Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ao estabelecer uma abordagem dialógica, desierarquizada, o presente livro rompe com esta lógica ao reconhecer a complexidade de conhecimentos que fogem a métrica eurocêntrica. Conhecimento que estamos perdendo ao impedir que os Kaiowá e Guarani possam desfrutar do teko porã, o bom modo de ser e viver.
Política de Controle do Tabaco no Brasil é lançado em meio à maior emergência de saúde do século XXI e dos enormes desafios causados pela pandemia do novo coronavírus. Nesse contexto, as pesquisas em políticas públicas de diversas áreas do país ganham ainda mais relevância. É o que a obra faz, ao investigar o controle do tabagismo no Brasil durante o período 1986-2016. O pesquisador analisa a trajetória e faz um balanço dessa política pública ao longo de três décadas, marcadas pela implementação e pela consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). Em seis capítulos, o volume mostra os avanços que permitiram resultados sanitários positivos, como a significativa redução da prevalência do tabagismo na população. Leonardo Henriques Portes aborda, com riqueza de detalhes, as diversas dimensões envolvidas no controle do consumo do tabaco: da técnico-científica à conscientização da sociedade; do impacto na saúde global ao espaço das normas legais; dos resultados na saúde pública aos aspectos intergovernamentais", afirma José Gomes Temporão - pesquisador titular aposentado da Fiocruz e ex-ministro da Saúde - sobre o livro.
Entre as diversas crises emergidas no contexto da Covid-19, a saúde dos povos indígenas no Brasil foi uma das mais preocupantes e debatidas. "A pandemia tornou ainda mais evidentes as deficiências que permanecem na atenção à saúde indígena e a sua frágil articulação com os demais níveis de complexidade da rede SUS", destacam os organizadores e pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz).
“Há políticas culturais para os índios e há políticas culturais dos índios. Não são a mesma coisa.” O presente livro reúne dezenove ensaios que procuram distinguir e debater as políticas culturais feitas para os índios, as feitas pelos índios e aquelas que de alguma maneira os envolvem. São observadas não apenas tais políticas, mas também seus pontos de cruzamento e seus efeitos conjugados.
A autora se aprofunda e esmiúça questões que envolvem o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (Paism), que se torna Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Pnaism) e, posteriormente, a Rede Cegonha (RC). O Paism se inicia em um momento de ebulição política e de reconquista da democracia, alguns anos antes da elaboração da Constituição de 1988 e do Sistema Único de Saúde (SUS), momento fundamental da ampliação de direitos. Já o Pnaism se estabelece em um contexto no qual a saúde reprodutiva é reconhecida globalmente como um direito humano e a violência contra a mulher é tomada como um problema de saúde pública, ao passo que a RC focaliza a dimensão inaceitável das mortes maternas desnecessárias e evitáveis. A participação das mulheres, os conflitos, as dificuldades, os avanços e retrocessos estão analisados na obra, que coloca a questão: quem são as mulheres protagonistas e alvo dessas políticas?
Entende-se que a questão do uso prejudicial de crack é complexa existindo, em torno de seu debate, várias abordagens em disputa na tentativa de resolvê-lo. Esta Tese defende que as políticas públicas sobre drogas (PPD), com foco no crack, devem ser formuladas e implementadas de forma intersetorial e baseadas na redução de danos (RD).
As palavras que baixam neste livro foram catadas na hora grande. Antes de serem aqui chamadas para segurar essa toada, elas corriam mundo sendo mata, esquina, terra, criança, bicho, espírito, festa, remédio e veneno. Elas foram maceradas, banhadas no sereno, sopradas com o segredo confiado pelos que vieram antes e costuradas em um tecido fino. Delas foi feito um patuá para espantar a má sorte.
O tema Políticas Públicas de Alimentação e Nutrição enfatiza o compreender sobre a Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva. É interface de dois campos tradicionais das ciências da saúde: a Nutrição e a Saúde Coletiva. Quando lecionados na graduação, a disciplina ganha o nome de Nutrição em Saúde Pública ou, em sua variante, Nutrição Social. Nutrição em Saúde Pública ou Nutrição Social assentam-se em três diferenciados campos de conhecimento: (1 ) Epidemiologia Nutricional, (2) Ciências Humanas e Sociais, e (3) Políticas de Alimentação e Nutrição. Não obstante os melhores esforços dos docentes, todo esse cabedal de conhecimento é transmitido aos estudantes de maneira incompleta e fragmentada. Surge, pois, em bom momento, o presente livro com sua proposta didática, isto é, demarcar o campo do conhecimento das políticas públicas de alimentação e nutrição no Brasil, com apresentação de seu conteúdo programático em perspectiva histórica e com visão factual e crítica. Assim, para o seu bom entendimento, é preciso considerar o quadro epidemiológico no país. Há que se aprofundá-lo no contexto social e político que, por si só, é móvel, volátil, em constante transformação. Políticas Públicas de Alimentação e Nutrição apresenta 1 Organizadora, 26 Colaboradores, 24 capítulos, num total de 276 páginas. Seu público-leitor é formado por alunos de graduação de cursos das Ciências da Saúde e das Ciências Sociais, além de nutricionistas, sanitaristas e outros profissionais de saúde, administradores e gestores públicos e demais interessados no tema.
'por uma crítica da promoção da saúde - contradições e potencialidades no contexto do sus', apresenta um debate teórico-prático sobre a perspectiva da promoção da saúde, especialmente no que se refere às divergências, contradições e fronteiras entre tal perspectiva e o ideário da rsb - reforma sanitária brasileira. essencialmente discute conceitos, concepções e práticas que envolvem o debate acerca da promoção da saúde e sua relação com a perspectiva da rsb, tomando como base as necessidades sentidas por profissionais da saúde e docentes com experiência em ubs - unidades básicas de saúde, particularmente em equipes de saúde da família.
“Leiam Lélia Gonzalez!”, convocou a filósofa americana Angela Davis em recente passagem pelo país. Filósofa, antropóloga, professora, escritora, militante do movimento negro e feminista precursora, Lélia Gonzalez foi uma das mais importantes intelectuais brasileiras do século XX, com atuação decisiva na luta contra o racismo estrutural e na articulação das relações entre gênero e raça em nossa sociedade. Com organização de Flavia Rios e Márcia Lima, Por um feminismo afro-latino-americano reúne em um só volume um panorama amplo da obra desta pensadora tão múltipla quanto engajada. São textos produzidos durante um período efervescente que compreende quase duas décadas de história — de 1979 a 1994 — e que marca os anseios democráticos do Brasil e de outros países da América Latina e do Caribe. Além dos ensaios já consagrados, fazem parte desse legado artigos de Lélia que saíram na imprensa, entrevistas antológicas, traduções inéditas e escritos dispersos, como a carta endereçada a Chacrinha, o Velho Guerreiro. O livro traz ainda uma introdução crítica e cronologia de vida e obra da autora. Irreverente, interseccional, decolonial, polifônica, erudita e ao mesmo tempo popular, Lélia Gonzalez transitava da filosofia às ciências sociais, da psicanálise ao samba e aos terreiros de candomblé. Deu voz ao pretuguês, cunhou a categoria de amefricanidade, universalizou-se. Tornou-se um ícone para o feminismo negro. Axé, Lélia Gonzalez! “É Lélia quem cria para mim essa identidade, essa terceira figura política, essa terceira identidade que compartilha das outras duas (ser mulher e ser negro), mas que tem um horizonte próprio de luta. Com Lélia Gonzalez, me defini politicamente para militar na questão da mulher negra.” — Sueli Carneiro, filósofa, pedagoga, escritora e fundadora do Geledés “Eu sinto que estou sendo escolhida para representar o feminismo negro. E por que aqui no Brasil vocês precisam buscar essa referência nos Estados Unidos? Acho que aprendi mais com Lélia Gonzalez do que vocês aprenderão comigo.” — Angela Davis, filósofa norte-americana
Este livro é produto de uma intensa e forte pesquisa com os camponeses do norte do Paraná. Inicialmente, a autora apresenta um estudo do termo Camponeses, para posteriormente desenvolver os temas da questão agrária, em suas generalidades e singularidades, a monopolização do território pelo capital e as frações camponesas do território, em sua unidade na diversidade.
Partindo de uma reflexão sobre a pertinência do conceito de “camponês”, Eliane Tomiasi Paulino aborda nesta obra os principais desdobramentos da questão agrária brasileira e, em particular, no Paraná. A autora analisa as diversas formas como se manifesta a monopolização do território nessa região, examinando as principais atividades econômicas dos camponeses e os caminhos de drenagem da renda obtida com a terra. Amparada em vasta bibliografia e em ampla pesquisa de campo, que envolveu diretamente 292 famílias em 33 municípios paranaenses, a obra procura evidenciar como a recriação do campesinato se traduz em uma geografia peculiar, dado o contexto em que as políticas públicas se manifestam ora indo ao encontro, ora se desencontrando das demandas e dos interesses desses trabalhadores, em um movimento marcado por avanços e recuos no processo de territorialização. Por fim, considera os marcos geográficos indissociáveis de uma lógica de ordenação territorial própria do trabalhador rural, desvendando o modo de vida e as práticas que costuram a unidade comunitária que lhes dá sustentação.
Recém-formado, em 1953 Frantz Fanon deixa a França para chefiar a ala psiquiátrica de um hospital na Argélia, encontrando um país em combustão social. No ano seguinte, eclode a guerra pela independência. Mergulhado na situação dramática vivida pelo povo argelino e africano em geral, ele adere ao movimento revolucionário como intelectual e militante da Frente de Libertação Nacional.
A série 'Povos Indígenas no Brasil' é a mais completa coleção sobre a história e a situação contemporânea de todos os povos indígenas que vivem no território brasileiro, e completa 37 anos de existência em 2017. O novo volume, concentrado no período de 2011 a 2016, é a 12a. Edição e publica amplo conjunto de informações compiladas e sistematizadas pela equipe de monitoramento do ISA desde o início dos anos 1980 e que atualmente integram um complexo sistema de dados georreferenciados em formato digital, tornando-a única. A edição atual traz artigos produzidos por diversos colaboradores - indígenas e não indígenas - com temas como: direitos indígenas; políticas indigenistas, legislação, terras indígenas, protagonismo indígena e outros, apresentado em 18 capítulos regionais. Destaque para a seção "Palavras indígenas", que abre o livro com depoimentos de doze mulheres indígenas.
Quais são os desafios no âmbito da Qualidade de Vida, Saúde e Segurança no Trabalho em Rio das Ostras e Macaé? O que tem sido pesquisado pelos professores e pesquisadores? Qual o olhar dos profissionais que atuam nesta região? Este livro tem como objetivo apresentar pesquisas e entrevistas atuais sobre esta temática nesta região. Esta obra faz parte coletânea de livros do projeto de extensão “Café com RH: promovendo ações em prol da melhoria da Qualidade de Vida no Trabalho em Macaé” do departamento de Administração e Ciências Contábeis do Instituto de Ciências da Sociedade da UFF em Macaé. Projeto multidisciplinar financiado pelo MEC (Edital Proext 2014). Tem como foco apresentar uma pequena parte das produções acadêmicas no âmbito da Qualidade de Vida, Saúde e Segurança no Trabalho em Rio das Ostras/RJ e Macaé/RJ. Também apresenta entrevistas que expressam o olhar de alguns profissionais sobre a prática cotidiana no contexto da região. O grupo de autores é formado por professores, estudantes e profissionais que possuem diferentes formações e que atuam em diversas empresas e instituições universitárias de Macaé e Rio das Ostras Através deste livro, profissionais e acadêmicos poderão conhecer um pouco mais dos desafios presentes para poderem refletir e intervir criticamente sobre esta localidade.
Nesse livro o/a leitor/a irá encontrar uma profusão de discursos a respeito da imagem da mulher, em que as/os autoras/es tentaram vislumbrar os meandros dos discursos que imprimiam a culpabilidade às mulheres que praticavam atos como aborto e infanticídio em Desterro/Florianópolis. E essas mulheres passavam, a partir desses atos, a ser alvo de intensos debates, seja na imprensa, nos discursos judiciários ou mesmo em toda a sociedade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.