecológica, política e civilizatória —, assim como suas implicações e alternativas para a produção de conhecimentos e práticas envolvendo a articulação da academia com movimentos e mobilizações sociais nos campos e cidades. A obra expressa as bases conceituais e metodológicas do Núcleo Ecologias, Epistemologias e Promoção Emancipatória da Saúde, o Neepes, criado em 2018 e do qual os autores fazem parte.
O livro, Saúde: A Cartografia do Trabalho Vivo, trata do agir no âmbito das organizações de saúde, particularmente nos processos produtivos dos atos de saúde, como lugar de uma transição tecnológica para um novo patamar produtivo.
De forma inusitada, este livro possibilita reconstruir e alargar histórias do campo psicanalítico, da saúde mental e da luta antirracista. Ele inscreve uma história científica e política na qual a presença negra é fundadora, decisiva. Nesse sentido, as iniciativas de Juliano Moreira, Virgínia Bicudo, dona Ivone Lara, Lélia Gonzalez, Neusa Santos, Diva Moreira, Sônia Barros e Maria Lúcia da Silva dão lastro para o que produzimos hoje. Como guardião e memória de parte da história negra, torna-se uma leitura permanentemente à disposição, na qual alinhavar histórias, entrever continuidades e convergências entre essas personalidades torna-se vital e vitalidade. Vitalidade porque possibilita aprendizado para todes.
Existem livros excelentes que oferecem muito mais conteúdo do que prometem no título. Este é um deles. Não se trata apenas de uma reflexão clara, profunda e baseada em novas evidências sobre as origens, desenvolvimento e desafios no Brasil de um dos conceitos centrais da saúde pública: a Atenção Primária à Saúde (APS). Além disso, contribui para a história da saúde pública durante o século XX no país e no início do próximo século e sugere novas abordagens.
Este livro de José Maurício Domingues apresenta uma investigação de fôlego, densa e rigorosa, sobre a configuração da modernidade política, em seus componentes imaginários e institucionais, e de seus desdobramentos, reais e virtuais, que hoje nos atravessam. Sem abstrair dos graves desafios que abalam a existência contemporânea, Domingues desenvolve uma análise acurada dos fundamentos jurídico-políticos e filosóficos da vida política moderna, com o objetivo de compor um diagnóstico do tempo presente – no qual se destacam a crescente oligarquização das estruturas políticas, o liberalismo e o fortalecimento do Estado – que permita a abertura de novas perspectivas de mudança e emancipação social.
Passo a passo, através dos seus capítulos, este livro vai deslindando todo este movimento sociocultural do parto e nascimento no Brasil, apresentando as novas evidências científicas e convidando as mulheres e seus familiares a conhecerem, refletirem e compartilharem entre si e com os profissionais de saúde os seus projetos para o nascimento dos seus filhos. O desejo da mulher quanto ao tipo de parto que ela programou foi o fator mais importante para a sua realização com satisfação materna, como mostrado na Pesquisa Nascer no Brasil.
Este livro descreve e compara as principais políticas públicas implementadas na Argentina e no Brasil no período 2003-2020, em diferentes áreas. Inclui uma análise das principais políticas de: educação, social, saúde, trabalhista, fiscal, cambial, industrial, inovação tecnológica, regulação, agrícola, energia e meio ambiente. Se identificam também os instrumentos políticos que ajudaram a resolver diferentes problemas em cada país e se alinham às experiências aprendidas. Além disso, são identificados os problemas ainda não resolvidos em cada área e os principais desafios de políticas públicas a serem enfrentados no futuro imediato.
Esta obra pretende ser uma contribuição para uma série de movimentos reflexivos por aqueles(as) que constroem a Educação Popular em Saúde no país em seus diferentes cenários e contextos, seja nos serviços de saúde, nos centros de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais ou na gestão das políticas públicas sociais.
Os quase dois anos de pandemia do novo coronavírus, que têm colocado diante de nós um cenário devastador, marcado por um número assustador de mortes e pelos riscos cotidianos de contaminação, exigindo a adoção de medidas sanitárias que restringem o convívio social, o uso de máscaras, a lavagem e higienização constante das mãos, diante das numerosas dúvidas em relação ao vírus, suas formas de propagação e os modos de interromper a transmissão, convocam, como em outros tempos, ao desafio de assegurar a adesão às medidas de proteção, trazendo à baila indagações sobre a educação em saúde como forma de conscientização e adoção de novos comportamentos, lembrando também as resistências e as distintas formas de apropriação das prescrições higiênicas.
Esta edição especial insere-se no gênero de divulgação científica dos resultados de várias pesquisas que contribuíram para o ensino na enfermagem realizadas durante o Mestrado Profissional de Ensino na Saúde, da Universidade Federal Fluminense. Retrata o saber-fazer da enfermagem em diferentes cenários e situações de cuidado. Explicita como se dá a educação permanente em saúde, na oncologia, no controle da infecção hospitalar, na emergência, no centro cirúrgico e para agentes comunitários de saúde. Inclui artigos sobre a maior categoria profissional da enfermagem - os técnicos de enfermagem, bem como a violência no trabalho e as experiências relatadas por enfermeiros na pandemia do Covid-19.
Essa obra nasceu do compromisso do Projeto VEPOP-SUS com o aprimoramento de saberes e práticas para a inserção criativa e mobilizadora da Educação Popular nos espaços do Sistema Único de Saúde (SUS), provocando os trabalhadores da ponta dos serviços a participar ativamente da construção dinâmica e compartilhada das práticas sociais capazes de reorientar a lógica dos serviços na direção da humanização, da integralidade, da participação da comunidade, da equidade e do acesso universal com qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.