Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.
Não se trata de um estudo sistemático da filosofia da educação, mas de alguns problemas contextualizados e que continuam chamando a atenção de todos aqueles que se dedicam à educação formal. Uma das preocupações centrais desses capítulos é com as relações entre educação, ciência e sociedade e suas dimensões éticas e epistemológicas. Essas duas perspectivas envolvem certamente o lado socioeconômico e político da educação. Trata-se de uma abordagem acessível e introdutória.
A obra apresenta temas distribuídos em três partes com tópicos interligados: Produção textual com ênfase na lingüística de texto de base cognitiva; Análise sócio-interativa de gêneros textuais no contínuo fala - escrita; Processos de compreensão textual e produção de sentido. As noções de língua, texto, gênero, compreensão e sentido, bem como o enfoque geral da abordagem situam-se na perspectiva da visão sociointeracionista da língua.
O trabalho cooperativo de equipes de dois programas de pós-graduação, da UFBA e da UFSC, resultou no livro Projeto de Sistemas Distribuídos e de Tempo Real para Automação, que lida com desafios computacionais para projeto de sistemas modernos de automação cujos componentes podem estar dispersos geograficamente e se comunicam através de uma rede de comunicação. Embora os benefícios dessa descentralização sejam evidentes, problemas emergentes inerentes ao modelo precisam ser enfrentados: a dispersão de equipamentos e a comunicação sobre redes de computadores dificulta a necessária coordenação e sincronização de ações entre os vários elementos envolvidos no processo de computação e controle. Os autores exploram nos capítulos vários desses desafios.
O grande desafio da educação no Brasil de hoje não consiste apenas em viabilizar a permanência dos alunos na escola, mas principalmente em fazer com que eles aprendam o que é ensinado. Dessa forma, é possível contribuir para o desenvolvimento e a capacitação daqueles que serão os cidadãos do futuro.Diante de tantas variáveis que impedem a concretização da melhoria na educação, a única certeza é que todos têm capacidade para aprender. E cada um aprende sob determinadas condições e de acordo com o próprio ritmo. Neste livro, os autores oferecem um panorama das principais contribuições da Psicologia à compreensão do processo de aprendizagem e à busca da eficácia da educação escolar. Detalham oito concepções diferentes, desde Skinner até Emilia Ferreiro, passando por Piaget e Vigotski.Os autores destacam, em cada uma das teorias apresentadas, elementos diretamente vinculados ao trabalho escolar, que possam servir de apoio efetivo ao educador no cotidiano da sala de aula. A obra é particularmente indicada para os cursos que formam professores.
A Psicologia do Desenvolvimento pode ser entendida como a área de conhecimento que se interessa pelas mudanças constituídas ao longo da vida humana e que busca explicar os fatores que as produzem. Busca desvendar os caminhos traçados, as escolhas feitas, tudo aquilo que edifica o indivíduo em cada momento de sua vida. Ou seja, procura compreender como, por que e para que as pessoas mudam. Debruçando-se sobre essa fascinante área, os autores apresentam, neste livro, um panorama histórico e teórico sobre os estudos do desenvolvimento humano e dedicam capítulos específicos para a infância, a adolescência, a vida adulta e a velhice.Esta obra constitui uma importante contribuição para a formação de estudantes, profissionais e pesquisadores que já atuam ou que pretendem atuar com o desenvolvimento humano.
Este livro traduz um encontro entre dois campos diferentes do conhecimento, mas que estabelecem um diálogo íntimo: a História e a Saúde. É resultado de investigações realizadas em centros de pesquisa brasileiros especializados em História da Saúde e agrega a escrita de pesquisadores de diferentes gerações. Por meio da sua leitura é possível acompanhar discussões sobre processos e sujeitos históricos, suas interfaces com marcadores sociais como classe, gênero e raça, em temas como assistência, doenças e suas implicações sociais, artes de curar e instituições de ensino, pesquisa e formação. No contexto atual, marcado por políticas neoliberais e pelo desmonte dos bens públicos de saúde, nada mais oportuno do que compreender como as pessoas lidaram com as questões de saúde no passado para nos situar e agir frente aos desafios da atualidade.
Que mundo é este? é um trabalho de interpretação do fenômeno da pandemia no qual a filósofa Judith Butler opera a partir de seus próprios conceitos para analisar as formas de segregação impostas pela covid-19, valendo-se de seu próprio arcabouço teórico, já constituído ao longo de sua obra, justamente como instrumento de crítica a existência dessas formas de segregação. É necessariamente um livro sobre ética e política que dá continuidade – não sem nos surpreender – aos temas que emergiram de modo mais perceptível em sua obra. Para abordar o aspecto trágico da pandemia, Butler trata de destruição ambiental, pobreza, racismo, desigualdades globais, violência social – inclusive a violência contra mulheres e pessoas LGBTQI+. Na pergunta que dá título do livro está a expressão de espanto e indignação, motores de propulsão de quem ainda pensa e aposta que outro fim do mundo é possível.
Versando sobre a questão clássica da liberdade e da necessidade, além de outros temas centrais da filosofia, como a natureza do bem e do mal, da justiça, do fundamento do poder político, dentre outros, o presente debate é um precioso documento histórico do confronto entre um religioso adepto da tradição escolástica e um filósofo partidário da ciência moderna nascente. A querela de John Bramhall com Thomas Hobbes, iniciada em 1645, é uma controvérsia entre duas personalidades fortes e opostas, bem indicativa da situação da filosofia e da teologia da época.
O que aconteceria se 30 pensadoras e pensadores das quebradas de São Paulo se reunissem para refletir sobre o atual momento e pensar propostas? O resultado é o livro “Reflexões Periféricas: propostas em movimento para a reinvenção das quebradas”. Fruto de uma longa pesquisa, o livro se divide em dez temáticas: cultura; gênero; habitação; participação popular; transporte; educação; infâncias; saúde; trabalho; violência, genocídio e racismo. Ao final, o texto nos apresenta um amplo painel dos dilemas e das potências das periferias, vividas, refletidas e escritas por quem está com os pés no chão e busca propostas concretas para nossa reinvenção.
Como podemos refletir sobre o lugar que a mídia ocupa nas configurações das representações de saúdes e doenças? Diante dos muitos desafios e debates levantados pela pandemia do novo coronavírus, a proliferação da cobertura midiática de saúde passou a assumir um papel de grande importância no cotidiano global. É nesse contexto que Igor Sacramento e Wilson Couto Borges, pesquisadores e professores do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), lançam Representações Midiáticas da Saúde.
O objetivo deste livro é contribuir para a ampliação do campo de percepção e de consciência crítica dos gestores de saúde, dos líderes empresariais e dos estudiosos pesquisadores sobre o papel da responsabilidade social e ética em saúde, diante da complexidade de se administrarem organizações na área da saúde. O papel da responsabilidade social, da ética e dos valores humanos, bem como o conceito de governança corporativa em empresas de saúde são alguns dos pontos abordados neste livro.
A reflexividade, tema que perpassa toda a obra de Bourdieu, é posta em foco neste livro. Este livro reúne textos de Pierre Bourdieu sobre a necessidade de uma ciência social reflexiva, ou seja, que analisa a si mesma e seus métodos. É uma leitura essencial para aqueles que buscam uma ciência crítica, consciente de seus limites e capaz de contribuir para a transformação social.
Em 1888, a vitória da causa abolicionista, materializada por uma lei imperial, ajudou a propalar a mitologia histórica de que a libertação dos escravizados ocorreu sem lutas e derramamento de sangue. Os ensaios reunidos por João José Reis e Flávio dos Santos Gomes neste livro comprovam justamente o contrário. Embora a história dos quilombos já possua bibliografia ampla e bem estabelecida, as revoltas e conspirações nas senzalas, modalidade mais aguda e violenta da resistência negra, têm sido menos estudadas e compreendidas. Até a abolição, milhares de cativos e cativas se irmanaram para protestar e, na maior parte dos casos, resistir violentamente contra a tirania escravista.
As letras de contestação às desigualdades sociais e de resistência ao autoritarismo, e outros tipos de desmandos, já vinham desde antes do samba. Porque a história da música popular brasileira se confunde, em muitos aspectos, com a luta do “povo sofredor” por sua autodeterminação. E é também, muitas vezes, a crônica das desigualdades, cada vez mais gritantes, que flagelam as camadas subalternas da população brasileira, no seio da qual o samba nasce/renasce a cada década, desde o “Pelo Telefone”, em 1917. Nesse panorama, a dialética ação/reação gera movimentos e espaços de resistência, nos quais a cultura popular, tendo o samba como um dos principais baluartes, vocaliza o fenômeno. Assim ocorreu, na Bahia oitocentista, quando o povo preto se apropriou da Festa do Bonfim, criada pela Igreja, e a formatou ao seu jeito, com seus sambas e suas comidas; da mesma forma que ocorreu com a Festa da Penha, em terra carioca. A enumeração é longa. E chega até a década de 70, com a reação dos “pagodes de fundo de quintal”, a fundação do Clube do Samba, liderada pelo compositor e cantor João Nogueira, e a criação do GRANES Quilombo, comandada pelo já legendário sambista Candeia. Pois é disto, entre outros assuntos e por outros caminhos, que cuida este livro: do inestimável patrimônio cultural que se encerra na tão simples quanto diversificada rubrica “Samba”: dos espaços sempre resistentes que este samba semeou da Bahia para o Rio de Janeiro, e daqui para todo o Brasil e, mesmo, algumas partes do mundo. Além disso, os textos abordam o trabalho de alguns criadores exemplares, tanto pelo talento, quanto pela coragem de seu posicionamento ideológico e sua ação política. Tal qual ensinaram Paulo da Portela e outros “pais” do Samba; em lições que os autores desta obra aprenderam e nos transmitem muitíssimo bem. Nei Lopes MOSTRAR MENOS
O livro foi publicado em 1990, quando o setor saúde, conforme palavras do autor (…) “está sendo contemplado por uma das maiores barbaridades que já se realizou neste país, com o seu campo de atuação, no âmbito governamental (…). O veto do Presidente, no fundo, teve como meta impedir o futuro, e procurou manter “presentificado” o nosso passado conservador, elitizado, mesmo que, com isso, mutile a imensa maioria dos brasileiros.” O principal objeto do estudo foi a busca da compreensão desse “mundo”, das decisões e formulações no campo das ações governamentais em saúde e revelar como a realidade do passado se faz ainda presente.
Sob o pretexto de construir a biografia do médico sanitarista Geraldo de Horácio Paula Souza (1889-1951), a socióloga e urbanista Cristina de Campos aborda neste livro dois momentos importantes por que passou a sociedade paulista - a mudança no conceito de saúde pública e a mudança do urbanismo em São Paulo, quando a cidade, em plena década de 1920, transformou-se em metrópole.
Jean-Paul Sartre. Assim, sem retoques, sem disfarces, com suas lutas, polêmicas e ideias insubmissas: uma pessoa, um profissional, um intelectual que perseguiu a liberdade e não se subordinou a dogmas nem se moldou a padrões. Este Sartre e a imprensa, de Dênis de Moraes, vai além do título. Como diz José Paulo Netto, que assina as orelhas, este livro traça “o perfil do Sartre total”. Aqui se conhece, se reconhece e mesmo se surpreende com Sartre, em suas várias facetas como jornalista, intelectual, filósofo, escritor. Já destacava Carlos Nelson Coutinho que “além de excelente biógrafo, Dênis de Moraes é um dos mais lúcidos analistas brasileiros dos fenômenos da comunicação de massa”. E nesta obra o autor chega mesmo a se superar, com pesquisas minuciosas, inclusive no ambiente parisiense, historiando, detalhando, revelando este “Sartre total”. Desde a atuação pormenorizada de Sartre na imprensa, sua resistência ao fascismo e sua insubordinação a todos que gostariam de tolher sua expressividade – de partidos a governantes –, este livro descreve o segundo pós-guerra, os desdobramentos do maio de 1968 e se aprofunda em várias análises sobre o pós-68. Com linguagem clara e envolvente, Dênis de Moraes faz esse intrigante personagem saltar das páginas do livro e se mostrar ao leitor. E como conclui José Paulo Netto, em seu texto nas orelhas, aqui está “o retrato de corpo inteiro do último intelectual público do século XX”.
Apresenta análises sobre os modos como o campo jornalístico produz sentidos e representações sobre a saúde e a doença no contexto contemporâneo. Aborda as implicações das narrativas jornalísticas na construção do cuidado com a saúde; na preocupação com epidemias e com os riscos de adoecer e sofrer; na obsessão pelo bem estar e pela boa forma; e nas percepções sobre o SUS e os serviços públicos de saúde. Discute também teorias e procedimentos analíticos para o estudo da mediação jornalística no contexto da cobertura de temas da saúde.
Munido de amplo referencial teórico-conceitual, o livro Sérgio Buarque de Holanda e a dialética da cordialidade passa pelo conjunto da obra do autor-foco buscando a dialogia vida e obra que marca a narrativa de qualquer pensador.
Desde a sanção da Lei nº 9.394, em 1996, se esperava por uma obra que examinasse os impactos dessa norma sobre a Educação Básica brasileira, uma vez que essa segunda Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional trouxe, como uma de suas mais importantes novidades, a criação e a consolidação definitiva dos sistemas municipais de educação, reclamados há mais de meio século pelo grande educador Anísio Teixeira.
Como viver uma experiência pandêmica no século XXI e quais são os contextos que informam e são informados por ela? Em sociedades globalizadas, mas ainda com impasses e oportunidades em dimensão nacional e local, abarcando sistemas de saúde, organização política, social e cultural, a pandemia de Covid-19 exige uma apreensão ampla e profunda desses significados, abarcando as diversas experiências do viver humano. Sobre a pandemia é uma obra aberta, voltada para um público de todas as gerações e formações. É um registro fundamental para se compreender, na voz de seus autores, as pistas deixadas pelo passado, as experiências vividas pelo presente e as expectativas depositadas sobre os tempos que virão. Sobre a pandemia é uma coletânea que objetiva reunir intelectuais de distintas áreas do pensamento científico, preocupados em traduzir as interações e tensões em torno da pandemia Covid-19. Ao enfrentar os mares revoltos desse tempo presente, em que a existência humana e não humana se defronta, as interpretações aqui elencadas jogam luz sobre as incertezas e os impasses, mas, igualmente, sobre as iniciativas e as retomadas de sentido diante do homem, suas formas de viver, adoecer e, na sua extensão, de sua própria morte. Tempos, pessoas e narrativas se entrecruzam no esforço de constituição possível da retomada da esperança e de um coletivo futuro possível, mesmo que esteja tatuado em nossas mentes o desafio que Hanna Arendt pressagiou para a sociedade que se inscrevia no século XX: Nossa herança nos foi deixada sem nenhum testamento.
Os cursos de Foucault que abriram caminho para sua História da sexualidade. Na década de 1960, Michel Foucault iniciou um projeto sobre uma arqueologia da sexualidade como experiência moderna. Nas décadas seguintes, isso resultaria em um de seus trabalhos mais célebres e importantes: História da sexualidade. Na origem desse estudo estão dois cursos notáveis até agora inéditos no Brasil — o primeiro apresentado em 1964 na Universidade de Clermont-Ferrand e o segundo em 1969 na Universidade de Vincennes. Em ambos, Foucault dá atenção permanente às condições econômicas, sociais e epistemológicas que transformaram a sexualidade em objeto de conhecimento e questão política, recusando uma concepção estreita do sujeito humano. Sobre a sexualidade é um olhar que abre caminho para compreendermos a sexualidade como espaço complexo de potência transgressora e experiência trágica.
Ser Abrasquiano(a) significa não só apoiar a Saúde Coletiva como área de conhecimento, como também compartilhar dos princípios da saúde como um processo social e lutar pela ampliação dos direitos dos cidadãos à saúde pública e de qualidade.